Todos os reinos na Natureza de dez milhões de mundos
habitados neste Universo (a galáxia) tiveram origem no Infinito. No sétimo
reino da natureza, neste Planeta apareceu o homem. “…No sétimo dia Deus fez o homem...” Não seria mais sábio dizer-se
que Deus, sendo a Unidade Absoluta, transformou uma parte dele em inúmeras frações
para viver no homem? O corpo mortal do homem na Terra terá iniciado a vida na
condição de primitivo; isto se todas as raças existentes forem autóctones e a
quem intitularam de animal racional. Só encetara a vida de humano depois de
obter as condições para ser residência de uma fração do espírito feminino ou alma
imortal a iniciar a experiência nos mundos do finito. Contendo a força da sua
inerente multiplicação se tornará ascendente, e assim principiará o regresso ao
Ser Infinito; será o mesmo que regressar ao fim de onde saiu no princípio. “Um homem idoso perguntará, nos seus dias, a
uma criança de sete dias pelo lugar da vida – ele viverá. Porque muitos
primeiros serão últimos, e serão unificados”. Uma criança no tempo da
experiência é a imaturidade de consciência mas é o inicio de uma extensa
realização no tempo logo que despertar. O ancião é sinónimo de saber e entre os
primeiros no transitório a despertar consciência da realidade eterna, e serão
os últimos na realização da etapa que é a libertação da lei causa-efeito da
Terra, elegendo a ser os primeiros na hierarquia Crística. É o tempo que eleva
ao maior saber, e em plena atitude de humildade o idoso pergunta à criança
acabada de chegar à vida na Terra se saberá onde é o lugar da vida, e se
inclina para ela em atitude de confiança. “Se
fores como criança sereis unificados e alcançareis o Reino do Princípio.”
Sendo entre muitos outros neste Universo um planeta de
experiência, é também o início para encontrar o lugar onde se deu o Princípio,
e não será possível relevante progresso sem haver norma especial; a atitude
para construir internamente a soberania do bem, e com o bem construir
intimamente o Reino da vontade do Pai e participar nele sem interrupção,
exteriorizando valores de fraternidade e levar a todos os homens. Não passou de
uma promessa de salvação sem provas e de ameaça de condenação dos pecadores o
que poderia ser a edificação de um Reino de Amor e Fraternidade, porque aquilataram
o nosso Pai Criador e mesmo o Pai do Paraíso à semelhança do homem, confundindo
a religião da autoridade com a religião do Espírito. “Um dia, todos os mortais compreenderão que só o caminho da experiência
e da procura pessoal é digna da centelha divina que alimenta e dá vida a cada
um de vós”, disse o Pai Criador. Enquanto se mantiver este estado de
detenção religiosa impeditiva de crescimento, o mundo continuará sujeito a cerimónias
religiosas infrutuosas e ingénuas, tão características dos povos medievais. O
mundo avança no conhecimento da arquitetura do Universo por um lado, e
retrocede no conhecimento sobre o Grande Arquiteto desse Universo pelo outro;
por culpa de quem! Estará só ao alcance de alguns não haver castigo pelos
pecados que cometem, ao fomentar sectarismo religioso nos homens e consequente
injúria contra a vontade do Pai? Não tarda quando iremos saber!
Na idade medieva a pirâmide social era formada por Clero, Nobreza e Povo. Essa
época declinou mas transformou-se em outro inferno. Ao observar os tempos de
hoje tenho quase a certeza que o tormento se ampliou para medidas sem controlo.
É notório que os homens das promessas políticas e os de promessas da salvação,
não quiseram ou não souberam criar futuro atinente com a fraternidade entre os
povos que transformaria o mundo em concórdia e nessa conciliação se enalteciam
os valores morais e sociais geradores da paz. Foi sempre esta a vontade do
Divino desde que existe o homem, todavia veio a verificar-se exatamente o
contrário: na actualidade a pirâmide social é formada pelos Poderes e correspondentes tiranias;
pelos Espertos alternando com os poderes; e pelas Vítimas dos dois anteriores. Não existindo diferenças justas e
equilibradas, não é possível definir seja o que for como positivamente diferente
uma realidade de outra, melhor dizendo: não podemos definir sociedade no
primeiro e no segundo e sociedade igualmente no terceiro, sem sermos injustos.
