quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

REFLEXÕES DOUTRINÁRIAS 2008 - 2012

A capacidade para avaliar os critérios dos autênticos valores espirituais

A ciência perante a maravilha da Natureza esforça-se para ignorar o seu Divino Criador, e em suas descobertas intenta induzir no homem que essa imensa obra foi um acaso. Não encaram por orgulho, que se limitam a fragmentar para entender de forma primária, uma obra planeada desde o princípio do espaço-tempo e progressivamente executada, com indecifrável perfeição para a ciência e para a humanidade em geral.

Nessa decomposição chegam a conclusões que transformam em teórica e fórmulas complexas, enquanto a obra feita pela Mão-Divina que a concebeu, e a realizou com forma simples para amparar todos os tipos de vida em todos os universos, dando ao mesmo tempo, em toda a Sua criação, capacidade para se fazer entender.


A Natureza é grande mestra na divulgação de muitas realidades. Igualmente os critérios para procurar os verdadeiros valores devem ser encontrados no mundo espiritual e nos níveis divinos da realidade eterna. Para um filho ascendente de Deus, todos os padrões inferiores e materiais devem ser reconhecidos como transitórios, parciais e vulgares.
O cientista, enquanto o for, fica limitado à descoberta da relação entre as eventualidades e o palpável. Enquanto cientista, não tem a retidão ao afirmar não ser materialista nem idealista. Se teima em afirmar, ele estará a abdicar da sua posição de autêntico cientista; portanto, qualquer afirmação dessa ordem só compete à essência da Gnose ou da Filosofia.

Ao falar em ciência menciona-se o pequeno número, entre os cientistas, que têm contribuído para o bem da humanidade e os que se dedicam a entender a grande multiplicidade e o meio de continuidade das espécies nos diferentes reinos na Natureza.
A menos que o discernimento ético e o nível da realização espiritual da humanidade sejam elevados proporcionalmente em todos os quadrantes científicos, políticos e religiosos. Ao inverso, o avanço indeterminado de uma cultura puramente materialista da qual não exclui os que se dedicam a culto religioso, poderia tornar-se uma ameaça para a civilização se tudo continuar como dantes.
A ciência puramente materialista alberga, dentro da mesma, a semente potencial da destruição de todo o esforço científico íntegro, pois essa mesma atitude pressagia o colapso final de uma civilização que teria abandonado o seu senso de valores éticos e que teria repudiado a sua meta de alcance na realização espiritual.

O homem eticamente ocioso e socialmente indiferente pode adotar como referência o seu modelo do bem em tudo o que é do uso social corrente. Se o homem for espiritualmente indolente e se não tiver aspirações de progresso moral, ele pode tomar como modelo de virtude as práticas religiosas e as tradições dos seus contemporâneos.
Porém, a alma que sobrevive no tempo e que emerge para a eternidade deve fazer escolha viva e pessoal entre o bem e o mal, tal como são determinados pelos verdadeiros valores dos padrões espirituais estabelecidos pelo espírito divino, que o Pai do Paraíso enviou para residir dentro do homem. Esse espírito residente é o padrão de sobrevivência da personal
idade.

A Verdade gera a bondade e ambas, enquanto espaço-tempo são sempre relativas e, infalivelmente lutam contra o mal. É a perceção dessas qualidades da verdade e de bondade que capacita as almas em progresso nos homens a tomar diferentes decisões que se manifestam a níveis pessoais e cujas escolhas são essenciais para a continuidade da alma eterna.

Todos os indivíduos espiritualmente cegos que, com a sua lógica, seguem o ditame científico, o costume social e o dogma religioso, permanecem no grave perigo de sacrificar a sua liberdade moral e de perder a liberdade espiritual.
Essas almas estão destinadas a tornar-se em grafonolas intelectuais, em robôs sociais e escravas das potências religiosas.
A bondade está sempre em ascensão a novos níveis crescentes de liberdade, de auto-realização moral e de realização da personalidade espiritual. Para isso é necessária a manutenção da alma imortal e a união com espírito residente, e por fim a descoberta do Unificador residente e a identificação com ele.

