terça-feira, 27 de novembro de 2012

As coisas velhas, as novas e as exemplares


O Pai Creador disse: “Aquele que conquista o controlo sobre o próprio ego é maior do que aquele que conquista uma cidade”. O exame individual coerente é conforme com a medida da natureza moral do homem e é indicadora do desenvolvimento espiritual. Renascer do espírito elege renovadas pessoas e é ele quem ensina a acreditar e a exultar. Em lealdade com o Reino do Pai nos devemos transformar em novas criaturas, assim como tudo que em nós seja velho deve desaparecer. O Pai Creador quando viveu na Terra deu-nos provas de como todas as coisas devem tornar-se novas. Quando se manifestar a amizade que sentirmos uns pelos outros em fraternidade, o homem ficará inteirado de que houve a passagem da escravidão para a liberdade e da morte para a vida eterna.


Nos trilhos antigos os homens procuram ainda os caminhos do presente. Esta atitude coloca em obediência e concordância as regras de viver sobre influências arcaicas e corroídas. O caminho descoberto na mensagem do Pai Creador vem a transformação da alma imortal. Foi em dia de Pentecostes do ano 36 esse imenso ensinamento; a vinda do Espírito da Verdade sobre os espíritos dos discípulos e nesse instante fortalecidos. Com a renovação espiritual imutável em nossas mentes, tal como eles foram dotados, teremos o poder de atuar com a Verdade em alegria e convição em fazer e divulgar segundo a vontade do Pai Creador, para chegar ao Pai Infinito. 

Não é na religião mas na fé própria ao serviço do Bem, que teremos acesso às promessas perpétuas do encontro com o Pai Creador, isto assegura que nos podemos tornar participantes da Natureza Divina. Assim, por intermédio da fé pessoal e pela multiplicação no espírito residente, nos tornaremos na realidade em templos onde habita Deus. Assim, seremos a residência de Deus e não os escravos das opções materiais e da ignorância sobre a Verdade de Deus residente, calada pelas religiões e seitas. O futuro reserva para nós uma maior consciência de sermos os filhos livres e libertos pelo Espírito que irá ser enviado quando acontecer o que O Pai Creador anunciou: “…virá o dia em que Eu e o meu Pai enviaremos o nosso Espírito sobre toda a Terra e sobre a humanidade”. Este é o futuro em que confio e sei que muitos humanos o esperam também. 


Os dias são feitos de muitas eventualidades. Há os que praticam o mal e depois acusam os inculpados. Imputam também o mal à influência de forças malignas declinando a sua responsabilidade, quando, na realidade, foram conduzidos pelas tendências naturais na falta da perfeição pessoal. Não me refiro ao perverso que nesta idade do homem é o maior ator que numerosos veneram. A emoção engana e os sentimentos exteriorizados que dizem nascer do coração, por vezes até se tornam desesperadamente deformados. É muito mais fácil, quando somos enganados pelas nossas atitudes egotistas, agir de ingénuo perante os outros. Há também o sentido de culpa, de pecado, de castigo de Deus e o medo ridículo de não ser perdoado sem a confissão. Há também os que transformam a vida em sensualidades diversas; em prazeres que geram escravidão e dependência. Mas há também os que alimentam a malícia, a inveja e mesmo o ódio vingativo. É igualmente grave ser consciente e rejeitar a Verdade, substituindo-a por dogmas. As ocorrências na vida do homem deverão ser coerentes com a vontade do Pai.

“Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita”: diz o provérbio. Evidentemente não menciono a insuficiência física, mas as imperfeições que impedem o progresso da Alma aos que ela concedeu a vida para que atinjam a imortalidade. Entre o homem há aqueles que crescem em ambicionada promoção para se incluírem na sociedade de rótulo poderoso e nesses meandros, imaginam ser o meio propício e único para a construção de todos os valores necessários a uma vida. Porém os valores a que me refiro nada têm de valores materiais e de poder terreno; salvo a experiência de muitas vidas na Terra. A fração do Espírito Materno, a mesma que habitualmente lhe chamo a alma imortal, progride em perfeição ao residir no homem mortal através da humildade. A ostentação meramente terrena é feita por homens que não são capaz de ir mais longe, mas não deixam de fazer crer aos cegos que são sábios. Não verificam que as suas decisões nasceram tortas assim como eles. 



É díspar a revelação de um Mestre quando tem discípulos de exceção. Comparo o grande Mestre da Galileia e seus apóstolos. Sem discípulo será natural haver mestre? Embora muitos usem rótulo de mestre sem ter verdadeiramente discípulos. Mas também há discípulos enganados pelos falsos mestres. Se estreitar o meu comentário e o faça entrar na Casa-do-tear poderá sentir, que entre os seus habituais frequentadores possa haver quem se tenha inspirado mestre sem antes se proporem ser discípulos. Nesta vida poderão ainda ter dificuldade em cumprir como discípulo, mesmo sendo em liberdade e facultativa a doação do ensinamento. Não me confundo quando observo algumas celebrações individuais: assim, declinam o apreço que seria justo manter por quem dá a troco de nada e apenas com o propósito de cumprir a vontade do Pai Creador junto do seu próximo. 

As almas imortais que vivem no mundo a residir em invólucros humanos era de informar, apoiado em conhecimento sobre a vida posterior à morte do corpo, ser muito desigual das ensinadas por algumas religiões e seitas. A alma imortal tem idades que não estão ao nosso alcance calcular, nem poderíamos, pois não temos maneira de conhecer a data do seu nascimento: em que tempo o Espírito Materno enviou frações suas que personalizou, para viverem e se experienciarem nos mundos. Esse aperfeiçoamento do espírito residente está diretamente ligado à experiência na carne e não havendo vida na carne em determinada idade do crescimento no espaço-tempo este não evolui. Devemos aproveitar a oportunidade da vida na Terra praticando a Verdade com rigor, que é entre muitos outros, os valores com que se constrói o Reino da Vontade do Pai. Se não cresceres em perfeição durante a vida na Terra e te alimentes com o Bem, de nada te ajudarão as missas depois de morto.

A salvação não vem dos rituais terrenos por muito teológicos que eles sejam; nem pelos atos de honestidade pessoal, mas pela via da perfeição no espírito em luta incessante contra o mal. Podemos justificar-nos pela fé e pelo merecimento sermos unidos em comunidade fraterna sem alimentar o medo assente em irreverência imaginária. Não são os defensores, artificiosos, da castidade e do celibato os privilegiados. Os filhos do Pai Creador, já possuidores do espírito residente, serão sempre e cada vez mais os doutos sobre o próprio ego e a tudo quanto é pertinente aos desejos físicos e materiais. O conhecimento poderá ser alavanca para erguer a convicção que procura a Verdade que dá a vida eterna e em simultâneo a verdadeira paz vinda da Deidade. Deem dessa paz se a tiverem, e procedam como prova pessoal do crescimento interno. 


Foi dito pelo Pai Creador aos discípulos: “tudo quanto fizeres no caminho dessa paz sobrenatural está destinado a ser santificado no serviço eterno dos filhos, sempre em progresso, do Filho Creador. Doravante, não é um dever, mas é como um alto privilégio que, ao buscardes a perfeição no amor do Pai, vos limpeis de todos os males da mente e do corpo”.

Antão (gnóstico), 23-11-2012



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Diz o Velho Testamento


…“Creou Deus o homem à sua imagem e semelhança: à imagem de Deus o creou.” Diz do homem da Terra. O aperfeiçoamento do mundo e sua natura e em consequência a evolução das espécies, o homem surge e pertence ao sétimo reino. Será este o sétimo dia da ordem cronológica da creação? Talvez. Estando o homem de raça negra na condição de espécie natural da Terra e mesmo de outras raças desde há muito colonas neste planeta, estão distantes de entender a verdade sobre a energia que nos anima desde o princípio e à semelhança de quem essa energia e de onde é enviada; assim ignorando, apenas conseguiram ver Deus à semelhança do homem. Antes do homem, creou Deus o planeta, assim nos questionamos sobre a causa que justificou a sua creação e sabendo que não foi casualidade coloco-vos a interrogação: há quanto tempo o creou? Quem em nome do Pai o creou? Porquê foi creado? - Tento dar uma resposta a mim mesmo. Embora exista no homem algo semelhante ao Universo ainda que minúsculo, contudo o dimensível em cada humano abrange em mim a ideia da inscrição no oráculo de Delfos: “ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o Universo”.


Primeira interrogação: - Quando o creou? - O homem não sabe! - Encontrou-se uma pedra de “Uranito do Transval” com três mil e quatrocentos milhões de anos, embora noutra sequência de fenómenos nos falem de dez mil milhões de anos. Mas isto não esclarece exatamente a idade do planeta que inicia em três reinos primários antes do mineral que assesta no quarto reino. O Pai Creador quando viveu como homem na Terra, estando próximo da morte implorou: “ Meu Pai! Dá-me de novo o lugar que Eu tinha, muito antes de este mundo ter sido creado”. Entenderão a verdadeira causa e a comprovação daquele pedido?

