quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A ação do espírito atuante nos trabalhadores do Reino

Os discípulos Dele seguramente ouviram isto! E hoje em espírito rememorar.

A vida terrena depende do empenhamento audaz, do discernimento inteligente e da sabedoria coerente, que são essenciais para o sucesso neste mundo. A liderança depende da habilidade natural, da discrição, da força de vontade e da determinação. Porém a vida terrena se talha no respeito pela dignidade humana.

A perfeição espiritual depende da certeza de sermos filhos de Deus, do amor e da devoção à verdade, ter fome e sede de retidão e o desejo intenso de encontrar Deus e de ser como Ele.
Neste mundo, cada um pode ser como Ele, mesmo na sua inerente medida, e esta pode ser ampliada cada dia até à dimensão infinita do Pai que Ele divulgou.

Quando o espírito residente acordar, não se deve desalentar com a descoberta de que é também humano. A natureza humana pode ter a tendência para o mal, mas não é inerentemente pecadora. Não nos deixemos abater, caso não consigamos esquecer completamente algumas experiências lamentáveis desta vida e de outras vidas passadas. Os erros que não conseguirmos esquecer no tempo, serão esquecidos na eternidade. Devemos aliviar os fardos da nossa alma adquirindo rapidamente uma visão de longa distância do destino futuro, num desenvolvimento do caminho no universo.

Não cometamos o erro de determinar o valor da alma e do espírito pelas imperfeições da mente, nem avaliar o seu destino pelo padrão de episódios humanos infelizes. O nosso objetivo espiritual é condicionado apenas pelas nossas aspirações e propósitos imateriais. Omitam o pecado criado para permutar com o indulto material e não receiem o castigo perpétuo no inferno porque Deus nunca o criou.

A religião do espírito é a experiência no divino da alma e no espírito imortal em crescimento, do homem conhecedor de Deus. O poder moral e a energia espiritual são forças poderosas, que podem ser usadas para lidar com as situações sociais difíceis. Esses dons morais e espirituais enriquecem todos os níveis do conviver humano, tornando-os mais significativos.

Estamos destinados a viver uma vida banal e medíocre, se apenas amarmos aqueles que nos amam. O amor entre os humanos pode ser recíproco, todavia o amor divino expande-se pela sua grandeza em busca do contentamento. Quanto menos amor existir na natureza de qualquer criatura, maior é a sua necessidade de amor, e na mesma medida o amor divino procura satisfazer essa necessidade. O amor nunca é egoísta, e não pode ser dado a si próprio. O amor divino não pode ser contido, deve ser dado sem egoísmo.

Os crentes do Reino não deveriam possuir uma fé constrangida, deveriam acreditar com toda a força da alma, no autêntico êxito da retidão. Os edificadores do Reino não devem duvidar da verdade da sabedoria do Universo e da vida eterna. Os crentes devem aprender cada vez mais a colocarem-se à parte da fobia da vida – escapando dos embaraços da existência material – refrescando a alma, inspirando a mente e renovando o espírito na harmonia e na suavidade.

As pessoas esclarecidas sobre Deus não se deixam desencorajar pelos infortúnios, nem abaterem-se pelo desapontamento. Os que creem são imunes à depressão resultante de perturbações puramente materiais. Os que elegerem a vida com espiritualidade não deveriam deixar-se perturbar pelos episódios do mundo material. Os candidatos à vida eterna são praticantes de uma técnica vivificante e construtiva para enfrentar todas as vicissitudes e embaraços da vida mortal. Em cada dia de um autêntico crente, ele descobre que é menos difícil viver se tiver a atitude correta.

A vida espiritual faz a inerente estima aumentar vigorosamente. Mas essa estima não é veneração por si própria. O respeito próprio está coordenado com o amor e o serviço ao semelhante. Não é possível respeitar-se a si próprio mais do que amar o seu semelhante; é a medida da sua capacidade para a doação a outro.

Há medida que os dias passam, o trabalhador do Reino espiritual torna-se mais hábil em persuadir os seus semelhantes do amor pela verdade eterna. Acaso não terá hoje mais recursos para revelar a bondade às pessoas do que teve ontem? Neste ano, não está mais apto para recomendar retidão do que esteve no passado? O talento para conduzir as almas famintas ao Reino espiritual não está a tornar-se cada vez mais uma arte?

