quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pequenos na Terra poderão ser grandes na casa do Pai



Durante a vida na Terra andam por caminhos pouco definidos e confusos homens e mulheres de Bem que poderão ser levados a cair em atitudes involuntárias, podendo causar danos irreparáveis nos compromissos que elegeram; apoiar e colaborar para erguer o Reino de amor e de fraternidade na Terra, o Reino do qual falou o Pai Criador através da residência humana de Joshua. É essencial que suspendamos na vida os valores exclusivamente materiais e de alimento do ego e observemos para nosso exemplo, a conduta dos inimigos do bem e a diligência no combate por grandezas e exclusividades materiais e terrenas. Pesados carregos foram colocados sobre pessoas simples sem que estas tenham o mesmo recurso para se defenderem. Recursos iguais não têm, mas se os tivessem não os usariam os obreiros do Bem repartidos pela humanidade na Terra! Se a maioria dos homens, nomeadamente os mais dominantes, acreditassem na imparcialidade do Divino em Seu infinito saber e nas Suas leis, não fariam casuais promessas aos homens que se alimentam delas e logo ficam famintos. Os dominantes fazem crer na existência de um Deus particular e de uso exclusivo, porém os pobres pecadores verificam não haver nesse deus piedade, uma vez que os submete ao castigo da miséria e da doença e em consequência surge a palavra de apelo e de esperança em “valha-nos Deus”; só o Todo em Amor e Misericórdia, porque não há outro. O homem terá que conhecer os verdadeiros motivos do seu sofrimento e não é por vontade do Pai, pois Ele não quer mal aos seus filhos.

O conhecimento dos homens sobre a Deidade está longe de saberem. Nos modelos em que a sociedade está constituída e lesada pelas religiões e as lacunas que ocasiona, vem impedir o aproximar da realidade sobre leis no Universo. A grandeza da Deidade é inatingível ao saber da grande maioria da humanidade e mesmo dos líderes de igrejas onde as suas teologias não acodem. Desconhecer essa obra de imensa grandeza e correspondente saber é desconhecer o seu Criador na ação do Espírito Atuante – quando soubermos entender a obra entenderemos quem a criou. O homem deveria saber um pouco mais sobre si e das leis que dele fazem parte e que, obviamente a elas está sujeito. Essas leis atuam antes e depois do nascimento na carne. Somos um mundo que faz parte de uma ordem muito distante do centro deste universo/galáxia; estamos na sétima e última ordem e ainda somos muito primitivos. Nesta circunstância o homem desconhece as suas origens, não sabe quem o encaminhou para viver na Terra, não sabe porque vive nela e também não sabe para onde vai depois de lhe morrer o corpo. O que sabem sobre isso é escasso e há mesmo quem minta sobre este assunto muito sério.

A entidade ao voltar de novo ao mundo esquece logo que adquire o domicílio dentro do homem, e o motivo maior desse esquecimento consiste em recomeçar tudo de novo em cada vida na carne – não perde a experiência das vidas anteriores mas obriga-se ao esforço em querer despertar de novo a convição do residente interno sobre a realidade aperfeiçoando-se – esquecer o passado de vária natureza em outras vidas é uma dádiva misericordiosa na lei do Criador. O esquecimento até permite dar eleição preferencial a vidas ilustres mesmo que duvidosas e negar a realidade de vidas enlameadas. Há entretanto quem possa recordar vidas passadas, suas e de outros, depois de trabalho árduo e de merecimento. Assim acontecerá se houver sinceridade.


Na lei causa-efeito é predominante o equilíbrio e a verdade e recusa as preferências. Há na origem animal do homem motivos a obrigar ao esquecimento e é também oportunidade única de poder corrigir faltas ocorridas em vidas passadas sem a perceção do acontecimento delas e consentâneo em não haver interferência que venha colocar em causa a libertação da alma imortal em dívida. Na circunstância de pagamento entendemos o termo usado pelo Pai Criador: “Se blasfemares contra o Pai Infinito e o Filho Eterno eles perdoam, mas se blasfemares contra o espírito não sereis perdoados no céu nem na Terra”. O espírito a que o Pai Criador se refere é o que vive dentro do humano contra o qual não poderá haver ofensa porque é uma partícula do Pai do Paraíso, assim sendo, a lei causa-efeito é atuante para que sejam saldadas as dívidas e sejamos livres e na sequência haver crescimento e o alimento da fé que é homogénea no acreditar sem ver: “Bem-aventurados os que acreditam sem ver”, disse o Pai Criador ao apóstolo Tomé.



Esquecer é também um segredo na lei e na misericórdia do Pai em autorizar aos homens pagamento simples de uma grande dívida. A parábola aos Judeus dita pelo Pai Criador confirma e os preveniu, mas eles não tiveram ouvidos: “Um homem tinha grande dívida para com seu Senhor e como não conseguia pagar pediu que lhe perdoasse e Ele lhe perdoou. Depois de perdoado ele não escusou perdoar uma pequeníssima dívida a outro. Então o Senhor mandou-o chamar e disse-lhe: Como não quiseste perdoar também não poderás ser perdoado, terás que pagar a dívida até ao último cêntimo” e acrescentou o Mestre: “perdoai e sereis perdoados”; isto permite ao homem fazer pequeno pagamento por conta de uma grande dívida. Se a alma imortal contida de culpa recordasse plenamente os atos perversos praticados em vidas anteriores poderia não ser capaz de perdoar-se. Assim a misericórdia do Pai auxilia noutra vida posterior o modo de pagamento de forma indulgente quando é aceite. O pagamento poderá ser conforme o ato praticado contra o espírito domiciliado no humano e este poderá ser agravado consoante a grandeza espiritual do ser.