 Segunda interrogação: - Quem em nome do Pai o creou? - Com humildade admito saber! Chamo-lhe meu Pai Creador e como Ele disse existir muito antes de ser creado este mundo, foi porque participou na sua creação junto com a Força Creadora de todas as galáxias. Quando lhe chamo meu Pai Creador não tenho dúvida alguma e sei também que é o Soberano Supremo desta galáxia e a sua residência situa-se no seu núcleo. É a esta essência nuclear que a ciência dá a designação de “ buraco negro devorador de matéria”. Não está longe essa ideia. Porém lhe dou um nome mais atinente com a realidade: transformador de matéria cuja energia de força incalculável e de luz tão intensa que ao homem lhe parece ser treva ou então “buraco negro”. É esta a grandeza incalculável daquele que é meu Pai Creador.


Terceira interrogação: - Porquê o criou? - Porque Deus no princípio ao ordenar “haja a luz…e havendo a luz” emanada dele próprio é acessível ao homem mais comum deste planeta e assim se cumpre o propósito: “Frutificai e multiplicai”. Espero que a vossa interpretação não tenha o mesmo sentido que lhe deu a religião; confundir um grande propósito do Creador com o ato de procriar. Em torno desta distorção se tem verificado enorme hipocrisia. Se a creação da Terra e de tudo o que nela vive tivesse como objetivo único o procriar não se justificaria a sua creação. Sempre fomos vítimas da versão mais fácil e de promessas de comprovação difícil pelos feitores dessas versões. O rigor virá sobressaltar uns quantos produtores de falsidades a quem a Verdade tem intenção de fazer enorme exigência. No momento certo o que irão dizer ao homem para justificar o desconhecimento que têm sobre a relação com o resto do Universo e seu Creador?

Descartes, de racionalismo intransigente disse: “Penso, logo existo”. Também muitos imaginam e com isso afirmam estar na posse de tudo quanto fundamenta a existência do homem só porque pensa. Falta-lhe uma outra causa que origine outro efeito, pois o modo como pensa, raramente o conduz à realização de vontades nobres e elevadas, logo, por interesse negam a presença de sinais do Universo imprescindíveis ao homem no trajeto ascendente. Para executar, pensa. Contudo depende do pensamento e do valor do atributo que lhe notifica a vontade: Obedecer à vontade do Pai como lhes competia. Mas não foi assim. Vieram a obedecer à exigente reforma de um estado que em vez de cultivar o amor, a misericórdia e o perdão, cultivaram a autoridade e o orgulho.


Na força do pensamento está a brevidade do resultado no concreto: ou seja, antes de realizar no concreto realizou no pensamento. Acautelar o que se realiza no pensamento para que a realização no concreto seja o Bem. A Verdade deveria residir sempre na mente do homem e nas instituições dos homens e assim produziria no concreto a realização de valores para um mundo diferente e oposto aquele que foi realizado com as injustiças, com ódios, com adulterações e falsas promessas. Mesmo a forma como foi usada a palavra em nome de Deus atemorizou, conquistou poderes, mobilizou prosélitos e ocultou o Pai Creador da visão do homem crente.

A convocação do homem para o futuro da vida na Terra deverá encaminhar-se para a produção de condições que elejam alegria no quotidiano da humanidade e com ela contribuam para que haja pensamentos bem-nascidos e esses mesmos se ocupem e se inspirem com os perfumes, as figuras, as cores e a geometria de tudo creado na natureza pelo Pai Creador que ao homem gratuitamente ofereceu. Consciencializado, o homem possa examinar o resultado de uma aliança por ele próprio inspirada, assim, estará a dar grande contributo para as desejadas alterações a este mundo carente. O planeta está a exigir ao homem através das visíveis manifestações de desconforto a luta pela retidão. O mundo e a sua natureza se tornaram hostil e se rebela contra tudo involuntariamente, mas pertinente à opressão mental que todo o corporativismo tem vindo a exercer impiedosamente sobre ela e sobre os valores humanos.


Ao humano apenas lhe falta a vontade, pois nele já existe a qualidade. O homem não sabe ou então esqueceu que em toda a matéria existe uma força actuante, o Espírito da Verdade, por cuja ação a matéria se torna domicílio de vida eterna. 

Antão (gnóstico), 02-11-2012 




quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dificuldade de interpretação ou agnosia?


“Ao blasfemar contra o Pai Infinito ele perdoa e contra o Filho Eterno (Deus) também perdoa; mas ao blasfemar contra o Espírito não serão perdoados no céu nem na Terra”. É evidente que terá que ser pago com dor semelhante às ofensas feitas contra o espírito residente no humano. A lei na sua atuação tanto o faz individualmente como coletivamente. Presumo que nem os representantes da religião entenderam a lei de causa-efeito. – Contudo quem agride entenderá? E as injustiças que foram e ainda são praticadas na Terra, julgam que não estão ao abrigo da mesma lei? O homem constrói templos e palácios de justiça, mas devia acima de tudo construir templos e palácios de perdão, de amor e de misericórdia e neles instalar a equidade com fraternidade. É esse o superior desejo dos filhos: fazer a vontade do Pai Creador representante do Filho Eterno (Deus) na obra a realizar-se nos mundos em cada Universo local (Galáxia).


No mundo o homem sempre se considerou uma prerrogativa alicerçada na casualidade da fecundação quando diz: eu não pedi para nascer? Assim, pensam usufruir de todos os direitos: o deles e o dos outros. Poderia o homem ter muitos outros direitos, mas não os tem no seu todo por falta de humanidade. Também os que individualmente julgam estar acima de tudo e de todos, mas quando a verdade os despe, o único recurso é a mentira para salvar a aparência. A mentira nutre o mentiroso e ele tenta nutrir quem o escutar. Linha a linha se fabrica um tecido, mas linha a linha se destrói. Também se constrói tapeçaria com desenho cortês, usando várias linhas: a religiosa, a política, a do povo. Nestas três linhas há uma que se distingue: a linha do povo simples e humilde e por ser a mais sã é a mais forte; pois alimenta, dá força e sentido às outras duas linhas que sem o povo não existiriam porque, respetivamente, é o próprio povo que as sustenta, as intitulou e as nomeou.


Todo o princípio terá fim, embora haja instituições de homens com orla loureira, pensarem que serão eternos. Eterno é o Amor e mesmo assim, no mundo Terra onde vive compartilhado, ainda não conheceu a eternidade. O povo ilude-se com o pouco saber sobre Deus e de boa-fé acredita, por isso não enxerga a astúcia dos vendilhões do templo agora distribuídos por muitos templos. Enquanto criança por várias causas coloquei dúvidas nas promessas feitas no altar, às quais deram título celestial. Todavia não desacreditei no Divino, estava expresso na bondade de uma criatura que me dava pão para mitigar a fome de um período de vida em extrema pobreza. Cheguei a acreditar que um santo caridoso do altar da igreja, viesse oferecer a esmola que lhe era feita por oferta, repartindo-a pelos pobres da povoação que vivia no século XX em semelhança com a Idade Média. Cresci sem frustrações e nunca pensei no dever dos outros: mas no dever para com os outros

Era o Dia de Natal, sem prendas e sem pão. Teria sido no ano de 1951. Depois de chuva intensa saí para o largo do povo de chão em terra, onde se criaram pequenas poças de água das quais desviava os meus pés descalços. Entretanto vejo uma menina da minha idade, que não era pobre como eu, a pisar nas poças de água com botas de borracha perguntei-lhe: quem te deu essas botas? Quem mas deu foi o Menino Jesus! Naquele tempo ainda não havia Pai Natal. Fiquei triste. Sendo eu pobre e sabendo da bondade do Menino Jesus, porquê não me ter dado também umas botas como deu àquela menina? Isto levou-me a pensar: que pecado teria feito para que não tenha sido igualmente merecedor de umas botas dadas pelo Menino Jesus? Qualquer criança da minha idade diante de igual ocorrência pensaria da mesma maneira. Como era evidente não tinha pecado! Agora posso concluir que quando pensei ser castigo do Menino Jesus a ideia estava errada por culpa de quem inventou o pecado. O pecado veio para acorrentar e ao mesmo tempo fazer injustiça a Deus, acusado de ser Ele o juiz dos pecadores.


Há crescimentos que se fazem com convicção, especialmente aqueles que se levantam na simplicidade. Até hoje este foi o caminho da minha preferência. Porém naquela idade de quase uma dezena de anos pensei que a religião continha o tudo da vida mais a salvação e o céu junto a Jesus, por recompensa a quem não pecou. Mais tarde fui “revolucionário” a pensar que através da política muita coisa a nível social seria com justeza resolvida. Tendo a prova deixei de acreditar: inicialmente na religião onde fui batizado e consequente no Deus dos sermões e seguidamente nos políticos ao perceber, no contacto pessoal que tive com alguns, a falsidade aliada com o proveito. Repentinamente optei por um caminho que desconhecia e esse acto de coragem preenchido de grande convicção na busca de um Pai Divino que desconhecia e Dele nesta vida ainda não tinha ouvido falar. 


