quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A ação do espírito atuante nos trabalhadores do Reino

Os discípulos Dele seguramente ouviram isto! E hoje em espírito rememorar.

A vida terrena depende do empenhamento audaz, do discernimento inteligente e da sabedoria coerente, que são essenciais para o sucesso neste mundo. A liderança depende da habilidade natural, da discrição, da força de vontade e da determinação. Porém a vida terrena se talha no respeito pela dignidade humana.

A perfeição espiritual depende da certeza de sermos filhos de Deus, do amor e da devoção à verdade, ter fome e sede de retidão e o desejo intenso de encontrar Deus e de ser como Ele.
Neste mundo, cada um pode ser como Ele, mesmo na sua inerente medida, e esta pode ser ampliada cada dia até à dimensão infinita do Pai que Ele divulgou.

Quando o espírito residente acordar, não se deve desalentar com a descoberta de que é também humano. A natureza humana pode ter a tendência para o mal, mas não é inerentemente pecadora. Não nos deixemos abater, caso não consigamos esquecer completamente algumas experiências lamentáveis desta vida e de outras vidas passadas. Os erros que não conseguirmos esquecer no tempo, serão esquecidos na eternidade. Devemos aliviar os fardos da nossa alma adquirindo rapidamente uma visão de longa distância do destino futuro, num desenvolvimento do caminho no universo.

Não cometamos o erro de determinar o valor da alma e do espírito pelas imperfeições da mente, nem avaliar o seu destino pelo padrão de episódios humanos infelizes. O nosso objetivo espiritual é condicionado apenas pelas nossas aspirações e propósitos imateriais. Omitam o pecado criado para permutar com o indulto material e não receiem o castigo perpétuo no inferno porque Deus nunca o criou.

A religião do espírito é a experiência no divino da alma e no espírito imortal em crescimento, do homem conhecedor de Deus. O poder moral e a energia espiritual são forças poderosas, que podem ser usadas para lidar com as situações sociais difíceis. Esses dons morais e espirituais enriquecem todos os níveis do conviver humano, tornando-os mais significativos.

Estamos destinados a viver uma vida banal e medíocre, se apenas amarmos aqueles que nos amam. O amor entre os humanos pode ser recíproco, todavia o amor divino expande-se pela sua grandeza em busca do contentamento. Quanto menos amor existir na natureza de qualquer criatura, maior é a sua necessidade de amor, e na mesma medida o amor divino procura satisfazer essa necessidade. O amor nunca é egoísta, e não pode ser dado a si próprio. O amor divino não pode ser contido, deve ser dado sem egoísmo.

Os crentes do Reino não deveriam possuir uma fé constrangida, deveriam acreditar com toda a força da alma, no autêntico êxito da retidão. Os edificadores do Reino não devem duvidar da verdade da sabedoria do Universo e da vida eterna. Os crentes devem aprender cada vez mais a colocarem-se à parte da fobia da vida – escapando dos embaraços da existência material – refrescando a alma, inspirando a mente e renovando o espírito na harmonia e na suavidade.

As pessoas esclarecidas sobre Deus não se deixam desencorajar pelos infortúnios, nem abaterem-se pelo desapontamento. Os que creem são imunes à depressão resultante de perturbações puramente materiais. Os que elegerem a vida com espiritualidade não deveriam deixar-se perturbar pelos episódios do mundo material. Os candidatos à vida eterna são praticantes de uma técnica vivificante e construtiva para enfrentar todas as vicissitudes e embaraços da vida mortal. Em cada dia de um autêntico crente, ele descobre que é menos difícil viver se tiver a atitude correta.

A vida espiritual faz a inerente estima aumentar vigorosamente. Mas essa estima não é veneração por si própria. O respeito próprio está coordenado com o amor e o serviço ao semelhante. Não é possível respeitar-se a si próprio mais do que amar o seu semelhante; é a medida da sua capacidade para a doação a outro.

Há medida que os dias passam, o trabalhador do Reino espiritual torna-se mais hábil em persuadir os seus semelhantes do amor pela verdade eterna. Acaso não terá hoje mais recursos para revelar a bondade às pessoas do que teve ontem? Neste ano, não está mais apto para recomendar retidão do que esteve no passado? O talento para conduzir as almas famintas ao Reino espiritual não está a tornar-se cada vez mais uma arte?

Os ideais dos operários do Reino estão elevados o suficiente para assegurar a sua salvação eterna e, ao mesmo tempo as ideias estão desenvolvidas a ponto de fazerem deles cidadãos úteis para atuar na Terra, na interação com os semelhantes mortais. Em espírito, a vossa cidadania está no céu; na carne sois ainda cidadãos dos reinos da Terra. Dai a César as coisas materiais e a Deus as coisas que são espirituais.

A capacidade espiritual da alma em aperfeiçoamento ou do espírito residente mede-se na fé, na verdade e no amor pelo próximo, mas a medida da força humana e do caráter é a capacidade de resistir à ação dos rancores e a capacidade de suportar a prostração em face de uma profunda mágoa. A derrota é o verdadeiro espelho no qual se deverá observar, honestamente, a sua própria realidade.

Na medida que envelhecestes no tempo e ficastes mais experientes nos assuntos do Reino, fostes adquirindo mais tacto para lidar com os mortais inexperientes, e mais tolerância para conviver com os condiscípulos teimosos. O tacto é o ponto de apoio da alavanca social, e a tolerância é a identificação de uma grande alma. Se conterdes essa qualidade admirável, com o passar dos dias tornar-vos-eis mais atentos e experientes nos vossos preciosos esforços de evitar a confusão social desnecessária. As almas sábias são capazes de evitar muitas das complicações que certamente são o quinhão de todos aqueles que sofrem de falta de ajustamento emocional, daqueles que se recusam a crescer e daqueles que se recusam a envelhecer com galhardia.

Evitar a desonestidade e a injustiça, em todos os esforços de pregar a verdade e na divulgação da mensagem do Reino. Não procurar reconhecimento que não venha do esforço e nenhuma menção ou simpatia sem merecimento. Amar, receber livremente das fontes divinas e humanas, independentemente do nosso mérito, e amar livremente em retribuição. Mas em todas as outras coisas relacionadas a honrarias e à adulação, procurar somente o que honestamente nos pertencer.

O mortal consciente de Deus está certo da sua redenção; ele é destemido na sua vida, é honesto e coerente. Ele sabe como suportar com valentia os sofrimentos inevitáveis; não se queixa quando enfrenta a solidão que não consegue afugentar. O verdadeiro crente não fica cansado de fazer o bem, apenas porque encontra oposições. A dificuldade aguça o fervor do amante da verdade, e os obstáculos apenas incitam mais o empenho dos construtores do Reino.

O mundo está dominado pelo poder político astucioso, mas há um outro poder com cariz de influência religiosa mais lesiva à efetuação do Reino que Ele apregoou. Não vos enganeis com a exibição de um grande saber e com a perspicaz lealdade que demonstram possuir no formato das suas religiões. Ele disse: “Preocupai-vos apenas com o espírito da verdade viva e com o poder da verdadeira religião, a Religião do Espírito.”

As religiões estão mortas nos seus princípios de servir a Deus e não é uma religião morta ou os seus rituais que nos libertará, mas sim a nossa convicção e a experiência viva, com as realidades espirituais do Reino. Não devemos permitir que a reverência pelas tradições desvirtue o entendimento daquilo que os olhos não veem e os ouvidos não ouvem. A sede da humanidade pela verdade do Pai é tanta, que não sabem distinguir a água bebível das águas que foram propositadamente poluídas durante séculos e milénios.

O propósito da verdadeira religião não é simplesmente trazer a paz, mas sim assegurar o pão de cada dia e o progresso. E não poderá haver paz interior nem progresso mental, se não houver amor no coração e verdade nos ideais das realidades eternas. O litígio entre a vida e a morte estão a ser colocados bem visíveis diante de vós – os prazeres perversos do tempo e as vanglórias transitórias contra as realidades justas da eternidade. “O cego não é o que não vê, é aquele que não quer ver”. Se pudéssemos compreender verdadeiramente o ato de rebelião de Lúcifer, afastaríamos do consciente qualquer forma de orgulho espiritual.

Há muito tempo iniciámos o encontro com a libertação do cativeiro, do medo e da dúvida, quando ingressamos na nova vida da fé e da esperança de um novo Reino para este milénio. “E quando os sentimentos do serviço ao semelhante nascerem na alma, não os sufoqueis; quando as emoções do amor pelo semelhante brotarem dentro do coração, deveis dar expressão a esses impulsos de afeto, na oferta inteligente às necessidades reais dos vossos semelhantes”.

“Adoptai como exemplo vivo quem faculte o fruto do espírito ao serviço do seu próximo, elegendo a regra de quem, em troca de nada dará tudo por amor”.

Antão/ Tear

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

5º mandamento - não matarás

Se os humanos tivessem aceitado e cumprido o 5º mandamento da lei divulgada por Moisés, muitos crimes não seriam cometidos pelas mesmas forças religiosas que por ironia foram quem apadroaram esse mandamento e o colocaram em seus livros sagrados. Apesar da divulgação desse mandamento, dirigentes religiosos cometeram o maior crime da história das religiões: diligenciaram matar aquele que anunciou as boas-novas de um Reino, o ensinamento que libertará o homem das pesadas tradições das religiões formais.

A insuficiente visão e o facciosismo dos judeus, levou-os a clamar indecorosamente pela morte do Criador de um Universo, apesar da insistência do governador para que fossem retiradas as acusações. Quando se submetia à resolução do povo judeu, no terreiro anexo à torre antónia, que gritavam por Barrabás, Ele estava junto de Pilatos num pavoroso silêncio; quem saberá! Se não olhava a cena da morte de uma nação que tinha sido o povo escolhido por Deus desde Abraão.

Se qualquer homem deseja com verdade fazer a vontade do Pai, necessita com toda a certeza de conhecer os ensinamentos que o Filho do Homem anunciou. São muitíssimo desprovidas de saber as escrituras que presentemente são conhecidas. Ele afirmou com rigor: "nenhum homem me ensinou a verdade que vos transmito, e esse ensinamento não é meu, é do Pai que me enviou."

Quando O assassinaram não souberam de onde veio, quem Ele era, nem para onde foi. Este Soberano Supremo, Criador de um Universo, afirmou: "Todos aqueles que encontrem o Pai, primeiro encontram-me a mim. Eu um dia verterei o espírito da verdade sobre toda a humanidade."

Que destinos dariam a um Homem contemporâneo que tente enfrentar as tradições religiosas atuais? Sucederia o mesmo que sucedeu ao Filho do Homem? Iguala-lo só sendo ele próprio. Todavia, não expirou essa herança de 2 mil anos para aqueles a quem a incumbência se calou, cominada pelas inquisições, na divulgação dos ensinamentos deixados pelo Soberano Supremo deste Universo/Galáxia, com o nome terreno de Jesus, a todos os que se tornaram filhos de Deus pela convicção da Religião do Espírito.

Não é fácil esquecer os antecessores da obra do Reino, ao serem destruídos em vários processos, por ordem de verdugos religiosos em nome de Jesus e de Deus, condenando o 5º mandamento: "não matarás". Os judeus quando assassinaram o Filho Criador também desprezaram esse mandamento e o intolerável é que as religiões que ainda hoje o referem, mataram criaturas humanas posteriormente à morte do Filho Criador.

Não sabemos até quando o fim desse flagelo. Quem sabe! Se o desumano inverno da humanidade, que agora se sente, não traz consigo a morte a uma civilização que se recusou a atuar no desenvolvimento para um futuro mais sublime. A ambição no império que alguns construíram colocou em causa o planeta e todos os seus moradores.

Nessa ambição pelo poder, associaram-se os que não souberam respeitar o Criador de todas as revelações e de realidades transcendentes. Um Universo que não se explica a si mesmo não pode estar sujeito ao pensamento desenvolvido no século XX, chamado "naturalismo evolucionista" que estabeleceram critérios de negação à verdade absoluta com efeitos assustadores na obra da natureza.

