quarta-feira, 1 de abril de 2009


REFLEXÕES DOUTRINÁRIAS

TRABALHOS PREPARATÓRIOS DE EFECTUAÇÃO DO
TEARTEOSÓFICO” – Trabalho iniciático na Serra de Sintra em 29/03/2009 – 1ª Fase


Introdução

A História Mítica / Iniciática implica conhecer os Mistérios ou Mitos que são narrativas ocultas, as fábulas dos Mistérios Sagrados que presidiram a Antiguidade Clássica.
Nos diversos trabalhos que o futuro, o nosso alcance e perseverança nos possibilite realizar, no âmbito do TEARTEOSÓFICO (este até poderá traduzir a generalidade do saber) encetando uma via para buscar uma outra consciência da história. Aquela que a soberba do historicismo não concede. As consciências humanas relacionadas com o Secreto do Sagrado foram aviltadas por conveniências individuais e colectivas próprias desta noite da humanidade (Kali-yuga), não incentivando à prática da genuína Sabedoria Divina, a Iniciática ou Mítica por excelência.
Com isto queremos eliminar das mentalidades retrógradas de tendências ditatoriais, edificadas às avessas da Irmandade Universal entre os habitantes da Terra. As tendências xenófobas das castas e classes sociais, compartilhadas pelas religiões e correspondentes dogmas, do Oriente como do Ocidente, que com as suas funções próprias e distintas, mantêm a ordem do mundo como base sociológica do mesmo. Esta compartimentação sectária leva a uma visão exclusivamente tradicional que gera discórdia.
A ideia original subjacente ao género humano e que é A Causa Primeira, a que se deve o factor aperfeiçoamento ou desenvolvimento do espírito residente, no humano.
O factor místico ou mesmo a Concepção da Fonte Original estará envolta pela vertente “religiosa”. Conforme a sua própria etimologia revela, religio, é religar, tornar a ligar o que está desligado; o Homem à Causa Primeira, ao Pai Infinito. O Fim está no Princípio.

Estrutura Tectónica

O maciço de Sintra é formado por grandes massas rochosas a que a erosão externa deu as formas arredondadas e que são originárias do magma fluído que no seu movimento ascendente fraccionou a camada superficial, metamorfoseando-as.
O testemunho de Plínio que nos comunica que o cabo da Roca (Promontório magno, Olisiponense), se estendia sobre o mar mais sessenta milhas. Também Ptolomeu nos relata a existência de uma Ilha, a de Londrobis, fronteira ao Promontório Magno, para onde se retiraram os Lusitanos, uma vez desalojados dos Hermínios e onde César os veio a submeter. Este prolongamento do Cabo da Roca veio a sofrer forte redução com o sismo de 1755.
No final do paleozóico a região de Sintra fazia parte de um golfo, que separa a meseta ibérica, o oriente e as afundadas terras da Atlântida, a ocidente.



Altimetria: Adre Nunes 424m; Peninha 486m; Monge 483m; Cruz Alta 529m.


Pré-história e Proto-história

O vocábulo Sintra: Segundo certos autores derivaria de Cynthia, símbolo da lua na mitologia Celta. Os romanos apelidarem a Serra de Sintra de Mons Lunae.
Outros afirmam, embora com alguma dúvida, que o vocábulo Cynthia seja latino, e se aplicava com frequência à deusa Artemisa, ou seja, a Diana ou Lua. Quase todos os escritos antigos se referem ao Monte da Lua, referindo-se à Serra de Sintra.
Plínio, disse que se situava a povoação (Sintra) perto do Promontório Magno, ou Olisiponense (que é o que fica sobre Olisipo, dividindo o céu, as terras e os mares), por constituir o ponto mais ocidental do mundo ao tempo conhecido, e que veio a chamar-se Cabo da Roca. Aqui, desde os tempos mais distantes ocorreram manifestações de culto Lunar como referem Varrão, Ptolomeu, Marciano e Heracleia, e tantos outros, citando um santuário onde os sacerdotes executavam sacrifícios em honra da Lua.
Não deixaram por exemplo de dizer que os Lusitanos adoravam não só o Sol e a Lua como também alguns bosques, rios, montes e águas. Sendo referido por muitos escritores da antiguidade, a existência perto de Lisboa, de um monte sagrado onde as éguas eram fecundadas pelo vento gerando corcéis velozes, embora de vida mais curta.
Os lusitanos por terras de Sintra são factos relativamente modernos pois 30.000 anos antes deles, e antes do Homo Sapiens, já Sintra era povoada.