A ciência materialista e o idealismo extremista estão destinados a encontrarem-se em extremos opostos e a intentarem lutas entre si sem fundamentos. O mesmo não é verdade para o saber e o idealismo que possui um padrão adotado a altos valores morais e grandeza de reconhecimento espiritual. Em todas as épocas, os sábios, alguma ciência e os religiosos deveriam reconhecer que estão a ser postos à prova perante o tribunal da necessidade humana. Devem definitivamente conter-se em disputar entre si, enquanto lutam para justificar a continuada sobrevivência através de elevada dedicação ao serviço do progresso humano. Ao que denominamos de ciência ou de religião que em qualquer época tenha sido falsa e subjugada a interesses poderosos e mesmo ocultos, então, ou elas mudam a atitude das suas atividades, o que parece ser tarde, ou então irão desaparecer diante do surgimento de uma ciência consistente e de uma doutrina séria a favor de uma ordem universal na Terra que seja mais autêntica e mais digna da Verdade.

A ideia que se tenha do Pai Infinito não importa muito, desde que sejamos sabedores do ideal da natureza Infinita e eterna Dele. Muito têm especulado as religiões sobre os seus próprios deuses e seus profetas e conjeturado sobre o Deus único sem chegarem a uma conclusão óbvia, que venha satisfazer as dúvidas mais rigorosas sobre o Verdadeiro Pai de todas as humanidades, sejam elas a terrena ou noutros mundos habitados no universo. O Pai Criador falou de Seu Pai como sendo o Pai de todos e disse: “ O Pai enviou-me para vos dizer que sois filhos Dele”! E, tamanha grandeza é impossível ter corpo. Isto desencontra com as invenções religiosas ao dizerem que Deus tem corpo, assim sendo, só poderá ser o homem que quando esteve na Terra se chamou Jesus. Concluo que tentam provar a realidade de Deus, longe estão de comprovar a Sua personalidade.

Justificada a minha decisão em enaltecer, honrar e vivenciar o Apóstolo Bartolomeu, faço questão em resumir a ideia desse apóstolo, através da reflexão sobre a PERSONALIDADE DE DEUS que abordou com um discípulo na ausência do Mestre.

Comentou que o Pai Infinito através da Ilha do Paraíso desfruta da igualdade de comunicação, pelo menos com duas partes saídas Dele e que são semelhantes a Ele – o Filho Eterno e o Espírito Infinito, originando a Trindade: Pai Infinito, Filho Eterno e Espírito actuante. A Deidade.

E fazendo uma alusão ao Mestre disse: “Quem o vê a Ele vê também o Pai”, o Filho Eterno e, acrescentou: Tendo este Filho Criador/o Mestre, produzido a manifestação da personalidade do Pai do Paraíso/o Filho Eterno para os filhos terrenos, este fenómeno constituí a prova desse facto e a demonstração da possibilidade de que as três Pessoas da Deidade possuíam uma personalidade, determinando para sempre a capacidade do Pai do Paraíso em comunicar com o homem e a possibilidade da comunicação do homem com o Pai.

Bartolomeu referiu também que o Mestre/o Pai Criador se encontrava em estado de ligação recíproca e de comunicação perfeita com o homem. Dado que o Mestre era um Filho, criado perfeito, do Filho Eterno/o Pai do Paraíso, concluiu que a relação do Filho e do Pai pressupõe igualdade de comunicação e permutação de um entendimento fascinante; portanto, o Pai Criador e o Pai do Paraíso eram UM.

Acrescentou que o Mestre manteve, simultaneamente, comunicação de entendimento, tanto com o Pai do Paraíso quanto com o homem e, no vínculo consumado no homem com o Pai, se compreendesse o significado dessa imagem na comunicação do Mestre; então o Pai do Paraíso, tal como o homem possuíam os atributos de personalidade no que respeita aos quesitos da capacidade de intercomunicação. E disse que a personalidade do Mestre demonstrava a personalidade do Pai do Paraíso, ao mesmo tempo que afirmava conclusivamente a presença do Pai no homem. E que duas coisas que são ligadas a uma terceira coisa, estão relacionadas entre si.