A alma nasce de novo na carne em número necessário para atingir o limiar evolutivo na Terra e o propósito de alcançar um grau de experiência essencial ao progresso espiritual ascendente neste universo. Apesar de contermos alma eterna somos distantes do saber eterno sobre todas as coisas contidas na eternidade, porém não reconhece a maioria dos homens sermos ignorantes e reclamamos se assim nos titularem. Há quanto tempo o homem confunde o amor por faces excessivamente repartidas e a um momento agradável e efémero diz ter feito amor. O Amor é Infinito e quando lá acordar entenderão. Em nossa dimensão no universo apenas vivemos de emoções e sentimentos que construímos e destruímos como a um edifício construído de areia. Quando soubermos construir e viver o amor que dá sem receber em troca, estamos no caminho certo para saber o que é fazer ao próximo como gostaríamos que fizessem a nós. Se entretanto não houver ocorrência a provocar na humanidade e na Terra mudança radical, estaremos longe de viver essa consciência de amor pequeno.

O Pai Infinito não possui o mal, mas criou o mal virtual no espaço-tempo que é uma consequência compulsiva a este mundo. Todavia o mal virtual torna-se em realidade para os homens que o praticam. Todos os que não são do mundo também desconhecem que o mal é um desafio para entender o bem. Adão e Eva há 37.000 anos? comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Mesmo os anjos feitores da rebelião há 250.000 anos? Ignoraram o efeito do mal no universo local de satânia, mesmo vindos de um mundo da segunda ordem próxima do núcleo deste universo/galáxia e do Pai Criador. (Não esquecer que estamos na sétima ordem e última deste universo). Contudo na atuação intrínseca ao espaço-tempo crescer espiritualmente passa por formar conceitos e experiência-los, criando o positivo. Um mínimo de negligência por falta de suficiente conhecimento pode tardar a ascendência para o princípio, mas também pode levar a longo esquecimento como sucedeu a muitas entidades espirituais na vinda para a Terra em sétima ordem.

É provável que os habitantes da Terra se tenham distanciado de um progresso espiritual mais acelerado se o príncipe planetário não tivesse aderido à rebelião que moveram contra o Pai Criador. Os autores de maior imputação na rebelião passaram a promotores de causa e depositários dos efeitos. A causa a insubordinação, os efeitos o retroceder sem memória da origem até ao irracional. Quem nos esclareceria só eles, e se soubessem as consequências da insurreição a teriam feito? Será que também os homens, embora desculpados por ignorância e sujeitos ao esquecimento, ateariam tanto mal na Terra se soubessem os efeitos dessa causa? Digo dos homens contidos de alma imortal! Ao sabermos que o mundo foi feito para os homens e mulheres e sendo nós pessoalmente domicilio de uma fração do espírito do Pai do Paraíso terá que ser essa fração, à medida que se multiplica e valoriza, quem executa no todo a lei causa-efeito na Terra, através do livre arbítrio que lhes foi concedido no Princípio e porque é humano. O homem é a única morada do Pai do Paraíso neste mundo tão primitivo onde produz conceitos e neles a experiência.


 Entretanto o equívoco de uma influência doentia e mesmo duvidosa foi forjado por dirigentes religiosos nos tempos de problemática busca do homem pelo sagrado. Eles têm vindo desde o princípio da sua existência a despojar as humanidades da capacidade em executarem valores que façam a vontade do Pai e nela a consequência de realização espiritual mais elevada. Não vislumbro a esperança em modelos velhos e imaginários que afiancem lealdade. Uma nova ordem para a humanidade não se eleva através de organização cujas atitudes são intencionalmente desleais ao Pai. Há muitas vozes e gestos melódicos que não condizem com a realidade interna da entidade que os manifesta e isso engana a muitos, e são várias as contingências na eleição de personalidades, e nessas eleições estamos a combater o bem e as verdades. Quantas vozes se manifestam fazendo crer ser o bem usando o nome de Deus e depois o substituem pela perversidade neles; Deus não pode ser uma figura simbólica pronunciada em vão. O Pai Infinito e a finalidade da obra por Ele criada não podem ser um pressuposto para a humanidade. Não se fazem projectos e se concretizam sem objetivo – aos do homem pode suceder o fracasso – os do Pai Infinito apesar dos antagonismos se realizarão na Terra, e todos os objetivos terão que ser cumpridos e o homem terá que saber e sentir qual a sua colaboração nesse propósito: – É uma intenção de longínqua idade para fim absoluto.

A falta de lealdade, do homem para com o seu Deus, está na eminência de se manifestar de forma mais severa. Os povos de Deus estão a ser leiloados pelos procuradores de uma rebelião há muito tempo organizada contra o Pai Criador. Estando os mesmos procuradores a tornar todos os povos dominados por ensinamentos interruptores da determinação no serviço ao Pai do Paraíso. Ainda hoje, se não somos cegos, vimos um rasto de sangue proveniente do assassinato cometido há 1.976 anos, e os que tinham dever no próprio compromisso não apagaram esse rasto no uso da Verdade. O insulto continuado ao espírito de Deus residente no homem e gerou dívida por pagar. Quem poderá alcançar o perdão se não soube perdoar, ao inverso, julgaram sem culpado e mataram. O despotismo gerado entre os homens pela rebelião enaltece os criminosos e condena os justos, aconteceu igualmente ao Pai Criador na cidade santa de Jerusalém.   


Verifica-se no contato diário tudo quanto não foi dito e tudo quanto haverá a dizer para preencher o vazio de conhecimento da humanidade sobre as leis do Espírito em todo o Universo. A ignorância na Terra faz lutar por grandezas e mesmo sendo efémeras dão lugar a sobranceria, mesmo na exteriorização modesta de alguém. Na insinuação à falta de saber se desprezam os mais simples e igualmente terão dificuldade em aceitar um gesto humilde. No tempo em que o Pai Criador esteve na Terra e lidou com os homens e mulheres que mais de perto o seguiram, aconteceu incidentes entre alguns dos apóstolos, pois não souberam corrigir a sua confusão mediante a realidade futura da mensagem para uma nova era de soberania divina no seio da humanidade, vindo a discutir na ausência do Mestre, sobre as posições que eles próprios teriam nesse reino que estava para ser construído na Terra e qual deles iria ocupar o lugar mais importante.

