quinta-feira, 18 de março de 2010

Filhos ascedentes no espaço-tempo

As concepções, não experimentadas inactivas ou mortas, são potencialmente perniciosas. A ignorância dominante, da verdade relativa e viva, está em contínuo movimento para o despertar. A fraqueza aplicada nas concepções sistematicamente atrasa ciência, a política, a sociedade e a religião. As concepções inactivas podem representar um certo conhecimento, mas são defeituosas de sapiência e carecidas de verdade. Porém não deve permitir que as concepções de relativismo nos desviem a pontos de falharmos na examinação do planeamento do Universo, que se dá sob a orientação da mente cósmica na sequência do controlo estabilizado pela energia que é o Espírito Supremo.

Devemos, em todos os assuntos da vida terrena, esperar pela acção do tempo. Não é a ansiedade e a impaciência que irão ajudar a crescer.

Jesus dizia que só o tempo permitirá que na árvore o fruto amadureça; que as estações da Primavera, Verão, Outono e Inverno se sucederiam ano após ano; e o dia seguinte vem depois do ocaso. Mas o tempo é inevitável. Os problemas da vida são concretos, e enquanto vivermos na Terra não podemos escapar deles.

Quando aplicarmos a lucidez e a capacidade da mente, poderemos resolver os problemas do corpo e ao mesmo tempo usar o intelecto ao serviço do próprio, recusando ser dominado pelo medo, como se fosse irracional.

A mente deverá ser uma aliada, em atitude corajosa na solução dos problemas da vida, em substituição do prisioneiro do medo, da prostração e da derrota. Mais valioso em nós é o potencial do êxito autêntico. É o espírito que vive dentro de nós que irá estimular e inspirar a nossa mente a controlar-se a si mesma e ao mesmo tempo activar o corpo de modo a libertar os males originários do medo, dando desse modo aptidão à natureza espiritual.

A presença da convicção, apoiada na fé viva, vencerá o medo dos homens pela presença inadiável de um novo e reinante amor pelo próximo, que entretanto irá preencher a alma até extravasar, mediante o nascimento da consciência de que somos filhos de um Deus.

Nesse dia haverá um renascer, ao reedificar-se um homem de fé, de coragem e serviço consagrado aos outros, para a glória do Pai Criador. Quando nos tornarmos assim, reajustados à vida dentro de nós, tornar-nos-emos também reajustados ao Universo.

Renascemos, e daí em diante, toda a nossa vida irá transformar-se numa única realização; a vitória sob o aspecto desta vida terrena que não é mais do que efémera. Os problemas revigoram, as decepções incentivam, os obstáculos desafiam e as dificuldades criam estímulos. Não nos beneficiam os lamentos, nas desventuras da vida, como garante da imortalidade individual: - Renascer do Espírito!

O tempo irrompe numa sucessão de acontecimentos. Há medida que o humano ascende e progride interiormente, a visão amplificada dessa sucessão de ocorrências é tal que ele pode consciencializar, cada vez mais a sua perfeição espiritual. O tempo é a corrente, que brota, dos eventos temporais percebidos pela consciência da criatura.

Tempo é um nome dado a uma ordem sucessiva pelo meio da qual os acontecimentos são reconhecidos e diferenciados.

O universo do espaço é um fenómeno relacionado ao tempo, visto de qualquer posição interior, aquém do lugar fixo do centro de gravidade absoluta, a ilha do paraíso. O movimento do tempo é revelado apenas em relação a algo que, como um fenómeno no tempo, não se move no espaço.

No Universo dos Universos, o paraíso e as suas Deidades transcendem a ambos, ao espaço-tempo. Nos mundos habitados, a personalidade humana é a única realidade, no mundo físico, que pode transcender à sequência material dos eventos temporais.

Na medida em que o homem ascende e progride interiormente, a visão amplificada dessa sucessão de ocorrências é tal que pode discernir cada vez mais na sua totalidade.

Há sete diferentes concepções de actuação da Deidade no espaço, enquanto ele for condicionado pelo tempo. O espaço é medido pelo tempo, não o tempo pelo espaço. A confusão da ciência cresce a partir do fracasso em afirmar a irrealidade do espaço. O espaço não é meramente um conceito intelectual da variação na distância entre os corpos do Universo.

O espaço não é vazio, é a única coisa que até agora o homem conhece, e mesmo conhecendo parcialmente, o que pode transcender o espaço é a sua mente.

A mente pode funcionar independente do conceito de relação espacial dos corpos densos. O espaço é finito, e nada mais existe para lá dele, para todos os seres cuja condição é apenas o de criatura mortal.

Quanto mais a consciência se aproxima do conhecimento dos sete níveis da realidade cósmica, tanto mais o conceito de espaço potencial se aproxima da derradeira finalidade. Mas o potencial do espaço é uma derradeira finalidade, realmente, apenas no nível absoluto.

Deve ser evidente que a realidade universal tem um significado expansivo e sempre relativo nos níveis ascendentes e evolutivos do cosmos. Como objectivo final, os mortais que garantiram a sua imortalidade realizam a sua identidade num Universo de sete ordens.

O conceito de tempo e espaço, para a mente de origem material, está destinado a passar por sucessivas ampliações, à medida que a personalidade consciente e pensante ascende aos níveis do Universo.

Quando o homem souber intervir entre os planos material e espiritual da existência, as suas ideias sobre o tempo e o espaço são desmedidamente expandidas quanto à qualidade de percepção e quanto à quantidade da experiência.