A humanidade não pode ser a medida de todas as coisas e muito menos afirmarem-se competentes de as manipular à sua vontade, considerando-se agora os únicos senhores do Universo. Que a humanidade se certifique de que os princípios intelectuais e morais, sejam tais que suportem adequadamente a super estrutura da natureza espiritual, que se amplie e se enobreça o seu carácter, e assim se deve transformar a mente mortal, então, em conjunto com essa mente refeita, realizar a evolução da alma e do espírito até ao destino imortal. É bem diferente a obra do espírito com as pretensões da obra humana.

A humanidade restringiu a sua obra de sinal para Deus ao longo dos tempos, dando provas de muito pouca veneração, mesmo daqueles que têm vindo a afirmar serem os legítimos representantes. Esta declaração leva-nos a retroceder no tempo, analisando enlutados o resultado evidente dos atos malignos que foram capazes de ser promotores. Sintetiza-se alguns sinais que não se apagam da história nem da Lei de causa e efeito.

O povo escolhido, que qualificou de ímpios os que não eram da sua raça e religião, gozaram de autoridade moral para o cometimento de tanta transgressão à vontade de Deus? O seu maior e inexplicável crime foi há 2 mil anos, refletindo nesse ato protagonizou-se a maior barbaridade da história da humanidade. A lei de causa e efeito levou a que esse povo tivesse que colher o resultado da sua sementeira. Desde a época desse hediondo crime não nos surpreende o pavoroso holocausto do povo judeu.

O Imperador Constantino edificou uma nova religião no século IV, submetendo ao poder de Roma os cristãos primitivos. Expandiu o seu império empunhando a espada e escravizando povos utilizando a sua nova religião criada em nome de Jesus. Conseguiremos nesses atos desumanos esclarecer a verdade ao analisar a mensagem e a exortação de o seguir, amando-nos uns aos outros como Ele nos amou?

Findo o império dos Imperadores, permaneceu o império da religião de Roma, que a partir do século VII, vendo oscilar a sua soberania religiosa a favor dos "infiéis" se mobilizaram em guerras santas, combatendo irmão contra irmão; assinalando a palavra do Mestre ao dizer que todos somos irmãos, se reconhece ato de rebeldia à construção de um Reino fraterno.

Mais tarde, qualificada a heresia, a religião promove tribunais para injustamente condenar às fogueiras da inquisição inocentes, usando o nome de Jesus. A inconsistência levou à separação que se estendeu até hoje, numa atitude parcamente pacífica entre as várias religiões cristãs e todas elas afirmam ter em exclusivo a verdade sobre Jesus.

No século VII os sarracenos iniciaram a construção de um império em nome de Maomé. Este se denominou o último dos profetas e ele próprio liderou e empunhou a espada contra os cristãos em dezenas de batalhas. Firme nas convicções da verdade sendo ela própria, o Filho Criador afirmou que o Seu Reino é um Reino de amor e não se constrói com a mão do guerreiro.

A visão do mundo do ponto de vista da ciência, em particular no século XX, deu lugar a um movimento que afirma que o teísmo está ultrapassado e que qualquer teoria da criação é desnecessária e que a verdade científica é incompatível com a fé religiosa.

Este pensamento infeliz de alguns homens, proeminentes na teoria científica, não têm sido corretos nas suas afirmações dizendo, em nome da liberdade humana, que Deus estava morto e declararem que a ciência positivista tinha suplantado a mitologia religiosa. Este pensamento não estará radicalmente generalizado na ciência, porém algo se deve salientar para que as aplicações científicas sejam cuidadosamente orientadas para um hábito de valores onde Deus, o Pai, esteja vivo e presente em todas as descobertas acerca das leis do Universo por Ele criadas.

Se as religiões ocidentais, nomeadamente as cristãs, estivessem no domínio do grande conhecimento divulgado pelo Filho Criador há 2 mil anos, quando viveu entre nós, ao divulgar a obra no Universo e da estrutura espiritual, não teria havido espaço para tanto afastamento com a ciência e divisão com a humanidade em geral.

Quando assim não é, os poderosos, que também são pessoas, utilizam as descobertas científicas para inventar bombas que poderiam por termo a toda a vida na Terra, para criar vírus que poderão destruir organismos vivos, poluir o ambiente com produtos químicos que levam ao aparecimento de doenças graves destruidoras da humanidade e centrais nucleares que se podem transformar em catástrofes tremendas, com todas as consequências.

Os pensadores religiosos, de um modo geral, consideram o objeto da sua veneração o Deus Criador que deu a existência ao Universo. Isto é verdade nas religiões do Judaísmo, do Cristianismo e do Islão, e também se aplica em parte às tradições do Hinduísmo que, pelo menos ao nível da reflexão, pensam numa única fonte que é espírito sob diferentes nomes. O mesmo não poderá dizer-se do Budismo que até hoje tem negado a ideia da existência de Deus.

Todavia, entre o palavreado e a veracidade há distâncias que não foi possível avistar desde há milhares de anos até hoje. As religiões crentes em Deus como finalidade da sua veneração deviam estar mais esclarecidas e encaminhadas para fazer a sua vontade. Deus é o Pai de todos, e nessa atitude haver o desejo de que todos os homens se olhem como irmãos. O amor do Pai por toda a humanidade é a missão trazida pelo Filho para revelar o Pai a todas as raças de homens.

Em resumo, este é o estado da humanidade até ao dia da chegada dessa super estrutura de natureza espiritual em que o Soberano supremo regresse em espírito e venha separar os lobos das ovelhas e por fim esse 5.º mandamento - não matarás - entrará em vigor.

Antão/Tear

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Embaixada do Reino está cercada por exclusivos e falseada por trapaceiros

Quando as organizações humanas, de pendor opressor se afastarem de usurpar o nome de Deus e do Filho do Homem, o meu contentamento seria enorme e seguramente o de muitos, em presença do fim desses exclusivos.

O Reino anunciado, há 2 mil anos na Terra pelo Filho Criador deste universo/galáxia, a desenvolver no início deste milénio entre a humanidade, também pode vir de agentes humanos leigos como imperativo de todos os que defendem a liberdade e direitos na qualidade de filhos de Deus. Os eruditos, iletrados e laicos, todos são fundamentais para participarem na edificação dessa obra sublime se residirem com a verdade.

Levantada essa obra de liberdade, todos os oprimidos, fatalmente filiados nos direitos de paternidades ilegítimas, jamais terão apresamento das perseguições e das críticas, nem sujeitados a retribuições aos que se julgam com direitos de liquidação do que de graça, aos impositivos, lhes foi dado.

Tudo é de todos, não pertence a ninguém e não há exclusivo! A razão sabe que Deus não se converteu a nenhuma religião, a uma seita ou mesmo a uma possessão, que legitimem direitos à sua obra em absoluto, a que é dotada de inteligência e vontade: o homem.

Pois bem! Não rejeitarei, se o sentido não perder, em divulgar com seriedade e verdade a mensagem universal do Soberano Supremo, o Filho Criador deste universo/galáxia, seja qual for a proveniência da informação e a minha gnose o testemunhe e nele encontre essa verdade que procuro. Nesse caso, não me recusarei em a divulgar com todas as consequências que daí possam decorrer, assim como lutarei contra qualquer gerador de falsidade e de trapaça em nome da Deidade.

Na galáxia, haverá 30 mil milhões de planetas habitados e tudo impresso na Lei Divina. As lideranças neste planeta afiguram-se argumentistas: uns da promessa e salvação; outros do bem-estar social; e os que afirmam que o acaso deu princípio a uma obra que é imensamente antiga, onde eles ainda são recém-chegados.

Todos estes, seguramente disputariam, pelas atitudes que perfilham, em atuar nesses mundos como julgassem e modifica-los do modo como lhes convêm auferindo de modo proveitoso. As suas avarezas adquiriram domínio sobre o todo, mesmo de uma ocorrência sublime concedida graciosamente por mediação divina. Neste planeta esse procedimento é usual em todos os privilégios, não duvido que teriam idênticas atitudes nesses mundos se lhes cedessem a entrada.

Há 2 mil anos, o Filho Criador na aparência de criatura humana mortal, realizou maravilhas aos humanos que o procuravam e nele confiavam. Abeiraram-se dele os fariseus daquele tempo que o inquiriram: "quem te deu autoridade para fazeres essas coisas?" O que me surpreende não foi a ignorância deles, foi a arrogante atitude, como se esse direito fosse exclusivismo de uma casta sacerdoal, de uma força institucional, ou de uma outra possessão, munidos de um imaginado poder terreno acima do poder divino.

Não sou convencido, não presumo de sábio nem uso intitulação. A minha trajetória nesta vereda iniciou-se em Agosto de 1978, quando iniciei os primeiros passos na análise da Sabedoria no Universo, encetando 15 anos mais tarde, até à data perfazendo 32 anos, num rumo gnóstico. Interrogo a minha demora neste alongamento e pergunto-me: se foi por jumentada ou pela dificuldade no esclarecimento deste tema que me prendeu a imensas dificuldades e a ativo trabalho. Neste considerando observo, em vários quadrantes de ação humana, muito convencimento e propaganda.

A minha experiência, diz-me neste assunto que, para o desempenho dos dons espirituais que adjetivam, o tempo de trabalho realizado durante meia dúzia de anos nesta vida é muito curto para tamanha afirmação. "Presunção e água-benta cada um tomam a que quer." Todavia é recomendável evitar a aldrabice.

Sem embuste, é minha intenção divulgar, usando todo o tipo de difusão, que o espírito residente no homem é originário do Filho Eterno, a causa geradora do tempo e do espaço onde o efeito é Mãe e tudo é passivo feminino. O espírito fica prisioneiro da matéria - único passo do conceito para a experiência, onde a vida material se tornará secundária.

O espiritual é a verdade, mesmo que relativa e o material não é mais do que uma pálida sombra. O trabalho espiritual é sintoma de luz brilhante, consequente do trabalho realizado na experiência efetuada pelo Espírito Mãe residente no humano. No momento perfeito atrai a si o Espírito do Pai Infinito unindo-se com Ele, singular unificação entre muitas, rumo à eternidade. "Aquilo que Deus uniu ninguém pode separar."

Muitos milénios transcorridos, e ainda não aprendemos a ser humildes e a concluir que na extrema hora, se as vidas anteriores não foram convincentes, poderíamos ascender a patamares de grande sabedoria e grandeza espiritual?

Não cantarei, poderes em mim de Arcanjos, de anjos, de santos nem de idêntico, que poderiam levar a empolar-me e testificar presunção usando do proveito mesmo que fosse trapaceiro. Conheço alguns e não são únicos, que vão iludindo os ansiosos e desviando os enfraquecidos. Mais inconcebível seria afirmar o contacto pessoal com o Soberano Supremo da nossa Galáxia. Confundia-me. Estranhamente não atordoa a autora do livro..."este Jesus que me fala".

Os narcisismos afluem por todo o lado. Todavia o meu desejo profundo será adquirir o conhecimento e rejeitar os poderes que muitos cobiçam e, vergonhosamente o anunciam para confundir uns e enganar a outros.

Tenho testemunhado, casos que corrompem verdades e controvertem realidades que deveriam merecer conduta mais venerável. Autonomeiam-se detentores de dons especiais depois de vida pouco salutar espiritualmente e atos desaconselháveis. Afirmam ter nomeação e modelo de santidade e assim vão confundindo muitos soçobrados.

Os falsos redentores de última hora, estando nós no limite de um período de 40 mil anos de pedagogia sideral, parecem estar ainda no início dessa extensa idade com evidências de pouco saber, mas.... muito predizer, e juntamente com estes os que fizeram promessas de salvação durante séculos, agonizam agora com alguma antecipação o seu fim que já é visível: "Nessa noite, estando dois numa cama, um será tomado o outro será deixado; estando dois no campo, um será tomado o outro deixado", na vinda súbita do Reino.

Aos Interpelados, dessa estirpe cobiçosa de poder e afirmação, que seguramente certificam muitos prodígios por eles realizados, o repto que passo a citar: "Podeis vós alterar o curso das estrelas, alterar o dia e a noite e devolver a fragrância à flor depois de pisada pelo boi?"