O Pai Criador tinha vindo a aperceber-se das discussões limitativas que se instalavam no pensamento de alguns apóstolos, e naquele dia com um gesto chamou um menino, talvez um dos filhos de Pedro porque estavam em casa dele e, colocando a criança no meio de todos, disse: “Gostaria de vos confrontar com a realidade e vos dizer com verdade; se não mudardes e se não vos tornardes como esta criança, pouco progresso fareis no Reino do céu. Aquele que se humilhar e se tornar pequeno ao pensar como esta criança virá a ser grande no Reino do céu. E aquele que receber esse pequeno é a mim que está a receber. E aqueles que me receberem também recebem o Pai que me enviou. Se quiserdes ser os primeiros no Reino que vos anuncio, procurai transmitir essas salutares verdades aos vossos irmãos na carne. Mas se alguém fizer um destes pequenos cair, seria melhor para ele que uma pedra de moinho lhe atasse ao pescoço e fosse lançado ao mar. Se o que fizerdes com as vossas mãos forem apoiadas em interesses erróneos descobertos com os vossos olhos e estes ofendam o progresso da obra do Reino, nesse caso, sacrificai essas partes reverenciadas em vós, pois é melhor entrardes no Reino sem as muitas coisas que amastes na vossa vida, do que vos apegar a esses idealismos e pressentir que fostes excluídos do Reino. Mas mais do que tudo, certificai-vos que não desprezaram nenhum destes pequenos, pois os anjos que estão com eles estão em contato ininterrupto com as faces das hostes celestiais”.


Para não haver entre nós vítimas de causa imprevista, obriga-nos a ser atentos para os que são “estes mais pequenos” na Terra. Pela humildade e simplicidade se irão conhecer, “pelo fruto os conhecerão” disse o Pai Criador. Temos a certeza que não se irão conhecer com vaidade, nem presunção, nem pela insolência e narcisismo. Os néscios só pensam que sabem, esses se reconhecem previamente.

Antão (gnóstico) 23-03-2012







domingo, 8 de abril de 2012

Na Páscoa dos Judeus o que celebram os cristãos?


A Páscoa, em Deuteronómio (16) diz: “Guarda o mês de Abibe, e celebra a Páscoa do Senhor, teu Deus, porque no mês de Abibe o Senhor, teu Deus, te tirou do Egito, durante a noite. Então sacrificarás na Páscoa ao Senhor, teu Deus, ovelhas e vacas, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome”. A Páscoa dos Judeus celebra-se dentro do período de 12 luas cheias, logo a data da festa anual dos cristãos para comemorar a ressurreição de Jesus é concordante com a Páscoa dos Judeus e não com a verdadeira data da Sua morte e o desaparecimento no túmulo do Seu corpo.  



É grande a coincidência da celebração da Páscoa neste ano 2012 que parece trazer uma mensagem, discreta mas significativa. No dia 06 de Abril do ano 30 a última ceia e a sua prisão e no dia seguinte, 07 de Abril, os Judeus e Romanos crucificaram o Filho do Homem coroando a cruz com o letreiro ”Este é Joshua o Rei dos judeus”. Estamos a reviver o período de muitas traições desde o beijo de Judas a outras com nome quaresmal onde há a certeza que não se comemora nem a morte nem a desintegração (ressurreição) do corpo morto onde viveu o Pai Criador. A 07 de Abril do ano 30 na hora nona (três da tarde) expirou. Eram vésperas do dia de Páscoa dos Judeus e só setenta e duas horas depois, na madrugada do dia 09 de Abril se registou naquele túmulo um prodígio único e ainda de saber muito restrito e insuficiente de esclarecimento para a erudição do terráqueo, ainda muito primitivo em relação ao conhecimento no universo do Espírito atuante.

Repete-se anualmente em todo o mundo onde existe a religião romana a representação do martírio e morte daquele homem justo, réu de crimes que não cometeu. Perturba hoje a retratação dessa imagem de dor nesse ato perverso promovido por nações que rotulavam de ímpios e de bárbaros outros povos daquele tempo, arrogando rótulo de civilização. Os cristãos fazem tema ao conduzir as imagens próprias da quadra e ainda do “Senhor dos Passos” transportando a própria cruz como há 1976 anos até ao local onde os carrascos o executaram. O mal é invocado e os cristãos comemoram desde há séculos aquele calvário sem coerente propósito. Também poderemos tirar inferência dessa comemoração e possa servir para demonstrar o barbarismo desse crime consumado por Judeus e Romanos, e ainda porque no ano 324 o imperador romano Constantino, fundador da Igreja Romana, quisesse assumir a herança da responsabilidade desse crime que não irá passar sem a justa retidão. Muitos dos que hoje promovem o simulacro desse ato bárbaro, poderão ter sido as mesmas entidades que estiveram presentes no largo em frente à fortaleza Antónia - sede do procurador de Roma em Jerusalém - a gritarem pela libertação de Barrabás, vociferando a pedir a crucificação do Homem Justo, embora uma semana antes o tenham aclamado com ramos de palmeira. 


