Durante a vida na Terra andam por caminhos pouco definidos
e confusos homens e mulheres de Bem que poderão ser levados a cair em atitudes
involuntárias, podendo causar danos irreparáveis nos compromissos que elegeram;
apoiar e colaborar para erguer o Reino de amor e de fraternidade na Terra, o Reino do qual falou o Pai Criador através da residência humana de Joshua. É
essencial que suspendamos na vida os valores exclusivamente materiais e de
alimento do ego e observemos para nosso exemplo, a conduta dos inimigos do bem
e a diligência no combate por grandezas e exclusividades materiais e terrenas.
Pesados carregos foram colocados sobre pessoas simples sem que estas tenham o
mesmo recurso para se defenderem. Recursos iguais não têm, mas se os tivessem
não os usariam os obreiros do Bem repartidos pela humanidade na Terra! Se a
maioria dos homens, nomeadamente os mais dominantes, acreditassem na
imparcialidade do Divino em Seu infinito saber e nas Suas leis, não fariam
casuais promessas aos homens que se alimentam delas e logo ficam famintos. Os
dominantes fazem crer na existência de um Deus particular e de uso exclusivo,
porém os pobres pecadores verificam não haver nesse deus piedade, uma vez que
os submete ao castigo da miséria e da doença e em consequência surge a palavra
de apelo e de esperança em “valha-nos Deus”; só o Todo em Amor e Misericórdia,
porque não há outro. O homem terá que conhecer os verdadeiros motivos do seu
sofrimento e não é por vontade do Pai, pois Ele não quer mal aos seus filhos.
O conhecimento dos homens sobre a Deidade está
longe de saberem. Nos modelos em que a sociedade está constituída e lesada
pelas religiões e as lacunas que ocasiona, vem impedir o aproximar da realidade
sobre leis no Universo. A grandeza da Deidade é inatingível ao saber da grande
maioria da humanidade e mesmo dos líderes de igrejas onde as suas teologias não
acodem. Desconhecer essa obra de imensa grandeza e correspondente saber é
desconhecer o seu Criador na ação do Espírito Atuante – quando soubermos
entender a obra entenderemos quem a criou. O homem deveria saber um pouco mais
sobre si e das leis que dele fazem parte e que, obviamente a elas está sujeito.
Essas leis atuam antes e depois do nascimento na carne. Somos um mundo que faz
parte de uma ordem muito distante do centro deste universo/galáxia; estamos na
sétima e última ordem e ainda somos muito primitivos. Nesta circunstância o
homem desconhece as suas origens, não sabe quem o encaminhou para viver na
Terra, não sabe porque vive nela e também não sabe para onde vai depois de lhe
morrer o corpo. O que sabem sobre isso é escasso e há mesmo quem minta sobre
este assunto muito sério.
A entidade ao voltar de novo ao mundo esquece logo que
adquire o domicílio dentro do homem, e o motivo maior desse esquecimento consiste
em recomeçar tudo de novo em cada vida na carne – não perde a experiência das
vidas anteriores mas obriga-se ao esforço em querer despertar de novo a convição
do residente interno sobre a realidade aperfeiçoando-se – esquecer o passado de
vária natureza em outras vidas é uma dádiva misericordiosa na lei do Criador. O
esquecimento até permite dar eleição preferencial a vidas ilustres mesmo que
duvidosas e negar a realidade de vidas enlameadas. Há entretanto quem possa
recordar vidas passadas, suas e de outros, depois de trabalho árduo e de
merecimento. Assim acontecerá se houver sinceridade.
Na
lei causa-efeito é predominante o equilíbrio e a
verdade e recusa as preferências. Há na origem animal do homem motivos a
obrigar ao esquecimento e é também oportunidade única de poder corrigir faltas
ocorridas em vidas passadas sem a perceção do acontecimento delas e consentâneo
em não haver interferência que venha colocar em causa a libertação da alma
imortal em dívida. Na circunstância de pagamento entendemos o termo usado pelo
Pai Criador: “Se blasfemares contra o Pai
Infinito e o Filho Eterno eles perdoam, mas se blasfemares contra o espírito
não sereis perdoados no céu nem na Terra”. O espírito a que o Pai Criador
se refere é o que vive dentro do humano contra o qual não poderá haver ofensa
porque é uma partícula do Pai do Paraíso, assim sendo, a lei causa-efeito é atuante
para que sejam saldadas as dívidas e sejamos livres e na sequência haver
crescimento e o alimento da fé que é homogénea no acreditar sem ver: “Bem-aventurados os que acreditam sem ver”,
disse o Pai Criador ao apóstolo Tomé.