Se não possuirdes aptidão de fazer estas coisas tão naturais na obra do Criador, como podeis apropriar-vos de poder e de dons tão especiais que atribuis a vós próprios, quando tudo isto é o saber de quem por direito o sustem sem o uso fraudulento?

O Serviço na Embaixada do Reino, em todos os seus atributos, só serão confiados aos simples e aos humildes e a esses foi prometido que herdariam a Terra.

Antão

sábado, 16 de outubro de 2010

As inconsciências do homem do potencial divino e as hierarquias do Reino

Foi comum entre o povo de Israel, e também entre as religiões inspiradas no judaísmo e que mais tarde foram intitulados de cristãos, quando estavam com entusiasmo para empreenderem uma atitude na vida, fosse ela boa ou má, tinham o hábito de justificar essas emoções desusadas dizendo: "Então veio o espírito de Deus sobre mim e disse-me..."; "O Senhor Deus de Israel escolheu-me..."; "Deus quis assim..." Desse modo, já que os homens caem com tanta frequência e acintosamente em tentação, tornou-se uma prática, acreditar que Deus os induzia à tentação para os testar, castigar e fortalecê-los e mais grave ainda, defenderem como inspiração de Deus as guerras santas.

Nesta contextura, recordo o apóstolo Bartolomeu e uma pergunta que fez ao Mestre: "Porque oramos para que Deus não nos induza à tentação, quando nós sabemos agora, pelo Teu testemunho sobre o Pai, que não faz parte dos Seus atributos essas coisas, pois que É de misericórdia e de paz infinita?"

"Não me surpreende fazeres essa pergunta, noto que todos vós já comeceis a conhecer o Pai como Eu O conheço, ao contrário dos antigos profetas de Israel que tão superficialmente O viam.

Vós sabeis que os vossos antepassados se sentiam cogitados a ver a mão de Deus em todos os acontecimentos naturais e em cada episódio incomum da experiência humana, e mesmo, depois de vós e por muitos séculos, persistirão igualmente a acreditar.

Associavam Deus tanto ao bem quanto ao mal. Julgavam que Ele suavizava o coração de Moisés e que endurecia o coração do Faraó.

Mas, na verdade, sabeis agora melhor. Sabeis que os homens, muito frequentemente, são levados à ambição pelos desejos do seu próprio egoísmo e os impulsos da sua natureza animal.

Quando fordes compelidos desse modo, eu recomendo que, no mesmo instante que venham a reconhecer com honestidade e sinceramente a figura da tentação, que conduzam com inteligência as energias do espírito, da mente e do corpo, que diligenciam a conduta para etapas mais dignas e para propósitos maravilhosos.

Desse modo podeis transformar as vossas tentações nos tipos mais elevados de exteriorização humana edificativa e ao mesmo tempo previne esses conflitos desgastantes e de enfraquecimento, entre a natureza animal e o caratér espiritual.

Mas devo prevenir-vos contra o desatino movido pela pressa de superar a tentação anterior, por meio do esforço de suplantar uma ambição, usando uma outra supostamente superior, por intermédio da simples força da vontade humana.

Se quiserdes ser deveras triunfantes sobre as tentações da natureza inferior, deveis alcançar a posição de superioridade espiritual, para a qual e por seu intermédio, com identidade e verdade se desenvolverdes um interesse expresso e um amor autêntico, empregando as formas mais elevadas e idealistas de conduta que a vossa mente deseja colocar no lugar dos hábitos inferiores e menos idealistas de comportamento e que deveis reconhecer como sendo as tentações.

Deste modo, libertar-vos-eis por intermédio da transformação espiritual. Porém se a vossa escolha for o contrário, ficareis cada vez mais oprimidos se não optardes pela anulação dececionante dos desejos mortais. O que é arcaico e inferior será esquecido no amor renovado e superior.

A beleza, incansavelmente, conquista a deformidade nos corações de todos os que são iluminados pelo amor e pela verdade. Há um forte poder de explosão na energia de uma afeição espiritual nova e sincera. E de novo eu vos digo, não vos deixeis vencer pelo mal, mas deveis batalhar lado a lado com o bem, sobre o mal."

Se formos imprudentes na aceitação da promessa, certificada pelos líderes religiosos como provada, que nos assentaremos à direita do Pai após a morte terrena, sem sentir e conhecer Deus em todo o seu potencial, seria ignorar o assombroso motor divino, a verdadeira fonte criadora do potencial do nosso ainda humilde e simples viver humano. Uma pequena lâmpada de 220 volts não suportaria os 50 mil volts da barragem, sem os transformadores entre ela e o uso na lida do humano.

Assim, também as almas e os espíritos se desagregariam retomando a fusão cósmica, se fossem submetidos diretamente ao potencial luz do princípio gerador, de toda a realização no tempo e no espaço, Deus.

Devemos crescer conscientemente em todos os sentidos cósmicos, a fim de desenvolver a capacidade de suportar a progressiva voltagem de energia transmitida pelos transformadores angelicais ao serviço da obra do Reino.

As imagens do mundo físico não conseguem satisfazer quem precise de explicar a realidade da energia do Filho Eterno, que podemos configurar no Filho Criador e seus Arcanjos que se interpõem entre a luz máxima do Filho Eterno e a graduam pouco a pouco para a razão do homem através das suas próprias consciências dentro das ordens galácticas, constelações, sistemas e planetas, e mesmo as que operam no comando dos quatro elementos da matéria, nos reinos, continentes e raças humanas.

A ordem hierárquica dessas entidades, que agrupam em si potencial mais elevado e depois o enviam ao círculo vibratório mais reduzido em suas próprias auras conscienciais, é que permite, logicamente, o crescimento e a ascensão dos espíritos para a sublime participação com o Filho Criador no núcleo da galáxia, antes de partirem para a ilha do paraíso.

Essa indescritível e permanente moderação, do alto do potencial do Filho Eterno, identifica tradicionalmente a "grande descensão" do macro ao microcosmo, quando Deus está manifesto tanto na probabilidade de onda do eletrão como nas estrelas das galáxias.


Antão/Tear

domingo, 19 de setembro de 2010

A realização do Reino na ambiência Crística do 3.º milénio

A preparação do ambiente Crístico mental para este terceiro milénio aguarda o tributo de amor e de paciência dos trabalhadores do Reino, para com os transviados que estão entre nós. O conhecimento da consciência Crística individual não se adquire dum instante para o outro e só será revelado no tempo certo, se cada um trabalhar o satisfatório para o adquirir. Contudo, poderemos indagar no nosso interior as causas de algumas derrotas naquilo que pouco sabiamente diligenciamos fazer.

No mundo, muitos escalam a sua montanha interior em busca de um conhecimento mais vasto de fazer a vontade do Pai e ao mesmo tempo pedir-lhe que enriqueça o talento em sabedoria para a realização mais efectiva da Sua vontade e não deixar de manter a fé que alimente o pensamento humano e o mantenha firme nesse propósito.


Em vez disso, numerosas pessoas cedem à tentação de cair nas velhas e más tendências de eles próprios se legitimarem em ir ao encontro do Reino pelo caminho das suas preferências e dúbias convicções - como se ele fosse o reino material e temporal que o humano teima em apreciar, apegando-nos a esses conceitos erróneos a propósito das declarações reiteradas de que esse Reino não é deste mundo.

Sempre houve quem alimentou o desejo egoístico de favoritismos terrestres por fazer parte de uma religião; seja ela a de Jesus, de Buda, de Krishna ou de Maomé, e que tem dado enormíssimas discussões, entre os respectivos líderes e mandatários, sobre quem será o maior ou quem terá mais direitos no Reino do céu; um reino que não existe do modo como eles insistem em conceber, nem existirá jamais.

Aquele que declarou a mensagem, que pelo seu conteúdo e saber, jamais veio a este mundo antes Dele, e tendo utilizado todos os meios para contrariar a tendência na edificação de uma religião em seu nome, Ele disse:

"Quem quiser ser o maior na Reino da irmandade espiritual do meu Pai deve tornar-se pequeno aos seus próprios olhos e assim converter-se no servidor dos seus irmãos".

E mais acrescentou: "Se algum homem quiser seguir-me, que se esqueça dele próprio, que assuma as suas responsabilidades diariamente e me siga. Pois todo aquele que quiser salvar a sua vida com egocentrismo, perdê-la-á, mas todo aquele que perder a sua vida por minha causa e por causa das realidades espirituais do Reino, salvá-la-á. De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua própria alma? O que pode um homem dar em troca da vida eterna?

Não vos envergonheis de mim e da minha mensagem ante as gerações pecadoras e hipócritas, do mesmo modo que Eu não terei vergonha em vos reconhecer diante do Pai na presença de todas as hostes celestes. Todavia, muitos, dentre os que agora estão diante de mim, não partirão da missão na Terra, antes de verem esse Reino de Deus chegar com poder a este mundo".

A grandeza espiritual consiste em construir um amor complacente, que é semelhante ao amor de Deus. E não usufruir da prática do poder material para a exaltação do ego. São essas as tentativas em que falhamos completamente, num propósito sem transparência quando:


O motivo não é divino;


O ideal não é espiritual;


A ambição não é altruísta;


O procedimento não se baseia no amor;


A meta que se pretendia atingir não era a vontade do Pai.


Quanto tempo demorará até aprender que não se pode alterar a direcção estabelecida pelos fenómenos naturais, a não ser quando isso estiver de acordo com a vontade do Pai. Portanto, não poderemos realizar obras espirituais sem alcançar o poder espiritual.


Não podemos efectivar nenhuma dessas coisas, mesmo quando as possibilidades estiverem presentes, sem a existência de vários factores humanos essenciais, entre os quais, tornar viva e convicta a informação recebida e a experiência pessoal assente no acreditar antes de ver: Ter Fé.


Porque razão haverá de ter sempre a manifestação material excessiva como atraimento para as realidades espirituais do Reino?



Poderemos nós compreender o sentido espiritual da missão do Filho do Homem, sem que haja exibição visível de obras invulgares?


Quando afinal, seremos confiáveis para aderir às realidades mais elevadas e espirituais do Reino, independentemente das aparências externas de variadas manifestações materiais visíveis?


Muitos estão afastados entre a fé e as dúvidas, possuídos pelo medo dos infernos e perturbados pela altivez de quem está persuadido da sua intitulação. Porém estão longe de alcançar a luz e experimentar somente as transformações da mente e do espírito, durante esta vida, de tal modo grandiosas que são comparáveis às extraordinárias mudanças que a realidade espiritual do Reino já fez no coração daqueles para quem a porta se abriu.


O Pai certamente que abriu a porta do reino para que entrem todos os que sinceramente façam a sua vontade, e nenhum homem poderoso, nem nenhuma religião dos homens podem fechar essa porta, nem mesmo para a alma mais simples, nem mesmo para aquele que for supostamente o maior pecador da Terra, se esse pecador diligenciar entrar na porta que lhe foi aberta e o faça com sinceridade.


Há mais alegria no céu por causa de uma alma transviada que se arrepende, do que por causa de noventa e nove que não carecem de arrependimento. E mesmo assim, não é da vontade do Pai no céu que nenhuma dessas pequenas almas se perca, e muito menos que elas pereçam.



No linguajar das religiões, Deus pode receber os pecadores arrependidos; nas realidades espirituais do Reino, o Pai vai ao encontro deles, antes de eles pensarem seriamente em se arrependerem.


Se existir uma linguagem verdadeira entre o filho e o Pai, o filho pode estar ciente do progredir continuamente na direcção do Pai e dos seus atributos, o filho pode inicialmente ser lento na sua evolução, mesmo assim essa evolução não deixará de ser perseverante. O mais importante não é a celeridade do aperfeiçoamento, mas a sua solidez.



A realização espiritual revelada actualmente nos filhos criados por Deus, não é tão importante como é o caminho percorrido no progresso de cada um quando a direcção é o Pai Infinito. A transformação realizável, dia a dia, é de uma importância infinitamente maior do que a dimensão espiritual adquirida até hoje por cada um.



Antão/ Tear

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

As religiões

As religiões do mundo têm duas origens: a espontânea e a da revelação. Em qualquer época e na memória de qualquer povo, podem ser encontradas três formas distintas de devoção religiosa. São três as manifestações do impulso religioso:

1. A religião primitiva - O impulso espontâneo e instintivo de temer as energias inexplicáveis e de adorar as forças superiores, sobretudo numa religião de natureza física, a religião do medo.

