quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Para quando a Terra Prometida?

O mundo antigo desde Noé teve propensão para a profecia e, toda ela em obediência ao Senhor nosso Deus. Desde Nabucodonosor rei da Babilónia que muitos tiveram sonhos proféticos e, não os tiveram outros até hoje por indignidade. No mundo moderno, as profecias estão distantes dos conteúdos divinos, devido à ostentação manifesta e desmedida antevisão de economias pós-moderna, de retidão social e de êxitos para a humanidade, ao mesmo tempo requerem a confiança e a paciência aos povos. Quem os ouve parece não terem fronteiras, porém no mundo, todos estamos fatigados de tantas promessas e de afirmações impossíveis para as realizar neste tempo humano decaído. Esqueceram os áugures a máxima de Sócrates: “conhece-te a ti próprio! Logo, conhecerás o Universo”. Não possuindo eles, sabedoria para se conhecerem interiormente, dificilmente construirão futuro honesto para uma humanidade digna e, além disso, é impreterível concluir que, saber algo para o futuro do mundo não compete a exclusivismos de religião, a profecias coevas, a protótipos políticos, a escolas de gurus, crendices e ocultismos.

Disse num texto anterior: A Natureza é grande mestra na divulgação de muitas realidades; nesse caso, observem a natureza e interroguem os seus sinais. O mundo terá que abrir os olhos para uma nova realidade se a sua cegueira ainda for curável. O linguajar de muito mestre-de-cerimónias apenas emite ruídos e calam a Verdade. No âmbito da obra há muito anunciada com edificação assente nos mistérios da alma imortal, pretendemos alcançar mais obras e dispensar promessas, porquanto nos devotamos à construção de um Reino na Terra inspirado em nós pelo Pai Criador. Para progredir esse Reino, muitos outros, que ainda duram, terão que desaparecer; são como erva daninha que não permite nascer e crescer os frutos de um Reino onde exista Amor e Fraternidade.

Desde os dias em que o Pai Criador fez a semeadura na Terra dos ensinamentos do Reino, que se gerou confusão, não só nas mentes dos seus apóstolos e discípulos como também na atualidade em todo o mundo cristão, a respeito do sentido e do significado dos termos “Reino do céu” e “Reino de Deus”. O Pai Criador a morar no Filho do Homem usou indistintamente este vocábulo para designar a sua missão de outorgar uma mensagem como enviado do Pai do Paraíso. Ainda que o próprio termo Reino do céu pudesse ter sido suficiente para distinguir o quanto e o próprio termo representava, separando-o de quaisquer ligações a reinos terrenos e governos temporais veio acontecer ao contrário, foram constituídas estruturas cujas cúpulas, abastecidas de arrogância e de impiedade, se consideraram insubstituíveis na constituição dos Reinos Terrenos. Firmarem-se os delegados do Reino do Céu na Terra produziu ocorrência inegável; deram prioridade ao poder. Não teriam legalidade existencial alguns dos reinos terrenos no passado, sem a emissão da respetiva bula pelos interventores desse poder, que também é evidente na coroação de Reis e Rainhas.

Se o mundo está enfermo, deve-se à perturbação gerada pelos infestantes racionais junto das populações humildes. Esse mal combatem desde há muito os que desejam uma Terra digna do verdadeiro Deus e esta tarda a raiar. Conquanto tenhamos essa promessa quando se pressupõem datada? “Esse dia nem os Anjos sabem, só o Pai o sabe…”. A Terra movimenta-se para o ponto “apex” (estrela Vega na constelação de Lira) a 100 mil km/hora estando próximo de atingir uma linha imaginária que divide a galáxia pelo diâmetro (calculado em 100.000 anos à velocidade da luz). Atingido esse alinhamento, a Terra e talvez todo o sistema solar, se estabelece um sincronismo que ocorrerá num ápice apontando na direção do núcleo da galáxia e, em simultâneo alinhará no mesmo sentido o “umbigo” da Terra que ficará igualmente apontado para o núcleo da galáxia. Isto é difícil determinar mas não é impossível saber, qual o dia do acontecimento e aonde o lugar do “umbigo”. Ordenada essa posição, teremos alcançado a transformação da humanidade e a Terra Prometida.


Sobre o dia da redenção prometida para a humanidade há diferentes versões, embora reconheça que não sou profeta, nem adivinho, nem guru e muito menos cientista, me localizo na vinda do Pai Criador à Terra (ano – 6 a.C.), nesta referencio o ano 2017. Não o digo por assemelhação mas por conhecimento. Embora um valioso manifesto desafie os mais hábeis, esse ápice é impossível determinar. Se quiserem entender com verdade a obra neste Universo/galáxia separando-a da teoria científica, talvez consigam entender Aquele que o criou e o motivo que levou à Sua criação, dariam pressa ao vosso entendimento para poder avaliar as propostas que o Pai Criador sempre teve para as atitudes do homem. Contudo, assistimos apreensivos, quando as vontades humanas se ocupam totalmente em decisões seculares, sobre os objetivos materiais de natureza animal, estão condenados à morte no tempo. Aqueles que, com audácia tomam decisões éticas, fazendo escolhas espirituais, estão inteiramente identificados de forma progressiva com o espírito divino que neles reside.