Hoje passados 34 anos desse dia da minha grande decisão sinto-me capaz de entender o mundo e lhe daria um recado que não é meu e o revelaria se fosse escutado. Os legítimos filhos de Deus confortam a ignorância dos políticos e com ela se deixam governar. Veneram a dissimulação dos representantes da religião que tudo prometem no céu sem o testificar, mas pessoalmente vêm encaixar-se aos políticos com pretensas e divididas condutas teocratas; pois aprovam uns e reprovam outros. Teriam aprendido com os políticos das últimas décadas do Portugal democrático (…)? Porque dantes a religião assim não foi (…) Lançaram o analfabetismo religioso e a hesitação endémica sobre a Verdade, dando atraso e pobreza aos crentes, assim, a fé transformou-se numa crença abstracta, numa tradição. Haveria tanta realidade ligada ao Divino nestes tempos conturbados, que deveriam difundir se souberem, ensinando os crentes e dar-lhe esperança na vida terrena para apuro da vida eterna. Mas não usem a ignorância sobre as grandes Verdades dos Universos e de quem os criou.


Se os humanos que transportam em si a “igreja” soubessem no mínimo os grandes dias que o Pai tem para vos dar ficariam muito felizes, mas também vos quero dizer: nada esperem da política nem da religião. Venho agora falar-vos de um Pai que nunca se esqueceu de ser justo com os seus filhos. Falo-vos desse Pai e do seu projeto no espaço-tempo, mas sobretudo para este planeta. O homem escreveu: “Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança”. Portanto o homem viu à sua semelhança o seu Criador Infinito. Deus foi imaginado à semelhança do homem. Este o maior erro que perdura até hoje. O homem sempre desconheceu a Realidade de Deus. Também nasceu há 2017 anos um homem na Galileia a quem ainda hoje tratam por Deus. Igualmente elegeram esse homem a quem chamam Cristo para rotular uma religião e é natural não o conhecer porque não viram nem sabem quem nele residiu durante a vida na Terra. Eu chamo-lhe com toda a convicção meu Pai Creador. Muito mais terei futuramente a dizer sobre a Verdade no espaço-tempo com origem no Pai Infinito Sábio, Infinito Amor, Infinito Perdão e Infinito Misericórdia.

Ser o que É, não criou infernos nem purgatórios e deixou que as leis de causa-efeito fossem da criação e da aplicação do homem. Ofender Deus residente na alma imortal do homem tem compromisso de rectificação exigido pela lei e não pelo Pai de Infinita Misericórdia. Diz o povo: “quem com ferros mata com ferros morre”. O que matou assume a lei e morre da mesma maneira; se não for nessa vida é noutra. Não foi Deus quem o castigou nem é rigoroso. A mesma lei aplica-se em muitas outras situações na vida do homem. Se fizeres uma promessa a Deus por algum motivo, Ele não exige pagamento algum. Todavia aquele que prometeu não se perdoa a ele próprio mantendo em si o compromisso de pagar, porém não avistará Deus nem alguém em seu nome vir receber o pagamento. Inteligível era o homem se em suas descobertas com seriedade concluir que a imensa e grandiosa obra no espaço-tempo não foram uma obra com o propósito de um acaso. Saberás dizer-me o sentido dessa obra? Disse em tempo que Pai Infinito não tem o mal nem a experiência. Falando apenas da Terra repito: é um mundo de experiências. Ainda permanece em vós a dúvida de Quem no homem se experiencia?

Antão (gnóstico), 25-10-2012 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

As proporções do homem com o Universo manifestam a obra do Creador em tudo o que elas contêm




Somos um micro universo que tem dificuldade em se reconhecer. A estirpe arrogada do dito: Eu sei! Embora sabendo que não sabe, finge que sabe. Não se adquire facilmente a sensibilidade nem o saber, sobre essa dimensão da vida e da geometria, imanada do Espírito Actuante no espaço-tempo. Tudo é similar, até mesmo o átomo invisível se organiza na mesma geométrica e movimento semelhante ao sistema solar, nomeadamente a elíptica em torno do seu núcleo. Esta ordem e movimento se repetem em todos os sistemas em redor do núcleo da Galáxia. E todo o espaço-tempo em redor do Princípio Creador - Ilha Nuclear de Luz. Podemos assim entender a frase bíblica. “ E criou Deus o homem à sua imagem.”


Por assemelhação o homem faz parte de uma ordem cuja dimensão não está ao alcance por mensuração, e menos ainda ao alcance do nível rotineiro do homem nem a fáceis adaptações filosóficas. Isto exige amplitude ao nosso conhecimento e depois ser transformado em gnose. Também afirmo que isso faz parte da história do homem no Universo. O que causa estranheza são afirmações sem conteúdo, mas expressas de tal modo que dá ideia de domínio absoluto das leis no Universo e arrogam essa dimensão sem qualquer tipo de modéstia. O Pai Creador disse: “Quando virdes a vossa semelhança, alegrai-vos. Mas, quando virdes o vosso modelo, que desde o princípio estava em vós e nunca morrerá, nem nunca se revelará plenamente – será que suportareis isto?” Referia-se ao humano possuidor de valores espirituais relevantes.

Seria impossível analisando ordens supremas imutáveis e as suas simetrias intrínsecas a toda a vida na Terra, que tudo possa ser circunscrito a intenções de grupos dominantes de homens que têm vindo a conduzir para nível caótico a Soberania do Pai Creador e a sua Verdade em ligação com toda a vida na Terra. Não se iludam que um presumível progresso venha abater as situações trágicas vividas na actualidade pelo homem com orientação unicamente materialista. Para um mundo mais fraterno é necessário construir carácter com princípios espirituais. Aclamem este povo herdeiro do Cidadão da Luz (da Luzcitânea) possuidor da nobreza que a Besta sempre tentou apoderar-se, incitando-o a manifestar furor que não tem. A simplicidade e a humildade características deste povo farão com que cumpra por abundância os mitos da Europa em “Portograal”. “Senhor cumpriu-se o mar! Falta cumprir Portugal” (?) Os sinais actuais são de invernia da humanidade e estão a agravar-se irremediavelmente em todo o planeta. Os assentados nos bastiões do Estado Português dizem: “Não somos surdos nem mudos”.


Também os burros não são surdos e porque zurram não são mudos. Se quem governa este povo fossem sábios, estariam na posse de conhecimentos mais autênticos e teriam outras soluções aonde a retidão deveria ter presença permanente. Se os governantes conhecessem as suas estirpes e fossem corretos ao se reconhecer, entenderiam e diriam honestamente: pior conseguimos fazer. Prepare-se o povo em seus dotes que mal conhece, porque está neles a solução para o futuro. Os gelos do inverno e tudo quanto ele tem de destruição, não poderá passar para a Primavera onde as árvores de fruto irão manifestar toda a sua fertilidade, e logo que fecundadas dará fruto substancial. Tenhamos coragem, pois em breve findará o nosso inverno, e chegará o equinócio da Primavera que anunciará o verão da humanidade.

Acontece em todos os paradigmas da vida terrena, onde o homem se limita na busca da sua verdade e iludido, segue por caminhos confusos pensando ser os indicados para a salvação da alma, nessa trajetória dificilmente encontra o Pai Creador e o caminho para Deus. Percorremos durante muitos séculos caminhos que julgámos os mais autênticos e mesmo chegando ao fim ainda há quem não se aperceba que a escolha não foi feliz. Em causa esteve a lealdade de quem apregoou esse caminho. Construiu-se templos para ser morada de Deus e para com Ele se encontrarem, porém esses templos eram vazios e nunca o homem se interrogou porquê. Nem sequer perguntaram a quem promoveu a construção a causa desse vazio. 




Se corporalmente o homem construiu com a sua proporção os templos, também o concebeu aplicando os valores do seu espírito residente. Nessa manifestação exterior que segredo lhe falhou por não conseguir dar vida a esse volume oco construído de pedra. A vida no interior do Templo só poderá ser dada pelos construtores e pelos que lá entram sendo filhos de Deus, e não pela presença de um representante religioso. A geometria está no homem e tudo fez à semelhança da sua medida, como no vitrúvio, assim deveria estar na construção. De repente, o divino mudou de mãos: passou dos mestres construtores de templos para os arquivistas. A edificação para receber os que levavam a manifestação do divino, que eram gente simples e humilde, transformou-se em documento para cartório e a verdadeira igreja foi transformada em edifício de pedra. “Nunca admiro uma catedral sem me lembrar que são feitas da mesma pedra dos degraus mais humildes do burgo. As palavras são como as pedras: o espírito é que as lavra”. Escreveu Afonso Lopes Vieira.

Não podemos esquecer a mentalidade da renascença totalmente desenvolvida pelas tendências do Cristianismo Imperial. Passados séculos ainda estava debaixo do poder de Constantino, pois teria que ser cumprido o padrão dos Tribunais da Lei de Roma. Segundo os construtores dos templos o modelo das proporções vitrúvianas poderia ser questionado por essa lei. Todavia as leis ligadas à criação exterior do homem fazendo dele um templo não pode ser questionada e menos ainda no residente interior onde existe a medida protótipo de tudo quanto existe no Universo. Indiciam estas leis o entendimento das moléculas que constituem a formação e a forma do corpo humano e seu funcionamento. Embora seja semelhante no seu funcionamento a outras espécies animais, no homem há inteligência e vontade e acima de tudo a convicção de sua origem divina onde todos os organismos se movem e têm a mesma estrutura dos Universos.


