terça-feira, 10 de dezembro de 2013

REFLEXÕES DOUTRINÁRIAS - 2008 – 2013


IR AO ENCONTRO DO IDEAL DO PAI CREADOR

O cristianismo… traz em si a história de se ter originado de uma modificação não intencional. A mensagem do Reino foi ensinada pelo Pai Creador e esta transformada em religião sobre Jesus, e ainda apresenta a história de ter experimentado a helenização ateada por Saulo de Tarso; a paganização; a secularização; a institucionalização; a deterioração intelectual; a decadência espiritual; a hibernação moral; a ameaça de extinção; o rejuvenescimento posterior; a divisão, e recentemente, uma relativa reabilitação, e no presente o recurso a todos os meios para sobreviver. Essa genealogia indica a vitalidade inerente à igreja povo e a posse de vastos recursos de recuperação, mas o fim da religião como instituição.
Esse mesmo cristianismo… está agora presente no mundo civilizado de povos do ocidente e tem à frente uma luta pela existência que é ainda menos esperançosa do que as acidentadas crises que caracterizaram no passado as batalhas para conseguir o domínio. A religião confronta-se agora com o desafio de um novo tempo de mentes científicas e de tendências materialistas. Nessa luta gigantesca entre o secular e o espiritual, cremos que finalmente a verdadeira religião, a do espírito; a mesma religião que residiu no Pai Creador a viver no corpo de Joshua, irá triunfar com uma nova igreja, aquela que reside dentro do homem Vivo.
O século vinte… trouxe ao cristianismo e a todas as outras religiões novos problemas para serem resolvidos. Quanto mais alto ascende uma civilização, mais premente se torna o dever de primeiro ir em busca das realidades de Deus em todos os esforços do homem para estabilizar a sociedade e facilitar a solução dos seus problemas de sobrevivência. A Verdade, muitas vezes, torna-se confusa e até enganosa, quando é desmembrada, fraccionada, isolada e demasiadamente analisada. A Verdade ensina, a quem procura realmente a Verdade, mas só quando ela é abraçada na totalidade e como uma realidade espiritual viva; não como um evento dentro de uma ciência concreta, nem como uma inspiração de uma arte representante.
A verdadeira religião… é a revelação sincera ao homem do seu destino eterno e divino. É uma experiência puramente pessoal e espiritual e deve ser, sempre, diferenciada de outras formas elevadas de pensamento. A religião do espírito residente no Filho do Homem tem a finalidade e o destino de ajudar o homem a encontrar os valores no universo que exigem convicção na fé, confiança e certeza; essa religião culmina no respeito pela Vontade do Pai e ela descobre para o espírito renascido, os valores supremos que estão em oposição aos valores relativos descobertos pelo intelecto. Um tal discernimento interior supra-humano só pode ser alcançado por via da experiência religiosa verdadeira. Não se pode sustentar um sistema social duradouro e justo, sem uma moralidade baseada em realidades espirituais, assim como não se poderia sustentar o sistema solar sem a força da gravidade.
Não tentemos satisfazer… a curiosidade, nem beneficiar todos os desejos latentes de aventura que surgem na alma primitiva, em uma curta e única vida na carne. Sejamos pacientes! Não devemos ceder à tentação e muito menos nos lançar no afundamento desregrado de aventuras fáceis e sórdidas. Domemos as nossas vontades e moderemos as nossas paixões; sejamos calmos enquanto aguardamos o desenrolar sublime de um caminho interminável de aventuras progressivas e de descobertas emocionantes. Na confusão sobre a origem do homem, não percamos de vista o nosso destino eterno. Não esqueçamos que o Pai Creador amou igualmente os crentes e os ímpios, pequenos e grandes, e para sempre Ele deixou claro o grande valor da personalidade humana.