Disse que a personalidade representa o conceito mais elevado da realidade do homem e dos valores divinos e, que o Pai do Paraíso também representa o conceito mais elevado de realidade divina e de valores infinitos que o homem pode possuir, logo, o Pai do Paraíso deve ser uma personalidade divina e infinita, uma personalidade real, que transcende infinita e eternamente o conceito e a definição que o homem tem de personalidade. Sendo sempre e universalmente uma personalidade.

Concluiu o Apóstolo que o Pai do Paraíso deve ser uma personalidade, sendo Ele o Criador de todas as personalidades e o destino de todas as personalidades. O discípulo que o escutou sentira-se inteiramente esclarecido com esta dissertação, levando a expressar palavras proferidas pelo Mestre: “Sede então perfeitos, como o vosso Pai no céu é perfeito”. Quem testemunhou tudo isto foi o Apóstolo Tomé e também transmitiu várias opiniões sobre o tema da personalidade.

Ao compararmos o conhecimento deste apóstolo há 2.000 anos e apenas num tema, aliás muito relevante, teremos de nos convencer na atualidade, que em todo o mundo de religião Cristã se comprova, nos ensinamentos que se repetem desde o Século IV, haver pouco conhecimento sobre Deus Verdadeiro. Há uma agravante; a constatação de atos pouco dignos de muitos representantes das várias Igrejas cristãs e que são da notícia pública. A posição que os dirigentes assumem na qualidade de mandatários, deveria, ante outras religiões ser a mais exemplar. Pouco falaram de Deus Verdadeiro; deram preferência ao materialismo que é incompatível à vontade da Deidade.

A atitude negativa na vida de cada um é-nos alheia. O dano fica para quem o mal pratica! Porém, ocorrendo atos que ponham em causa um princípio religioso no qual milhões de humanos se revêem: O Cristianismo. Constituem dúvidas tremendas à verdade quando certos responsáveis da Igreja deveriam ser exemplares e não são. Mau exemplo, quando se enverga hábito de Franciscano e por interesse material rejeita o voto que distinguiu a glória de Francisco de Assis e seus seguidores, podemos qualificar de acto de reputação apócrifa ou de “matéria herética”; parafraseando.
Os cristãos deveriam ser exigentes de mais decoro e fidelidade aos que arrenegarem os princípios a que se devotaram e transmitirem superior exemplo.

A imprensa publicou uma frase do mais alto responsável Católico: “Os cristãos são privados dos direitos fundamentais e postos à margem da vida pública”. A quantidade de maus exemplos, cujos promotores foram “cristãos”, designadamente pela Igreja Romana e, ao recordarmos a sua história, seria salutar esclarecerem o que são os direitos fundamentais dos cristãos, quem os despojou e continua a despojar desses direitos! Os seguidores imparciais do Mestre da Galileia e mais concretamente discípulos da Divindade que Nele domiciliou, enquanto viveu na Terra, reclamam maior seriedade e menos propaganda.
Seria mais importante observar eles próprios qual foi, em toda a sua história, o seu desempenho ao serviço do Cristo.

Se andarem honestos nessa observação, concluirão que o propósito de Deus entre a humanidade esteve sempre condicionado nos ensinamentos infecundos e pouco diligentes entre os representantes empanturrados de fraude e materialidade e, para gáudio de valores cristãos mais elevados, iremos assistir sem piedade à sua queda.

Aguardamos confiantes no futuro que será para breve; participar na edificação de uma Nova Igreja na Terra Prometida que maravilhe, no exercício da verdade, a nova outorga da Deidade.

Antão, 13.01.2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

As dádivas vindas do céu não é gentileza são méritos! Arrepende-se o mundo da atualidade com seus deméritos?



O sangue do Cordeiro é o sangue do sacrifício e todos os que derem testemunho dele não hesitarão em derramá-lo hoje de outra feição, à semelhança dos que na arena dos circos romanos, crucificados, degolados ou lançados às feras, se encontravam cheios fé para o oferecimento de amor. - “Eles vencerão a Besta pelo sangue do Cordeiro e pela palavra com seu testemunho, e até à morte não amarão apenas a sua vida terrena”. - Conquanto haja quem não se arrependa das suas obras perversas continuam a incutir a adoração de imagens, que podem ser em ouro, prata, bronze, pedra ou madeira e essas imagens são mortas. Embora tenham a manifestação de Deus pela mão do escultor, não conseguem falar, nem ver, nem ouvir, nem andar, e vão-lhe atribuindo milagres. Os promovedores de imagens miraculosas engordam dia após dia e não se arrependem, nem das suas falsidades, nem dos atractivos que geram devotos, nem da sua prostituição, nem das suas intrujices. Se uma criatura no momento de desespero implorar um ser Celestial, a graça é sempre concedida por Deus gratuitamente e no lugar onde for invocado.