Os ideais dos operários do Reino estão elevados o suficiente para assegurar a sua salvação eterna e, ao mesmo tempo as ideias estão desenvolvidas a ponto de fazerem deles cidadãos úteis para atuar na Terra, na interação com os semelhantes mortais. Em espírito, a vossa cidadania está no céu; na carne sois ainda cidadãos dos reinos da Terra. Dai a César as coisas materiais e a Deus as coisas que são espirituais.

A capacidade espiritual da alma em aperfeiçoamento ou do espírito residente mede-se na fé, na verdade e no amor pelo próximo, mas a medida da força humana e do caráter é a capacidade de resistir à ação dos rancores e a capacidade de suportar a prostração em face de uma profunda mágoa. A derrota é o verdadeiro espelho no qual se deverá observar, honestamente, a sua própria realidade.

Na medida que envelhecestes no tempo e ficastes mais experientes nos assuntos do Reino, fostes adquirindo mais tacto para lidar com os mortais inexperientes, e mais tolerância para conviver com os condiscípulos teimosos. O tacto é o ponto de apoio da alavanca social, e a tolerância é a identificação de uma grande alma. Se conterdes essa qualidade admirável, com o passar dos dias tornar-vos-eis mais atentos e experientes nos vossos preciosos esforços de evitar a confusão social desnecessária. As almas sábias são capazes de evitar muitas das complicações que certamente são o quinhão de todos aqueles que sofrem de falta de ajustamento emocional, daqueles que se recusam a crescer e daqueles que se recusam a envelhecer com galhardia.

Evitar a desonestidade e a injustiça, em todos os esforços de pregar a verdade e na divulgação da mensagem do Reino. Não procurar reconhecimento que não venha do esforço e nenhuma menção ou simpatia sem merecimento. Amar, receber livremente das fontes divinas e humanas, independentemente do nosso mérito, e amar livremente em retribuição. Mas em todas as outras coisas relacionadas a honrarias e à adulação, procurar somente o que honestamente nos pertencer.

O mortal consciente de Deus está certo da sua redenção; ele é destemido na sua vida, é honesto e coerente. Ele sabe como suportar com valentia os sofrimentos inevitáveis; não se queixa quando enfrenta a solidão que não consegue afugentar. O verdadeiro crente não fica cansado de fazer o bem, apenas porque encontra oposições. A dificuldade aguça o fervor do amante da verdade, e os obstáculos apenas incitam mais o empenho dos construtores do Reino.

O mundo está dominado pelo poder político astucioso, mas há um outro poder com cariz de influência religiosa mais lesiva à efetuação do Reino que Ele apregoou. Não vos enganeis com a exibição de um grande saber e com a perspicaz lealdade que demonstram possuir no formato das suas religiões. Ele disse: “Preocupai-vos apenas com o espírito da verdade viva e com o poder da verdadeira religião, a Religião do Espírito.”

As religiões estão mortas nos seus princípios de servir a Deus e não é uma religião morta ou os seus rituais que nos libertará, mas sim a nossa convicção e a experiência viva, com as realidades espirituais do Reino. Não devemos permitir que a reverência pelas tradições desvirtue o entendimento daquilo que os olhos não veem e os ouvidos não ouvem. A sede da humanidade pela verdade do Pai é tanta, que não sabem distinguir a água bebível das águas que foram propositadamente poluídas durante séculos e milénios.

O propósito da verdadeira religião não é simplesmente trazer a paz, mas sim assegurar o pão de cada dia e o progresso. E não poderá haver paz interior nem progresso mental, se não houver amor no coração e verdade nos ideais das realidades eternas. O litígio entre a vida e a morte estão a ser colocados bem visíveis diante de vós – os prazeres perversos do tempo e as vanglórias transitórias contra as realidades justas da eternidade. “O cego não é o que não vê, é aquele que não quer ver”. Se pudéssemos compreender verdadeiramente o ato de rebelião de Lúcifer, afastaríamos do consciente qualquer forma de orgulho espiritual.

Há muito tempo iniciámos o encontro com a libertação do cativeiro, do medo e da dúvida, quando ingressamos na nova vida da fé e da esperança de um novo Reino para este milénio. “E quando os sentimentos do serviço ao semelhante nascerem na alma, não os sufoqueis; quando as emoções do amor pelo semelhante brotarem dentro do coração, deveis dar expressão a esses impulsos de afeto, na oferta inteligente às necessidades reais dos vossos semelhantes”.

“Adoptai como exemplo vivo quem faculte o fruto do espírito ao serviço do seu próximo, elegendo a regra de quem, em troca de nada dará tudo por amor”.