Ao observarmos o mundo… lembre-mos que as barreiras negras do mal, que nós vemos, se destacam sobre o fundo branco do último bem. Nós não vemos somente manchas brancas do bem, mostrando-se lamentavelmente sobre o fundo negro do mal, quando há tantas e tão belas verdades para se fazerem públicas e aclamadas, porquê deveriam os homens insistir tanto no mal do mundo, só porque o mal parece ser um facto? Actualmente até parece ser herói. A beleza dos valores espirituais da Verdade gera mais exultação e são mais enaltecedoras do que os prodígios do mal. Nos ensinamentos, o Pai Creador defendeu e seguiu o método da experiência, do mesmo modo que a ciência moderna busca a técnica através do ensaio. Nós encontramos Deus por meio das orientações e do discernimento espiritual interior, mas nós só nos aproximamos desse discernimento do espírito através do amor, do sublime, da busca da Verdade, da lealdade ao dever e na adoração da bondade divina. Mas de todos estes valores, o amor é o verdadeiro guia para o discernimento autêntico. 

Antão (Gnóstico Cristão). 03-10-2013

domingo, 18 de agosto de 2013

Reflexões Doutrinárias

Reino de Fraternidade dos filhos de Deus anunciado pelo Pai Creador deu lugar a um movimento iniciado por Pedro, João e Tiago de Zebedeu, André e Filipe. Embora não tenha sido com má intenção, a verdade é que aquele movimento esteve muito afastado do propósito daquele anúncio e nessas circunstâncias ainda no primeiro século surge o cristianismo. Porém na atualidade não nos deve ocupar tempo as origens das religiões cristãs, mas reflectir um pouco sobre o trajeto da grande mensagem e assim obrigue a repensar qual o “caminho da verdade e da vida”. 


O cristianismo fundado por Paulo na Grécia e onde foi desenvolvido por grande número de prosélitos, foram os próprios gregos quem inspirou Roma, emergindo daí o grande império greco-romano sem um Deus único que servisse como conceito religioso adaptado à adoração do império e à sua unificação espiritual. No primeiro século o império aceitou o cristianismo e o cristianismo aceitou o império. Os romanos proporcionaram um governo político igualado, os gregos uma uniformidade cultural e ensino. O cristianismo era apenas uma proposta para a prática de pensamento religioso, ainda que repleto de tradições. 

No primeiro século… o movimento para a construção do Reino anunciado pelo Pai Creador e nascido da iniciativa de alguns apóstolos em Jerusalém e posteriormente levado até Roma, onde foram assassinados. A remodelação das ideias iniciais foram feitas com a ação de Paulo na Grécia, dando inicio à cristandade que se tinha preparado para criar raízes e se espalhar com rapidez, entretanto, as perseguições feitas em Roma e os martírios a que foram submetidos, levou a que houvesse um atraso enorme a essa evolução. Apesar das perseguições, das quais Paulo fez parte ao serviço de Roma, a força interior dos crentes para construir o Reino não os levou à intimidação nem à diminuição nas lutas pelo seu propósito.


Conquanto a intenção fosse boa ela não estava a ser fiel ao propósito do Pai Creador sobre o movimento exequível conforme os seus ensinamentos e das sugestões dadas para progredirem com essa edificação. No segundo século a impulsão espiritual levou a aceitar o nominativo do cristianismo helenizado que chegou a Roma um pouco tarde, pois não chegou a tempo para impedir a decadência moral já muito avançada, ou para equilibrar a deterioração racial já extensa e crescente. A nova religião era uma necessidade cultural para o império Romano. 

Em Alexandria…durante o primeiro século, a conjuntura não era tão desfavorável. Os primeiros ensinos mantinham muitos dos ensinamentos do Pai Creador e neles não eram exigidos o compromisso e a obediência. Houve mesmo alguns movimentos paralelos muito favoráveis à implementação da mensagem do Reino noutras regiões, assim, Pantaenos instruiu Clemente e este passou a colaborar com Natanael, proclamando a mensagem do Pai Creador a norte da Índia, para onde se deslocou solitário o apóstolo que veio a ser esfolado vivo na Arménia.