Se em qualquer templo estivesse em frente do altar como habitualmente está o sacerdote, aguardaria voltado para a porta pelos que entravam ao Domingo de manhã. Nessa orientação diria com muita humildade a cada um que entrasse: Sejas bem-vindo! E a todos reunidos diria: Trouxeste convosco o Pai Creador, pois vos digo que sois seus filhos, e assim poderei entender a igreja como obra Sua e onde os seus filhos vêm reunir-se em irmandade e preencher este vazio construído de pedra. Portanto a igreja é o homem e a mulher alimentados pelo dinamismo do Reino da Vontade do Pai.

Antão (gnóstico), 21-09-2012





terça-feira, 18 de setembro de 2012

Não dorme o que está ao serviço do Pai Creador. Assim, vê os que se deixam vencer pela indolência.


As ideias contraditórias assumidas no mundo durante milhões de dias convenceram os pretensos e variados senhorios do direito de propriedade do mundo e do homem e alguns desses senhorios mesmo do céu. Esquecem que somos um Todo que a ninguém pertence, embora haja permutação de vidas e de saber. Não fazemos ainda ideia dos planos das distintas Soberanias em cada Universo designado galáxia e como actuam, muito especialmente nos mundos habitados. Não estamos sós. Por isso não pensem os senhorios que podem fazer o que lhes apetece e o que lhes convém.

Vivemos os dias em que o homem está em prova e sujeito individualmente a uma intransigência para haver clareza, não só pessoal mas também colectiva.
É também verdade o homem não estar ciente dessa consequência, pois o caminho que escolheu foi de um colorido satisfatório que presumem de eficaz. Irá ter enorme surpresa esta humanidade em trâmites pessoais, políticos e religiosos. A exemplo do que está a agitar os dias do mundo e brevemente com consequências extremas para o homem. Nesse acontecimento em nossos dias poderemos entender a ocorrência análoga ao da Terra em outros planetas em tempos antigos, quando da entrada das várias civilizações na Terra. Embora diferentes as que são conhecidas e outras que já desapareceram.


Chegaram a este planeta procedentes de mundos mais avançados em conhecimento, gente de várias raças e culturas, e também diferentes no saber. As entidades residentes e respetivos corpos foram suspensas dos mundos onde se experienciavam, tornando-se apartadas em consequência da regeneração das energias existentes para potências mais elevadas e vindas do Espírito Soberano. Isto originou a triagem entre a grandeza do espírito residente em uma parte dos habitantes com recetividade à nova energia, e a outra parte que por iniquidade se tornaram débeis no espírito residente para a nova dimensão. 

Consoante os respetivos mundos de origem, assim as suas revelações e acontecimentos. Aos suspensos desses mundos levou a que emigrassem para outro mundo mais primitivo, aonde no caso da Terra deu início a história, e a ela se associou a grande diversidade de conhecimentos chegados repentinamente. As várias raças e várias culturas no mesmo planeta tornaram discrepantes as ideias entre o homem das várias raças causando conflitos. Todavia deveríamos saber que somos filhos do mesmo Princípio, assim, também iremos para o mesmo Fim. Aí seremos um só; a Unidade. Conseguirá a humanidade justificar os motivos das discórdias de hoje? 

As conclusões gnósticas tiradas das antigas civilizações não se fundamentam nos testemunhos arqueológicos, mas naquilo que esses testemunhos nos comunicam. Logo não é, por conseguinte, do ponto de vista científico mas através da expressão esotérica, os conteúdos de extraordinário saber sobre a história das humanidades deste Universo. Isto leva-nos a concluir que os mundos da proveniência das diversas raças e culturas vindas para a Terra, através de um desconhecido processo de transmudar, que não são para mim totalmente desconhecido. Foi manifesto em algumas raças por estarem muitíssimo mais avançadas na consciência sobre o Creador Infinito.


Com a chegada a este mundo ainda muito primitivo deram continuidade ao seu saber e com ele aplicaram todos os métodos ao seu alcance para construírem à semelhança do seu mundo de origem tudo quanto ainda hoje é testemunho visível, embora incompreensível a uma visão mais superficial. A forma como em tempos distantes foi possível construir e deixar largo conhecimento, que passado gerações já não estavam ao alcance dos descendentes deles por se tornarem terrestres. Tudo se tornou especulativo enquanto for ignorada a sua verdadeira proveniência. Tudo quanto o homem soube das várias raças colonizadoras da Terra às quais ele também pertence, foi na decadência de uns e nos restos mortais de outros, das civilizações que não foram propriamente erguidas pelos autóctones da Terra.

Muita realidade foi confundida pelas religiões posteriores, umas monoteístas, outras politeístas. Todas pretenderam atribuir-se conhecedoras do Creador Infinito e alguns até assumiram o personagem terreno substituto de Deus ou dos deuses. Todavia esse saber ainda hoje não o têm nem se aperfeiçoam para o ter. Desde sempre o seu maior objetivo foi enriquecer e liderar a Terra com as suas soberanias usando o nome de Deus. Gnose exige a humildade que o Pai Criador nos recomendou. Também recomendou que devemos ser leais com a Verdade. “…E que é a Verdade? ” Interrogaram um dia. Os sacerdotes de Jerusalém afirmaram o repúdio contra a grande Verdade trazida pelo Pai Criador, juntamente com os testemunhos da Sua grandeza Divina, que não distinguiram no homem a quem conheceram apenas pelo nome de Jesus, e dizerem: “Tudo quanto faz vem-lhe de Belzebu”.

A esta infâmia devemos dar uma resposta ajustada, não para julgar esses sacerdotes, senão muitos mais teríamos que julgar, mas para perdoar. Venho resumir algo referente a uma pergunta, exactamente sobre a Verdade. “Contam que outro buscador da Verdade saiu, em certa ocasião, pelos caminhos da Terra. Belzebu, saindo-lhe ao encontro dos pensamentos, declarou: Sei o que pensas mas podeis estar seguro de que o caos actual entre o homem e sua degradação progressiva não obedecem à intervenção dos que mantêm a lealdade ao que tu chamas maligno. Isso é obra do livre arbítrio do homem corrupto, que optou por estar do nosso lado em busca de vantagens que a Verdade não consentiria”. 



E ali esse buscador da Verdade, no grande cruzamento do mundo, interrogou seus irmãos. Dizei-me: então onde se encontra a Verdade? E das estruturas do mundo ouviu-se um alvoroço de vozes:

·        A verdade está na filosofia – proferiram os filósofos da antiguidade;
·        A verdade está nos templos – afiançam os procuradores das religiões;
·        A verdade está em nosso modelo - Alega a política;
·        A verdade está na observância das leis – impõem as autoridades;
·        A verdade existe no abandono de tudo – responderam os ascetas;
·        A verdade está no nosso conhecimento - induziram os espíritas;
·        A verdade é o passado concreto – lamentam os nostálgicos;
·        A verdade será agir com paz – aconselha o homem nos campos da contenda;
·        A verdade está na equidade – o pão deve ser assim repartido diz o necessitado.
      ·        Muitas mais vozes foram ouvidas porém já fatigadas, mediante a escassez da Verdade. 

Por fim exclamou: A Verdade só pode ser Infinita! E ela só será acessível dentro da medida deste mundo e aos que conhecem os seus frutos e os torne manifestos nas muitas faces do Amor garante de irmandade. Este é o único passo para reconhecer a Paternidade. A nossa verdade como nos apercebemos é ainda criança, como é em muitas coisas ligadas ao crescimento na alma.


Não é inteligibilidade a ação dos promotores de guerras, algumas apelidadas de “santas”, entre os filhos do mesmo Pai, ainda que, de origens diferentes onde nunca a Paternidade deveria ser colocada em causa por dissemelhança de raças, culturas e religiões. As antigas civilizações erguidas por humanidades vindas de outros planetas que repentinamente chegaram à Terra conscientes da sua origem e do seu saber, foram mais tarde incompreendidas pelos seus descendentes já nascidos na Terra. Portanto não são, evidentemente, descendentes do Homem do Neandertal como afirmam na história. 

É nosso dever, para que não se repita, lamentar a falta de conhecimento que consentiu declaração de conflitos, causadores de morte na alma imortal, ao ponto de ocorrer o que foi dito na parábola: “Julgar os vivos e os mortos”. Esta permuta entre mundos virá reaparecer de novo na Terra mas no sentido inverso: a triagem feita por incompatibilidade, irá levar ao desaparecimento de 50% da humanidade para um planeta ainda muito primitivo onde irá dar-se, igualmente o início da história desse planeta, tal como aconteceu na Terra em tempos distantes com a vinda das várias raças e culturas.