A única justificação para estas malignidades de uns contra os outros só pode
ser a asfixia da retidão na ação das forças que se movimentam nas trevas. Desde
há muito os efeitos da rebelião contra a soberania do Pai Criador no sistema
local de satânia têm alimentado em ligação com a Besta os Poderes na Terra. Isto se transformou recentemente em domínio do
Anticristo que não é um entidade, mas uma força que envolve e protege em todas
as circunstâncias onde o mal é vencedor.
As forças instaladas em todos os tipos de Poderes é visível que estão no supremo
dos seus domínios na semelhança dos conquistadores Bárbaros, porquanto
assistimos a uma coligação contra o Reino da Verdade, e esses Poderes produzem nos povos consequências
lamentáveis dando continuação a actos aterradores, porém utilizam a máscara de
íntegros. Uns afiançam garantir a equidade social e depois executam as maiores
injustiças; outros afixam a moral e depois são a grande prostituição. Primeiro
saquearam a semente do trigo aos povos; de seguida usando os métodos próprios o
multiplicaram; posteriormente fomentaram a miséria e a fome; actualmente trazem
pão a custo alto para a bolsa do povo que procura auxílio na caridade e no
Divino. Acredito que esta robustez dos Poderes seja aparente, tal como são aparentes
as melhoras do moribundo. Hoje lamentamos as maiores vítimas desses Poderes em
todo o mundo e tenho conhecimento que o seu tempo está a findar. Nestas
conjunturas nada me estorva para que anteveja o dia em que uma parte dos homens
e mulheres deste mundo irão trajar a sua veste de protocolo entre os filhos e o
Pai Criador, e irão assistir ao momento em que irá desaparecer para um astro
primitivo a outra parte dos homens e mulheres deste mundo. Assim, faço um apelo
a quem veste a pele do cordeiro ter esperança e não renuncie aos valores
internos mesmo não os conhecendo.
Todos os Poderes apostaram forte, e quem aposta forte
e perde bem que rangem os dentes: “No fim
haverá choro e ranger de dentes”. Quem estiver atento aos sinais já os terá
distinguido. Eu vos garanto, sem pretender afirmação ou mesmo imitada promessa,
que o Pai Criador não vai esquecer os seus filhos e em breve Ele nos
recompensará, só nos fixaremos em entender qual será o modo de actuação na
reposição da promessa do Pai do Paraíso. O futuro dos filhos de Deus depois de
higienizada a Terra não irá passar por organização política nem religiosa, pois
serão extintos todos esses espaços manchados de sangue e corrupção … “os
negociantes da Terra também choram e se lamentam a seu respeito, porquanto já
não há mais ninguém que compre os carregamentos dos seus produtos...” Quando a
Paternidade Divina enviar a força do espírito sobre a Terra, a mente e o
residente no humano será nutrido pela força do espírito dada equitativamente;
mas cada um receberá de acordo com a sua capacidade. Os depositários da força
do espírito saberão depois como fazer a vontade do Pai e obedientes a essa
vontade saberão como construir o Reino de Amor e Fraternidade na Terra. A
humanidade escolhida irá convergir por afinidade e nessa convergência proceder
à organização humana dentro dos valores fraternais em simultâneo com a
consciência da Paternidade do Pai Criador e Pai do Paraíso. Teremos que começar
tudo de novo na Terra mas agora com o alimento do Espírito do Pai.