O império Romano viveu o tempo suficiente para assegurar a sobrevivência do cristianismo, mesmo depois do colapso do império. Ainda hoje conjecturamos: o que teria acontecido a Roma, aos povos no ocidente e no mundo, caso tivesse sido aceite o Reino da Irmandade Espiritual, em lugar do cristianismo greco-romano?!

A Europa…chegou à idade das trevas com a religião de Roma vergada ao poder e aliada com a política, como aliás sempre esteve. Hoje são um estado dissimulado de religião com as mesmas enfermidades de outros estados, embora mais rico e não ter o encargo de administrar o bem-estar de um povo. Nessa contingência da idade das trevas a religião de Roma ficou sentenciada a compartilhar do declínio intelectual e espiritual desse período na Europa.


Nessa época a religião tornou-se mais monástica, ascética e regimentada. O cristianismo trazido de Roma estava em hibernação. Durante esse período, existiu juntamente com essa religião entorpecida e secularizada uma corrente continua de misticismo, uma experiência espiritual enganosa que beirou a irrealidade, avolumada com o aparecimento dos dogmas.

Nesse século de trevas…e de desespero, de novo a religião passou a ser algo de secundário. O indivíduo encontrava-se quase perdido diante da autoridade tenebrosa da religião. Uma nova ameaça espiritual surgiu na criação de uma enormidade de “santos” os quais, fizeram crer, tinham influência especial junto de entidades do céu, e que, ao apelar de forma convincente para eles, e pagando a petição com bens materiais, seriam capazes de interceder pelo homem perante Deus. Porém ocorrência misteriosa fez com que a cristandade fosse sustentada apenas com o nome de Jesus, e assim sobreviveu durante a longa noite da idade das trevas: a noite da civilização ocidental.


O nome de Jesus – Joshua Ben José em Aramaico - movia-se ainda como uma influência moral no mundo quando do alvorecer da renascença. Depois de passar pela idade das trevas a reabilitação do cristianismo é consequência do advento de numerosas seitas de rumo cristão. As várias crenças adequaram-se a modelos especiais, tais como o intelectivo, o emotivo e o espiritual, por individualidades fora do eclesiástico.

 O século vinte… trouxe ao cristianismo e a todas as outras religiões novos problemas. Quanto maior é a civilização, mais urgente se torna a incumbência de ir em busca de outras realidades que sejam mais concernentes com o avanço do homem para a humanidade e para a verdade, dando continuação ao conhecimento sério sobre a vida para além da morte, não dispensando aprofundar outros conhecimentos e a forma de os transmitir no longo percurso do homem até entender a Vida.


Esta falta de conhecimento tem colocado graves problemas ao avanço do cristianismo, muito em especial para o entendimento do que é o Reino de Fraternidade dos filhos de Deus e seu futuro. Também não deve ser esquecido o homem filho de Deus e seus direitos estabilizados na sociabilidade e na urbanidade, pois são enormes os problemas que atualmente o afligem. A Verdade quando anunciada de forma ambígua torna-se por vezes confusa e mesmo enganosa, quando fragmentada. Há uma Verdade que ensina a quem a procura corretamente, só assim ela poderá ser abrangida.

Século vinte e um… com uma civilização que se diz avançada, ainda testemunhamos ocorrências contraditórias dos que se assumem universais representantes do cristianismo cujo espírito é a humildade, não recusarem os títulos honoríficos de “monsenhor”, “excelência”, “eminência” etc. O grande exemplo dos que dizem servir a Deus, seria com atitudes de lealdade e sem dissimulação, em especial dos que solucionam os problemas de uma religião guiada por mortos-vivos. Interrogo-me o motivo do lançamento na água de coroas de flores para relembrar os mortos, quando segundo eles “estão sentados à direita de Deus”.