Dia 6 de Abril do ano 30 depois da ceia entre o Mestre e os apóstolos e depois da saída de Judas Iscariotes, quando encheram a terceira taça de vinho, o Mestre pôs-se de pé e, pegando na taça, louvou, dizendo: “ Usai esta taça e bebei todos dela. Este será o cálice da recordação de mim. Este é o cálice do benefício de uma nova promessa da graça e da verdade. E será, para vós, o símbolo da minha outorga e da dádiva do Espírito da Verdade. E eu não beberei novamente desta taça até que beba de forma diferente e convosco no Reino eterno do Pai”.
“Sempre que fizerdes isto, fazei-o em pensamento comigo. E nessa comemoração, primeiro recordai a minha vida na carne, depois que estive entre vós e, então, pela fé, podeis saber que todos vós ireis num dia vindouro e distante cear comigo no Reino eterno do Pai. Esta é a nova Páscoa que deixo para vós, a da memória da minha vida de outorgamento, a palavra da verdade eterna e do meu amor por vós, da efusão do meu Espírito da Verdade sobre toda a carne”.

Os apóstolos sentiram que alguma coisa fora do habitual estava a acontecer, quando beberam desse cálice simbólico em veneração e profundo silêncio. A velha Páscoa comemorava o desespero dos seus antepassados em estado de escravidão racial para a liberdade individual. Agora o Mestre estava a instituir uma nova ceia memorial como símbolo da uma nova libertação, na qual o indivíduo escravizado emerge do aprisionamento das cerimónias inúteis e do egoísmo, para a alegria espiritual da fraternidade e da irmandade dos libertados filhos do Deus vivo.

Depois de beberem da taça da recordação, o Mestre pegou no pão e após louvar, partiu-o em pedaços solicitando que o distribuíssem, disse: “Pegai nesse pão da recordação e comei. Eu vos disse que sou o pão da vida. E este pão da vida, é a vida na união do Pai e do Filho, em uma só dádiva. A palavra do Pai, conforme foi revelada no Filho, é de verdade o pão da vida”.

Ao realizar esta ceia, o Mestre, como foi sempre seu hábito, recorreu a simbolismos. Ele empregou-os porque era sua intenção ensinar muitas das grandes verdades espirituais e de algum modo tornar difícil a posteridade em se advogar, delimitando na interpretação o significado mais vasto das suas palavras. Igualmente ele tentou impedir que gerações sucessivas cristalizassem o seu ensinamento e acorrentarem os seus significados espirituais nas correntes mortas da tradição e dos dogmas.

Não obstante o esforço do Pai Criador, em estabelecer o engrandecimento dessa recordação, na sequência dos que vieram dar continuidade a esse movimento nos séculos seguintes, instaurou-se uma oposição que expressou o seu próprio desejo e avassalou. O simbolismo espiritual e simples daquela noite de 6 de Abril do ano 30 veio a ser reduzido a interpretações rígidas e submetido ao rigor de um formulário instituído. De todos os ensinamentos do Pai Criador, nenhum outro se tornou mais padronizado pela tradição.

Esse momento simbólico da ceia da recordação, quando é compartilhada pelos filhos conhecedores do Pai Criador e Pai do Paraíso, não precisa ter interpretações erradas e ingénuas explicações desse simbolismo, quanto ao significado da divina presença, pois em todas essas ocasiões o Pai Criador está presente verdadeiramente. A ceia da recordação é um encontro simbólico do crente com o Pai Criador. Quando vós vos tornais assim conscientes do espírito, o Filho está realmente presente, e o seu espírito confraterniza-se com a fração residente no homem do seu Pai do Paraíso. O pão e o vinho que Ele repartiu simbolizam respectivamente “masculino e feminino” da Deidade, que unidos se tornam o responsável pela unidade eterna. 


“Quando fizerdes estas coisas, relembrai-vos da vida que eu vivi na Terra entre vós e rejubilai, pois eu irei continuar a viver na Terra mas dentro de vós e servindo por vosso intermédio. Nesse ligamento, como pessoas, não tenhais disputas entre vós sobre quem será o maior: Sede como irmãos! E, quando o Reino crescer e abranger grandes grupos de crentes, do mesmo modo deveríeis abster-vos de disputas pela grandeza e de procurar ser a preferência entre tais grupos”.

Houve naquele período tantas lições sublimes entregues aos homens pelo Pai Criador, filho do Pai do Paraíso, que seria de grandíssima lição para quem queira seguir-lhe o exemplo e se tornar seu discípulo nos tempos de hoje para o movimento de uma “Nova Cristandade”, melhor dizendo: Nova caminhada para o Reino patenteada no testemunho da humilde rendição do Pai Criador para a morte. Foram ditas palavras sábias horas antes da Sua morte aos discípulos que deveriam ser enaltecidas, interiorizadas e postas em hábito pessoal e dar exemplo delas; este deveria ser o modelo digno de um seguidor do Mestre, emancipado da religião! E passo a descrever as palavras sábias que foram esquecidas e presumivelmente pouco conhecidas.

 “Mediante a minha presença na carne junto de vós, não sou mais do que um indivíduo no meio de vós e no mundo. Porém, logo que me desamarre destas vestes de natureza mortal, serei capaz de retornar em espírito e residir em cada um de vós e em todos os fiéis crentes na doutrina do Novo Reino”. Deste modo o Pai Criador tornar-se-á uma encarnação espiritual convertendo as almas em imortais, de todos os que venham a surgir como verdadeiros crentes.”

“Quando eu regressar para viver em vós e trabalhar como vosso medianeiro, poderei conduzir-vos melhor nesta vida e guiar-vos pelas várias moradas na vida futura e no caminho do céu dos céus. A vida na criação eterna do Pai não é descanso eterno nem torpor, nem mesmo de comodista tranquilidade, é sobretudo uma progressão incessante na retidão, na santidade e na Verdade. Cada uma, entre tantas moradas na casa do meu Pai, é um local de permanência para uma vida destinada a vos preparar para a seguinte e sucessivamente mais elevada. E assim os filhos da luz irão, percorrendo as muitas moradas na casa do Pai, até que alcancem o estado divino no qual estarão espiritualmente perfeitos: Assim como o Pai é perfeito em todas as coisas”.