2. A religião da civilização - Os conceitos e as práticas religiosas que avançaram das raças civilizadas - a religião da mente - a teologia intelectual cuja autoridade é a tradição religiosa preestabelecida no início da sua implementação.

3. A verdadeira religião - A revelação dos valores espirituais acima dos valores naturais, uma visão com uma percepção, ainda limitada, das realidades eternas, um vislumbre da bondade e da beleza do carácter infinito do Pai do céu: a religião do espírito, tal como fica demonstrada na experiência humana.

Antão/Tear

A Religião do Espírito

Os discípulos Dele seguramente ouviram isto? E hoje em espírito rememorar.

Ele nos convocou a nascer de novo, a renascer do espírito. Ele nos tirou das trevas do autoritarismo e do marasmo da tradição, para nos enviar à luz transcendente da realização na possibilidade de fazermos, em nós próprios, a maior descoberta que é possível à alma humana realizar - a experiência suprema de encontrar Deus, dentro de nós próprios, e usando os nossos próprios métodos, e fazer de tudo isto, um acontecimento na nossa própria experiência pessoal.
Ele disse que passaríamos da morte para a vida, do autoritarismo da tradição para a experiência de conhecer Deus; assim passaríamos das trevas à luz, da fé herdada de um povo ou de uma civilização, para uma fé pessoal conquistada pela experiência concreta. E, por esse meio, progredirmos de uma teologia da mente, herdada dos nossos antepassados, a uma verdadeira religião do espírito que será edificada nas almas como um dom eterno.

A religião passará da elementar crença intelectual na autoridade dos hábitos, para a experiência da fé viva, capaz de captar a realidade de Deus e tudo o que está relacionado ao espírito divino do Pai. A religião do intelecto vincula-nos irremediavelmente ao passado. A religião do espírito consiste na revelação progressiva e desafia a realizações mais elevadas e mais santificadas, de ideais espirituais e de realidades eternas.

As religiões da autoridade podem transmitir uma sensação de segurança estável, e nessa satisfação efémera pagamos o preço da perda da liberdade espiritual e da liberdade religiosa. O Pai não exige como condição de entrada no Reino do céu, serem forçados a aceitar religiões inundadas de interesses, espiritualmente repugnantes e profanas.

Não é exigido que o próprio juízo de misericórdia, justiça e verdade deva ser ultrajado pela submissão a um sistema de formas religiosas e de cerimónias transitórias. A religião do espírito dá independência para seguir a verdade até onde o nosso espírito nos possa conduzir. E quem poderá aquilatar isso? É o mesmo espírito que no passado teve alguma coisa a comunicar a outras gentes, e que outras gerações tenham recusado a escutar.

É vergonhosa a atitude dos falsos instrutores religiosos que arrastem as almas famintas de volta ao passado, distante e obscuro e que lá as deixem! E assim essas desventuradas pessoas ficam condenadas e atemorizadas em presença das novas descobertas, aquelas que foram anunciadas para a construção de um Reino de Amor na Terra. Suspeitam da nova revelação da verdade porque não veio de uma via religiosa da sua crença.

O homem que disse: "Toda a gente que permanece com Deus será mantido em perfeita paz", não era um simples crente intelectual da teologia autoritária. Esse ser humano, conhecedor da verdade, tinha descoberto Deus; ele não estava simplesmente a falar de Deus.

É aconselhável desistir da prática de citar sempre os casuístas religiosos de outrora e de louvar os heróis das escrituras e dos mitos humanos; em vez disso aconselha-se que devemos decidir tornar-nos os crentes vivos do Supremo e heróis espirituais do Reino que se revelará brevemente. Enaltecer os mentores conhecedores de Deus do passado, pode de facto valer a pena, mas ao fazer isto sacrificaremos a experiência suprema da existência humana: encontrarmos Deus em nós próprios e conhecê-Lo dentro das nossas próprias almas.

Cada civilização tem a sua própria abordagem espiritual acerca da existência humana e, assim, as religiões do intelecto devem ser fiéis aos diversos pontos de vista das respectivas culturas. As religiões autoritárias nunca poderão contribuir para a unificação. A unidade humana e a fraternidade entre os mortais somente podem ser alcançadas por meio da grande virtude dada pela religião do espírito.


Os humanos podem divergir no seu idealismo, mas, por princípio, toda a humanidade é habitada pelo espírito divino e eterno. A esperança na fraternidade humana só pode ser realizada quando, concretamente, as religiões intelectuais, autoritárias e divergentes forem vencidas e ofuscadas pela religião unificadora e enobrecedora do espírito: a religião da experiência espiritual pessoal.


As religiões da autoridade sempre favoreceram a divisão dos homens, arregimentados em pelejas conscientes uns contra os outros. A religião do espírito, progressivamente, congregará os homens e os levará a tornar-se compreensivos e compassivos uns para com os outros.


As religiões autoritárias exigem dos homens uniformidade na crença, mas isso é impossível de ser alcançado no estado presente das discordâncias no mundo. A religião do espírito requer apenas unidade de experiência - uniformidade de objectivo - permitindo a plena diversidade de crenças. A religião do espírito requer uniformidade apenas de visão, não a uniformidade de ponto de vista nem da evidência.

A religião do espírito não requer uniformidade de ponto de vista intelectual, requer apenas a unidade dos sentimentos espirituais. As religiões da autoridade cristalizam-se em credos sem vida; a religião do espírito cresce em alegria e na liberdade dos feitos enobrecedores, no serviço do amor e na oferta da misericórdia.

Nunca devemos esquecer que só há uma aventura que pode ser a mais satisfatória e emocionante: a de tentar descobrir a vontade do Pai na vida diária, e essa é a experiência suprema de intentar honestamente fazer a vontade divina. E nunca devemos esquecer que a vontade do Pai pode ser feita em qualquer ocupação terrena. Não há vocações que sejam santas e vocações que sejam mundanas.

Todas as coisas são sagradas nas vidas daqueles que são guiados pelo espírito; isto é, subordinados à verdade, enobrecidos pelo amor, dominados pela misericórdia, e controlados pela equanimidade - rectidão. O espírito que o Pai e o Filho Criador irão brevemente espargir pelo mundo não é apenas o Espírito da Verdade, mas é também o espírito do ideal da beleza.


Suspender a busca da palavra de Deus somente nas páginas dos registos da autoridade teológica. Aqueles, entre os humanos, que nasceram do espírito de Deus e renasceram do espírito, irão, daí em diante, discernir a palavra de Deus, independentemente da sua procedência.

A verdade divina não deve ser depreciada pelo facto de ser aparentemente humano o canal usado para a sua apresentação. Muitos de nós têm mentes que aceitam a teoria de Deus, enquanto espiritualmente deixam de compreender a presença de Deus. Essa é exactamente a razão pela qual se ensina que o Reino do céu pode ser mais bem compreendido, se adquirir-mos a atitude espiritual e autêntica de uma criança.

Não é a imaturidade mental da criança que é recomendado, é a simplicidade espiritual dessa criança, a facilidade em acreditar e a sua inteira confiança. Não é mais importante considerar a existência de Deus; mais importante é que se cresça na capacidade de sentir a Sua presença.

Se no âmago da alma sentir a presença de Deus, subitamente começará a descobri-Lo nas almas dos outros homens e, finalmente, em todas as criaturas e criações de um pujante Universo. Que oportunidade tem o Pai de se mostrar como um Pai supremo e sincero, e de desígnio divino, nas almas dos homens que pouco ou nenhum tempo dedicam à observação ponderada de tais realidades eternas? Se bem que a mente não seja a base da natureza imaterial, a mente é o portal de acesso para a natureza espiritual.

Não intentar, todavia, no erro de tentar provar a outros homens que já encontrou Deus; nós não podemos conscientemente gerar uma prova válida para o afiançar, se bem que existam duas demonstrações explícitas e poderosas do facto de que somos conhecedores de Deus, que são:


a) Os frutos do espírito, Amor, que se demonstram na rotina diária da nossa vida;


b) A certeza no roteiro da vida em dar prova positiva de que temos, sem reserva, arriscado tudo o que somos e o que possuímos, na aventura de garantir a imortalidade, na busca e esperança de encontrar o Pai Infinito, cuja presença em nós será conseguida nas provas, na unificação relativa, antecipadas no tempo.


Não haja equívocos, o Pai responderá sempre à mais débil chama de fé. Ele tomou nota das emoções físicas e supersticiosas do homem primitivo. E essas almas honestas, mas temerosas, cuja fé tão débil não é senão um pouco mais do que a conformidade cerebral de uma atitude passiva e de consentimento às religiões autoritárias.


O Pai está sempre alerta para honrar e fomentar até mesmo todas essas fracas tentativas de O alcançar. Mas os que foram chamados, da escuridão para a luz, é esperado que creiam de todo o coração; a sua fé irá dominar as atitudes combinadas do corpo, da alma e do espírito.


Aos discípulos Ele teria dito, a religião não se transformará para vós num abrigo teológico, no qual podeis refugiar-vos com medo ao enfrentardes as duras realidades do progresso espiritual e da aventura ideológica. A vossa religião irá transformar-se seguramente, no êxito da experiência real a testificar que Deus vos encontrou, vos idealizou, vos enobreceu e vos espiritualizou, e que vos alistastes já na aventura eterna de encontrar esse mesmo Deus, que já vos encontrou e vos filiou.


Antão/Tear

terça-feira, 10 de agosto de 2010

As religiões não rejeitaram as guerras profanando o nome do Filho que anunciou: "o Meu Reino não se constrói pela mão do guerreiro"

Todas as religiões assumiram, ao longo de toda a sua existência, os exclusivos de mensageiras de Deus e o testemunho da verdade. Arrogando a legitimidade de ser a única via de comunicação com seres superiores, entre a Terra e o Céu.

Não pretendo induzir ser mestre, mensageiro ou mesmo um servo de Deus. Por vezes afirmo que sou ateu, obviamente não sou e creio em Deus Único que é Pai de Todos.

O meu ateísmo é basilar no facto de não crer nos deuses que as religiões alimentaram - deuses parecidos com actos de Satã, criadores de guerras, de castigos e de infernos, a fim de aí serem submetidos a tormentos eternos os que não forem obedientes às leis na interpretação da religião.

Ao contrário das religiões, eu acredito e falo de um Pai que é Infinito em Amor e Misericórdia, e não tenho necessidade de pertencer a religião alguma no objectivo da minha unificação interior e na busca desse Pai.

Não é inimaginável que Deus tenha sido o fundador de religiões com o propósito de desenvolver a igualdade entre os homens. A humanidade tem a experiência que o tempo lhe confirmou nesse plano. Brevemente saberá que não é executável esse tipo de paridade.

O homem precisa de obter informação sobre as ideias do Criador e que delas fazemos parte. Esse conhecimento deverá ser tornado vivo dentro de nós próprios, do mesmo modo que tornamos vivo em nossas células o resultado do alimento. E devemos perguntar: qual a resposta das religiões a esta intenção? Que informações nos deram sobre o rumo dos filhos ascendentes de Deus?

E legitimamente pergunta-mos: de onde viemos antes de nascer na carne?

Qual a missão neste mundo e para onde vamos ao deixar o corpo de carne onde viveu aquele período de vida?

Que abrangência individual e colectiva temos acerca do Reino que o Filho do Homem anunciou?

Os servidores das religiões estão mais resolvidos em adquirir soberania pessoal e capital e fazer política quando lhes convêm, porém deveriam preocupar-se mais em fazer a vontade de Deus junto dos homens, pois assumem ser essa a sua profissão na Terra.

Todas as religiões fazem promessas de salvação e de transferência para o paraíso, e não está no seu alcance comprová-lo, nem no nosso. Esse é o resultado do fraco conhecimento que universalmente temos sobre a história das humanidades no Universo.

Aos políticos que não executem as promessas eleitorais são interpelados pela falta de cumprimento. Nas mesmas circunstâncias, já passaram milénios, não podemos interrogar as religiões e quem as represente, pela falta de prova no cumprimento das suas promessas como fazemos com a política.