O mundo cristão… e os outros, terá que ser constituído por vivos, mas estão doentes pelo efeito de tanta trapaça. Os que quiserem demonstrar a Verdade façam-no com lealdade e a primeira coisa a fazer seria abolir os dogmas, as falsas leis que atribuem a Deus, falar Verdade sobre o Pai Creador e abandonarem os excessos de bens materiais e a magnificência. Empobreça de bens materiais a religião, pois a igreja já é pobre embora rica. A haver na Terra quem queira seguir o ideal do Pai Creador e o interpretar, terão que compreender, antes de tudo, que o seu grande exemplo foi a humildade: própria a um Grande Sábio. 

Antão (Gnóstico Cristão). 24-02-2013

domingo, 24 de março de 2013

Reflexões Doutrinárias


O Reino da Vontade do Pai… não é sujeição à escravatura religiosa imposta pelo medo de cometer pecado e depois ter que pagar em conta de transição no purgatório ou em castigo eterno no inferno. O Filho Eterno, Deus, não criou castigo algum nem os meios de expiação que os homens das religiões inventaram; falaram mal do Pai que é Amor, Perdão e Misericórdia Infinito. O homem da civilização moderna ainda tem pavor em cair no domínio da fanatização religiosa pelo rumo de tantas ameaças vindas não sabemos exatamente por vontade de quem. Ainda hoje religiões, mormente as seitas deturpam a Verdade só para exibirem o seu senhorio petulante, diante do saber que não sabem onde mora. Gente de regiões provincianas são ainda vencidos pela atuação de uma religião imperante, e invariavelmente a tentam racionalizar para depois a praticar e muitos ainda vão por arrastamento e por medos. Com esta decisão patrocinamos religiões feitas pelo homem, portanto, é o homem quem domina outros homens. Porém a grande conclusão é que a obra dos homens será igualmente pelos homens derrubada. Se a obra possuir a Vontade de Deus, ninguém será capaz de a derrubar. 


A inteligência fundou… a religião de Jesus à qual muitos aderiram e outros oscilaram, quem sabe, pela incoerência de uma religião criada em nome do homem em substituição de quem habitou no Homem: o Filho Creador, filho do Filho Eterno, Deus. Uma religião criada por homens não pode exigir que os outros homens dediquem as suas vidas em busca de um conhecimento que vem da Vontade do Pai, nem das exigências para uma vida consagrada ao serviço e obediência a Deus sem ter o necessário saber. O homem deve lutar pelo saber, mas deve colocar-se em lugar afastado de tudo quanto lhe foi vendido, por vezes a preço exagerado, nomeadamente exemplos dececionantes e descobertas fúteis de religião formalizada. 


Há caminhos… que poderão tornar-se visíveis se os procurarmos e estes apontem para a Verdade. Essa verdade terá que surgir de dentro do homem se já criámos dela alguma porção. O Pai Creador disse que era “…a Verdade e a Vida”. Quando viveu como Homem neste mundo aludiu o propósito do encontro com Deus e fazer a Sua Vontade, igualmente nos disse: “…Procurai no vosso interior; O Pai está dentro de vós e fora de vós”. Foi um grande alento para o homem ao confirmar o residente que no seu secreto silêncio não utiliza nenhum tipo de opressão para se impor na existência do homem, mas sugere que multiplique os valores do espírito com toda a liberdade que lhe é concedida. Houve quem dissera e eu ouvi, há muitos anos, falarem em espíritos maus e hoje distante recordo e concluo haver grande falta de saber. Espírito só pode ter origem no Pai Infinito que o transforma em Força Atuante, outorgadora da vida ao espaço-tempo, em movimento e conteúdo lotado de saber. O primeiro residente no homem é uma fração do Espírito Materno que dará princípio a um longo caminho de unificação no espaço-tempo onde tudo é relativo.