As concepções cósmicas, em expansão, de uma personalidade espiritual em avanço, são devidas ao aumento tanto da profundidade da visão interior quanto da consciência. É a medida que a personalidade contínua, do externo e do interno, passar para os níveis transcendentais semelhantes aos da Deidade.


NA ESPERANÇA DE FACILITAR O ENTENDIMENTO E DE PREVENIR A CONFUSÃO POR PARTE DE QUEM VENHA A LER ESTES ARTIGOS.

CONSIDERAMOS SENSATO DIZER-VOS QUE NOS DEBRUÇAMOS SOBRE A PROVÁVEL MENSAGEM, DO SER MAIS SÁBIO E SANTO VINDO À TERRA HÁ 2016 ANOS, ELE A TENHA DEIXADO COMO HERANÇA PARA TODA A HUMANIDADE.



Antão/ Tear

segunda-feira, 1 de março de 2010

Advertências com objetivação

Os descrentes dão golpes diretos para atingir os seus objetivos.
Nós, os crentes, temos erros e demasiadas pretensões enraizadas.

Se pensamos entrar no Reino com verdade, porque não, tomar de assalto a espiritualidade. Dificilmente seremos dignos do Reino se o serviço dos seus partidários consistir, de forma tão primária a atitude de lamentar o passado e queixumes quanto ao presente, desse modo serão vagas as esperanças para o futuro que está próximo.

A raiva é para aqueles que não conhecem a verdade. E nós para quê lamentarmos em desejos fúteis? Porque não sabemos obedecer à verdade. Suspender os nossos anseios inúteis e irmos em frente, com bravura, fazendo aquilo que diz respeito ao estabelecimento do Reino.

Tudo o que fizermos, não o façamos inclinados só para um lado. As obrigações para com todos serão de reciprocidade e não se tornem excessivamente particulares.

Muitos dos mecanismos, que através dos tempos procuraram a destruição do Reino, pensaram que estariam a prestar uma boa ação aos fariseus, ao imperador, ou mesmo num serviço para Deus. No plano individual, foi o abuso de poder, a vaidade, as fraquezas humanas, a tirania e a soberba.

Todos eles se tornaram tão acanhados, por costumes ou tradições, que estão cegos pelo preconceito e endurecidos pelo medo.

Jesus Cristo dizia que o Seu Reino se fundava no amor, proclamado na misericórdia e implementado por meio do serviço não interesseiro. O Pai não fica no céu a galhofar com menosprezo dos descrentes, dos ímpios ou dos pagãos. Ele não fica agastado com o seu grande desapontamento.

Verdadeira é a promessa feita pelo Filho do Homem, que teve como herança todos os que na realidade são irmãos, embora ignorantes. Ele recebeu os gentios com os braços abertos, cheios de misericórdia e afeição.

Toda a Sua bondade foi mostrada a todos os pagãos e idólatras. Nós devemos seguir o exemplo, embora não devamos concordar, eles não ficarão sem desculpa quando se enfurecem com os que proclamam a verdade e lançam avisos aos desviados e aos hipócritas.

Sendo o seu ponto de vista limitado e estreito, levam-nos a que sejamos capazes de concertar as nossas energias positivas com entusiasmo. Há metas que lhe estão próximas, razão pela qual os seus esforços terão algum sucesso e alguma eficiência se aceitarem, neste mundo de relatividade, o mais concernente com a verdade do Reino vindouro, embora sejam demasiado vacilantes e indefinidos, ao contradizerem-se nas suas pomposas didactologias.

A ciência não tem religião. Porquanto as religiões são desprovidas de ciência.

Enquanto os homens assim procedem, deixando-se arrastar, pretensamente, numa desintegração constringida e confusa da verdade intolerante, a sua única esperança de salvação é tornarem-se convergentes com a Verdade Universal.

Se nós, por uma convergência com a verdade, aprender-mos a dar o exemplo, nas nossas vidas, dessa magnífica integridade e retidão, os nossos semelhantes humanos, então nos seguirão para que possam obter o mesmo que nós obtivemos desse modo. A medida pela qual os que procuram a verdade serão atraídos para nós, representa a medida do nosso dom da verdade, da nossa retidão.

A dimensão, na qual nós teremos de ampliar a nossa mensagem ao próximo, deverá ser na medida da nossa incapacidade de viver a vida em integridade. A vida deverá ser vivida em coordenação com a verdade.

"Conhece-te a ti próprio", disse Aristóteles. "Procura dentro de ti próprio e ficarás estupefacto", disse Jesus Cristo; nunca houve um estímulo tão forte. O verdadeiro conhecimento não é, no entanto, baseado em abstrações, ou nas coisas tipo, que poderemos aprender nos livros.
O verdadeiro conhecimento está na perceção de um todo que é o conhecimento de nós próprios, quando não nos recusamos, a nós mesmos, esse ato de reconhecer.
Qual a razão porque na sociedade atual, tantas pessoas se tornam presas fáceis, não só de cultos religiosos, mas também de todo o tipo de comportamentos destrutivos.
À deriva, procuram abrigo onde julgam ver um porto amigo, tantas vezes infestado de predadores.

Os sábios de antigamente ensinaram: Se colocar a mente à frente do coração ele ou ela será um rei; se colocar o coração à frente da mente ele ou ela será um louco.
Isto adapta-se bem aos nossos dias, onde as pessoas são dominadas pelos seus próprios sentimentos.

A vida não é, em análise, aquilo que nós sentimos, mas é sobretudo aquilo que nós sabemos. "Saber é poder". Quando chegarmos a saber quem somos, realmente - criação divina - libertamos um poder secreto que nos coloca ao comando das circunstâncias, em vez de serem as circunstâncias a comandar-nos.

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 26/02/2010)