Não é do conhecimento geral, nem as religiões confirmam, que tenham vindo mensageiros depois da morte garantir-nos que estão no céu por intermédio de uma religião ou no "inferno" por intermédio dos mesmos.

Como em tudo, a sociedade devia estar informada. As igrejas são impulsionadoras desse propósito, tanto é que um alto responsável de uma religião apelou a "uma contestação política organizada que questione estruturas financeiras, comerciais, culturais e políticas, (...) na actual situação de crise". (também faltou dizer religiosas)

As religiões deveriam, estar mais esclarecidas e encaminhadas para fazer a vontade de Deus o Pai de todos, infundir nos fiéis, e nessa atitude haver o desejo de que os homens se olhem como irmãos.

" No princípio fostes um - passaste a ser dois - devereis ter o empenhamento para que sejais novamente um".

Não seria muito difícil entender estas revelações, no sentido etimológico do termo, se as religiões assumissem desinteressadamente a missão de religar, de ligar de novo o que foi desligado. A carência de informação sobre as leis do Universo, das quais fazemos parte na íntegra, torna difícil de entender. Mais difícil é consciencializá-las.

Uma religião não deve pretender a uniformização dos seus devotos pela acção exterior das suas leis, dos rituais e da ministração dos ensinamentos. A uniformização seria negar a liberdade individual concedida pelo Pai na enorme diversidade entre as raças e os humanos. Porém num só facto somos semelhantes, mesmo iguais, no espírito.

No trabalho do espírito, para aquele que o conter, e no sucesso das suas capacidades como criador à semelhança do Pai, ao multiplicar o que foi dado no princípio, poderemos finalmente convergir para uma unificação que é relativa no tempo e no espaço. Tornando-se absoluta no Infinito.

Vamos descobrir como desenvolver uma nova religião que irá iniciar-se dentro de cada humano, qualquer que seja a raça, a cultura, a religião ou o grau de ateísmo.

Contudo, não podemos olhar com desapreço para todos os crentes religiosos, porquanto muitos se entregaram sem falsidades, em todos os tempos, na busca persistente e apaixonada de Deus, e muitos O encontraram.

Deus não deixou de presenciar a tenacidade desses seus filhos, vítimas de múltiplos tipos de perseguição e fraudulência na longa e incansável luta de muitas vidas e em sua humildade revelaram ao mundo a imagem mais autêntica e mais clara do verdadeiro Pai: Deus Eterno.

O caminho foi assim preparado para uma revelação ainda maior desse Pai, e que muitos de nós estão a ser chamados para o compartilhar,

Antão -Tear

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Acções que levarão o homem à comunhão com o Criador, e as que levarão o homem a distanciar-se

Poucos, entre os Apóstolos, conseguiram compreender na totalidade os ensinamentos do Mestre e muitas outras verdades sobre a comunhão do homem com o seu Criador.

Os filósofos gregos no tempo do Mestre, afirmavam que a ciência e a filosofia eram suficientes para satisfazer o interesse humano. Nos nossos dias, a maioria dos crentes também julgam ser suficiente para a sua salvação pertencer a uma religião, e ao cumprirem com as respectivas leis, ela os recompensa com o céu e o direito de se sentar à direita de Deus, logo depois da morte na Terra.

Se duvidarem das vossas promessas calai-vos! Ou então a Lei imutável terá para vós grandes exigências, às quais não podereis dar justificação.

Enquanto outros vêm traficando poderes sobrenaturais e trapaças espirituais com o álibi do ioga e um infantilismo comovedor, enfeitado de ornamentos místicos e devotos aos milhões a purificarem-se no Ganges, das vacas e dos elefantes sagrados, dos gurus e da cena vergonhosa dos intocáveis.

No Ocidente, em consequência destas importações, um domínio vasto onde proliferam seitas onde ombreiam: a trouxe-mouxe, magia, astrologia, ocultismo e espiritualidades orientais, cuja amálgama, essencialmente, alimenta confusões e os próprios fundamentos do hinduísmo, são pura e simplesmente escamoteadas.

O Mestre ouviu com compaixão e paciência um pedagogo grego, como certamente ouviria, do mesmo modo, os educadores religiosos e outros congéneres deste tempo.

Todos confirmamos e exaustivos entendemos, que o Mestre teria deixado uma grandiosa mensagem sobre a existência humana que, nem o saber dos gregos na antiguidade nem o saber das religiões actuais argumentam, Ele teria explicado: de onde viemos, o que fazemos neste mundo e para onde o nosso objectivo no espaço-tempo. Onde as religiões terminam a sua erudição, é aí que os poucos conhecedores da mensagem viva do Mestre se iniciam.

A palavra Reino é uma revelação à alma do homem, que lide com as realidades espirituais e que a mente por si própria jamais poderia encontrar, nem penetrar em toda a sua perfeição.

Os esforços intelectuais poderão revelar os factos da vida, mas o conhecimento sobre o Reino revela as verdades do ser. Nós poderemos abordar as silhuetas materiais da verdade; mas estamos com aptidões espirituais para entender o que o Mestre nos comunicou sobre as realidades eternas e espirituais que projectam, em contornos temporais transitórios, os factos concretos da existência mortal. As verdades libertadoras da sapiência do Reino.

O Mestre sempre foi tolerante desde a sua chegada à Terra e ainda hoje se sente a sua tolerância para com todas as religiões e filosofias, nos seus enganos e interrogações. A certeza absoluta, a verdadeira e autêntica não teme análises superficiais; a verdade também não se inquieta quando sujeita a críticas honestas. Devemos lembrar, aos que contribuem com verdade para a implementação do Reino, que a intolerância expressa é uma máscara a ocultar dúvidas escondidas, alimentadas nas incertezas da própria religião ou crença.

Nenhum humano é perturbado, em momento algum, pela atitude do seu semelhante quando confia plenamente na verdade daquilo em que acredita com todo o seu ser. A coragem é a confiança daqueles que têm honestidade a toda a prova nas coisas que afirmam acreditar. Os humanos sinceros são destemidos quando sujeitos à prova nas suas verdadeiras convicções e nos seus nobres ideais.

A certeza de termos entrado na família do Reino do Pai e na qual sobreviveremos até à eternidade, como todos os filhos do extenso Reino, é inteiramente uma questão de experiência pessoal - acreditar sem antever a promessa da verdade. A segurança espiritual equivale à experiência religiosa pessoal com as realidades eternas da verdade divina e é, por outro lado, igual ao entendimento transparente das realidades da verdade, adicionadas à fé e diminuídas das nossas dúvidas sinceras.


O filho é naturalmente dotado com a vida do Pai. Tendo sido dotados com o espírito vivo do Pai, nós somos, portanto, filhos de Deus. Nós sobreviveremos depois das muitas vidas nos mundos materiais, porque nos identificamos com o espírito vivo do Pai, na dádiva da vida eterna.


Muitos já tinham garantido a oferta da vida eterna, mesmo antes da vinda do Filho do Homem, e muitos daí em diante têm recebido a vinda do espírito, porque acreditaram, acreditam e vivem na mensagem do Mestre da Galileia. Ele declarou que quando chegasse junto do Pai, Ele enviaria o seu espírito aos corações de todos os homens e que cada um iria receber conforme a grandeza do seu receptáculo. A presença dessa vida que se transmutará a cada momento.


Ainda que não tenhamos a percepção para observar o trabalho do espírito do Pai nas nossas mentes, há um método prático para descobrir a medida que cada um poderá usar para avaliar a educação da alma, sob o ensinamento e a condução do espírito residente, que é a medida do amor pelo nosso semelhante. A centelha de Deus Mãe que nos habita compartilha do amor de Deus Pai e, na medida que ocupa o homem, leva infalivelmente ao caminho da veneração divina e da consideração amorosa pelo semelhante.


Quando o Mestre ensinou, todos os que estavam com Ele acreditaram que eram filhos de Deus e
com esses ensinamentos tornou-os mais conscientes da condução interna da presença do espírito residente do Pai. E anunciou que: "o Espírito da Verdade será vertido sobre toda a carne, e ele viverá entre os homens e os ensinará a todos, do mesmo modo que eu vivo agora entre vós e vos digo palavras da verdade". E este espírito da verdade, ao falar a todos os dons espirituais das vossas almas, ajudar-vos-á a saber que sois filhos de Deus.


E acrescentou: "Todo o filho habitante da Terra, que aceitar a condução desse espírito irá saber finalmente como fazer a vontade de Deus, e aquele que se entregar à sua vontade - à vontade do Pai - viverá eternamente. O caminho da vida terrena até ao eterno não foi, através dos tempos, claramente relatado. Há no entanto um caminho, sempre houve. Eu vim para fazer dele um caminho novo e vivo. Aquele que aceita e entra no serviço do Reino tem garantido a vida eterna - nunca mais terá fim - mas vós compreendereis melhor uma grande parte de tudo o que vos digo agora, quando regressar ao Meu Reino, e depois disso estareis mais capacitados para outras experiências em retrospecção".


Todos os que escutaram estas palavras ficaram extremamente satisfeitos.


Os ensinamentos judeus, a respeito da redenção dos justos, tinham sido confusos e ambíguos; foi reconfortante e inspirador para os que seguiram o Mestre Jesus ouvirem essas palavras, assaz precisas e objectivas, da confiança sobre a continuidade do caminho eterno dos autênticos crentes.


O ensino específico, dado pelo Mestre Jesus, relacionava-se principalmente com a polémica sobre as mútuas obrigações ao serviço do Reino, e abrangia ensinamento destinado a tornar claras as diferenças entre a experiência religiosa pessoal, as amizades e as obrigações religiosas sociais. Esta foi uma das poucas vezes em que foram abordados os aspectos sociais da religião.


Durante a vida terrena, Jesus comentou muito pouco a respeito da socialização da religião e abordou o tema, ainda hoje rodeado de proibição por muitas facções da sociedade e da igreja, acerca dos fenómenos de contacto com seres não humanos.


Jesus explicou claramente aos seus apóstolos que os seres intermediários, transviados e rebeldes, que tantas vezes personificam as entidades dos que viveram na Terra, especialmente os de popularidade, seriam um dia controlados, de tal modo que não poderão, nunca mais, ter esse procedimento.


Também disse aos seus seguidores que, depois de ter voltado para o Pai, e quando o Pai e Ele verterem o "Espírito da Verdade" sobre toda a carne, que o ser nada espiritualizado - os apelidados de "espíritos impuros" - não poderiam possuir por mais tempo o pensamento dos mortais de mente mais débil e desequilibrada.


Explicou ainda, que os espíritos de luz mais avançados, dos seres humanos que faleceram não voltam logo ao mundo, para se comunicarem com os seus semelhantes na carne. Somente, depois de terem passado um tempo de adaptação e estágio é que seria possível a esse espírito iluminado, em progresso, do homem mortal, comunicar e retornar à Terra e, mesmo assim, só em casos excepcionais e como trabalhadores da administração espiritual do planeta.


O Reino dos céus anunciado pelo Filho do Homem não privilegia. Muitos dos distintos ilustrados deste planeta planearam para si prerrogativa de açambarcamento, como se os filhos criados por Deus fossem produto de comércio para a sobrevivência de uma congregação de alguém. Se assim fosse, o que faria Deus aos filhos simples e humildes, não tendo eles o propósito de obter com a utilização da força, o que por direito e justiça lhes foi atribuído? Pois o Pai afirma com verdade que cada um tem aquilo que merece e Ele não deprecia.


Se Deus revivesce unicamente com a acção dos doutos das igrejas, só eles teriam direito a ser filhos, ou apelidar de filhos aqueles que as doutrinas da igreja elegessem. Mas isso não é verdade. Também o afirmaram, pensaram e agiram os sacerdotes e fariseus no tempo do Mestre, erradamente. A consagração ao Reino tem outra universalidade no agir, quanto a esta humanidade.


Naquele tempo, os judeus consideravam os gentios como cães - recordo a atitude de Simão, o Zelote, que disse para uma mulher quando esta com perseverança e fé aguardava o Mestre, para que Ele curasse a sua filha, segundo ela estava possuída pelo demónio.