Crer em uma religião… só a do Espírito e só ela, como religião, poderá residir dentro do homem que a exteriorizará em valores de comunhão fraterna, buscando nela a Paternidade de Deus. A grandeza do Reino assenta sobre os valores do Espírito do Pai Creador semeados entre a humanidade. Esta é a mais poderosa influência unificadora que o mundo jamais conheceu. Se queremos fazer parte dessa Unidade não se crie segregação assente em ideias intolerantes, que apenas redunda em fraude – é como se vivessem um complexo do qual se tentam libertar simulando possuir o saber. Isto leva a que se façam fotocópias do saber ao qual não têm acesso, fazendo crer que este lhe é próximos e seu. Assim procedeu pessoalmente e coletivamente a rebelião que alimentou a besta, e esta falsamente ofereceu valores que não lhe eram autênticos. Comutaram o Bem resultando limites e um intrincado conflito entre eles, pela tutela de quanto assumiram sem o possuir, mas dele fizeram vanglória. Assim não é possível realizar unidade que ampare o Bem e a Retidão. 

A carência do homem… não está unicamente em ter uma religião que o encaminhe para o céu com a promessa de o sentar à direita de Deus. A Verdade mora na existência interna que conduz o homem para a realidade em si residente e que encontramos se viajarmos em sua direção, e se for difícil vê-lo em nós, então o veremos no humano que o manifeste e o saibamos reconhecer. O Cristianismo do passado já é passado, nós queremos uma humanidade nova e uma Terra que foi prometida e nela irá ser construído o Reino que o Pai Creador anunciou. Uma religião poderá ser apenas humanismo até que seja tornado consciente no homem os valores divinos pela descoberta em si de uma grande realidade: a presença de Deus na experiência pessoal. Abeiramos o tempo das profundas mudanças para que surja uma grande escolha. A igreja homem assuma o seu destino sem se deixar envolver pela queda e desorientação da religião. Toda a associação e seita religiosa ou filosófica apática, acordem, porque é dia de trabalho muito sério e ativo. Todos os homens livres em busca de um caminho com verdade o encontrem. Todos quantos confirmam ser filhos de Deus se agitem na luta contra o mal. Toda a convicção poderá mover montanhas e assim possamos mesmo na distância que nos separe unificar e dar início em todo o planeta a luta pelo Reino da Verdade há muito anunciada e só vivido no pensamento, pois até agora não foi erguido no autêntico. Nessa obra O Pai Creador nos dará o seu auxílio sem limitação.



Antão (Gnóstico Cristão). 24-02-2013



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Todo o efeito tem uma causa… e quando a causa é o motivo que alimenta o mal, a lei causa-efeito não dá lugar a favoritismos nem a imunidades. Os efeitos poderão tardar mas não deixam de actuar em ligamento com a causa. A colheita é do mesmo produto que a sementeira. A história não omitiu o analfabetismo dos povos, aludo o da Europa até ao final da idade média, pois suportou o abuso da religião e dos que a representaram durante 1700 anos e nestes não incluo-o os 277 que distanciaram Pedro, crucificado pelos romanos, de ter assento no trono que lhe atribuem no Vaticano. A religião católica romana fundada no ano 325 veio mais tarde reivindicar ter nascido com os apóstolos. Então pergunto: por onde andou a “Barca de Pedro”, a que foi construída pela religião romana, no período em que reinou o imperador Nero e os sucedâneos na perseguição e morte aos cristãos?


O Filho Eterno, Deus, Creou todos os Universos e em um deles o homem com história que exige o saber. Muitos fingiram de sapiência, pois nunca patentearam o saber, bem pelo contrário, e disso é testemunho o tenebroso estratagema estabelecido no século XIII – a santa inquisição. Hoje é Congregação para a Doutrina da Fé (?) e um dos responsáveis no Estado do Vaticano foi Joseph Ratzinger. Houve tempos em que os concílios secretos do papado se tornaram tão opressores que Imperadores e Reis se curvavam aos decretos do pontífice romano. Tais leis estariam ao serviço de Deus? Olhando para a Europa do pretérito enegrecido e hoje ser claro ao poder afirmar a diferença que separa o saber da inteligência. O que é hoje apenas obra da inteligência, em breve será um amontoado de pedras diante do saber que é grande aliado do Bem. O ocorrido é o principio de um surpreendente conclave que virá eleger a verdade em acatamento à lei de causa-efeito.