E com elas vasto conhecimento sobre diversos cultos religiosos, vindo a originar divisão entre as religiões, e esse obscurantismo foi transformado em lutas entre os crentes, os ímpios e os pagãos. Também outros pretenderam atribuir-se com posse do conhecimento sobre o Deus Único, todavia ainda hoje não o têm nem se aperfeiçoam para o ter. Não possuindo as firmes convicções e o correspondente saber, o objetivo seria imperar sobre as soberanias da Terra usando o nome de Deus. Gnose exige a humildade que o Pai Criador exemplificou. Também recomendou que devemos ser leais com a Verdade. Se até hoje as minhas maiores lutas não foram exclusivamente para conhecer a Verdade passarão a ser a partir de agora.


Há os que estão nos limites para não ser sujeito ao desterro, mas teimosamente iludem-se ignorando as regras que dão o direito de inclusão no caminho para uma Pátria desconhecida. Embora seja mais antiga que o tempo; pois essa Pátria sempre existiu. As regras imprescindíveis são as da retidão e em todos os gestos semear a paz em vez de fomentar o conflito. Muito esconde do mal o homem que fingido se emudece, assim como se oculta dentro das quatro paredes onde mora, no entanto, para os olhos de um ser (…) não há obstáculos nem nada que o impeça de ver, embora se remeta ao silêncio. Com isto quero fazer uma afirmação: o meu carácter não é Dévico tem noção do bem e do mal.

De uma coisa estou seguro, a degradação progressiva do homem, muito especialmente o enfraquecimento da moral individual, são manifestas do livre arbítrio mal utilizado e não por ingenuidade, como muitos fazem crer para álibi de suas maldades congénitas. Esta concertação do mal levara ao aparecimento de sítios na Terra fomentadores de corrupção, de perversidade e de mentira, ao ponto de destruírem o significado que tem aquela divina mensagem: “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”. Muitos se tentam esconder debaixo da aparência de venerando porém ouvimos da erudição popular, “o Demo tem duas capas, com uma tapa, com a outra destapa”. Quando esta destapar assistiremos à nudez dos agentes do mal, e nesse dia veremos as suas autênticas faces e também o seu fim.

Antão (gnóstico), 06-09-2012 






quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Os fracos ensinamentos sempre foram um exemplo de retroceder


ANOTAÇÃO para a palavra CREADOR e CREAR tenha sido abolida e não faz parte da grafia oficial. Ao qualificarmos o verbo criar em teosofia, forçosamente teremos que usar Creador em vez de criador. O Pai Infinito é o Creador do espaço e do tempo, dos mundos e das humanidades, portanto, não é um lavrador criador de rebanhos. Lavoisier disse: “Na natureza nada se crea, e nada morre, mas tudo se transforma”; se tivesse dito “nada se cria” seria radicalmente incorreto em termos teosóficos. Outros sustentaram esta mesma ideia.

 São urgentes as mudanças nas atitudes do homem de fraco exemplo. Quando falam parece que estão a propor a elevação dos melhores e mais perfeitos modelos, contudo no seu exemplo nada é percetível e se ocultam com capa de promessas que não têm vida. Mesmo assim tentam embelezar-se com vestes de arremedo sem se aperceber que repentinamente poderão desnudar-se e tudo se tornará visível. Nas farsas acidentais muito do seu conteúdo se revela de imprevisto. Critica-se severamente o defeito de incumprimento dos outros; eventualmente haverá razão de sobra para protesto. Todavia nos domínios que mais falhas têm, antes do reparo, deveriam criticar os seus intemporais delitos contra variados ramos da humanidade, especialmente aos menos favorecidos a quem convencem com falsas promessas ou atemorizam com condenação; estes deveriam fazer o seu acto de contrição por tudo quanto foram as suas propostas não cumpridas e as consequências, as quais, não promovendo o conhecimento sobre a Verdade, hoje se revelam ruinosas. Contudo, usam em legítima defesa a frase: “Olhem para o que eu digo… mas não para o que eu faço”. Já foi o tempo em que era possível a impostura e o disfarce. “Pelo fruto os conhecereis”, palavras de um Sábio por quem tenho eleição muito especial.


Ninguém é perfeito, por isso os pequenos erros podem servir de experiência ao homem para corrigir e melhorar a Virtude, aperfeiçoando-se. O mundo que diz ser civilizado é chefiado com palavreado em substituição da Verdade…a realidade para um mundo novo está distante dos discursos publicados, pretensos de uma fórmula de civilização caduca e no fim do tempo. Quem por hábito os lê e os ouve; acreditam uns, duvidam outros. Esta decisão é normal, mas quando mal conduzida pode acarretar a divisão, e assim passará a fomentadora da agressão entre o homem, com resultado favorável à Besta, “que subiu do abismo para governar todo o mundo”. “Dividir para o governar”. Parece que estamos a ser vítimas de doença infecto-contagiosa de terapia precária, por ter sido produzida na dissertação dos vários sectores do domínio. “O mal é de quem nas ouve, pois quem as diz se afasta”. Pelo menos fazem figura, de néscios, e uso este adjetivo por ser concordante com a Grande Verdade. As realidades do projeto para este mundo só está ao alcance das práticas altruístas e humildes, porque só assim verão na Deidade o supremo saber e a origem da consciência na vida do Universo. Há exclamações sobre a Verdade que o homem não escuta mas deveria escutar; porém não lhe interessa.


Se enriquecer for apenas de bens materiais está a rejeitar o enriquecimento no espírito. Por estranho que pareça, estas são as principais preocupações do homem e das religiões, em defesa das suas preferidas regalias. O grande desassossego da humanidade está actualmente assentado nos valores materiais, e em primeiro lugar o dinheiro. Esta opção entre outras tem levado ao desenvolvimento de lutas sem trégua para as manter, como se isso não tivesse fim. O fim será inesperado e imprevisível aos olhos das conclusões teoristas. Os sinais são evidentes de uma grande transformação na Terra. A passagem para a grande transformação será repentina como foi o nascimento há 2.017 anos do homem mais sábio e mais amoroso, que esteve na Terra durante 36 anos, 237 dias e 15 horas, até à morte por assassínio. Aquela vinda do Pai Criador foi grandiosa para o planeta e para a humanidade que nela reside, e além disso as consequências são manifestas ainda hoje de várias formas. A sua atitude enquanto homem foi de união, de fraternidade e de sintonia com a vontade do Pai. Contudo o resultado tanto uniu como desuniu. Apenas teremos que indagar quais foram as causas para a desunião do homem com a Deidade.


Durante todos os tempos muitos cobiçaram o realce pessoal, e muitos fizeram história pelo lado proibitório, pois o importante é ter saliência mesmo agora, nem importa de que lado venha; talvez isso se tenha convertido em vício e mesmo exibição: situação que lhes permita saber que são olhadela. E se não me olharem irritam-me! Praguejam. Quem quiser parecer grande em valores na alma ou no espírito sem antes os edificar, ao afirmar-se pessoalmente suscitam incapacidade para ser simples. Acabam por duvidar da própria sinceridade e de imediato se afastam para que não seja percetível de perto ter havido a demissão dessa importante qualidade. Isto poderá causar incómodo pessoal se vierem a saber que ali a humildade não existe. Quem doar a outro um fruto que não tem, de algum lado lhe veio. Busque em saber quem o colocou em suas mãos, dando-lhe azo na qualidade de depositário. Sendo fiel alcançará a dignidade de o amadurar na sua própria árvore e só então o presenteie; antes o daria ainda imaturo. Ninguém é proprietário do conhecimento e muito menos do saber; assim sendo não venha dizer: Este fruto é da minha árvore sabendo o outro que ali não existe árvore que dê esse fruto.


Na generalidade o aspecto físico do homem e da mulher pouco ou nada se alterou desde há muitos milhares de anos, e sempre assim foram as suas funções como embrião da sua existência, e sempre assim foram os sentimentos de paternidade e filiação. Podem concluir com grande presunção, que na humanidade fora alterada os modos de vida e seus acessórios, os formatos dos consumos, as políticas e seus sistemas em sociedade, que a igualdade e justiça cresceram, que as religiões tudo resolvem e tudo censura. Porém os que encabeçam a marcha do homem, se fundamentam rivalizando a um passado que não desejamos regresse. Assim sendo, que fazer para alterar ou tornar novo o que desde há muito envelheceu? Teremos que pensar seriamente num Apocalipse; relato o que foi escrito pelo Apóstolo Tomé depois de ter sido condenado como matéria herética por decreto do Papa Gelásio I (492 a 496).

“Os céus se moverão, as estrelas cairão sobre a terra, o sol e a lua serão cortados ao meio e a lua não luzirá mais. Haverá sinais e prodígios excecionais nos dias que antecedem a chegada do Anticristo. Estes serão os sete sinais que aparecerão antes do fim deste mundo. Em todas as regiões haverá carestia, grande peste e muita angústia. Depois todos os homens cairão aprisionados no meio de todas as nações e morrerão pela espada”.

“No primeiro dia do julgamento haverá um grande prodígio. Na terceira hora, do firmamento dos céus elevar-se-á uma voz grande e potente e uma grande nuvem de sangue se moverá do ocidente e fortes trovões e raios poderosos seguirão aquela nuvem e uma chuva de sangue cairá sobre a terra. Estes são os sinais do primeiro dia”.
  