O Apóstolo disse-lhe: "Mulher és gentia, de fala grega e não seria legítimo que tu esperasses que o Mestre usasse o pão, destinado aos filhos da casa preferida e que o atire aos cães". A mulher disse-lhe que compreendia as suas palavras e retorquiu: "Eu sou apenas um cão aos olhos dos judeus, mas no que respeita ao vosso Mestre, eu sou um cão que crê e nem mesmo tu ousarias privar os cães privar os cães do direito de alimentarem-se das migalhas que casualmente possam cair da mesa das crianças".


O Mestre ouviu tudo isto do local onde não era avistado. Abeirou-se e para surpresa dos presentes disse: "Mulher, grande é a tua fé, tão grande que não conseguiria, se o pretendesse, impedir o que desejas; prossegue o teu caminho em paz". Ela retirou-se com a sua filha curada.


Estes acontecimentos repetiram-se, entre eles, em muitos lugares por onde passaram. O Mestre disse nesse dia: "Podeis ver por vós mesmos como os que apelidais de gentios podem praticar a fé libertadora nos ensinamentos do Reino do céu. Afirmo agora, que actos intolerantes irão perdurar ao longo dos séculos mesmo usando o meu nome; e digo-vos em verdade, que um dia o Reino do Meu Pai irá ser entregue a um povo que neste tempo, conforme a vossa noção, são gentios. Porém esse povo de gente simples e humilde saberá interpretar, viver e divulgar as palavras da mensagem do Reino do Meu Pai, se entretanto os filhos de Abraão não estiverem dispostos a demonstrar a fé suficiente para entrarem nele".


Estes filhos de Abraão afirmaram-se filhos de Deus de pleno direito e não fogem aos cânones do nosso tempo, como se Deus se tivesse convertido a alguma religião terrena que permita aos seus adeptos variadíssimas e inconstantes afirmações.


Entrar no Reino implica acreditar na mensagem do seu Soberano. Esse Reino é afecto a toda a humanidade e reconhecer, pela fé, o espírito residente de Deus Mãe, cuja aceitação faz de nós um Seu filho. Que se dispam das vestes sujas aqueles que só a si consideram virtuosos, e vistam-se de roupas limpas se querem ser filhos de verdade com o manto da rectidão e da eterna redenção. Sempre foi verdade que "o justo viverá alimentado pela fé". A entrada no Reino do Pai é totalmente livre, mas o progresso - o crescimento na verdade - é essencial para se continuar a ser um cidadão desse Reino.


"A salvação é dádiva do Pai e é revelada pelos seus Filhos amadurecidos. A aceitação pela fé, da vossa parte, faz com que compartilheis da natureza divina, como um filho ou uma filha de Deus. Pela fé sois justificados; pela fé sois salvos; e por essa mesma fé avançais eternamente no caminho da perfeição progressiva e divina. Pela fé Abraão foi justificado, e tornou-se sabedor da salvação por meio dos ensinamentos de Melquisedeque. Em todas as épocas, essa mesma fé salvou os filhos dos homens, mas um filho descendente vindo do Pai veio fazer com que a salvação fique mais real e aceitável".


"Os homens são maus na sua natureza humana, mas não são forçosamente pecadores. O nascer de novo na carne e o renascimento do espírito é essencial para a libertação do mal e é necessário para a entrada no Reino do céu, mas nada disso contraria o facto de o homem ser filho de Deus. E essa inerente presença do mal, não significa que o homem esteja, de um modo inexplicável, apartado do Pai que está no céu, de tal modo, que forçosamente, como se fora um filho desprezado, procurar de algum modo a adopção legítima do Pai. Todas essas noções nascem, em primeiro lugar, do entendimento errado sobre o Pai e, em segundo lugar, a ignorância da origem, da natureza e do destino do homem".

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 04/06/2010)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os entraves na realização do Reino que ELE anunciou

As religiões devem munir-se de regras novas, que não sejam apenas retórica e desmedidas ostentações para dissimular misérias morais. Sejam sobretudo o exemplo da verdade e da humildade, que são o caminho para Deus. Alvitramos que estarão mais habilitados com a prática do neofarisaico.

O Filho do Homem disse que o seu Reino fundava-se com amor, proclamava-se com misericórdia e implementava-se com o serviço ao próximo onde a conveniência e o proveito não estivessem acima do serviço com verdade.

O Soberano Supremo, Criador desta galáxia, intitulou-se na Terra como "Filho do Homem" e disse-nos: "Quem me vê a mim vê o Pai - Eu e o Pai somos Um". Fez também apelo a uma realização espiritual, cuja obra só poderá ser executada unicamente com o trabalho interior em si mesmo, sem necessidade de recorrer-mos a quem se arrogue com procuração de Deus.

Ele também disse: "Sejam perfeitos como o Pai do céu é perfeito". Ele tinha realizado e manifestado a personalidade do Filho Eterno (Deus) aos filhos terrenos. Isto prova que as Três Pessoas da Trindade possuem uma personalidade e estabeleceu para sempre a questão da capacidade de Deus em se comunicar com os seus filhos. Não só os que habitam este mundo, mas de todos os mundos habitados.

É incontestável, portanto, que a grandeza dos seus ensinamento sejam a maior Mensagem vinda de Deus para a humanidade. A sua atitude foi de grande fidelidade, foi afectuoso e delicado. Não poderá existir na Terra, por muito sábio que seja e não conheço nenhum, alguém como Ele.

Infelizmente ouvem-se impostores que se arrogam à semelhança dele e há mesmo quem se afirme a sua encarnação. Tenho a certeza que se a sua atitude, naquele tempo, fosse a de um simples humano, como muitos que para se equipararem pretendem afirmar, como seria possível ter vivido de uma forma correcta sob circunstâncias tão difíceis no seu tempo como foi em particular a perseguição dos procuradores do judaísmo.

Quase afirmava: se este tempo o visse homem sábio tal como Ele foi há 2 mil anos, ao lado dos simples e humildes e com afirmações similares, ele seria novamente perseguido e assassinado com cobardice em nome dos interesses. Os que hoje são tão idênticos aos que foram aludidos nesse tempo: "porque colocou em causa as leis sagradas judaicas". Os verdugos da actualidade teriam vários rostos: o dos hipócritas saudosistas, dos dogmáticos, dos fanáticos religiosos e dos vastos poderes instituídos.

Dizem: Ele foi crucificado para pagar os pecados dos homens. Ele continua crucificado! Não pagou ainda a dívida dos homens e Deus mantém-no ainda em suplício? Estará Ele ainda a pagar os pecados dos que obstinadamente teimam em mantê-lo pregado na cruz? Eu, na qualidade de seu filho sentir-me-ia mais alegre, se a sua imagem não fosse de calvário. Todavia, no meu coração Ele está alegre.

A simplicidade do carácter e a perfeição do controle emocional do Filho do Homem, não nos deixam dúvidas que Ele era uma combinação de humano e de Divino, impossível para tanta imitação actualmente espalhada pelo mundo. Aqueles cuja religião, esteve agendada ao longo de séculos, estão ainda hoje muito distantes de reconhecerem, não a sua vida, mas os motivos porque Ele a viveu: a Sua autêntica e universal Mensagem.

Mesmo aqueles cuja tradição religiosa se baseia em Jesus, e o mais sapiente iluminismo da actualidade sobre o conceito de Deus e os denominados evangelhos, têm uma diferença profunda com o vasto conhecimento e o exemplo que Ele nos legou.

O que observo, se alguma interpretação tivesse que fazer, diria que é um "baile de máscaras" em que muitos fazem algumas penitências para espiritualmente insinuarem o que não são: autênticos filhos de Deus.

O Filho do Homem soube comunicar e fazer correcções à excessiva ignorância acerca dos seus ensinamentos. Nos vários ângulos que me é permitido o acesso a essa mensagem, fico estupefacto com o seu extraordinário conteúdo.

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 14/05/2010)

Conselhos que ajudarão a implementarem o Reino que ELE anunciou

"A perniciosidade consciente e persistente, dentro do coração do homem, destrói gradualmente o vínculo, urdido pela ligação da alma humana com os circuitos espirituais de comunicação entre o homem e o seu Criador. Naturalmente que Deus ouve os pedidos dos seus filhos mas, quando o coração humano, deliberadamente e com persistência, dá abrigo a maus conceitos, injustiças, desigualdade e perversidade, isso leva gradualmente à perda da comunhão pessoal entre o filho na Terra e o Pai no céu".


"O discurso que se oponha às Leis do Universo é uma repulsão contra as Divindades do Paraíso.

Se o homem não ouve Deus e os seus colaboradores quando eles falam à sua criação por intermédio das leis do espírito, da mente e da matéria, o próprio acto de desdém deliberado e consciente da parte das criaturas faz com que os ouvidos das personalidades espirituais deixem de ouvir os pedidos pessoais desses mortais desobedientes e à revelia da lei".


Quando o Mestre ensinava os Apóstolos, falou da atitude do povo para com o profeta Zacarias. "Eles recusam-se a ver, encolheram os ombros e fecharam os ouvidos às palavras. Endureceram como pedra os seus corações, para não terem que ouvir a minha lei e as palavras que enviei através do meu espírito, por intermédio dos profetas; e portanto o resultado dos seus maus pensamentos cairá com grande fúria sobre as suas cabeças culpadas. E aconteceu que, quando eles gritaram por misericórdia, não havia ouvidos abertos para os escutar".


Cumpriu-se assim a lei de causa e efeito. Então, citou também o provérbio do homem sábio que disse: "Aquele que ensurdece os seus ouvidos para não escutar a Lei Divina, até mesmo a sua prece não terá condição para ser ouvida."O canal de comunicação, activo entre Deus e o homem, disponibiliza imediatamente o fluxo sempre constante da doação divina.


Aquilo que o verdadeiro filho deseja é que ao fazer o seu pedido, seja feita a vontade do Pai Infinito. Uma prece desse modo não vai ficar sem resposta e possivelmente nenhum outro pedido poderá ser atendido cabalmente, sem o apelo convicto, na certeza do filho de Deus, que movimente a bondade, verdade e misericórdia do Pai. Essa oferta espera, perseverantemente, pela aproximação do filho, para que ele se aproprie pessoalmente dele. A prece não muda a atitude divina para com o homem, mas muda a atitude do homem para com o imutável Pai.


O que dá o direito de acesso ao ouvido Divino é o fundamento do pedido e não a posição social, económica e religiosa daquele que pede. A solicitação não pode ir para lá das suas limitações, no encurtar das cadências do tempo, nem para ultrapassar as limitações do espaço. A condição humana limita o seu estado no Universo. A prece não é propriamente a aplicação de uma prática destinada à glorificação do ego, nem deve ter a intenção de conseguir vantagens injustas sobre o seu semelhante. Uma alma de índole egoísta é incapaz de fazer uma prece, no verdadeiro sentido da palavra, para o bem do próximo.

"Que o vosso prazer supremo exista, segundo o carácter de Deus e Ele certamente vos concederá os desejos sinceros do vosso coração. Empenhai o vosso caminho na direcção do Pai, confiai Nele e Ele agirá. Pois Ele ouve o apelo do necessitado e considerará a prece dos desamparados. Eu vim do Pai e se vós alguma vez estiverdes sem saber o que pedir, através de mim fazei o vosso pedido e Eu o apresentarei de acordo com as vossas reais necessidades e desejos e de acordo com a vontade do meu Pai."


Protegei-vos contra o grande perigo de vos tornardes egocêntricos nas vossas preces. Evitai fazer pedidos excessivos para vós próprios; pedi mais para o progresso espiritual dos vossos semelhantes. Evitai o pedido para obterdes bens materiais, elevai o espírito para abundância dos bens do espírito.

Quando pedirdes pelos doentes e aflitos não o fazeis de modo a vos colocardes em lugar de destaque para que todos observem as vossas orações, sede discretos, simples e humildes para que possais fazer ouvir o vosso pedido para as necessidades desses que estiverem em aflição. Pedi pelo bem-estar das vossas famílias, dos amigos e dos estranhos, mas pedi especialmente, com amor, por aqueles que vos odeiam e por aqueles que vos agridem. O momento de pedir cada um o sentirá.