A inteligência… tanto é uma aliada do bem como é do mal. As causas que levaram ao maior mal do mundo foram criadas pela inteligência. O saber criou as causas do bem com a humildade em fazer a vontade do Filho Eterno, Deus. O homem desconhece o propósito da creação dos mundos e humanidades. Essa ignorância levou a que o homem cooperasse na criação de infraestruturas perigosas elaboradas com ajuda da inteligência e depois de satisfeito, o homem as impulsionou. Muitas dessas infraestruturas foram os grandes flagelos contra a obra do Pai Creador neste mundo. Exércitos com armas aprimoradas e inteligentes fazem as guerras e com elas a impossibilidade de criar a paz e a fraternidade. Religiões inundadas pela falsidade, apenas criaram entre os crentes a tradição que muitos ergueram até ao fanatismo que atravanca o saber sobre os verdadeiros propósitos de Deus para o mundo e humanidade. Movimentos financeiros cujos poderes e interesses financiaram outros poderes na maioria malignos, levando à desestabilização social em todo o mundo em pobreza extrema. A banca é o melhor instrumento para os êxitos onde o dinheiro é o senhor de muitos e as suas obras têm títulos quando é movida a alavanca VIP da magnificência, da política, das elites e das magníficas e diversas industrias. 


Nem sempre… os “actos heróicos” são autênticos como os intitulam, pois o ocorrido nos últimos dias foi o principio de uma gigantesca consequência em obediência à lei causa-efeito. Não serão perdoados, o pagamento é obrigatório. “…Se blasfemarem contra o Espírito não serão perdoados nem no céu nem na Terra…”. Foi conjecturável com alguma antecedência a informação colateral que os vários sinais esclarecem como o princípio de um acontecimento global na personalidade humana que irá transformar a igreja. Há atitudes que não vêm fazer doutrina, mas a denúncia de falsa doutrina. A igreja é o humano, com ou sem religião, que traz consigo a residência do Pai Creador - que neste mundo representou directamente o Filho Eterno, Deus, quando veio há 2017 anos. 



A igreja poderá ser renovada… mas a religião não será. Já se avistam as suas ruínas e no centro delas o papa a tentar reedificar, o impossível por ser o último. Outras religiões seguirão o mesmo caminho em processo acelerado. Tudo tem um período de elevação, de auge e de queda, e disso temos exemplo de outras religiões da Terra e a mais recente a Judaica, derrubada pelo efeito de uma causa extremamente grave: a aliança com Roma no assassinato do Homem onde residia o Pai Creador. Servir a rebelião contra o Pai Creador é infidelidade contra o Filho Eterno, Deus. Os desleais terão que ser vencidos e irão para o fim que irá ser muito pouco digno.

Apocalipse de João … “Um dos sete anjos que tinham as sete taças veio e falou comigo, dizendo: ‘Vem e mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está sentada sobre as muitas águas; com a qual se prostituíram os Reis da terra; e os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição’.
E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfémia, com sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, e pedras preciosas e pérolas. E tinha na sua mão um cálice de ouro, cheio de abominação e da imundície da sua prostituição. E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas do Filho do Homem e esta visão me assombrou profundamente. E o Anjo me disse: porque te admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta de sete cabeças e dez chifres que a transporta. A besta que viste, foi e já não é, irá subir do abismo, mas irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá’. 