“Se quiserdes seguir no caminho que vos revelei, quando eu vos deixar, reúnam os vossos esforços mais íntegros para viver de acordo com o espírito dos meus ensinamentos e com a finalidade com que vivi a minha vida – fazer a vontade do meu Pai. Fazei isso, em vez de tentarem imitar a minha vida na carne sendo como eu fui, pois eu vim por necessidade e desafiado a viver como um mortal.”

“O Pai enviou-me a este mundo, mas poucos foram os que entre vós escolheram receber-me inteiramente. Eu irei verter o meu espírito sobre toda a carne, no entanto, não serão todos os homens que elegerão receber esse novo instrutor como guia e conselheiro da alma imortal ou do espírito residente. Todos os que o receberem serão iluminados, purificados e confortados. E esse Espírito da Verdade tornar-se-á uma nascente de água viva, fazendo-os crescer para a vida eterna.”


“E agora, que estou para vos deixar, gostaria de pronunciar algumas palavras de conforto. Quero que haja paz entre vós e dar-vos pessoalmente a minha paz. Ofertar estas dádivas não é como o mundo as dá, avaliando. Eu dou a cada um de vós o que cada um pode receber. Que os vossos corações não se perturbem e não fiquem temerosos. Eu venci o mundo, e em mim todos vós ireis triunfar pela fé. Eu preveni-vos de que o Filho do Homem será morto, mas eu asseguro-vos de que eu retornarei antes de ir para o Pai, ainda que seja apenas por momentos. E, depois de ter ascendido ao Pai, eu irei seguramente enviar o novo instrutor para estar convosco e para residir nas vossas mentes. E quando virdes tudo isso acontecer, não vos desanimeis, deveis antes de tudo acreditar, porquanto de tudo isso sabíeis de antemão. Eu vos amei com um grande afeto, e não desejaria deixar-vos, mas é essa a vontade do Pai. A minha hora é chegada.”

“Não duvideis de nenhuma dessas verdades, mesmo quando estiverdes dispersos por motivo de perseguições e abatidos por causa de muitos sofrimentos. Quando sentirdes que estais sós no mundo, eu saberei do vosso isolamento, do mesmo modo que sabereis dos meus sofrimentos, quando estiverdes dispersos e em caminhos diferentes, deixando o Filho do Homem nas mãos dos seus inimigos. Todavia eu nunca estou só; o Pai está sempre comigo. Mesmo em uma hora como esta, eu pedirei por vós. Eu tudo vos disse para que possais ter paz e tê-la com muita abundância. Neste mundo vós tereis tribulações, mas tende coragem e alegria; eu triunfei no mundo e vos mostrei o caminho do júbilo e do serviço eterno”.

“E agora, meu Pai, eu gostaria de fazer uma prece não apenas por estes onze homens, mas também por todos os outros que agora crêem, ou que poderão, de agora em diante, crer no evangelho do Reino através da palavra do Teu outorgamento futuro. Quero que sejam um, como Tu e eu somos Um. Tu estás em mim como eu estou em Ti, e eu desejo que estes crentes, do mesmo modo, estejam em Nós; que os nossos Espíritos habitem neles. Se os meus filhos forem um, como nós somos Um, e se eles se amarem uns aos outros como eu os tenho amado, então, todos os homens confirmarão que eu vim de Ti e estarão dispostos a receber a revelação da verdade e da glória que eu tive: A glória que Tu me deste, eu a revelei a estes crentes do presente e revelarei aos do futuro.”

“Tal como Tu viveste comigo em espírito Eu viva com eles e do mesmo modo fará o novo instrutor que será sempre um com eles e neles. E tudo isto fiz para que os meus irmãos na carne possam saber que o Pai os ama, como os ama o Filho e que Tu os ama como me amas a mim. Pai, junta-te a mim para amparar estes crentes, para que eles possam, muito em breve, vir a estar comigo na glória e, então, prosseguirem até que se unam a Ti no abraço do Paraíso. Aqueles que estão comigo na humilhação, eu gostaria de tê-los comigo na glória, de modo que eles possam ver tudo o que confiaste nas minhas mãos como colheita eterna da semente do tempo, na semelhança da carne mortal.”

“Eu alimento o desejo de mostrar aos meus irmãos terrenos a glória que eu tinha Contigo antes do nascimento deste mundo. Este mundo tem conhecimento insuficiente de Ti, Pai Maravilhoso, mas eu conheço-te, e eu tornei-te conhecido para estes crentes, e eles farão com que o Teu nome seja conhecido em muitas outras gerações. E agora eu prometo-lhes que estarás com eles no mundo como estiveste comigo e também vivi com eles na carne. Assim como tens sido Um comigo, eu sou também Um com eles.”

Descobrir o Filho do Homem e o Pai Criador que nele vivia não é percorrendo os caminhos até ao calvário em encenações de atores ocasionais com produção da igreja romana. Não é na encenação de um crime hediondo que se celebra uma religião, e o crente não encontra a sua convição uma vez no ano a soltar lágrimas de tristeza, mas deve fazê-lo diariamente em atos de fazer a vontade do Pai Criador e nele encontrar as capacidades para exteriorização sobrenatural. No desejo expresso do Pai Criador está o exercício pragmático diário daqueles que o querem seguir com verdade.