Quando o espírito residir em vós, só ele poderá levar-vos a formular as preces que expressem as vossas relações internas com o Criador do vosso espírito.

Muitos recorrem ao pedido Divino apenas quando estão em dificuldades, essa prática é imprudente e enganosa. Fazeis bem em falar com Deus quando estiverdes atormentados, mas deveis também lembrar-vos de falar ao Pai, enquanto filhos, mesmo quando tudo vai bem dentro da vossa alma. Que o vosso pedido pelos outros seja sempre feito em silêncio para que os homens não ouçam. As orações, rezas e outros tipos de exteriorizações a Deus são adaptadas pelos grupos de adoradores. Todavia o contacto com a Divindade é um acto íntimo e no silêncio.


Há uma oração única que é apropriada a todos os filhos de Deus: antes de tudo, seja feita a Vossa vontade.


Quando o homem ouve o espírito de Deus falar dentro do seu próprio coração, intimamente unido a essa experiência está o facto de que Deus simultaneamente ouve a invocação desse homem.

O próprio perdão actua desse modo. "O Pai já vos perdoou antes mesmo de terdes pensado em pedir-lhe perdão, mas esse perdão só terá efeito, na vossa experiência pessoal, no momento em que perdoardes aos vossos semelhantes. O perdão de Deus não está, por esse facto, condicionado ao perdão que dais aos vossos semelhantes, mas é condicionado precisamente assim para efeitos pedagógicos na experiência da alma".

E por conseguinte, a simultaneidade entre o perdão divino e humano foi, desse modo, reconhecido e incluído na oração que o Mestre nos ensinou: "Perdoai-nos Pai, assim como nós perdoamos.." A lei primordial da rectidão no Universo, da qual a misericórdia infinita é impotente para a evitar.


Não é possível a uma criatura totalmente egoísta dos reinos do tempo e do espaço, receber as dádivas vindas do Paraíso. Nem mesmo o amor infinito de Deus pode forçar qualquer criatura mortal, na posse do livre arbítrio e garantir-lhe a salvação e a sua própria eternidade, se a sua escolha for a falência do Amor que lhe daria a vida eterna. A misericórdia é concedida com uma vasta amplitude, no entanto há mandatos de justiça na lei de causa e efeito que, nem o Amor, articulado com a misericórdia, pode efectivamente absolver.

Novamente o Filho do Homem citou as escrituras: "Eu clamei e vós vos recusastes a ouvir. Eu estendi a minha mão, mas nenhum homem estava atento. Vós reduzistes a nada todos os meus conselhos e rejeitastes a Minha discordância e, por causa dessa atitude rebelde, torna-se inevitável que ao chamarem por mim não recebam resposta. Tendo rejeitado o caminho da vida que vos ofereço, vós podeis procurar por mim com toda a diligência nos vossos momentos de sofrimento, mas não ireis encontrar-Me".


"Aqueles que querem receber misericórdia devem demonstrar ter misericórdia, não julgueis para não serdes julgados. Com o mesmo espírito com que julgardes, sereis julgados".


A misericórdia não anula totalmente a justiça do Universo. Porquanto cada um será obrigado a colher o produto da sua própria sementeira. A verdade ficará mais tarde comprovada a quem sempre fechou os ouvidos ao grito do pobre. Na vida seguinte, também algum dia clamará por ajuda e ninguém o ouvirá.


Qualquer pedido acompanhado de sinceridade é ter a certeza de que será ouvido; a sabedoria espiritual e a coerência universal aliada a qualquer pedido determinam o tempo, o modo e o grau da resposta. Um Pai sábio não responde de imediato aos pedidos disparatados dos seus filhos ignorantes e inexperientes, não obstante, como crianças, possam sentir um grande prazer e satisfação na alma, ao fazerem pedidos desatinados.

Quando vos tornardes inteiramente dedicados a fazer a vontade do Pai do céu, a resposta a todos os vossos pedidos será concedida porque as vossas preces estarão de inteiro acordo com a Sua vontade, e a vontade do Pai manifesta-se sempre em todo o seu vasto Universo.

Todos os que acreditarem na minha promessa devem trabalhar sinceramente para a implementação na Terra do Reino do céu. Tirai as coisas boas do vosso coração, trabalhai com a rectidão do espírito e afastai-vos da falsidade. Tende cuidado com o mau pensamento e com o que dizeis, isso é que vos pode causar danos. A língua humana é um órgão que poucos conseguem dominar, mas o espírito interior pode transformar esse órgão, quando desregrado, em voz suave e tolerante numa criatura inspirada pela misericórdia.

A conversa com Deus é um factor na expansão da capacidade, que se adquire, para receber a presença do espírito Divino. O sábio não desponta pelo conhecimento intelectual e aptidões especiais, mas por meio da informação do espírito actuante, que se torna viva no espírito residente em cada um.

O Mestre preveniu os seus seguidores contra a ideia de que as suas preces teriam maior eficiência se fossem feitas amiúde, requintadas e de estruturação erudita, o jejum, a penitência ou os sacrifícios. Exortou-os a empregarem a prece como meio de serem conduzidos, pela gratidão, à verdadeira veneração ao Pai do céu. Lamentando que tão pouca gratidão, na dádiva do espírito, estivesse presente nas suas preces.

Também os aconselhou que nas suas conversas com o Pai, deveriam permanecer durante alguns momentos em atitude de receptividade e em silêncio, para dar ao espírito residente, uma melhor oportunidade para ele falar à alma se ela estiver atenta. O espírito actuante do Pai tem melhor contacto com a mente humana, quando está em atitude de verdadeira adoração.


Nós adoramos a Deus, graças à ajuda do espírito residente e à iluminação da mente humana, por meio da sugestão da verdade. A adoração tal como a ensinou o Mestre, faz o adorador cada vez mais semelhante ao Ser adorado. A adoração é uma experiência de transformação, por meio da qual o finito se aproxima, progressivamente, até alcançar o Infinito.

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 28/05/2010)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Antiespiritualismo

A erudição precipitou, involuntariamente, a humanidade num alvoroço materialista dando-se início a uma imponderada corrida à ramificação moral dos tempos, mas essa ramificação da experiência humana tem extensos recursos espirituais e a aptidão de suportar as controvérsias que lhe são arremetidas.

Unicamente o indivíduo imponderado entra em pânico com os activos espirituais da humanidade. Quando o pânico materialista centenário estiver falido, a mensagem do Filho do Homem não se terá esgotado. A fonte espiritual do Reino da Luz continuará a dessedentar, com a fé, esperança e certeza na verdade, a todos aqueles que a essa fonte recorrerem em Seu nome.

Não importa quais possam ser os conflitos, simulados entre o fundamentalista religioso ou o materialista, com a grande mensagem do Filho do Homem. Devemos permanecer com a segurança de que, nos dias que virão, os ensinamentos do Mestre triunfarão inteiramente.

Na certeza a autêntica religião, alicerçada na verdadeira mensagem do Mestre da Galileia não irá envolver-se em nenhuma controvérsia com a ciência, pois não se ocupa em absoluto com as coisas materiais. Para a religião do futuro a ciência é simplesmente neutral, apesar de ter simpatia por ela, porem a sua preocupação será suprema com os homens da ciência por serem filhos de Deus.

A pesquisa da ciência tão somente, sem a interpretação da sabedoria que a encerra e sem o discernimento interior espiritual da experiência religiosa, levará ao derrotismo e ao desespero humano. Uma dose de conhecimento, mesmo que seja pequena, é algo verdadeiramente desconcertante.

A época do poder, em muitos sectores da sociedade civil e religiosa, teve dias de maior tirania mas está a chegar ao fim; o dia no qual haverá melhor entendimento já está no seu alvorecer. Os cérebros mais eminentes do mundo científico e religioso não serão totalmente materialistas na sua erudição, contudo a maioria das populações irão conservar essa ideia em consequência das aprendizagens anteriores, quer da religião quer da ciência.

Mas esse período de influência regressiva é apenas um episódio passageiro na vida do homem sobre a Terra. A ciência moderna não se intrometeu nas religiões - nomeadamente os verdadeiros ensinamentos da mensagem do Filho do Homem foram intocáveis, porque ainda não foram traduzidos para as vidas dos seus seguidores.

Tudo o que a ciência fez aos ensinamentos das velhas e decadentes religiões, foi destruir a sua cegueira originada em falsas interpretações das Leis do Universo.

A ciência é uma experiência quantitativa. A obra do Criador é uma experiência qualitativa, no que concerne à vida do homem na Terra. A ciência analisa os fenómenos. A Teosofia compreende as origens, os valores e as metas.

Fundamentar explicações de fenómenos físicos é confessar ignorâncias que não foram conclusivas e, finalmente, a ciência na sua investigação e experiência será conduzida para a Grande Causa: o Pai Universal do Paraíso.

A tendência para a mecanização de número avultado de homens e mulheres, pretensamente instruídos, e o secularismo impensado do homem nas grandes metrópoles, estarão todos ocupados exclusivamente com os afazeres. Estarão carecidos dos valores reais, das recompensas e do contentamento de natureza espiritual, assim como estão despojados de fé, de esperança e de certezas da vida para lá do espaço-tempo.

Um dos grandes problemas da vida moderna é que o homem pensa que está com afazeres prioritários para disponibilizar o seu tempo com atitudes espirituais e de trabalho na construção do amor e na efectivação da vontade de Deus.

O materialismo reduz o homem a um autómato, sem alma domada e educada que faz dele um mero símbolo aritmético, prisioneiro à fórmula matemática de um universo pouco romântico e muito mecânico. Mas que fundamento tem todo esse vasto universo de matemáticas, sem haver um "Mestre Matemático"?

A ciência pode discorrer sobre a conservação da matéria, porem a obra do Criador torna válida a sustentação das almas humanas - ela preocupa-se com a sua experiência, ligada às realidades espirituais e aos valores eternos.

O sociólogo materialista contemporâneo observa uma comunidade, faz sobre ela um relatório e deixa a população como a encontrou. Há cerca de 2 mil anos, alguns galileus pouco instruídos viram o seu Mestre entregar em sacrifício o seu corpo terreno, como uma contribuição espiritual para a experiência interior do homem. Então os seus continuadores partiram para diversos pontos da Terra, virando do avesso impérios e pujantes ideais religiosos.

Os líderes religiosos, contudo, estão a cometer um enorme erro quando tentam convidar o homem contemporâneo para a batalha espiritual, com um toar medieval de trombetas.

As religiões deviam munir-se de regras novas e não sejam apenas a retórica e a grande magnificência. Sejam sobretudo o exemplo, na verdade e na humildade, para que se não qualifiquem com a prática tão habitual do fariseu.

Nem a democracia, nem qualquer outro elixir político tomarão o lugar do progresso espiritual. As religiões da aldrabice representam uma fuga da fidelidade. Com a sua mensagem o Filho do Homem conduzirá, brevemente, o homem mortal ao princípio de uma realidade eterna de progresso espiritual.

Dizer que a mente "surgiu" da matéria nada explica. Se o universo fosse apenas um mecanismo e a mente uma parte da matéria, nós nunca teríamos duas interpretações diferentes de qualquer ocorrência observadas. Os conceitos da verdade, da beleza e da bondade não são inerentes, seja à física seja à química. E a origem animal do homem não tem audácia e muito menos conhece a verdade, não tem fome de rectidão, nem valoriza a bondade.

A ciência pode ser física, mas a mente do cientista que discerne a verdade é totalmente supra humana. A matéria não conhece a verdade, nem pode amar a clemência, nem se comprazer com as verdades espirituais. As convicções morais baseadas no esclarecimento espiritual, e com raízes na experiência humana, são tão reais e certas quanto as deduções matemáticas baseadas nas observações físicas, mas num nível diferente, mais elevado.

Se os homens não fossem mais do que máquinas, eles reagiriam mais ou menos sistematicamente a um universo material, não existiria a individualidade e muito menos a personalidade.

A existência do mecanismo absoluto do Paraíso, no centro do Universo dos Universos, na presença do querer inqualificável da Segunda Fonte e Centro, torna para sempre autêntico que as causas determinantes não sejam a lei exclusiva do cosmos.