Aqui é essencial a inteligência que tenha saber. ‘As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada. E também sete Reis, cinco já caíram, um se mantém, o outro ainda não veio, mas quando vier, deve permanecer pouco tempo. E a besta que era, e já não é, é ela, também, o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. E os dez chifres que viste são dez Reis  que ainda não receberam o reino, mas receberão poderes como Reis por uma hora, juntamente com a besta. Eles têm o mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e Rei dos Reis, vencerão os que estão com ele, os chamados, os escolhidos, os fiéis’. E o anjo me disse: A água que viste, onde se assenta a prostituta, são povos e multidões, e nações, e línguas. Os dez chifres, que viste na besta, são os que aborrecerão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne e a queimarão no fogo; porque Deus tem posto nos seus corações que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a mulher que viste é a cidade que reina sobre os Reis da terra”.

O Vaticano… assentado na cidade com sete montes, não possui o destino para a Vida do Reino que o Pai Creador anunciou. A religião romana nunca difundiu a verdadeira mensagem do Reino porque não lhe foi dado conhecer. O Pai Creador disse que a verdadeira religião vive dentro do homem e se destina a atenuar as forças adversas da existência humana; ela liberta a firmeza na Verdade e garante coragem para a vida quotidiana sem lamento e onde o próximo é entendido como irmão. A convicção na grandeza do Reino fomenta a vitalidade espiritual e fecunda a retidão. E também advertiu os seus discípulos, e outros que o seguiram até hoje apesar das perseguições, que, se as suas aspirações religiosas fossem pouco mais que materiais, a experiência crescente de natureza animal iria atear o desvio progressivo da origem sobrenatural do residente no humano, em último recurso os desviaria da convicção do que representa ser filho de Deus.  




Antão (Gnóstico Cristão). 20-02-2013




terça-feira, 15 de janeiro de 2013

“Dai ao homem o que é do homem…



O Pai Creador ao aludir esta expressão, qual seria a ideia que nos queria transmitir e se referia a lei no Universo, que direitos terão o homem na Terra? Teria sido pelo facto de ao homem lhe ser concedido o livre arbítrio e o direito a tomar decisões livres? O homem não cresceria em muitos aspectos se não fosse abrangido pelo livre arbítrio e isto seria o mesmo que dizer estar sujeito a um comportamento compulsivo imposto por Deus, e não é isso que acontece, embora em Seu nome outros o fizeram e ainda condenaram. Cabe-nos interrogar se o homem sempre foi obediente e usou a semelhança, no acto de dar ao que ao homem pertence. Não podemos esquecer os muitos monopolistas dos direitos do homem colocarem-se na frente da dádiva oferecida com a equidade de Deus e os mesmos, com o maior desplante, se afirmaram com direitos superiores acima de tudo e de todos, e ainda de Deus.

 O Ocidente com ideias litigiosas sobre Deus confundiu e ignorou o Pai Creador, pois o substituíram pelo Homem em que Ele viveu neste mundo; o Homem de nome Joshua, foi o templo do Pai Creador, todavia passou a ser figura de Deus para muito patriota romano; católico ou ortodoxo, espalhados pelo mundo. O restante Cristianismo foi metodizado na evasiva da protestação de Lutero e Calvino. Alá, Deus das Arábias foi substituído por um falso profeta e em nome de Alá, os mesmos continuam a matar. Teríamos que repensar sobre a promessa que levou à conquista das populações; teria sido para divulgarem as profecias de Maomé? O homem desprezou e continua a desprezar os horrores cometidos até hoje em nome das religiões contra os descrentes, ímpios e infiéis. Tentaram redimir-se ao longo dos séculos, usando um único argumento: conseguiram fazer crer aos fiéis que tudo isso foi feito em nome da verdade e segundo a vontade de Deus. Proferi alguma heresia?

…E dai a Deus o que é de Deus”.