Antão/ Tear

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

5º mandamento - não matarás

Se os humanos tivessem aceitado e cumprido o 5º mandamento da lei divulgada por Moisés, muitos crimes não seriam cometidos pelas mesmas forças religiosas que por ironia foram quem apadroaram esse mandamento e o colocaram em seus livros sagrados. Apesar da divulgação desse mandamento, dirigentes religiosos cometeram o maior crime da história das religiões: diligenciaram matar aquele que anunciou as boas-novas de um Reino, o ensinamento que libertará o homem das pesadas tradições das religiões formais.

A insuficiente visão e o facciosismo dos judeus, levou-os a clamar indecorosamente pela morte do Criador de um Universo, apesar da insistência do governador para que fossem retiradas as acusações. Quando se submetia à resolução do povo judeu, no terreiro anexo à torre antónia, que gritavam por Barrabás, Ele estava junto de Pilatos num pavoroso silêncio; quem saberá! Se não olhava a cena da morte de uma nação que tinha sido o povo escolhido por Deus desde Abraão.

Se qualquer homem deseja com verdade fazer a vontade do Pai, necessita com toda a certeza de conhecer os ensinamentos que o Filho do Homem anunciou. São muitíssimo desprovidas de saber as escrituras que presentemente são conhecidas. Ele afirmou com rigor: "nenhum homem me ensinou a verdade que vos transmito, e esse ensinamento não é meu, é do Pai que me enviou."

Quando O assassinaram não souberam de onde veio, quem Ele era, nem para onde foi. Este Soberano Supremo, Criador de um Universo, afirmou: "Todos aqueles que encontrem o Pai, primeiro encontram-me a mim. Eu um dia verterei o espírito da verdade sobre toda a humanidade."

Que destinos dariam a um Homem contemporâneo que tente enfrentar as tradições religiosas atuais? Sucederia o mesmo que sucedeu ao Filho do Homem? Iguala-lo só sendo ele próprio. Todavia, não expirou essa herança de 2 mil anos para aqueles a quem a incumbência se calou, cominada pelas inquisições, na divulgação dos ensinamentos deixados pelo Soberano Supremo deste Universo/Galáxia, com o nome terreno de Jesus, a todos os que se tornaram filhos de Deus pela convicção da Religião do Espírito.

Não é fácil esquecer os antecessores da obra do Reino, ao serem destruídos em vários processos, por ordem de verdugos religiosos em nome de Jesus e de Deus, condenando o 5º mandamento: "não matarás". Os judeus quando assassinaram o Filho Criador também desprezaram esse mandamento e o intolerável é que as religiões que ainda hoje o referem, mataram criaturas humanas posteriormente à morte do Filho Criador.

Não sabemos até quando o fim desse flagelo. Quem sabe! Se o desumano inverno da humanidade, que agora se sente, não traz consigo a morte a uma civilização que se recusou a atuar no desenvolvimento para um futuro mais sublime. A ambição no império que alguns construíram colocou em causa o planeta e todos os seus moradores.

Nessa ambição pelo poder, associaram-se os que não souberam respeitar o Criador de todas as revelações e de realidades transcendentes. Um Universo que não se explica a si mesmo não pode estar sujeito ao pensamento desenvolvido no século XX, chamado "naturalismo evolucionista" que estabeleceram critérios de negação à verdade absoluta com efeitos assustadores na obra da natureza.

A humanidade não pode ser a medida de todas as coisas e muito menos afirmarem-se competentes de as manipular à sua vontade, considerando-se agora os únicos senhores do Universo. Que a humanidade se certifique de que os princípios intelectuais e morais, sejam tais que suportem adequadamente a super estrutura da natureza espiritual, que se amplie e se enobreça o seu carácter, e assim se deve transformar a mente mortal, então, em conjunto com essa mente refeita, realizar a evolução da alma e do espírito até ao destino imortal. É bem diferente a obra do espírito com as pretensões da obra humana.

A humanidade restringiu a sua obra de sinal para Deus ao longo dos tempos, dando provas de muito pouca veneração, mesmo daqueles que têm vindo a afirmar serem os legítimos representantes. Esta declaração leva-nos a retroceder no tempo, analisando enlutados o resultado evidente dos atos malignos que foram capazes de ser promotores. Sintetiza-se alguns sinais que não se apagam da história nem da Lei de causa e efeito.