Antão (gnóstico) 06-04-2012 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Do passado ao presente delineando está o futuro


Enorme afirmação do Pai Criador nas palavras de um homem que nasceu há 2016 anos de nome Joshua Ben José: “Lamentai-vos Fariseus, vos regalais com os primeiros lugares nas festividades e solenidades vestindo longas túnicas, mas aplicais pesada carga, difícil de carregar nos ombros dos homens que confiam em vós. E, quando as almas imortais desses homens vacilarem sob esse pesado fardo, vós não levantareis nem mesmo um dedo para os socorrer. Ai de vós, que encontrais grande satisfação em construir túmulos para os profetas que os vossos antepassados mataram, todavia aprovais o que eles fizeram, e isso fica bem comprovado ao planeardes matar aqueles que vieram neste tempo para realizar o que os profetas disseram na sua época – proclamar a retidão de Deus e revelar a misericórdia do Pai do céu. Mas, dentre todas as gerações vindouras desta geração perversa e presunçosa é que será cobrado o sangue dos profetas e dos apóstolos. Ai de todos os que afastaram e afastarão da pessoa comum o ensejo do conhecimento! Vós próprios vos recusais a entrar no caminho da Verdade e ao mesmo tempo impedis todos os outros de entrar nele. Contudo, não ireis conseguir fechar as portas do Reino do céu, pois nós as abrimos para que entrem todos aqueles que têm fé. Esses portais de misericórdia não serão fechados pelo preconceito e pela arrogância de falsos instrutores e de sacerdotes desleais, logo sois como túmulos caiados de branco que, mesmo parecendo belos por fora, por dentro estão cheios de ossos de cadáveres e de todos os tipos de canalhice”. Como são evidentes hoje, estas palavras ditas há 1980 anos, dias antes de partir da Terra o Pai Criador.

Toda a elevação disposta para a imortalidade sendo emancipada, é apedrejada pela sobranceria e o que subsiste de maior Bem na Terra anda corrompido. Edificam altaneiros pódios para aclamar vencedores e igualmente criaram os recursos para as derrotas do Bem, indiferentes aos valores manifestos nos homens onde Deus coabita, por não se exporem de forma banal ao desdém dos diversos vedetismos comuns à sociedade. As divergentes faces administram o mundo, embora devessem ser o lado da Verdade e as impulsionadoras de Virtude, têm sido de lamentáveis imoralidades, ao ponto das suas crueldades procriarem semideuses. Os subordinados das religiões só deveriam mover-se dentro de atos edificativos e o que se tem verificado até hoje foram atos de maus exemplos, originando pobre ensinamento na herança dos homens e isto coloca dúvidas se as religiões teriam sido erguidas pela inspiração de Deus. No cometimento de tantos atos impiedosos, eles só poderiam ter a influência da rebelião em simultâneas imperfeições dos homens que as criaram e dos que as apadrinharam até hoje. O Pai Criador residiu no homem Galileu que amoldou para que se tornasse sábio, e assim, esse Homem se transformou em Criatura terrena Sublime que nunca foi compreendido. Primeiro pelos religiosos, segundo pela ciência e ao mesmo tempo pela política. Foi grande desgraça não o reconhecerem nem à sua obra, e se foi reconhecido não atingiram o saber que o distinguia, especialmente as autoridades religiosas como lhes competia. Contudo o espírito dos mais pequenos e humildes sempre O compreendeu.


Por quanto tempo persistirá o obscurantismo na Terra sobre o Amor Infinito do Pai? Dizem apregoar a redenção edificada no seu Grande Amor e de seguida declaram que Deus colocará no inferno para sempre os filhos pecadores. Essa imputação é hedionda, sabendo nós a Misericórdia e o Perdão eterno do Pai Infinito. No velho e novo testamento quem não cumprisse a lei de Deus seria amaldiçoado; nunca se disse “castigo eterno no inferno”, nem o Pai Criador e Seus apóstolos, nem mesmo Paulo o ideador do cristianismo falou dele. Então o inferno poderia ser um equívoco de quem o inventou, todavia, é o mesmo que teria sido mostrado aos pastorinhos na Cova da Iria: Alguém o afirmou e muitos o ouviram! Porém um enviado do Divino não traz ameaço; só poderia ter mostrado o Céu. A falsa afirmação compreende-se! As igrejas, só recentemente mostraram nova aparência, mas ainda conservam o que sempre foram; o vulto que infiltra nos fiéis o medo e ameaço de punição com face modernizada. Gostaríamos de saber para nos tranquilizarmos sobre o destino de outros crentes do passado e das mesmas almas imortais a viver atualmente, se o pagamento do pecado na fogueira da inquisição e o ato desumano nesse suplício, substituiu o castigo eterno no inferno e se Deus aprovou tudo isso? A falsidade mantém-se viva e de boa saúde durante o estado de inconsciência entre os cristãos. Embora haja revelações visíveis de perigosas valias, de cumplicidades, de magnificência e vanglória, tudo pela aparência de converter com uma finalidade, e se não for pela verdade tudo se precipitará para um fim pouco dignificante. 

É com surpresa que iremos apurar a enfermidade profunda nas igrejas e com ela adoecer também a promessa ausente da verdade no serviço a Deus e, igualmente não são as religiões perto da morte ou os seus cerimoniais que nos libertarão. Essa liberdade é feita da convição individual e da experiência viva nas realidades espirituais do Reino anunciado pelo Pai Criador. Não devemos permitir que a reverência pelas tradições e pelos dogmas desvirtuem o entendimento daquilo que os olhos não vêm e os ouvidos não ouvem. No passar do tempo da vinda à Terra do Pai Criador sempre houve a Sua presença viva em desconhecidos a divulgar com sinceridade o Reino desde o dia da Sua partida. Desde a sua partida ainda não teve fim o prazo das considerações mentais de O conhecer a maioria dos homens e as igrejas cristãs. Também podemos admitir que será o disfarçado pesar dos homens pela autoria da Sua crucificação. Teria havido nesse ato de Jeovismo e Romanismo honra e glória de vencedores? Havendo, entristece os verdadeiros discípulos. Sabendo eles quem foram os homicidas de quem encerrava a manifestação viva do Amor, do Perdão e da Misericórdia.