A irmandade dos homens é fundada na Paternidade de Deus. A família constituída pelo Pai deriva do Seu amor – Do Pai Infinito é equitativo o Seu amor e com ele ama todos os Seus filhos. Ele o intitulou de Reino do Céu com governo obediente à soberania Divina. Deus é Espírito e esse Reino é espiritual. O Reino não é material nem intelectual, é uma relação espiritual entre o Pai e os filhos, entre Deus e o homem. Se as diferentes religiões reconhecessem a soberania do Espírito do Pai Infinito, então todas as religiões estariam em paz. Quando uma religião arroga de algum modo fazer-se superior e afirmar possuir autoridade exclusiva sobre outras religiões e essa mesma se atreva ser intolerante ou mesmo atrever-se a perseguir outros crentes religiosos, são fomentadores de guerra. A paz, que deveria ser a prática das religiões para fomentar a irmandade, nunca poderá existir em clima de guerra, a menos que os dirigentes das religiões estejam determinados a despojar-se completamente de toda a autoridade eclesiástica e abandonar todo o conceito de autoridade como religião e assim dar grande exemplo aos políticos injustos que dominam o mundo. Em todos os mundos habitados no espaço-tempo, Unicamente o Espírito do Pai é o Soberano Supremo.

Não se vislumbra entre as religiões, assim como entre os simpatizantes mais facciosos, propósitos para terminar as guerras religiosas, a menos que todas as religiões reconheçam a sua agnosia e permitam transferir toda a sua autoridade para um nível gnóstico supra-humano, em subordinação à vontade do próprio Deus. O Reino da vontade do Pai, quando fizer parte da humanidade criará a unidade com a religião do espírito, não forçosamente a uniformidade, porque toda e qualquer tendência religiosa composta pelos respectivos crentes, será livre de todos os preconceitos de autoridade religiosa. Amar a Deus não é conceber preconceitos nem fundamentalismos e mesmo imitadas venerações. Deus dá uma fracção do seu espírito para residir no homem. No espírito residente todos os homens são iguais. O Reino do céu quando for implementado na Terra será livre: de pagamento de pecados, de religiões seculares, de seitas, de castas, de poderes, de bens materiais excessivos, de guerras, de ódios. Depois nos confirmaremos ser todos irmãos.

Se viesse a suceder o abandono da Verdade por negligência ou desregramento poderia acontecer deixarmos de avistar a soberania do Espírito do Pai neste planeta. Possuindo nós o livre arbítrio de tomar decisões espontâneas alimentadas pelo Bem e se elas nos vierem equilibrar em perfeição no espírito, é nosso dever usar esses valores ao serviço fraterno com a mão que dá, escondendo a que tira, mas sobretudo com a humildade que caracteriza os que querem partilhar o seu serviço com o do Pai Creador. Muitos preferem as simulações que melhor agradem a uma essência social mais distinta, para que a sua afirmação tenha relevo ou então se afirmem como sujeitos criadores de uma supra-soberania, ou no mínimo alguma autoridade mesmo que acima das suas próprias capacidades. Mais cedo ou mais tarde estes seriam tentados a experimentar a sua capacidade de ganhar poder e autoridade sobre as pessoas da união do futuro, se sobrevivessem os homens com a ambição do passado que ainda é presente.

O conceito de igualdade nunca traz a paz, excepto no caso do reconhecimento mútuo de alguma influência geradora de soberania digna, porém muitos preferem ser imitadores que ser realidade. Igualmente não poderá haver paz duradoura entre as religiões na Terra até que todos abandonem livremente as suas afirmações de favoritismo divino e de escolhidos para soberania religiosa. Sabendo nós do efeito da rebelião e da Besta dentro deles seria impossível essa escolha. Quando o Pai Creador, filho do Filho Eterno, Deus, herdar definitivamente a Soberania Suprema na Terra, a rebelião que invadiu trazendo graves consequências terá fim, e os homens reconhecerão ser irmãos e viverão juntos em paz na Terra que foi prometida.

Antão (gnóstico), 30-11-2012