“E no segundo dia ouvir-se-á uma voz forte vinda do firmamento do céu e a terra será abalada de sua sede e as portas do céu se abrirão no firmamento do céu em direção ao oriente, e uma grande Potência será feita passar pelas portas do céu e cobrirá o céu até à noite. Estes são os sinais do segundo dia”.

“E no terceiro dia, por volta da segunda hora, elevar-se-á no céu uma voz e os abismos da terra emitirão sua voz para os quatro cantos do cosmos. O primeiro céu contrair-se-á como uma folha de papel e desaparecerá de improviso. E, por causa da fumaça e do fedor do enxofre do abismo, os dias se tornarão trevas até à décima hora. Então todos os homens dirão: penso que o fim se aproxima e que nós morreremos. Esses são os sinais do terceiro dia”.

“E no quarto dia, na primeira hora, a terra do oriente falará, o abismo estrondeará e então toda a terra será abalada violentamente por um terramoto. Naquele dia todos os ídolos dos pagãos cairão e, com eles, todos os edifícios da terra. Estes são os sinais do quarto dia”.

“E no quinto dia, na sexta hora, um trovejar imprevisto soará no céu e as potências da luz e da roda do sol serão destruídas e haverá trevas intensas sobre a terra, até à noite, e as estrelas serão retiradas da sua missão. Naquele dia todas as nações terão ódio ao mundo e desprezarão a vida desse mundo. Estes são os sinais do quinto dia”.

"E no sexto dia haverá sinais no céu. Na quarta hora o firmamento do céu rachará de oriente a ocidente. E os anjos do céu olharão de cima através da abertura dos céus. E todos os homens verão da terra os séquitos angélicos que olham do céu. Então todos os homens fugirão. Estes são os sinais do sexto dia”.

“E no sétimo dia, na oitava hora, haverá vozes nos quatro cantos do céu. E todo o ar será abalado, encher-se-á de anjos que farão guerra entre si o dia todo. Então os homens perceberão que a hora da sua destruição se aproxima. Estes são os sinais do sétimo dia”.

“E, quando os sete dias tiverem passado no oitavo dia, à sexta hora, elevar-se-á do oriente, no meio do céu, uma voz meiga e doce. Então surgirá aquele anjo que tem o poder sobre todos os anjos e todos avançarão para libertar os eleitos que acreditaram. E alegrar-se-ão porque a destruição desse mundo já se terá consumado”.


COMEMORAMOS ANIVERSÁRIO…porque em Belém da Palestina no dia 21 de Agosto do ano7 a.C. ao meio dia, uma mulher terrena de nome Miriam, deu à luz um pequeno varão. Joshua Ben José. Não é propriamente comemorar o nascimento daquele que viria a ser um humano extraordinário, mas comemorar um grande dia para este planeta e muito especialmente para a humanidade que nela viveu até agora. Só metade dela viverá no futuro. Chegou à Terra nesse dia inesquecível, não só para este planeta mas para outros onde o mesmo Clarão chegou. O Pai Criador, Soberano Supremo da via láctea, para viver em um humano.

Ao falar do homem que muitos veneram não falo de religião alguma, nem seria correcto se o fizesse. Venho apenas lembrar o dia que veio trazer à Terra enorme transmutação, e em consequência também à humanidade. Ao atingirmos os 2.017 anos da Sua vinda à Terra conseguimos finalmente entender a sabedoria nas palavras de singular mensagem. Hoje os sinais são evidentes ao constatarmos o fim de tudo quanto foi antagonismo ao Seu propósito para essa grande e inevitável transformação na Terra que não poderia ser precipitada. Não foi pela falta do conhecimento divulgado por Joshua que a humanidade não criou os meios para evitar a grande degradação do propósito que originou a vinda do Pai Criador a este mundo.

É nosso dever dar continuidade a um compromisso sem tempo, mas no tempo tomámos consciência de participar sem disfarças para que o passado daninho não se repita, e levar adiante um efeito sem designação presumida mas que contenha uma vontade que seja a realização de uma humanidade fraterna, e obediente a um propósito que seria fazer a “Vontade do Pai” uma vez que: “Não somos filhos de prostituta pois temos Mãe e Pai”. Aqui deixo uma mensagem para quem a entender de boa-fé. Vos digo sem rodeios…nem presunção: ser parte de tudo o que o Infinito Creador pensou ao formar o espaço e o tempo. E tu! O que crês ser…?

 Antão (gnóstico) 20-08-2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

A evolução do Reino foi travada por juízos errados de influência rebelde


Nunca é demais falarmos sobre verdades que muitos procuram ocultar, e haver a noção de que há realidades que são companheiras diárias do homem, sendo recomendável estarmos atentos para melhor sabermos como agir contra os inimigos do Bem. Hoje vou falar da rebelião que foi extensível até à Terra e centralizou-se num sistema local planetário chamado Satânia, intentado contra a Soberania do Pai Creador. Temos informação que a rebelião manteve o mesmo líder durante 250 mil anos e não viveu como homem mortal. Naquela condição sustentou intacto o seu estado de vida, não havendo a necessidade de substituição ao longo do tempo em que Lúcifer chefiou os “filhos descendentes”em corpo de homem com o mandato especial para exercer um poder arrogante sobre a humanidade incentivando ao mal e abatendo sobre o planeta energias nocivas ao ambiente e ao homem. A maior ameaça foi a criação de um movimento opositor que colocou em causa todas as obra do Reino do céu, aliás, como vem sucedendo, dentro do mesmo ditame, a outros tipos de rebelião contra o Soberano Supremo deste universo local.


O líder da rebelião planeou e conseguiu ser o senhor de todos os poderes da Terra que acabaram por lhe prestar culto e lhe dar direito ao título de D. Lúcifer. A rebelião apoderou-se indevidamente da soberania do mundo usando diferentes faces, e com elas enganaram a muitos. O ocupador só perdeu o título virtualmente quando o Pai Creador nascido na Terra há 2016 anos deliberou dar o fim teórico à rebelião enviando o chefe e o príncipe planetário para um mundo paralelo prisão. Porém o dia do procedimento da autoridade divina perante os possuidores dos ainda existentes restos da rebelião, não é do nosso conhecimento, embora saibamos que brevemente se materializará a higienização na Terra e de todos os efeitos da rebelião. No planeta, nunca até ao momento, a rebelião abalou a honestidade e o trabalho de paz feito por homens e mulheres fiéis ao Pai Creador. Pela mão de muitos que cultivam a Terra e trabalham na fábrica para garantir o seu Pão de cada dia e dos seus, honestamente. Pela mão dos que em suas dádivas enchem os bancos alimentares contra a fome, isentado dos destinos dessas dádivas. Pelos muitos que dão seu sangue para salvar vidas humanas. Pelos que em qualquer circunstância demonstram o amor pelo próximo. Todos estes valores humanos foram os grandes combatentes contra a rebelião e também os que melhor souberam estar de acordo com a “Vontade do Pai”. 

Estão próximos os vinte anos em que o líder da rebelião aceitou julgar-se a ele próprio, senão tornava-se…“não ser”. Todos os poderes que também se auto-elegeram líderes e tomaram posse da soberania do mundo e da humanidade indevidamente, e por sintonia também adquiriram títulos de honra, de excelentíssimo e de excelência, não possuindo a bondade, a perfeição e a retidão, que deveria ser inseparáveis desses títulos; mas terminaria aqui se não fossem ajuntados os ambiciosos e os espertos. Todos estes, para o bem da humanidade, deveriam aceitar o seu próprio julgamento ou então tornem-se… “não ser”. Haverá exceções, ainda que não sejam muito manifestas. Este comentário é fundamental, não só para falar dos efeitos da rebelião, mas para demonstrar a incomensurável misericórdia do Pai Creador ao permitir, sem qualquer intenção em julgar e condenar, as investidas até hoje contra a Sua soberania no planeta e contra a Sua paternidade no homem. Os que forçosamente deviam hoje estar no lugar de réus foram os juízes durante excessivo tempo. Quando restabelecida definitivamente a soberania do Pai Creador na Terra, se renovará a esperança de o “Reino da Vontade do Pai” ser manifesto em Amor e Fraternidade e finalmente erguido da lama onde o afundaram.


Por tudo quanto foi dito é tempo de todos os trabalhadores do Reino da vontade do Pai assumirmos exaustivamente o alcance da mensagem contida nos ensinamentos do Pai Creador que difundiu enquanto homem terreno. Está em nós o dever de certificarmos o conceito exato do termo Reino do céu, assim, seria a forma de encontrar o rumo através do qual possamos modificar gradativamente a vontade do homem e influenciar as suas decisões, dia após dia. O Pai Creador e seus colaboradores humanos e supra-humanos estão também, progressivamente a colaborar na modificação de todo o percurso da evolução humana, sob vários aspectos, inclusivamente o social. É de sublinhar que o Pai Creador tenha realçado alguns ensinamentos de visão relevante sobre a doutrina do Reino quando se debruçou sobre a predominância pessoal como fator determinante da experiência humana ligada à vontade, e com ela a comunhão imaterial com Deus, o Pai. Isto levaria a uma suprema satisfação do homem no serviço amoroso, transcendendo a grandeza do espírito sobre as tendências materiais e a personalidade do homem.

