ANOTAÇÃO para a palavra CREADOR
e CREAR tenha sido abolida e não faz
parte da grafia oficial. Ao qualificarmos o verbo criar em teosofia, forçosamente
teremos que usar Creador em vez de
criador. O Pai Infinito é o Creador
do espaço e do tempo, dos mundos e das humanidades, portanto, não é um lavrador
criador de rebanhos. Lavoisier disse: “Na natureza nada se crea, e nada morre, mas tudo se transforma”; se tivesse dito “nada
se cria” seria radicalmente incorreto em termos teosóficos. Outros sustentaram esta
mesma ideia.
Ninguém é perfeito, por isso os pequenos erros podem servir
de experiência ao homem para corrigir e melhorar a Virtude, aperfeiçoando-se. O
mundo que diz ser civilizado é chefiado com palavreado em substituição da
Verdade…a realidade para um mundo novo está distante dos discursos publicados,
pretensos de uma fórmula de civilização caduca e no fim do tempo. Quem por
hábito os lê e os ouve; acreditam uns, duvidam outros. Esta decisão é normal,
mas quando mal conduzida pode acarretar a divisão, e assim passará a
fomentadora da agressão entre o homem, com resultado favorável à Besta, “que
subiu do abismo para governar todo o mundo”. “Dividir para o governar”. Parece
que estamos a ser vítimas de doença infecto-contagiosa de terapia precária, por
ter sido produzida na dissertação dos vários sectores do domínio. “O mal é de
quem nas ouve, pois quem as diz se afasta”. Pelo menos fazem figura, de
néscios, e uso este adjetivo por ser concordante com a Grande Verdade. As
realidades do projeto para este mundo só está ao alcance das práticas altruístas
e humildes, porque só assim verão na Deidade o supremo saber e a origem da
consciência na vida do Universo. Há exclamações sobre a Verdade que o homem não
escuta mas deveria escutar; porém não lhe interessa.
Se enriquecer for apenas de bens materiais está a rejeitar o
enriquecimento no espírito. Por estranho que pareça, estas são as principais
preocupações do homem e das religiões, em defesa das suas preferidas regalias.
O grande desassossego da humanidade está actualmente assentado nos valores
materiais, e em primeiro lugar o dinheiro. Esta opção entre outras tem levado
ao desenvolvimento de lutas sem trégua para as manter, como se isso não tivesse
fim. O fim será inesperado e imprevisível aos olhos das conclusões teoristas.
Os sinais são evidentes de uma grande transformação na Terra. A passagem para a
grande transformação será repentina como foi o nascimento há 2.017 anos do
homem mais sábio e mais amoroso, que esteve na Terra durante 36 anos, 237 dias
e 15 horas, até à morte por assassínio. Aquela vinda do Pai Criador foi grandiosa
para o planeta e para a humanidade que nela reside, e além disso as
consequências são manifestas ainda hoje de várias formas. A sua atitude
enquanto homem foi de união, de fraternidade e de sintonia com a vontade do
Pai. Contudo o resultado tanto uniu como desuniu. Apenas teremos que indagar
quais foram as causas para a desunião do homem com a Deidade.
Durante todos os tempos muitos cobiçaram o realce pessoal, e
muitos fizeram história pelo lado proibitório, pois o importante é ter
saliência mesmo agora, nem importa de que lado venha; talvez isso se tenha
convertido em vício e mesmo exibição: situação que lhes permita saber que são
olhadela. E se não me olharem irritam-me! Praguejam. Quem quiser parecer grande
em valores na alma ou no espírito sem antes os edificar, ao afirmar-se
pessoalmente suscitam incapacidade para ser simples. Acabam por duvidar da
própria sinceridade e de imediato se afastam para que não seja percetível de
perto ter havido a demissão dessa importante qualidade. Isto poderá causar
incómodo pessoal se vierem a saber que ali a humildade não existe. Quem doar a
outro um fruto que não tem, de algum lado lhe veio. Busque em saber quem o
colocou em suas mãos, dando-lhe azo na qualidade de depositário. Sendo fiel
alcançará a dignidade de o amadurar na sua própria árvore e só então o
presenteie; antes o daria ainda imaturo. Ninguém é proprietário do conhecimento
e muito menos do saber; assim sendo não venha dizer: Este fruto é da minha
árvore sabendo o outro que ali não existe árvore que dê esse fruto.
Na generalidade o aspecto físico do homem e da mulher pouco
ou nada se alterou desde há muitos milhares de anos, e sempre assim foram as
suas funções como embrião da sua existência, e sempre assim foram os
sentimentos de paternidade e filiação. Podem concluir com grande presunção, que
na humanidade fora alterada os modos de vida e seus acessórios, os formatos dos
consumos, as políticas e seus sistemas em sociedade, que a igualdade e justiça
cresceram, que as religiões tudo resolvem e tudo censura. Porém os que encabeçam
a marcha do homem, se fundamentam rivalizando a um passado que não desejamos
regresse. Assim sendo, que fazer para alterar ou tornar novo o que desde há
muito envelheceu? Teremos que pensar seriamente num Apocalipse; relato o que
foi escrito pelo Apóstolo Tomé depois de ter sido condenado como matéria
herética por decreto do Papa Gelásio I (492 a 496).