O materialismo existe, mas ele não é exclusivo; o mecanismo existe, mas ele não é inqualificável; o determinismo existe, mas ele não está só.

O universo finito da matéria tornar-se-ia finalmente uniforme e determinista, não fosse a presença combinada da mente e do espírito. A influência da mente cósmica injecta constantemente a própria espontaneidade nos mundos materiais.

A liberdade, ou a iniciativa, em qualquer reino da existência, é directamente proporcional ao grau de influência espiritual e de controlo da mente-cósmica; isto é, na experiência humana, o grau de realidade com que vós fazeis a "vontade do Pai". E assim, uma vez que vós começais a encontrar Deus, esta é a prova conclusiva que Deus já vos encontrou.

A busca sincera da bondade, da beleza e da verdade conduz a Deus. E cada descoberta científica demonstra a existência tanto da liberdade, quanto da uniformidade no Universo. O descobridor estava livre para fazer a descoberta. A coisa descoberta é real e aparentemente uniforme, ou então não poderia tornar-se conhecida como um objecto.

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 26/03/2010)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Filhos ascedentes no espaço-tempo

As concepções, não experimentadas inactivas ou mortas, são potencialmente perniciosas. A ignorância dominante, da verdade relativa e viva, está em contínuo movimento para o despertar. A fraqueza aplicada nas concepções sistematicamente atrasa ciência, a política, a sociedade e a religião. As concepções inactivas podem representar um certo conhecimento, mas são defeituosas de sapiência e carecidas de verdade. Porém não deve permitir que as concepções de relativismo nos desviem a pontos de falharmos na examinação do planeamento do Universo, que se dá sob a orientação da mente cósmica na sequência do controlo estabilizado pela energia que é o Espírito Supremo.

Devemos, em todos os assuntos da vida terrena, esperar pela acção do tempo. Não é a ansiedade e a impaciência que irão ajudar a crescer.

Jesus dizia que só o tempo permitirá que na árvore o fruto amadureça; que as estações da Primavera, Verão, Outono e Inverno se sucederiam ano após ano; e o dia seguinte vem depois do ocaso. Mas o tempo é inevitável. Os problemas da vida são concretos, e enquanto vivermos na Terra não podemos escapar deles.

Quando aplicarmos a lucidez e a capacidade da mente, poderemos resolver os problemas do corpo e ao mesmo tempo usar o intelecto ao serviço do próprio, recusando ser dominado pelo medo, como se fosse irracional.

A mente deverá ser uma aliada, em atitude corajosa na solução dos problemas da vida, em substituição do prisioneiro do medo, da prostração e da derrota. Mais valioso em nós é o potencial do êxito autêntico. É o espírito que vive dentro de nós que irá estimular e inspirar a nossa mente a controlar-se a si mesma e ao mesmo tempo activar o corpo de modo a libertar os males originários do medo, dando desse modo aptidão à natureza espiritual.

A presença da convicção, apoiada na fé viva, vencerá o medo dos homens pela presença inadiável de um novo e reinante amor pelo próximo, que entretanto irá preencher a alma até extravasar, mediante o nascimento da consciência de que somos filhos de um Deus.

Nesse dia haverá um renascer, ao reedificar-se um homem de fé, de coragem e serviço consagrado aos outros, para a glória do Pai Criador. Quando nos tornarmos assim, reajustados à vida dentro de nós, tornar-nos-emos também reajustados ao Universo.

Renascemos, e daí em diante, toda a nossa vida irá transformar-se numa única realização; a vitória sob o aspecto desta vida terrena que não é mais do que efémera. Os problemas revigoram, as decepções incentivam, os obstáculos desafiam e as dificuldades criam estímulos. Não nos beneficiam os lamentos, nas desventuras da vida, como garante da imortalidade individual: - Renascer do Espírito!

O tempo irrompe numa sucessão de acontecimentos. Há medida que o humano ascende e progride interiormente, a visão amplificada dessa sucessão de ocorrências é tal que ele pode consciencializar, cada vez mais a sua perfeição espiritual. O tempo é a corrente, que brota, dos eventos temporais percebidos pela consciência da criatura.

Tempo é um nome dado a uma ordem sucessiva pelo meio da qual os acontecimentos são reconhecidos e diferenciados.

O universo do espaço é um fenómeno relacionado ao tempo, visto de qualquer posição interior, aquém do lugar fixo do centro de gravidade absoluta, a ilha do paraíso. O movimento do tempo é revelado apenas em relação a algo que, como um fenómeno no tempo, não se move no espaço.

No Universo dos Universos, o paraíso e as suas Deidades transcendem a ambos, ao espaço-tempo. Nos mundos habitados, a personalidade humana é a única realidade, no mundo físico, que pode transcender à sequência material dos eventos temporais.

Na medida em que o homem ascende e progride interiormente, a visão amplificada dessa sucessão de ocorrências é tal que pode discernir cada vez mais na sua totalidade.

Há sete diferentes concepções de actuação da Deidade no espaço, enquanto ele for condicionado pelo tempo. O espaço é medido pelo tempo, não o tempo pelo espaço. A confusão da ciência cresce a partir do fracasso em afirmar a irrealidade do espaço. O espaço não é meramente um conceito intelectual da variação na distância entre os corpos do Universo.

O espaço não é vazio, é a única coisa que até agora o homem conhece, e mesmo conhecendo parcialmente, o que pode transcender o espaço é a sua mente.

A mente pode funcionar independente do conceito de relação espacial dos corpos densos. O espaço é finito, e nada mais existe para lá dele, para todos os seres cuja condição é apenas o de criatura mortal.

Quanto mais a consciência se aproxima do conhecimento dos sete níveis da realidade cósmica, tanto mais o conceito de espaço potencial se aproxima da derradeira finalidade. Mas o potencial do espaço é uma derradeira finalidade, realmente, apenas no nível absoluto.

Deve ser evidente que a realidade universal tem um significado expansivo e sempre relativo nos níveis ascendentes e evolutivos do cosmos. Como objectivo final, os mortais que garantiram a sua imortalidade realizam a sua identidade num Universo de sete ordens.

O conceito de tempo e espaço, para a mente de origem material, está destinado a passar por sucessivas ampliações, à medida que a personalidade consciente e pensante ascende aos níveis do Universo.

Quando o homem souber intervir entre os planos material e espiritual da existência, as suas ideias sobre o tempo e o espaço são desmedidamente expandidas quanto à qualidade de percepção e quanto à quantidade da experiência.

As concepções cósmicas, em expansão, de uma personalidade espiritual em avanço, são devidas ao aumento tanto da profundidade da visão interior quanto da consciência. É a medida que a personalidade contínua, do externo e do interno, passar para os níveis transcendentais semelhantes aos da Deidade.


NA ESPERANÇA DE FACILITAR O ENTENDIMENTO E DE PREVENIR A CONFUSÃO POR PARTE DE QUEM VENHA A LER ESTES ARTIGOS.

CONSIDERAMOS SENSATO DIZER-VOS QUE NOS DEBRUÇAMOS SOBRE A PROVÁVEL MENSAGEM, DO SER MAIS SÁBIO E SANTO VINDO À TERRA HÁ 2016 ANOS, ELE A TENHA DEIXADO COMO HERANÇA PARA TODA A HUMANIDADE.



Antão/ Tear

segunda-feira, 1 de março de 2010

Advertências com objetivação

Os descrentes dão golpes diretos para atingir os seus objetivos.
Nós, os crentes, temos erros e demasiadas pretensões enraizadas.

Se pensamos entrar no Reino com verdade, porque não, tomar de assalto a espiritualidade. Dificilmente seremos dignos do Reino se o serviço dos seus partidários consistir, de forma tão primária a atitude de lamentar o passado e queixumes quanto ao presente, desse modo serão vagas as esperanças para o futuro que está próximo.

A raiva é para aqueles que não conhecem a verdade. E nós para quê lamentarmos em desejos fúteis? Porque não sabemos obedecer à verdade. Suspender os nossos anseios inúteis e irmos em frente, com bravura, fazendo aquilo que diz respeito ao estabelecimento do Reino.

Tudo o que fizermos, não o façamos inclinados só para um lado. As obrigações para com todos serão de reciprocidade e não se tornem excessivamente particulares.

Muitos dos mecanismos, que através dos tempos procuraram a destruição do Reino, pensaram que estariam a prestar uma boa ação aos fariseus, ao imperador, ou mesmo num serviço para Deus. No plano individual, foi o abuso de poder, a vaidade, as fraquezas humanas, a tirania e a soberba.

Todos eles se tornaram tão acanhados, por costumes ou tradições, que estão cegos pelo preconceito e endurecidos pelo medo.

Jesus Cristo dizia que o Seu Reino se fundava no amor, proclamado na misericórdia e implementado por meio do serviço não interesseiro. O Pai não fica no céu a galhofar com menosprezo dos descrentes, dos ímpios ou dos pagãos. Ele não fica agastado com o seu grande desapontamento.

Verdadeira é a promessa feita pelo Filho do Homem, que teve como herança todos os que na realidade são irmãos, embora ignorantes. Ele recebeu os gentios com os braços abertos, cheios de misericórdia e afeição.

Toda a Sua bondade foi mostrada a todos os pagãos e idólatras. Nós devemos seguir o exemplo, embora não devamos concordar, eles não ficarão sem desculpa quando se enfurecem com os que proclamam a verdade e lançam avisos aos desviados e aos hipócritas.

Sendo o seu ponto de vista limitado e estreito, levam-nos a que sejamos capazes de concertar as nossas energias positivas com entusiasmo. Há metas que lhe estão próximas, razão pela qual os seus esforços terão algum sucesso e alguma eficiência se aceitarem, neste mundo de relatividade, o mais concernente com a verdade do Reino vindouro, embora sejam demasiado vacilantes e indefinidos, ao contradizerem-se nas suas pomposas didactologias.

A ciência não tem religião. Porquanto as religiões são desprovidas de ciência.

Enquanto os homens assim procedem, deixando-se arrastar, pretensamente, numa desintegração constringida e confusa da verdade intolerante, a sua única esperança de salvação é tornarem-se convergentes com a Verdade Universal.

Se nós, por uma convergência com a verdade, aprender-mos a dar o exemplo, nas nossas vidas, dessa magnífica integridade e retidão, os nossos semelhantes humanos, então nos seguirão para que possam obter o mesmo que nós obtivemos desse modo. A medida pela qual os que procuram a verdade serão atraídos para nós, representa a medida do nosso dom da verdade, da nossa retidão.

A dimensão, na qual nós teremos de ampliar a nossa mensagem ao próximo, deverá ser na medida da nossa incapacidade de viver a vida em integridade. A vida deverá ser vivida em coordenação com a verdade.

"Conhece-te a ti próprio", disse Aristóteles. "Procura dentro de ti próprio e ficarás estupefacto", disse Jesus Cristo; nunca houve um estímulo tão forte. O verdadeiro conhecimento não é, no entanto, baseado em abstrações, ou nas coisas tipo, que poderemos aprender nos livros.
O verdadeiro conhecimento está na perceção de um todo que é o conhecimento de nós próprios, quando não nos recusamos, a nós mesmos, esse ato de reconhecer.
Qual a razão porque na sociedade atual, tantas pessoas se tornam presas fáceis, não só de cultos religiosos, mas também de todo o tipo de comportamentos destrutivos.
À deriva, procuram abrigo onde julgam ver um porto amigo, tantas vezes infestado de predadores.

Os sábios de antigamente ensinaram: Se colocar a mente à frente do coração ele ou ela será um rei; se colocar o coração à frente da mente ele ou ela será um louco.
Isto adapta-se bem aos nossos dias, onde as pessoas são dominadas pelos seus próprios sentimentos.

A vida não é, em análise, aquilo que nós sentimos, mas é sobretudo aquilo que nós sabemos. "Saber é poder". Quando chegarmos a saber quem somos, realmente - criação divina - libertamos um poder secreto que nos coloca ao comando das circunstâncias, em vez de serem as circunstâncias a comandar-nos.

Antão (resumo de uma palestra dada na "Casa do Tear", no dia 26/02/2010)