A obra do Pai virá do interior do homem e este poderá organizar-se como igreja se assim entender, porém não se deve confundir igreja com religião. As religiões sempre inflamaram movimentos de massas que seriam inevitáveis, contudo no agregado foram úteis na vida de Joshua e dos seus ensinamentos. A ocorrência consistiu no facto da reação social aos movimentos para dar conhecimento do Reino tivesse desalojado e suplantado completamente o conceito espiritual do verdadeiro Reino, como o Pai Creador o ensinou e Joshua o viveu. O Reino, para os judeus era o povo de Israel; para os gentios, tornou-se a igreja cristã. Para o Pai Creador, o Reino era representado no grupo de homens e mulheres que em conjunto afirmaram a sua fé na paternidade de Deus, proclamando assim a sua dedicação em fazer a vontade do Pai, tornando-se membros da irmandade espiritual entre o homem.

Quando os seguidores mais próximos de Joshua, nomeadamente cinco apóstolos que ficaram em Jerusalém, vieram a reconhecer que tiveram fracasso na realização do ideal do Filho do Homem. Esse ideal seria construir o Reino no caráter do homem, mediante a orientação e o ascendente exercido pelo Espírito residente, e individualmente viesse impedir que o seu ensinamento ficasse totalmente perdido. Fizeram a substituição do ideal do Mestre sobre o Reino pela criação gradativa de uma organização social aparente: a igreja cristã primitiva. Logo que consumaram o projeto de substituição, com a finalidade de manter a coerência e promover a autenticação do ensinamento do Mestre a respeito da verdade do Reino, levaram por diante a ideia de estabelecer o Reino no futuro. Assim nasce a igreja constituída por prosélitos e logo que ficou devidamente estabelecida, passou a ser liderada por presbíteros. Não conseguindo construi-la de forma perfeita e conforme o desejo do Mestre, começaram a divulgar que o Reino só iria surgir no apogeu da era cristã, com a segunda vinda de Cristo. A data do apogeu a desconhecemos, porque ainda não se verificou, assim como ainda não assistimos à vinda do Pai Creador, apesar de se desconhecer como irá chegar.


O Reino veio a transformar-se no conceito de um período incerto e foi alimentado na ideia da última vinda do Pai Creador e no ideal da “redenção dos homens Santos quando do fim do mundo”. Os primeiros cristãos, e posteriormente a maioria dos cristãos no mundo até ao presente, perderam a visão sobre a ideia da vontade do Pai Creador e de Seu Pai, o Filho Eterno, Deus, incorporada no ensinamento de Joshua sobre o Reino. Souberam como substitui-la pela bem organizada comunidade social da igreja. Em suma, a igreja transformou-se principalmente em uma fraternidade social que, efetivamente, deslocou e substituiu o conceito e o ideal do Pai Creador por uma irmandade religiosa. A igreja cristã de Paulo foi a sombra socializada e humanitária daquilo que tinha sido a intenção de Joshua de como deveria estabelecer-se o Reino do céu.

Os nossos esforços poderão contribuir para que seja reedificado no presente das nossas vidas; temos por certo essa conquista se houver lealdade em todos os que se afirmam e se propõem. Paulo no princípio, e depois os que o sucederam, transferiram o tema da vida eterna de feito individual para o coletivo da igreja. Cristo foi transformado em seu dirigente com grau superior. Paulo e os seus contemporâneos aplicaram todos os enredos espirituais na palavra do Filho do homem - Joshua, a respeito dele próprio e do indivíduo crente na igreja, como uma associação de crentes, e, ao fazer isso, eles deram um golpe mortal no conceito elaborado pelo Mestre, de que o Reino Divino estaria individualmente e a residir no homem.

No âmbito do rumo e da vontade expressa na construção do Reino baseada na vontade do Filho do Filho Eterno, Deus. Durante séculos, as religiões cristãs têm trabalhado com atitudes muito desleais; pois ousaram conduzir em proveito próprio os poderes misteriosos e os privilégios do Reino; poderes e privilégios esses que podem ser exercidos e experimentados apenas entre o Pai Creador e os seus filhos espirituais de confiança. E assim se torna claro que ser membro das religiões cristãs não significa necessariamente estar em comunhão com o Reino; este é espiritual, as religiões são principalmente sociais. Concretamente os grandes passos, que marcaram o transplante dos ensinamentos de Joshua de um solo judeu para um solo gentio, foram dados quando converteram o Messias a redentor da igreja. Esta organização religiosa e social que crescia por causa das atividades de Paulo e dos seus sucessores, fora baseada nos ensinamentos do Filho do Homem e do modo como foi adicionada por aditamento as ideias de Filo. Este judeu de Alexandria ensinava a necessidade da libertação e doutrinava que “o perdão só seria obtido apenas pelo derramamento de sangue”.


O propósito dos ideais do Pai Creador sobre o Reino, adicionados aos ensinamentos nos escritos atribuídos a discípulos e apóstolos, embora logo empobrecidos, quase desistira de ser realizado, pois alguns dos seus seguidores, posteriormente à sua partida, distorceram progressivamente as mensagens do seu Mestre. O conceito do Reino exteriorizado pelo Pai Creador foi notoriamente modificado por duas grandes tendências: os crentes judeus persistiam em considerá-lo o Messias, vindo a admitir que Joshua retornaria sem dúvida, e muito em breve, para estabelecer um reino mundial partindo de Jerusalém e mais ou menos temporal. Os cristãos gentios começaram muito cedo a aceitar as doutrinas de Paulo, que levavam cada vez mais à crença geral de que Joshua era o Redentor dos filhos da igreja; isto levou a institucionalizar a ideia inicial da irmandade puramente espiritual do Reino.

Não temos dificuldade em perceber em nossos dias que as atitudes do homem em grande maioria sempre foram submissas à intenção dos procuradores da rebelião. Isto é repetitivo durante séculos e não argumentamos se foi melhor ou pior que antes da vinda do Pai Creador à Terra. Pelas ocorrências verificadas durante a Sua vida terrena ao descrever a agressividade e ingratidão de muitas, se tornariam tumultuosas. Próximo da hora da Sua prisão verificar-se a Sua preocupação em deixar sós os seus mais próximos e companheiros de muitas jornadas, pediu ao Pai que os protegesse das investidas das trevas. Mesmo o povo do seu Pai José o tinha rejeitado e, com isto selou o fim do seu próprio destino, de povo com uma missão especial na Terra. Assim o seu espírito estava torturado pelo amor baldado e pela misericórdia rejeitada.

Antão (gnóstico) 20-07-2012 

terça-feira, 24 de julho de 2012

A Vida no futuro da Terra, vinda da Luz e guiada no sopro do espírito


O Pai Creador quando viveu na Terra não conseguiu transmitir uma definição precisa sobre o Reino em consequência dos efeitos individuais da religião mesmo naqueles que o seguiram. Tanto falou em Reino como na irmandade do Reino que doutrina o carácter dos homens; ou seja, transmitir um sentimento mais elevado tendo em conta a condição de humano. Todavia o Reino não é só o sentimento humano, é também a experiência que acrescenta vida ao espírito ao fazer ligação com Deus, o Pai. Isso iria conduzir à sementeira da fraternidade e fazê-la crescer até dar fruto em atos que façam a “Vontade do Pai”. Esta atuação em exteriorizar o Espírito do Pai residente no homem levaria ao avanço para o alvorecer de uma nova ordem social; na próxima era da humanidade. O Pai Creador soube, sem margem para dúvidas, que alguns resultados sociais altruístas iriam aparecer no mundo em consequência do projeto do Reino que é fazer a vontade do Pai, no propósito individual do homem. A intenção era que todas as manifestações sociais pretendidas aparecessem de um resultado congénito e indeclinável. A experiência interior individual, dentro de uma comunidade puramente espiritual em comunhão com o Espírito Divino, se residente, animaria todos os crentes no caminho para o Pai Creador.


Lembro que o Pai Creador disse: “Ninguém vai ao Pai se não for por Mim”; ninguém chegaria ao Pai do Paraíso, Deus, se não passasse pelo Pai Creador e Soberano no centro desta Galáxia. A Ilha do Paraíso é o centro-início de todas as galáxias. A humanidade na Terra nunca fez uma análise real e empenhada sobre a obra nos universos e as ideias impulsionadoras nela contidas, mediante o propósito dos ideais Divinos da doutrina do Pai Creador sobre o tema Reino do céu. Mas não deveríamos ficar desencorajados por causa do progresso aparentemente moroso na realização do Reino na Terra. Devemos lembrar que a ordem da evolução progressiva está sujeita a mudanças periódicas súbitas e imprevisíveis, no mundo material como no espiritual. Podemos compará-la com a vinda súbita e imprevisível do Pai Creador como um filho mortal da Terra. Esse acontecimento foi estranho e mesmo incompreensível, não só na região onde nasceu como em toda a Terra. Foi ao mesmo tempo um acontecimento inédito na vida espiritual da humanidade. Também não deveríamos, ao procurarmos pela manifestação do Reino e não a acharmos no tempo presente, vimos a cometer o erro desastroso de deixar de realizar nas nossas almas imortais o estabelecimento desse mesmo Reino.