“Os céus se moverão, as estrelas cairão sobre a terra, o sol
e a lua serão cortados ao meio e a lua não luzirá mais. Haverá sinais e
prodígios excecionais nos dias que antecedem a chegada do Anticristo. Estes
serão os sete sinais que aparecerão antes do fim deste mundo. Em todas as
regiões haverá carestia, grande peste e muita angústia. Depois todos os homens
cairão aprisionados no meio de todas as nações e morrerão pela espada”.
“No primeiro dia do julgamento haverá um grande prodígio. Na
terceira hora, do firmamento dos céus elevar-se-á uma voz grande e potente e
uma grande nuvem de sangue se moverá do ocidente e fortes trovões e raios
poderosos seguirão aquela nuvem e uma chuva de sangue cairá sobre a terra.
Estes são os sinais do primeiro dia”.
“E no segundo dia ouvir-se-á uma voz forte vinda do
firmamento do céu e a terra será abalada de sua sede e as portas do céu se abrirão
no firmamento do céu em direção ao oriente, e uma grande Potência será feita
passar pelas portas do céu e cobrirá o céu até à noite. Estes são os sinais do
segundo dia”.
“E no terceiro dia, por volta da segunda hora, elevar-se-á
no céu uma voz e os abismos da terra emitirão sua voz para os quatro cantos do
cosmos. O primeiro céu contrair-se-á como uma folha de papel e desaparecerá de
improviso. E, por causa da fumaça e do fedor do enxofre do abismo, os dias se
tornarão trevas até à décima hora. Então todos os homens dirão: penso que o fim
se aproxima e que nós morreremos. Esses são os sinais do terceiro dia”.
“E no quarto dia, na primeira hora, a terra do oriente
falará, o abismo estrondeará e então toda a terra será abalada violentamente
por um terramoto. Naquele dia todos os ídolos dos pagãos cairão e, com eles,
todos os edifícios da terra. Estes são os sinais do quarto dia”.
“E no quinto dia, na sexta hora, um trovejar imprevisto
soará no céu e as potências da luz e da roda do sol serão destruídas e haverá
trevas intensas sobre a terra, até à noite, e as estrelas serão retiradas da
sua missão. Naquele dia todas as nações terão ódio ao mundo e desprezarão a
vida desse mundo. Estes são os sinais do quinto dia”.
"E no sexto dia haverá sinais no céu. Na quarta hora o
firmamento do céu rachará de oriente a ocidente. E os anjos do céu olharão de
cima através da abertura dos céus. E todos os homens verão da terra os séquitos
angélicos que olham do céu. Então todos os homens fugirão. Estes são os sinais
do sexto dia”.
“E no sétimo dia, na oitava hora, haverá vozes nos quatro
cantos do céu. E todo o ar será abalado, encher-se-á de anjos que farão guerra
entre si o dia todo. Então os homens perceberão que a hora da sua destruição se
aproxima. Estes são os sinais do sétimo dia”.
“E, quando os sete dias tiverem passado no oitavo dia, à
sexta hora, elevar-se-á do oriente, no meio do céu, uma voz meiga e doce. Então
surgirá aquele anjo que tem o poder sobre todos os anjos e todos avançarão para
libertar os eleitos que acreditaram. E alegrar-se-ão porque a destruição desse
mundo já se terá consumado”.
COMEMORAMOS ANIVERSÁRIO…porque em Belém da Palestina no dia 21 de Agosto do ano7 a.C. ao meio dia, uma mulher terrena de nome Miriam, deu à luz um pequeno varão. Joshua Ben José. Não é propriamente comemorar o nascimento daquele que viria a ser um humano extraordinário, mas comemorar um grande dia para este planeta e muito especialmente para a humanidade que nela viveu até agora. Só metade dela viverá no futuro. Chegou à Terra nesse dia inesquecível, não só para este planeta mas para outros onde o mesmo Clarão chegou. O Pai Criador, Soberano Supremo da via láctea, para viver em um humano.
Ao falar do homem que muitos veneram não falo de religião
alguma, nem seria correcto se o fizesse. Venho apenas lembrar o dia que veio
trazer à Terra enorme transmutação, e em consequência também à humanidade. Ao
atingirmos os 2.017 anos da Sua vinda à Terra conseguimos finalmente entender a
sabedoria nas palavras de singular mensagem. Hoje os sinais são evidentes ao
constatarmos o fim de tudo quanto foi antagonismo ao Seu propósito para essa
grande e inevitável transformação na Terra que não poderia ser precipitada. Não
foi pela falta do conhecimento divulgado por Joshua que a humanidade não criou
os meios para evitar a grande degradação do propósito que originou a vinda do
Pai Criador a este mundo.
É nosso dever dar continuidade a um compromisso sem tempo,
mas no tempo tomámos consciência de participar sem disfarças para que o passado
daninho não se repita, e levar adiante um efeito sem designação presumida mas
que contenha uma vontade que seja a realização de uma humanidade fraterna, e
obediente a um propósito que seria fazer a “Vontade do Pai” uma vez que: “Não
somos filhos de prostituta pois temos Mãe e Pai”. Aqui deixo uma mensagem para
quem a entender de boa-fé. Vos digo sem rodeios…nem presunção: ser parte de
tudo o que o Infinito Creador pensou
ao formar o espaço e o tempo. E tu! O que crês ser…?
Antão (gnóstico) 20-08-2012