O movimento para uma “Nova Cristandade” deverá ser consolidada com a verdade e que indago a vinda durante o ano 2017 da idade do Pai Criador na Terra, e esse futuro de religar possa ser alicerçado no velho cristianismo com futuro incerto. Não é a retórica, a eloquência, nem a política, nem o que tem sido habitual no mundo de forte influência a solução de um mundo fraterno. Levaram à negação os princípios relatados nos Mandamentos e noutras Mensagens de fidelidade à vontade do Pai, e tudo transformaram por conveniência em torpe deliberação, decidida por guerras entre fiéis e infiéis; guerras na asserção de raças; guerras de posse territoriais e atentados extremistas. Os inimigos do bem tudo decidiram hipocritamente usando o nome de ideais justos e alguns ainda usaram o nome de Deus. Nesses feitos comuns ao poder dos homens é impossível residir a vontade que o Pai tem no propósito da humanidade. Depois dos péssimos atos e de tantos considerandos, forjam atitudes matreiras para se livrarem do juízo delator dos homens, dizendo possuir certificados de legitimidade, satisfatórios à sua absolvição perante a retidão de Deus. Haverá idênticas casualidades em outros exemplos? Nas expressões de certos rostos conhecidos lhe convêm disparidades para obterem dupla-face e estas confundam para ocultar o lado repelente do anticristo e correspondente especialização.

As especialidades da Besta têm vindo a deixar destruída toda a humanidade que vive com o sentido do bem e confiante na promessa do Pai Criador para a liberdade suprema. Neste mundo torna-se irrealizável a perfeição: “Só o Pai é perfeito”. Todavia há mínimos exigíveis de trabalho para a beleza da alma imortal dos que pretendam participar na construção do bem entre a humanidade; é esta uma forma de construir conciliação e nela a perfeição. Em todos os lugares onde eventualmente se dinamize a luta do bem contra o mal não é possível harmonizar os participantes nem mesmo uniformar o conhecimento. Nesta circunstância cada um irá proceder em conformidade com o inerente progresso em atitude positiva. O conhecimento poderá ser causador de controvérsia quando permaneça desajustamento entre a pessoa exterior que arroga saber e o residente íntimo por não ter capacidade para exigir à pessoa exterior a essencial humildade inseparável do saber. Não havendo humildade não há portas de acesso ao conhecimento do sagrado. Observa-se entre os habituais frequentadores da “Casa-do-tear” a tendência em alguns de fomentar o vedetismo e eleger vedetas no próprio círculo, demonstrando fraca atitude em relação aos propósitos eleitos nesse lugar, a construção entre todos de um estrágulo novo.


Para quem fomenta e se esforça em eleger valores espirituais entre todos, os procedimentos desleais quando existam, causa para quem o observa muita deceção. Se o movimento para a “Nova Cristandade” que apontei, fosse desde logo tratada pela falta de sinceridade e de humildade dos mais próximo e o abandono da retidão nessa obra pelos atos, seria melhor suspender o chamamento, acautelando o caminho para não ser traidor por descuramento. Os momentos que se vivem são sérios, trazem grande sofrimento à humanidade, e não dispomos por visíveis razões da época conturbada, um receituário que nos encoraje interiormente a nossa conceção racional assente sobre o problema que mais agrava a vida de cada um: a luta pela sobrevivência. Nem mesmo a presunção dos ministérios no âmbito mundial têm a solução para este inverno tempestuoso da humanidade. Se fosse visível aos olhos humanos a estirpe de alguns ministros, admitiriam a impossibilidade de eles cooperarem na construção de um futuro exigente em maior equilíbrio e retidão entre os homens.

No âmbito atual das dificuldades na vida há situações de decisão difícil das quais dou um exemplo: casais separados a viver na mesma casa de costas viradas, presos à condição de sobrevivência por falta de meios para residir separadamente. Esta circunstância sugere um modelo imaterial em conseguir uma outra forma de união com chamamento à fraternidade seguida de amizade e tolerância, sabendo que somos filhos do mesmo Pai e, ao recordarem a promessa de mútua afeição no passado, porquê esquece-la na indiferença de hoje? Só em algumas circunstância entre estirpes pessoais, cujo conhecimento delas ainda não tivestes acesso, só nessa particularidade haveria agitação em olhar no rosto. Embaraça a velha ideia de casamento religioso ser indispensável na vida de um casal para haver virtude, ao afirmar-se: “o casamento é uma vocação para a santidade”. Esta vocação não tem sido a origem que levou tantos devotos católicos a santos da igreja romana, pois a maioria deles passou pelo celibato. Também se coloca uma grande dúvida! Os casamentos em outras religiões não têm vocação para a santidade, porquê? A verificação na Terra de um iluminado espírito estará sujeito à autoridade de uma religião? Ou essa dimensão espiritual não é o resultado do trabalho individual do humano a fazer a vontade do Pai, seja qual for o seu estado civil e a religião que pratique. 

Continuamos a não alcançar a retidão da Deidade, como aconteceu entre a religião Judaica, na existência de ímpios sem Pai Criador com a difamante ideia que Deus é nosso Pai e dos outros é padrasto. A mentira deforma, e quando serve para propósito que deveria ser sagrado e não é, mais deformada se torna, porquanto a verdade se impõe. O que falta aos cristãos e às igrejas é lembrarem e saberem entender as palavras do grande sábio Pai Criador, quando há 1980 anos em Jerusalém foi desafiado pelos sacerdotes do templo e a propósito de casamento, Ele disse: No reino do Meu Pai ninguém se casa nem se dá em casamento”. Devemos procurar esse Reino e querer fazer parte dele independente de todas as influências, e não há em nós hesitação em saber quem diz a Verdade! O Pai não interfere em contratos de qualquer espécie entre os humanos.