As promessas feitas de boa-fé pelos crentes aos santos, correto ou não, dão o valor do respetivo pagamento que é colocado nas caixas em posse dos que não foram previamente nomeados para essa função, portanto, esses valores vão para a bolsa dos larápios, e sabemos todos e também eles que o ser Celestial invocado não solicita nenhum tipo de pagamento mesmo que lhe seja prometido. A dádiva divina jamais pediu salário em troca. Estas, pelo seu conteúdo, são algumas das mais corrompidas mercadorias geradas da Besta e a partir do momento que se tornou ativa neste planeta a todos dominou e se faz adorar. São numerosos os que deslumbrados em interesses materiais lhe prestam devoção; sejam eles sacerdotes, ministros, cantores, adeptos, leigos, mestres e instrutores de todos os credos, entre as variadas tradições e religiões da humanidade. Também se incluem nessa bitola, a parte negra e funesta dos maus clérigos e procuradores das Igrejas: Católica Romana, Protestante, Ortodoxa, Budista, Muçulmana, Hinduísta, Judaísta e muitos outros responsáveis por milhares de outras doutrinas, seitas e movimentos espiritualistas e mesmo organizações não governamentais (ONG).

Todos se corrompem na Besta por interesses individuais e colaterais. Em Apocalipse, os agentes nefastos na política, na ciência e na religião são representados sob a alegoria de três espíritos imundos: “Porque esses homens abomináveis são parecidos a répteis asquerosos de pele escameada e viscosa”, protegidos na desonestidade, escorregam com facilidade das mãos da justiça quando esta é injusta e se rebaixa para servir os poderosos, os calculistas e os soberanos do mundo. Um punhado de figuras abomináveis em cada organismo de influência geral no mundo é suficiente para que fique denegrido o carácter digno de uma instituição organizada para o bem comum da humanidade. Na política, procuram os votos do eleitorado e depois arruínam o património público e os pobres ficam mais pobres. Na ciência, aplicam a inteligência no desenvolvimento de indústrias bélicas para destruição em massa e noutras indústrias diversas levam a destruições no mais variado instigador do mal entre a humanidade. Na religião, os cerimoniais ligados ao prometimento após a morte na Terra, a alma ser colocada de imediato à direita de Deus, esses direitos são vendidos a mil milhões de pessoas a título de mercadoria indeterminada. “Se bem que os homens nunca consigam aprender a voar, como os pássaros, nunca deixarão, no entanto, de se gabar disso”.


A Besta sabe como se fazer adorada no próprio ambiente do sagrado; mistifica sobre os olhos dos fiéis e afirma-se a medianeira do Cristo, e em nome dele realiza prodígios e se faz admirar pelos homens! Não se observam estas revelações da Besta apenas nas religiões, mas em outros palcos de atuações sedutoras de muitas e sortidas assistências à medida que se estende a hipnose coletiva, sob o magnetismo invisível das entidades das trevas que se deliciam nesse manjar de alimento psíquico por vezes repugnante. A Besta é uma força oculta atuante em homens e mulheres que lhe servem de instrumento, é indicada também como sendo Anticristo. “E todos os habitantes da Terra a adoram; principalmente aqueles cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro”; os súbditos do Cordeiro são aqueles que conhecem o Pai Criador e lhe são leais, mas precisam estar alerta para que não fracassem, se o auxílio espiritual não vier logo ao seu encontro, demorando por alguma razão.