Esquecer é também um segredo na lei e na misericórdia do
Pai em autorizar aos homens pagamento simples de uma grande dívida. A parábola
aos Judeus dita pelo Pai Criador confirma e os preveniu, mas eles não tiveram
ouvidos: “Um homem tinha grande dívida
para com seu Senhor e como não conseguia pagar pediu que lhe perdoasse e Ele
lhe perdoou. Depois de perdoado ele não escusou perdoar uma pequeníssima dívida
a outro. Então o Senhor mandou-o chamar e disse-lhe: Como não quiseste perdoar
também não poderás ser perdoado, terás que pagar a dívida até ao último cêntimo”
e acrescentou o Mestre: “perdoai e
sereis perdoados”; isto permite ao homem fazer pequeno pagamento por conta
de uma grande dívida. Se a alma imortal contida de culpa recordasse plenamente
os atos perversos praticados em vidas anteriores poderia não ser capaz de
perdoar-se. Assim a misericórdia do Pai auxilia noutra vida posterior o modo de
pagamento de forma indulgente quando é aceite. O pagamento poderá ser conforme
o ato praticado contra o espírito domiciliado no humano e este poderá ser
agravado consoante a grandeza espiritual do ser.
A alma nasce de novo na carne em número necessário para
atingir o limiar evolutivo na Terra e o propósito de alcançar um grau de experiência
essencial ao progresso espiritual ascendente neste universo. Apesar de
contermos alma eterna somos distantes do saber eterno sobre todas as coisas
contidas na eternidade, porém não reconhece a maioria dos homens sermos
ignorantes e reclamamos se assim nos titularem. Há quanto tempo o homem
confunde o amor por faces excessivamente repartidas e a um momento agradável e
efémero diz ter feito amor. O Amor é Infinito e quando lá acordar entenderão.
Em nossa dimensão no universo apenas vivemos de emoções e sentimentos que
construímos e destruímos como a um edifício construído de areia. Quando
soubermos construir e viver o amor que dá sem receber em troca, estamos no
caminho certo para saber o que é fazer ao próximo como gostaríamos que fizessem
a nós. Se entretanto não houver ocorrência a provocar na humanidade e na Terra
mudança radical, estaremos longe de viver essa consciência de amor pequeno.
O Pai Infinito não possui o mal, mas criou o mal virtual
no espaço-tempo que é uma consequência compulsiva a este mundo. Todavia o mal
virtual torna-se em realidade para os homens que o praticam. Todos os que não
são do mundo também desconhecem que o mal é um desafio para entender o bem.
Adão e Eva há 37.000 anos? comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal. Mesmo os anjos feitores da rebelião há 250.000 anos? Ignoraram o efeito
do mal no universo local de satânia, mesmo vindos de um mundo da segunda ordem
próxima do núcleo deste universo/galáxia e do Pai Criador. (Não esquecer que
estamos na sétima ordem e última deste universo). Contudo na atuação intrínseca
ao espaço-tempo crescer espiritualmente passa por formar conceitos e experiência-los,
criando o positivo. Um mínimo de negligência por falta de suficiente
conhecimento pode tardar a ascendência para o princípio, mas também pode levar
a longo esquecimento como sucedeu a muitas entidades espirituais na vinda para
a Terra em sétima ordem.
É provável que os habitantes da Terra se tenham distanciado
de um progresso espiritual mais acelerado se o príncipe planetário não tivesse
aderido à rebelião que moveram contra o Pai Criador. Os autores de maior
imputação na rebelião passaram a promotores de causa e depositários dos
efeitos. A causa a insubordinação, os efeitos o retroceder sem memória da
origem até ao irracional. Quem nos esclareceria só eles, e se soubessem as
consequências da insurreição a teriam feito? Será que também os homens, embora
desculpados por ignorância e sujeitos ao esquecimento, ateariam tanto mal na
Terra se soubessem os efeitos dessa causa? Digo dos homens contidos de alma
imortal! Ao sabermos que o mundo foi feito para os homens e mulheres e sendo
nós pessoalmente domicilio de uma fração do espírito do Pai do Paraíso terá que
ser essa fração, à medida que se multiplica e valoriza, quem executa no todo a
lei causa-efeito na Terra, através do livre arbítrio que lhes foi concedido no
Princípio e porque é humano. O homem é a única morada do Pai do Paraíso neste
mundo tão primitivo onde produz conceitos e neles a experiência.