Em estudo realizado na década de 80 por discípulos de um Grupo Filosófico, embora pouco especializados em “viagens do tempo” conclui-se que há cerca de 13.000 anos, quando a Serra de Sintra ainda era uma ilha, teriam atracado em Porto Covo, na vertente Sul da Serra, algumas barcas, procedentes da Atlântida. Desembarcou o Sumo-Sacerdote (cujo nome nos foi revelado), com outros membros do templo e suas respectivas famílias. Foi dito que as crianças nasciam conhecedoras de todas as ciências; os pais só os instruíam acerca dos modelos sociais da época. Este estudo foi realizado no local onde julgamos estar sepultado o aludido Sumo-sacerdote, deixando como última vontade, ser sepultado no bosque de árvores de grande porte, para onde se deslocava com muita frequência.


O Neolítico teria chegado ao ocidente de Portugal 3.500 AC. Em plena Serra de Sintra encontra-se o dólmen do “Monge” de culto lunar (foto acima). A câmara é cavada, na origem teria 3.00 m de altura e tem 4.00 m de diâmetro. As paredes são constituídas de blocos de granito; o tecto em forma de abóbada teria no fecho uma espécie de zimbório, com uma pequena abertura, que ao coincidir com ele a lua cheia se daria o momento exacto do sacrifício à Lua. É provável que o animal sacrificado fosse um carneiro, porquanto a Terra estava nessa época (2500 anos AC) sob a influência astrológica de Carneiro. Porém acerca de 6.500 anos, (4500 anos AC) num outro local da Serra de Sintra, que iremos abordar na segunda fase deste trabalho, um outro culto, este ligado à influência astrológica de Gémeos.



Um outro monumento pré-histórico existe em Adre Nunes (foto acima) com características bem diferentes do “Monge”. A cultura dolménica data de 2.500 AC e não é conhecida a estirpe das populações dessa época. Os lusitanos, teriam sido uma sub-raça da raça Adâmica, quarta raça, a Atlante. Ao serem absorvidos pelos Iberos passariam daí em diante a ser a sua casta sacerdotal, tal como eram os Druidas do povo Celta. Os Celtiberos e os seus rituais, eram semelhantes no culto à Deusa Mãe. Cerca de 2.000 AC começou a ser ocupada pelos Iberos (os geógrafos gregos deram o nome Ibéria, provavelmente derivado do rio Ebro, um dos maiores rios da Península Ibérica (Iberus). Oriundos do Norte de África, sedentários nos terrenos aráveis, ladeando um extenso corredor desde as pirâmides do Egipto ao litoral de aproximação ao continente Atlante.
O culto à fecundidade em Adre Nunes teria sido feito pelos sacerdotes Lusitanos e Druidas. As pedras estão dispostas em forma de gruta; o feminino, a Lua, e, a uma pequena distância o masculino, o Sol, cuja sombra à medida que o Sol baixava no Ocaso, penetrava na gruta (o feminino) “fecundando”. Este é o símbolo da Unificação. Deus activo masculino penetrando em Deus passivo feminino.
Simboliza também a androginia da alma. Uma centelha vinda do Pai Infinito, busca uma parte Dele próprio; o espírito residente no humano para se religar, a unificação que acederá à Eternidade.

Nota Final

Na segunda fase deste estudo, em data a anunciar no blog, sobre a Serra de Sintra, iremos abordar o local de Santa Eufémia, os Lusitanos (cidadão da luz)?, Portugal e o Santo Graal, a quinta raça (5º Império)?. Até lá...

Antão

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