Se a humanidade compreendesse se reconheceria, e enriqueceria com os benefícios vindos do próprio âmago e ficaria a saber que em cada mortal convivem pelo menos duas personalidades: um o corpo, primitivo e agressivo em luta pela sobrevivência enraizada na origem animal de todos os homens domicílios da alma imortal; outro eterno, nascido diretamente do Pai do Paraíso em trabalho ascendente e até agora já passara dezenas de milénios sem que o saibam, e nessa longa jornada quantos problemas não foram vividos e superados e agora impressos na mente, se fossem lembrados, poderiam constituir grande experiência para o momento que a humanidade está a viver. Havendo conhecimento e coragem caminharemos para a meta, embora não saiba que está próxima, e com ela a felicidade depois das dores de um difícil parto. 

Desde a época em que o Pai Criador esteve na Terra, todos andamos no caminho de um recomeço pouco compreendido, e todos temos conhecimento do ocorrido até hoje; quando ao ser proclamada uma nova experiência religiosa, haver perseguição e morte. Ainda hoje poderá ser usada a indiferença e a perseguição, e mesmo a força contra a razão, porque a exatidão da mensagem do Reino, porfiam dizer, só poderá ser matéria dada pelas igrejas. Qualquer boa intenção é afligida por atitudes que deveriam ter princípios mais nobres, sobretudo quando se trata do ideal do velho cristianismo que movimenta milhões em redor da palavra que julgam exclusiva das igrejas: a que foi transmitida à humanidade pelo Pai Criador. Contudo entre muitos cristãos permanece a confusão e a incerteza, em saber se o cristianismo é tutelado pela igreja católica romana ou pelo estado do Vaticano.  


Qualquer estrutura político-religiosa sempre foi perturbadora da Verdade e pertinente de outros interesses. Isto aconteceu ao povo de Yavé; ao povo de Alá e também em toda a idade da velha cristandade e noutras religiões. É inevitável começar tudo de novo. Adivinham-se dias difíceis para todas as igrejas a julgar o manifesto apelo de uma igreja no subscrito aos cristãos que mais pareceu falta à Verdade, ao ser dito: “o casamento tem de viver das principais qualidades de Jesus Cristo”. Como poderemos adquirir essas qualidades? Pois quem habitou em Jesus Cristo foi o Pai Criador! Teria sido mais atinente o apelo feito aos crentes dessa igreja, se lhes fosse dito: no exemplo de todas as igrejas as suas principais qualidades. Mas, se qualidades houvesse, não haveria necessidade de usar, com o propósito material, o nome venerável de Jesus Cristo. Também questiono! Ao afirmarem que o casamento religioso é bastante para atingir a eternidade, nesse caso em tudo quanto a eternidade abrange, que razão haverá para um filho desse casamento, para se incluir na igreja, ser obrigatório o batismo por ter sido concebido em pecado na união entre os seus pais quando da sua fecundação? Asseguro que garantir a eternidade é resultante da procura do homem íntegro, seja qual for a sua religião, porquanto no caminho do Reino do Pai é indubitável, primeiro atingir a santidade e depois a eternidade.

Quando Deus disse no princípio: “Cresçam e multiplicai-vos”, apontou para o homem os frutos da multiplicação no espírito e não para a fecundidade na procriação da carne. As igrejas, pela falta de presenças, estarão todas a pressentir no seu seio o esgotamento das suas diversas afirmações, será resultante por defeito da fé, de incertezas nas promessas dadas, ou pela falta de profundo sentimento religioso na colheita de fundos? Talvez o matrimónio religioso ao ser pago contribua em parte para a ciência económica das igrejas, e quem sabe se não é esse o motivo do chamamento aos crentes para a oração e o casamento nos templos. Falar com o Pai como a um amigo não é obrigatório o templo, falamos com Ele em qualquer lugar da Terra.

O tema que normalmente faz parte da publicação, fundamento particularmente a cultura religiosa no Ocidente, e nesse âmbito almejar uma “Nova Cristandade” empreendedora de uma gesta baseada na vontade e na palavra do Pai Criador por ser Ele o medianeiro do Pai do Paraíso, com o propósito de pôr fim a muitas imitações que têm vindo a concertar com sentido moderno e baseado em reflexões velhíssimas e gastas. Quem sustentar o medo ao enfrentar a Verdade, tem aí o seu maior escravizador e na presunção a maior fraqueza. Cada um se atraiçoará a si próprio ao ser prisioneiro de ambos. Estes dois os levarão à ruína pela privação da alegria e liberdade, nesta atitude estamos a guerrear contra a confiança autêntica no Pai do Paraíso.

Ao chamar de “Nova Cristandade” não é no intuito de desejar uma renovação da velha cristandade mas porque os crentes, mesmo surgindo uma nova religião, à qual dou o nome de “Religião do Espírito” irão manter por muito tempo o efeito de séculos que a cultura religiosa do cristianismo os inspirou. Não se colocam remendos novos em calças velhas porque acabarão por rasgar. O Pai Criador disse que deveríamos recomeçar tudo de novo. Lembro que há muito tempo iniciamos o encontro com a libertação do cativeiro, do medo e da dúvida, quando ingressamos na nova vida de convição e firmeza na esperança do Novo Reino anunciado pelo Pai Criador para a nova era da humanidade neste planeta e no inicio deste milénio.


 E, quando os sentimentos de serviço ao semelhante nascerem na alma, não os sufoquemos. Quando as emoções do amor pelo semelhante desabrocharem, devemos dar expressão a esses impulsos de afeto, na oferta sensata às necessidades reais dos nossos semelhantes. Recorde-se: “ nem só de pão vive o homem”. Assim, devemos adotar como exemplo vivo quem faculte o fruto do espírito e colocá-lo ao serviço do próximo, adotando a regra: Por troca de um nada dar tudo por amor. Quando isto romper na alvorada desse dia de Primavera da humanidade veremos então essa “Nova Cristandade”. E o estandarte do Pai Criador virá como sinal da vinda do Espírito para o nascimento do Novo Reino na Terra prometida.

 Antão, (gnóstico)
04-04-2012