O povo escolhido, que qualificou de ímpios os que não eram da sua raça e religião, gozaram de autoridade moral para o cometimento de tanta transgressão à vontade de Deus? O seu maior e inexplicável crime foi há 2 mil anos, refletindo nesse ato protagonizou-se a maior barbaridade da história da humanidade. A lei de causa e efeito levou a que esse povo tivesse que colher o resultado da sua sementeira. Desde a época desse hediondo crime não nos surpreende o pavoroso holocausto do povo judeu.

O Imperador Constantino edificou uma nova religião no século IV, submetendo ao poder de Roma os cristãos primitivos. Expandiu o seu império empunhando a espada e escravizando povos utilizando a sua nova religião criada em nome de Jesus. Conseguiremos nesses atos desumanos esclarecer a verdade ao analisar a mensagem e a exortação de o seguir, amando-nos uns aos outros como Ele nos amou?

Findo o império dos Imperadores, permaneceu o império da religião de Roma, que a partir do século VII, vendo oscilar a sua soberania religiosa a favor dos "infiéis" se mobilizaram em guerras santas, combatendo irmão contra irmão; assinalando a palavra do Mestre ao dizer que todos somos irmãos, se reconhece ato de rebeldia à construção de um Reino fraterno.

Mais tarde, qualificada a heresia, a religião promove tribunais para injustamente condenar às fogueiras da inquisição inocentes, usando o nome de Jesus. A inconsistência levou à separação que se estendeu até hoje, numa atitude parcamente pacífica entre as várias religiões cristãs e todas elas afirmam ter em exclusivo a verdade sobre Jesus.

No século VII os sarracenos iniciaram a construção de um império em nome de Maomé. Este se denominou o último dos profetas e ele próprio liderou e empunhou a espada contra os cristãos em dezenas de batalhas. Firme nas convicções da verdade sendo ela própria, o Filho Criador afirmou que o Seu Reino é um Reino de amor e não se constrói com a mão do guerreiro.

A visão do mundo do ponto de vista da ciência, em particular no século XX, deu lugar a um movimento que afirma que o teísmo está ultrapassado e que qualquer teoria da criação é desnecessária e que a verdade científica é incompatível com a fé religiosa.

Este pensamento infeliz de alguns homens, proeminentes na teoria científica, não têm sido corretos nas suas afirmações dizendo, em nome da liberdade humana, que Deus estava morto e declararem que a ciência positivista tinha suplantado a mitologia religiosa. Este pensamento não estará radicalmente generalizado na ciência, porém algo se deve salientar para que as aplicações científicas sejam cuidadosamente orientadas para um hábito de valores onde Deus, o Pai, esteja vivo e presente em todas as descobertas acerca das leis do Universo por Ele criadas.

Se as religiões ocidentais, nomeadamente as cristãs, estivessem no domínio do grande conhecimento divulgado pelo Filho Criador há 2 mil anos, quando viveu entre nós, ao divulgar a obra no Universo e da estrutura espiritual, não teria havido espaço para tanto afastamento com a ciência e divisão com a humanidade em geral.

Quando assim não é, os poderosos, que também são pessoas, utilizam as descobertas científicas para inventar bombas que poderiam por termo a toda a vida na Terra, para criar vírus que poderão destruir organismos vivos, poluir o ambiente com produtos químicos que levam ao aparecimento de doenças graves destruidoras da humanidade e centrais nucleares que se podem transformar em catástrofes tremendas, com todas as consequências.

Os pensadores religiosos, de um modo geral, consideram o objeto da sua veneração o Deus Criador que deu a existência ao Universo. Isto é verdade nas religiões do Judaísmo, do Cristianismo e do Islão, e também se aplica em parte às tradições do Hinduísmo que, pelo menos ao nível da reflexão, pensam numa única fonte que é espírito sob diferentes nomes. O mesmo não poderá dizer-se do Budismo que até hoje tem negado a ideia da existência de Deus.

Todavia, entre o palavreado e a veracidade há distâncias que não foi possível avistar desde há milhares de anos até hoje. As religiões crentes em Deus como finalidade da sua veneração deviam estar mais esclarecidas e encaminhadas para fazer a sua vontade. Deus é o Pai de todos, e nessa atitude haver o desejo de que todos os homens se olhem como irmãos. O amor do Pai por toda a humanidade é a missão trazida pelo Filho para revelar o Pai a todas as raças de homens.

Em resumo, este é o estado da humanidade até ao dia da chegada dessa super estrutura de natureza espiritual em que o Soberano supremo regresse em espírito e venha separar os lobos das ovelhas e por fim esse 5.º mandamento - não matarás - entrará em vigor.

Antão/Tear