O nº.666 é atribuído ao Anticristo: É um complexo tratado de três números cujo sinal gráfico tem origem no Sidéreo e para este mundo significa um símbolo cabalístico atribuída à Besta, é também um detonador psíquico que revelará o momento da transformação definitiva da humanidade terrena e do mundo. É também um sinal psico-físico na humanidade, em que o plano que rege o cosmos assinala a limitação de um excessivo caos nefasto à ordem geral no planeta. Este número não se refere a um só homem, embora se tenham feito perspicazes adaptações que se ajustam a vários ditadores e reformistas de destaque. Os católicos atribuíram esse número a Maomé, a Lutero, a Calvino, a Voltaire, a Bacunini e a outros que não lhe eram simpáticos. Em contraposição, os protestantes, os espíritas, os esotéricos e outros, adicionam os algarismos existentes em cada título dos papas e também formam com êxito a equação nº.666 do Anticristo em cada um deles. Assim se conclui que a relação principal do nº.666 é para com o homem e não para com a Natureza e quem revela o sinal da Besta é o próprio homem.


Os teóricos dos vários quadrantes, os da expectativa infrutífera, os alienados e os distraídos não conseguem ver o mesmo que os sensatos vêm nestes sinais evidentes do tempo da dominação na superior atividade da Besta. As revelações de natureza obscura favorecem os projetos dos Anticristo e nunca o homem, se não encetar com firmeza a luta do bem contra o perverso, dificilmente dará fim a este período de domínio quase absoluto do maligno. Para isto é urgente a decisão de avançar pelo caminho iluminado que tem sido obstruído por barreiras sombrias que devemos destruir com a esperança na transformação do mundo, daremos fim ao perverso que enferma o homem.

A arma para empreender este combate é o conhecimento que temos do projeto do Pai do Paraíso e na união com o seu Filho Criador ter dotado os filhos na Terra com o poder da escolha entre o bem e o mal, instaurando o virtual negativo do caminho positivo da Luz e da Vida eterna. O Pai permite que o bem e o mal andem juntos, da mesma forma que a natureza permite que o trigo e o joio cresçam juntos até ao dia da colheita. O mal é a escolha da imaturidade e dos que se opõem à benignidade, dos que rejeitam a perfeição e são desleais com a Verdade.

A transformação do homem mortal inicia-se pela humildade, e nesse estado, estará pronto para receber todas as dádivas do Pai do Paraíso que está interessado no bem-estar dos seus filhos na Terra; essas dádivas são entregues e depois oferecidas pelo seu representante direto, o Pai Criador deste universo (galáxia). Embora incutido pela ação da Besta e embaraçado pelo racional na conjetura de planos de ordem material em vez de espiritual, mesmo assim, jamais o humano esteve tão perto da redenção prometida. Embora não saibamos ao certo o dia da redenção, os indícios desse grande advento são indubitáveis. Obstando a ideia do Papa sobre o “advento do Cristianismo”, admito nesta época estar eminente a mudança (Apocalipse) e amoldado o advento da “Religião do Espírito”, revelado pela mente humana individualmente. Nesta conjuntura é uma experiência maravilhosa e transmutadora, poderem humanos tornar-se o canal vivo da luz do espírito, para os mortais que permanecem na escuridão espiritual.

Quando o homem se nega reconhecer, ou mesmo abandonar a alma imortal que nele habita, muito pouco se poderá fazer para modificar a sua atitude. Por assemelhação, poderá suceder-nos o mesmo que ao Jonas; dentro do estômago do grande peixe ele se viu nas profundezas da escuridão durante três dias e três noites. Este período de trevas poderá ter igualmente conexão com as 72 horas que o Filho do Homem esteve no túmulo depois de assassinado pelos Judeus e Romanos. Gerou-se neste ato infame um enorme desacordo com a verdade que obrigará os falsários serem arguidos; os cristãos de Roma fizeram omissão na trama desse homicídio, coagindo os prosélitos do seu cristianismo a sentenciar e perseguir os Judeus como sendo eles os únicos assassinos. Olvidámos a lei que obriga se faça a colheita correspondente à sementeira. “A verdade é como o azeite quando repousar da agitação com o vinagre…”.

Aos mentores da religião cristã com origem em Roma impunha-se responsabilidade que não acataram. Foram semeados flagelos ao longo do tempo por ação de simulados seguidores do ideal do Salvador e até usaram indevidamente o Seu nome. Talvez tenham concluído que tudo fora esquecido mas não foi, e em consequência se fará a colheita. Durante 72 horas em escuridão fúnebre se confrontará com todas as reproduções resultantes dessa extensa sementeira irá assistir, em nossas ruas, ao cortejo da afiguração para nosso arrependimento e não seja Deus, na sobranceria dos homens, o culpado dessa adversidade. O homem semeou o homem colherá. O ano 2012 condiz às comunicações efetuadas com o objetivo de sobreaviso dos efeitos da grande metamorfose na Terra prometida.