Ao chegar a este tempo devemos entender as vidas
sucessivas de uma alma imortal na Terra, é o mesmo que compreender a retidão da
Deidade ao dar igual oportunidade aos filhos em todas as diversidades da
experiência que se repetiu por muitos milénios. Se considerarmos a existência
de discriminação na ascendência das entidades espirituais não haveria retidão
na Lei do Criador. O Budismo, o Hinduísmo, os Espíritas e muitos outros,
incluindo muitos Cristãos, acreditam que a alma imortal não vive apenas uma
vida em corpo mortal, porém essa verdade não adequa a uma outra Verdade de
maior dimensão para o alcance do homem e que a maioria desconhece sobretudo no
Ocidente. Havendo no percurso de um filho ascendente uma única vida na Terra
poderia ser injusto por parte do Criador dar uma única oportunidade a uma alma
imortal se refletirmos a situação entre um filho lúcido e outro demente; entre
um filho sem-abrigo e outro a viver em abadia; entre um filho a viver numa
barraca e outro a viver em palácio; entre um filho que passa fome e outro que
come em mesa de ouro; entre a cegueira de um e a visão de outro. Haveria
justiça do Pai nesta extensa lista de desmedidas disparidades entre os homens?
O Pai de Misericórdia Infinita dá incontáveis oportunidades a todos os seus
filhos, isto porque instituiu as suas leis na Verdade, é esta a grande
diferença da lei dos homens.
A todos foi dado livre arbítrio, em cada vida da mesma alma
imortal, em todos os nascimentos na Terra e nas diferentes aquisições de um
invólucro físico. Esconder a realidade sobre a oportunidade oferecida
igualmente a todos os filhos nas muitas vidas na Terra é incriminar de injusto
e falto de retidão e misericórdia o Pai do Paraíso. Por parte de religiões foi
tanta a deturpação à obra do Pai Criador em nome do Pai do Paraíso. Não
surpreende que em vez de falarem seriamente do extraordinário saber na conceção
da obra neste primitivo planeta e não só, optem por falar e escrever sobre
política. Não há dúvida da enorme cultura dos homens das religiões mas isso não
é a mesma coisa que fazer a vontade da Deidade. Porém não enganam os mais aptos
conhecedores da história da humanidade no Universo. A fundamental experiência
só realizada em muitas vidas neste mundo de reparação, de prova e elevação, dos
valores da alma imortal que irá aguardar pela sua unificação a uma fração do
espírito do Pai do Paraíso; Filho Eterno; Deus. Alguns alegam para contrariar a
verdade de muitas vidas na carne da mesma alma imortal dizer que o Pai Criador
não falou dela. A hipocrisia se quiser tudo nega com o seu habitual
eruditíssimo, todavia se quisermos transpor esse obstáculo, facilmente
chegaremos à conclusão evidente das intenções que têm em negar o que não lhes
convém.
Este é um exemplo de retorno ao mundo de uma alma imortal em
outro corpo. Perguntaram ao Mestre se era Elias e respondeu: “Elias já esteve convosco, vós é que não o
conhecestes e os apóstolos souberam que se referira a João Batista”. Logo
no anúncio do nascimento de João foi dito “…e
irá diante Dele no espírito e virtude de Elias…”. Ainda em relação à
decapitação de João Batista se entende o procedimento da lei de causa-efeito,
pois Elias do deus Jeová decapitou os profetas do deus Baal da actual
palestina, logo ficou debaixo da lei que afirma: “…Quem com ferros mata com ferros morre e cá se fazem cá se pagam…”
Esta é uma grande verdade e só não a entende quem nunca a quis entender. Porém
o Mestre soube de antemão que João Batista teria que pagar essa dívida, desse
modo se percebe porque razão o Mestre não fez nada para o evitar, com grande
contratempo para Judas Iscariotes anteriormente discípulo de João, que também
não entendeu aquele procedimento do Mestre. “Ai
dos Neofariseus! Eles se parecem como um cão deitado na manjedoura dos bois;
não come ele nem deixa os bois comerem.”
Antão (gnóstico) 18-05-2012
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