sábado, 16 de outubro de 2010

As inconsciências do homem do potencial divino e as hierarquias do Reino

Foi comum entre o povo de Israel, e também entre as religiões inspiradas no judaísmo e que mais tarde foram intitulados de cristãos, quando estavam com entusiasmo para empreenderem uma atitude na vida, fosse ela boa ou má, tinham o hábito de justificar essas emoções desusadas dizendo: "Então veio o espírito de Deus sobre mim e disse-me..."; "O Senhor Deus de Israel escolheu-me..."; "Deus quis assim..." Desse modo, já que os homens caem com tanta frequência e acintosamente em tentação, tornou-se uma prática, acreditar que Deus os induzia à tentação para os testar, castigar e fortalecê-los e mais grave ainda, defenderem como inspiração de Deus as guerras santas.

Nesta contextura, recordo o apóstolo Bartolomeu e uma pergunta que fez ao Mestre: "Porque oramos para que Deus não nos induza à tentação, quando nós sabemos agora, pelo Teu testemunho sobre o Pai, que não faz parte dos Seus atributos essas coisas, pois que É de misericórdia e de paz infinita?"

"Não me surpreende fazeres essa pergunta, noto que todos vós já comeceis a conhecer o Pai como Eu O conheço, ao contrário dos antigos profetas de Israel que tão superficialmente O viam.

Vós sabeis que os vossos antepassados se sentiam cogitados a ver a mão de Deus em todos os acontecimentos naturais e em cada episódio incomum da experiência humana, e mesmo, depois de vós e por muitos séculos, persistirão igualmente a acreditar.

Associavam Deus tanto ao bem quanto ao mal. Julgavam que Ele suavizava o coração de Moisés e que endurecia o coração do Faraó.

Mas, na verdade, sabeis agora melhor. Sabeis que os homens, muito frequentemente, são levados à ambição pelos desejos do seu próprio egoísmo e os impulsos da sua natureza animal.

Quando fordes compelidos desse modo, eu recomendo que, no mesmo instante que venham a reconhecer com honestidade e sinceramente a figura da tentação, que conduzam com inteligência as energias do espírito, da mente e do corpo, que diligenciam a conduta para etapas mais dignas e para propósitos maravilhosos.

Desse modo podeis transformar as vossas tentações nos tipos mais elevados de exteriorização humana edificativa e ao mesmo tempo previne esses conflitos desgastantes e de enfraquecimento, entre a natureza animal e o caratér espiritual.

Mas devo prevenir-vos contra o desatino movido pela pressa de superar a tentação anterior, por meio do esforço de suplantar uma ambição, usando uma outra supostamente superior, por intermédio da simples força da vontade humana.

Se quiserdes ser deveras triunfantes sobre as tentações da natureza inferior, deveis alcançar a posição de superioridade espiritual, para a qual e por seu intermédio, com identidade e verdade se desenvolverdes um interesse expresso e um amor autêntico, empregando as formas mais elevadas e idealistas de conduta que a vossa mente deseja colocar no lugar dos hábitos inferiores e menos idealistas de comportamento e que deveis reconhecer como sendo as tentações.

Deste modo, libertar-vos-eis por intermédio da transformação espiritual. Porém se a vossa escolha for o contrário, ficareis cada vez mais oprimidos se não optardes pela anulação dececionante dos desejos mortais. O que é arcaico e inferior será esquecido no amor renovado e superior.

A beleza, incansavelmente, conquista a deformidade nos corações de todos os que são iluminados pelo amor e pela verdade. Há um forte poder de explosão na energia de uma afeição espiritual nova e sincera. E de novo eu vos digo, não vos deixeis vencer pelo mal, mas deveis batalhar lado a lado com o bem, sobre o mal."

Se formos imprudentes na aceitação da promessa, certificada pelos líderes religiosos como provada, que nos assentaremos à direita do Pai após a morte terrena, sem sentir e conhecer Deus em todo o seu potencial, seria ignorar o assombroso motor divino, a verdadeira fonte criadora do potencial do nosso ainda humilde e simples viver humano. Uma pequena lâmpada de 220 volts não suportaria os 50 mil volts da barragem, sem os transformadores entre ela e o uso na lida do humano.

Assim, também as almas e os espíritos se desagregariam retomando a fusão cósmica, se fossem submetidos diretamente ao potencial luz do princípio gerador, de toda a realização no tempo e no espaço, Deus.

Devemos crescer conscientemente em todos os sentidos cósmicos, a fim de desenvolver a capacidade de suportar a progressiva voltagem de energia transmitida pelos transformadores angelicais ao serviço da obra do Reino.

As imagens do mundo físico não conseguem satisfazer quem precise de explicar a realidade da energia do Filho Eterno, que podemos configurar no Filho Criador e seus Arcanjos que se interpõem entre a luz máxima do Filho Eterno e a graduam pouco a pouco para a razão do homem através das suas próprias consciências dentro das ordens galácticas, constelações, sistemas e planetas, e mesmo as que operam no comando dos quatro elementos da matéria, nos reinos, continentes e raças humanas.

A ordem hierárquica dessas entidades, que agrupam em si potencial mais elevado e depois o enviam ao círculo vibratório mais reduzido em suas próprias auras conscienciais, é que permite, logicamente, o crescimento e a ascensão dos espíritos para a sublime participação com o Filho Criador no núcleo da galáxia, antes de partirem para a ilha do paraíso.

Essa indescritível e permanente moderação, do alto do potencial do Filho Eterno, identifica tradicionalmente a "grande descensão" do macro ao microcosmo, quando Deus está manifesto tanto na probabilidade de onda do eletrão como nas estrelas das galáxias.


Antão/Tear