Devemos lembrar que no corpo e na mente emotiva o homem individualmente reagiu com livre arbítrio e da liberdade originou o desregrado. A única coisa que o homem poderá conter em comum que o faça agir de feição semelhante é na ação da virtude quando contida na alma imortal vinda do Pai Criador, e logo que amoldada à pessoa de origem animal esta se unirá ao espírito vindo do Pai do Paraíso. Tal condição só se manifestará no futuro quando o homem se tornar obediente à grande provação do testemunho do espírito.

Os humanos, estando unificados de alma e espírito, podem em determinadas ocorrências, pela natureza e amplitude da experiência adquirida ao longo das vidas, corresponderem de modo idêntico a todos os apelos internos procedentes da unificação.
Por intermédio da invocação ao espírito residente, poderá o homem alcançar pessoalmente a imediação ao amor e à fraternidade e estende-la a todo o mundo para combater e vencer o Anticristo. Devemos conscientizar de que, em vez de desejarmos que se escondam os testemunhos e as consequências do Apocalipse, devemos levantar as cabeças para conhecermos, sem receios, a definitiva realidade dos nossos destinos espirituais neste planeta ou noutro, neste vasto universo de mundos habitados.

Não estamos conscientes do resultado desfavorável ao progresso do homem em direção à eternidade, motivado em parte pelo mundo das religiões, especialmente a cristã, quando fecha as portas do espírito ao apelo da mensagem do Pai Criador sobre o Seu Reino, isto porque não cessaram os planos de conspiração para o aniquilamento da colossal mensagem que então, o Filho do Homem, a toda a humanidade ofereceu.
A autoridade Farisaica do Sinédrio e seus cúmplices, incomodados com a mensagem do Filho do Homem tudo fizeram para o prender e logo o condenaram e executaram, culpando-o de ser profanador dos ensinamentos fundamentais da “lei sagrada judaica”. Ato hediondo, praticado contra aquele Homem de exemplar dádiva de Amor.

Apesar de todos estes acontecimentos vergonhosos os Neofariseus limitaram a maioria dos cristãos em conhecer profundamente a mensagem do Reino e o caminho autêntico que essa mensagem aponta.

Presentemente que autoridade, qual o tipo de acusação, qual a consequência, para quem ateimar na divulgação plena da palavra do Reino? A obrigação é denunciar a incontestável realidade de haver sobre essa doutrina muito pouco conhecimento e o pouco que se teve desde muito cedo foi aviltada por interesses religiosos e poderes estabelecidos.

Adoram a árvore mas detestam os frutos. Foi condenado como matéria herética o Apocalipse de Tomé por decreto do Papa Gelásio I que pontificou entre 492 e 496. Foi ele quem defendeu a supremacia da igreja de Roma sobre a de Constantinopla.

…“Os céus se moverão, as estrelas cairão sobre a Terra, o sol e a lua cortados ao meio e a lua não luzirá mais. Haverá sinais e prodígios excecionais nos dias que antecedem a ação do Anticristo. Antes do fim aparecerão sete sinais, um em cada dia… ao sétimo dia, na oitava hora, haverá vozes nos quatro cantos dos céus. Todo o ar será abalado, encher-se-á de anjos e santos que farão peleja entre si o dia todo. Então os homens perceberão que a hora da sua destruição se aproxima. Estes são os sinais do sétimo dia. E, quando os sete dias tiverem passado, no oitavo dia, à sexta hora, elevar-se-á do Oriente, no meio do céu, uma voz meiga e doce. Então surgirá o Anjo que tem o poder sobre todos os anjos e todos avançarão para libertar os eleitos que acreditaram. E alegrar-se-ão porque a destruição do mundo antigo já se terá consumado”.

Para a vossa interpretação esta passagem pelo Apocalipse de Tomé, Apóstolo.

Antão, 04.01.2012