O Pai Creador disse: “Aquele que conquista o controlo sobre
o próprio ego é maior do que aquele que conquista uma cidade”. O exame
individual coerente é conforme com a medida da natureza moral do homem e é
indicadora do desenvolvimento espiritual. Renascer do espírito elege renovadas
pessoas e é ele quem ensina a acreditar e a exultar. Em lealdade com o Reino do
Pai nos devemos transformar em novas criaturas, assim como tudo que em nós seja
velho deve desaparecer. O Pai Creador quando viveu na Terra deu-nos provas de como
todas as coisas devem tornar-se novas. Quando se manifestar a amizade que
sentirmos uns pelos outros em fraternidade, o homem ficará inteirado de que
houve a passagem da escravidão para a liberdade e da morte para a vida eterna.
Nos trilhos antigos os homens procuram ainda os caminhos do
presente. Esta atitude coloca em obediência e concordância as regras de viver
sobre influências arcaicas e corroídas. O caminho descoberto na mensagem do Pai
Creador vem a transformação da alma imortal. Foi em dia de Pentecostes do ano
36 esse imenso ensinamento; a vinda do Espírito da Verdade sobre os espíritos
dos discípulos e nesse instante fortalecidos. Com a renovação espiritual
imutável em nossas mentes, tal como eles foram dotados, teremos o poder de atuar
com a Verdade em alegria e convição em fazer e divulgar segundo a vontade do
Pai Creador, para chegar ao Pai Infinito.
Não é na religião mas na fé própria ao serviço do Bem, que
teremos acesso às promessas perpétuas do encontro com o Pai Creador, isto
assegura que nos podemos tornar participantes da Natureza Divina. Assim, por
intermédio da fé pessoal e pela multiplicação no espírito residente, nos
tornaremos na realidade em templos onde habita Deus. Assim, seremos a
residência de Deus e não os escravos das opções materiais e da ignorância sobre
a Verdade de Deus residente, calada pelas religiões e seitas. O futuro reserva
para nós uma maior consciência de sermos os filhos livres e libertos pelo Espírito
que irá ser enviado quando acontecer o que O Pai Creador anunciou: “…virá o
dia em que Eu e o meu Pai enviaremos o nosso Espírito sobre toda a Terra e
sobre a humanidade”. Este é o futuro em que confio e sei que muitos humanos o
esperam também.
Os dias são feitos de muitas eventualidades. Há os que
praticam o mal e depois acusam os inculpados. Imputam também o mal à influência
de forças malignas declinando a sua responsabilidade, quando, na realidade,
foram conduzidos pelas tendências naturais na falta da perfeição pessoal. Não
me refiro ao perverso que nesta idade do homem é o maior ator que numerosos
veneram. A emoção engana e os sentimentos exteriorizados que dizem nascer do
coração, por vezes até se tornam desesperadamente deformados. É muito mais fácil,
quando somos enganados pelas nossas atitudes egotistas, agir de ingénuo perante
os outros. Há também o sentido de culpa, de pecado, de castigo de Deus e o medo
ridículo de não ser perdoado sem a confissão. Há também os que transformam a
vida em sensualidades diversas; em prazeres que geram escravidão e dependência.
Mas há também os que alimentam a malícia, a inveja e mesmo o ódio vingativo. É
igualmente grave ser consciente e rejeitar a Verdade, substituindo-a por
dogmas. As ocorrências na vida do homem deverão ser coerentes com a vontade do
Pai.
“Quem torto nasce, tarde ou nunca se endireita”: diz o
provérbio. Evidentemente não menciono a insuficiência física, mas as
imperfeições que impedem o progresso da Alma aos que ela concedeu a vida para
que atinjam a imortalidade. Entre o homem há aqueles que crescem em ambicionada
promoção para se incluírem na sociedade de rótulo poderoso e nesses meandros,
imaginam ser o meio propício e único para a construção de todos os valores
necessários a uma vida. Porém os valores a que me refiro nada têm de valores
materiais e de poder terreno; salvo a experiência de muitas vidas na Terra. A
fração do Espírito Materno, a mesma que habitualmente lhe chamo a alma imortal,
progride em perfeição ao residir no homem mortal através da humildade. A
ostentação meramente terrena é feita por homens que não são capaz de ir mais
longe, mas não deixam de fazer crer aos cegos que são sábios. Não verificam que
as suas decisões nasceram tortas assim como eles.
É díspar a revelação de um Mestre quando tem discípulos de
exceção. Comparo o grande Mestre da Galileia e seus apóstolos. Sem discípulo
será natural haver mestre? Embora muitos usem rótulo de mestre sem ter
verdadeiramente discípulos. Mas também há discípulos enganados pelos falsos
mestres. Se estreitar o meu comentário e o faça entrar na Casa-do-tear poderá
sentir, que entre os seus habituais frequentadores possa haver quem se tenha
inspirado mestre sem antes se proporem ser discípulos. Nesta vida poderão ainda
ter dificuldade em cumprir como discípulo, mesmo sendo em liberdade e
facultativa a doação do ensinamento. Não me confundo quando observo algumas
celebrações individuais: assim, declinam o apreço que seria justo manter por
quem dá a troco de nada e apenas com o propósito de cumprir a vontade do Pai
Creador junto do seu próximo.
As almas imortais que vivem no mundo a residir em invólucros
humanos era de informar, apoiado em conhecimento sobre a vida posterior à morte
do corpo, ser muito desigual das ensinadas por algumas religiões e seitas. A
alma imortal tem idades que não estão ao nosso alcance calcular, nem
poderíamos, pois não temos maneira de conhecer a data do seu nascimento: em que
tempo o Espírito Materno enviou frações suas que personalizou, para viverem e
se experienciarem nos mundos. Esse aperfeiçoamento do espírito residente está
diretamente ligado à experiência na carne e não havendo vida na carne em
determinada idade do crescimento no espaço-tempo este não evolui. Devemos
aproveitar a oportunidade da vida na Terra praticando a Verdade com rigor, que
é entre muitos outros, os valores com que se constrói o Reino da Vontade do
Pai. Se não cresceres em perfeição durante a vida na Terra e te alimentes com o
Bem, de nada te ajudarão as missas depois de morto.
A salvação não vem dos rituais terrenos por muito teológicos
que eles sejam; nem pelos atos de honestidade pessoal, mas pela via da
perfeição no espírito em luta incessante contra o mal. Podemos justificar-nos
pela fé e pelo merecimento sermos unidos em comunidade fraterna sem alimentar o
medo assente em irreverência imaginária. Não são os defensores, artificiosos,
da castidade e do celibato os privilegiados. Os filhos do Pai Creador, já
possuidores do espírito residente, serão sempre e cada vez mais os doutos sobre
o próprio ego e a tudo quanto é pertinente aos desejos físicos e materiais. O
conhecimento poderá ser alavanca para erguer a convicção que procura a Verdade
que dá a vida eterna e em simultâneo a verdadeira paz vinda da Deidade. Deem
dessa paz se a tiverem, e procedam como prova pessoal do crescimento interno.
Foi dito pelo Pai Creador aos discípulos: “tudo quanto fizeres no caminho dessa
paz sobrenatural está destinado a ser santificado no serviço eterno dos filhos,
sempre em progresso, do Filho Creador. Doravante, não é um dever, mas é como um
alto privilégio que, ao buscardes a perfeição no amor do Pai, vos limpeis de
todos os males da mente e do corpo”.