A falta de lealdade, do homem para com o seu Deus, está na
eminência de se manifestar de forma mais severa. Os povos de Deus estão a ser
leiloados pelos procuradores de uma rebelião há muito tempo organizada contra o
Pai Criador. Estando os mesmos procuradores a tornar todos os povos dominados
por ensinamentos interruptores da determinação no serviço ao Pai do Paraíso.
Ainda hoje, se não somos cegos, vimos um rasto de sangue proveniente do
assassinato cometido há 1.976 anos, e os que tinham dever no próprio
compromisso não apagaram esse rasto no uso da Verdade. O insulto continuado ao
espírito de Deus residente no homem e gerou dívida por pagar. Quem poderá
alcançar o perdão se não soube perdoar, ao inverso, julgaram sem culpado e
mataram. O despotismo gerado entre os homens pela rebelião enaltece os
criminosos e condena os justos, aconteceu igualmente ao Pai Criador na cidade
santa de Jerusalém.
Verifica-se no contato diário tudo quanto não foi dito e tudo quanto
haverá a dizer para preencher o vazio de conhecimento da humanidade sobre as
leis do Espírito em todo o Universo. A ignorância na Terra faz lutar por
grandezas e mesmo sendo efémeras dão lugar a sobranceria, mesmo na
exteriorização modesta de alguém. Na insinuação à falta de saber se desprezam
os mais simples e igualmente terão dificuldade em aceitar um gesto humilde. No
tempo em que o Pai Criador esteve na Terra e lidou com os homens e mulheres que
mais de perto o seguiram, aconteceu incidentes entre alguns dos apóstolos, pois
não souberam corrigir a sua confusão mediante a realidade futura da mensagem
para uma nova era de soberania divina no seio da humanidade, vindo a discutir
na ausência do Mestre, sobre as posições que eles próprios teriam nesse reino
que estava para ser construído na Terra e qual deles iria ocupar o lugar mais
importante.
O
Pai Criador tinha vindo a aperceber-se das discussões limitativas que se
instalavam no pensamento de alguns apóstolos, e naquele dia com um gesto chamou um menino, talvez um dos filhos de Pedro porque estavam em
casa dele e, colocando a criança no meio de todos, disse: “Gostaria de vos confrontar com a realidade e vos dizer com verdade; se
não mudardes e se não vos tornardes como esta criança, pouco progresso fareis
no Reino do céu. Aquele que se humilhar e se tornar pequeno ao pensar como esta
criança virá a ser grande no Reino do céu. E aquele que receber esse pequeno é
a mim que está a receber. E aqueles que me receberem também recebem o Pai que
me enviou. Se quiserdes ser os primeiros no Reino que vos anuncio, procurai
transmitir essas salutares verdades aos vossos irmãos na carne. Mas se alguém
fizer um destes pequenos cair, seria melhor para ele que uma pedra de moinho
lhe atasse ao pescoço e fosse lançado ao mar. Se o que fizerdes com as vossas
mãos forem apoiadas em interesses erróneos descobertos com os vossos olhos e
estes ofendam o progresso da obra do Reino, nesse caso, sacrificai essas partes
reverenciadas em vós, pois é melhor entrardes no Reino sem as muitas coisas que
amastes na vossa vida, do que vos apegar a esses idealismos e pressentir que
fostes excluídos do Reino. Mas mais do que tudo, certificai-vos que não
desprezaram nenhum destes pequenos, pois os anjos que estão com eles estão em contato
ininterrupto com as faces das hostes celestiais”.
Para não haver entre nós vítimas de causa imprevista,
obriga-nos a ser atentos para os que são “estes mais pequenos” na Terra. Pela
humildade e simplicidade se irão conhecer, “pelo
fruto os conhecerão” disse o Pai
Criador. Temos a certeza que não se irão conhecer com vaidade, nem presunção,
nem pela insolência e narcisismo. Os néscios só pensam que sabem, esses se
reconhecem previamente.
Antão (gnóstico) 23-03-2012