Também há uma certeza, naquele tempo os que ouviram o Mestre e o acompanharam estabeleceram uma ligação, de certo modo dissociada, acerca dos ensinamentos sobre o Reino. Daí porém, quando o Reino não foi concretizado como eles esperavam, então, ao recapitularem o ensinamento do Mestre a respeito de um Reino futuro e da sua promessa de voltar um dia, precipitaram-se na conclusão de que essa informação se referia a uma ocorrência idêntica àquela que teve início no reaparecimento depois da morte e tinha finalizado no dia da Sua partida da Terra. Este raciocínio levou-os, creio que não todos, a viver na esperança de uma segunda vinda e imediata do Pai Creador, para estabelecer o Reino na sua plenitude, com poder e glória. E com base nesta ideia, as gerações sucessivas de crentes nesse Pai, alimentaram igualmente essa mesma esperança inspiradora de um mundo melhor. Porém, o plano da trilha inspiradora foi pouco abrangente e até hoje fora dececionante. A matéria é a sombra do espiritual – a temporalidade é a sombra do eterno.

Não podemos comparar religião como sinónimo de saber, pois há segredos que só podem estar na mente do homem que verdadeiramente encontrar a realidade no Pai, se a procurar com fé saberá com relatividade como se deu o princípio. Hoje sabemos que o Pai Creador previu que uma organização social, ou religião, sucederia ao verdadeiro Reino espiritual impedindo o seu progresso, e por isso é que ele nunca se opôs a que os apóstolos praticassem o ritual do batismo de João. O Pai Creador demonstrou que o espírito verdadeiramente adorador da Verdade, aquele que tem fome e sede de retidão, e de Deus, é admitido no Reino espiritual ao acreditar sem ver, a fé. Ausente o Mestre, com a exceção dos que se separam de Pedro e dos quatro que com ele ficaram em Jerusalém, estes apóstolos ensinavam que o crente seria admitido dentro da organização social dos discípulos por intermédio do ritual exterior do batismo. Durante os primeiros séculos da propaganda cristã, a ideia do Reino do céu foi tremendamente influenciada pelas noções do idealismo grego alastrando-se rapidamente.


Esse enfraquecimento foi verificado com múltiplas decisões e foram ainda agravadas, três séculos depois, com o ressurgir de uma religião que já fez história com os presumidos protótipos da construção de um Reino na Terra que conduzisse à paz, ao amor e à fraternidade, vindo a suceder exatamente o contrário. Vieram substituir o ensinamento dado pelo Pai Creador no qual Ele tinha entrosado as ideias morais com os ideais do espírito residente para que fossem elevados os valores do homem, e neles a mais sublime esperança quanto ao seu futuro a caminho da Vida Eterna. Esta é a boa-nova do Reino futuro. O ensinamento do Pai Creador tinha muitas e diferentes facetas, por isso, em poucos séculos, os letrados sobre os indícios desse ensinamento dividiram-se em muitos cultos e seitas. Essa lamentável divisão, presente entre as várias tendências cristãs, resultam da incapacidade de discernir os múltiplos ensinamentos do Mestre, durante a sua incomparável vida na Terra em união com o Divino. Entretanto chegará o dia, e aqueles que acreditam verdadeiramente no Pai Creador não estarão divididos espiritualmente nem se confrontarão com os que poderão vacilar. Poderemos constatar diferenças de compreensão intelectual e de interpretação, e mesmo níveis variados de graus sociais, mas a falta de fraternidade espiritual entre estes não é apenas imperdoável é também reprovável.

Apareceu consistente ao conhecimento, que o Pai Creador se tenha referido a uma fase futura para o reaparecimento do Reino e tenha dito, em inúmeras ocasiões, que esse acontecimento poderia surgir em consequência de uma crise mundial causadora de excessivo enfraquecimento das tradições religiosas e dos costumes na maior parte da humanidade. Embora tenha prometido com firmeza, em várias ocasiões, que iria voltar à Terra, seria oportuno assinalar que ele nunca condicionou uma ideia forçosamente à outra. Ele prometeu uma nova revelação do Reino do céu na Terra em tempo futuro, mas também prometeu voltar a este mundo, de dia ou noite conforme o lugar na Terra; mas também não disse que estes dois acontecimentos eram simultâneos. Era bom que fosse! De tudo o que sabemos por agora, essas promessas poderão, ou não, referir-se à mesma ocasião; essa crise mundial poderá ser igualmente um sinal indicador para o momento da efectuação do Reino da Vontade do Pai e da derradeira vinda do Pai Creador como prometeu, mas não sabemos rigorosamente como se irá manifestar à humanidade.


Não nos ceguemos no contraditório! Pois devemos saber que fez parte dos ensinamentos do Pai Creador, a existência de uma alma eterna que não permitirá que as grandezas do Reino permaneçam infrutíferas para sempre no caráter dos homens dotados de inteligência e vontade. O Reino, como Ele o concebeu, fracassou amplamente na Terra. Todavia no passado agora distante - não estritamente uma religião - mas uma igreja primitiva, ainda sem título de honra (D.) tomou o seu lugar; porém devemos compreender que essa igreja foi apenas a fase larvar do Reino espiritual obstruído, conduzindo-a na alongada era material até que venha conceder maior espiritualismo, no qual os ensinamentos do Pai Creador podem desfrutar de uma oportunidade mais ampla e se desenvolver actualmente com outra amplitude. A chamada igreja primitiva do século I, se transformou em crisálida dentro da qual o conceito do Reino ensinado pelo Filho do Homem está por agora adormecido. O Reino da Irmandade Divina ainda está vivo, e finalmente irá sair dessa longa submersão, tal como a borboleta que por fim surge, de uma criatura menos atraente, a crisálida, em desdobramento de beleza, e fruto de um desenvolvimento metamórfico como nas legislações afetas a todas as Naturezas.


Não irá tardar que seja manifestado de molde potencial a missão de um embaixador do Reino. Proclamando que o Reino da vontade de Deus, o Pai, está à porta, e propor-se a dizer que irá ressurgir o conceito espiritual extraordinário do Pai Creador; como se sabe residiu no homem chamado Joshua que afirmou: “O Reino é fazer a vontade do Pai”, e essa vontade deverá ser dominante e transcendente na mente daquele que acredita. Esse embaixador irá fazer tudo isso não mencionando a participação das religiões estabelecidas na Terra nem à antecipada segunda vinda do Mestre. É necessário que aconteça o renascimento dos ensinamentos do Filho do Homem sobre a Verdade do Reino e reafirma-la com profundo saber, de modo a apagar de vez as presumíveis afirmações sobre o Reino, iniciadas por alguns dos primeiros seguidores do Mestre, que ao voltar costas a esse compromisso veio influenciar um sistema filosófico social, de crenças exclusivamente formadas em torno da vida terrena do Mestre. Pouco tempo depois da partida do Soberano Supremo deste Universo /galáxia, veio a verificar-se que a história sobre a vida do Filho do Homem quase suplantou os Seus ensinamentos sobre o Reino.

O sentido dos ideais do Filho do Homem, articulado com os ensinamentos sobre os princípios do Reino, quase deixara de ser realizados, pois os seus seguidores distorciam progressivamente a comunicação contida nele. O conceito do Reino anunciado pelo Mestre, foi largamente modificado por duas grandes tendências: os crentes judeus persistiam em considerá-lo o Messias, eles acreditavam que Joshua retornaria de facto, e muito em breve, para estabelecer um reino mundial e mais ou menos material; os crentes gentios começaram muito cedo a aceitar as doutrinas de Paulo, que levavam cada vez mais à convicção geral de que Joshua era o Redentor dos filhos da igreja, e esta seria a substituta institucional do conceito inicial da irmandade do Reino do espírito.

A religião como produto social do Reino da vontade do Pai teria sido plenamente natural e mesmo desejável. Contudo, o mal da religião não veio da sua existência, mas por transformar na totalidade a ideia transmitida pelo Pai Creador sobre o que é o Reino. A religião fundada por Paulo que depois veio a institucionalizar-se tornou-se uma substituta imaginária do Reino; o proclamado pelo Filho do Homem. Contudo não devemos duvidar. Esse Reino do céu ao qual o Pai Creador dedicou a sua vida na Terra, e disse existir dentro do homem com fé, ainda será proclamado à igreja cristã e a todas as outras igrejas, raças e nações da Terra; bem como a todos os indivíduos sem exceção. Com isto se entende uma das causas que têm vindo a enfraquecer e a desnudar as religiões, e possamos ver o que era dissimulado no que dizem ser a revelação dos mistérios de Deus ao homem.

Antão (gnóstico) 28-06-2012