Antes da partida do Pai Criador para o núcleo da via láctea, lugar onde cumpre a função de Soberano Supremo deste universo, prometeu a todos os seus discípulos que um dia iria voltar e exprimiu-se assim: “Hoje vedes-me na carne porque estou na carne, quando eu voltar daqui a séculos ou milénios...só me vereis com o olho do espírito. Nesse dia verteremos, Eu e o meu Pai, o espírito sobre toda Terra e sobre a humanidade que tenha lavado as suas vestes com o sangue do cordeiro. Nesse dia vereis o meu estandarte como relâmpago vindo de Oriente para o Ocidente”. O estandarte deste Universo/via láctea é uma bandeira branca com três círculos concêntricos azul.


Se o Filho do Homem neste tempo regressa-se na carne, Ele iria pertencer ao povo e, todos iríamos reconhecer que seria amplamente de espírito livre e em diálogo permanente com a sociedade civil e religiosa sem se deixar iludir e influenciar, embora com respeito mútuo mas sem papas na língua.

Ele seria livre de preconceitos religiosos e nunca evidenciaria a intolerância. Nada possuiria no caráter que pudesse assemelhar-se ao antagonismo com a sociedade. Ainda que concorda-se junto do povo com a sua respetiva religião, não hesitaria em por em causa as tradições seculares, os preconceitos, os dogmas e, em algumas partes do mundo a escravidão, em muitos aspectos imposta pela religião.

Ele demonstraria que as catástrofes humanas e outros acontecimentos trágicos, não eram atiçados pelo castigo de Deus nem por inexplicável coincidência, mas por ação do próprio homem ao reacender a lei de causa-efeito, mas também faria saber que na multiplicidade da ordem no Universo nada é acaso e, que a ciência é meramente recém-chegada a uma ordem imensa e muitíssimo antiga, não estando em altura de a compreender plenamente.

Ele denunciaria o erro na veneração a Deus, quando acorrentada a cerimónias sem significado e a fraudulenta veneração direcionada a interesses materiais. Iria igualmente denunciar a hipocrisia das religiões e a desonestidade com que fazem promessas que não se encontram ao seu alcance realizar e acrescentaria: Mais grave ainda é negociarem sem vergonha o santo nome de Deus.

Ele proclamaria corajosamente a liberdade da alma imortal ou do espírito residente, na decisão do livre arbítrio e decidiria dizer que não seriam apenas os que cumprem rigorosamente os preceitos religiosos, estabelecidos em cada povo, raça ou cultura, mas que também são apreciados os filhos, pese embora não serem filiados em nenhum tipo de religião, crêem no verdadeiro Deus, porque o essencial é fazer dia após dia a vontade do Pai do Paraíso.

Ele conquistaria o respeito dos seus seguidores sem qualquer tipo de imposição e exercia uma força de atraimento especial sobre toda a humanidade sem ser autoritário e, os homens, mulheres e crianças não se recusariam em abraçar os seus ensinamentos, e concluiríamos que finalmente teria chegado de novo à Terra o grande sábio de outro tempo, que nos saberia conduzir à Verdade e ao Reino que Ele há dois mil anos anunciou.

Quedaríamos em saber! Neste mundo hostil e de excessiva disputa, qualquer que fosse o país onde viesse nascer o Pai Criador, no molde em que está constituída a sociedade com seus poderes religiosos e políticos, como iriam reagir perante o saber, o talento, a erudição e a transparência de um Pai Criador imensamente sábio. Iria pela certa incitar confrontação com as conjecturáveis sabedorias das hábeis presunções de dirigentes religiosos, de políticos arruinados mas empolgados. Quem saberá, se não aconteceria o mesmo que há dois mil anos? Ante a contrastante verdade de Sua imensa e digna humildade.

Muitos de nós exaltaríamos de felicidade e diríamos em consciência: Ele é o nosso Pai Criador vindo em nome do Pai do Paraíso. Contrariamente, naquele outro tempo não foi reconhecido, limitando-se depois, as religiões cristãs a adorar o homem que foi Joshua Ben José e esse foi o maior erro ante as Suas intenções. Não tenho dúvida que Ele virá com toda a sublimidade e só será manifesto ao homem se nele houver sensibilidade imaterial.

Antão 03.02.2012