terça-feira, 12 de junho de 2012

Do caos ao cosmos, como da agnosia ao saber, e em tudo abrangido Nele


Todos os reinos na Natureza de dez milhões de mundos habitados neste Universo (a galáxia) tiveram origem no Infinito. No sétimo reino da natureza, neste Planeta apareceu o homem. “…No sétimo dia Deus fez o homem...” Não seria mais sábio dizer-se que Deus, sendo a Unidade Absoluta, transformou uma parte dele em inúmeras frações para viver no homem? O corpo mortal do homem na Terra terá iniciado a vida na condição de primitivo; isto se todas as raças existentes forem autóctones e a quem intitularam de animal racional. Só encetara a vida de humano depois de obter as condições para ser residência de uma fração do espírito feminino ou alma imortal a iniciar a experiência nos mundos do finito. Contendo a força da sua inerente multiplicação se tornará ascendente, e assim principiará o regresso ao Ser Infinito; será o mesmo que regressar ao fim de onde saiu no princípio. “Um homem idoso perguntará, nos seus dias, a uma criança de sete dias pelo lugar da vida – ele viverá. Porque muitos primeiros serão últimos, e serão unificados”. Uma criança no tempo da experiência é a imaturidade de consciência mas é o inicio de uma extensa realização no tempo logo que despertar. O ancião é sinónimo de saber e entre os primeiros no transitório a despertar consciência da realidade eterna, e serão os últimos na realização da etapa que é a libertação da lei causa-efeito da Terra, elegendo a ser os primeiros na hierarquia Crística. É o tempo que eleva ao maior saber, e em plena atitude de humildade o idoso pergunta à criança acabada de chegar à vida na Terra se saberá onde é o lugar da vida, e se inclina para ela em atitude de confiança. “Se fores como criança sereis unificados e alcançareis o Reino do Princípio.”


Sendo entre muitos outros neste Universo um planeta de experiência, é também o início para encontrar o lugar onde se deu o Princípio, e não será possível relevante progresso sem haver norma especial; a atitude para construir internamente a soberania do bem, e com o bem construir intimamente o Reino da vontade do Pai e participar nele sem interrupção, exteriorizando valores de fraternidade e levar a todos os homens. Não passou de uma promessa de salvação sem provas e de ameaça de condenação dos pecadores o que poderia ser a edificação de um Reino de Amor e Fraternidade, porque aquilataram o nosso Pai Criador e mesmo o Pai do Paraíso à semelhança do homem, confundindo a religião da autoridade com a religião do Espírito. “Um dia, todos os mortais compreenderão que só o caminho da experiência e da procura pessoal é digna da centelha divina que alimenta e dá vida a cada um de vós”, disse o Pai Criador. Enquanto se mantiver este estado de detenção religiosa impeditiva de crescimento, o mundo continuará sujeito a cerimónias religiosas infrutuosas e ingénuas, tão características dos povos medievais. O mundo avança no conhecimento da arquitetura do Universo por um lado, e retrocede no conhecimento sobre o Grande Arquiteto desse Universo pelo outro; por culpa de quem! Estará só ao alcance de alguns não haver castigo pelos pecados que cometem, ao fomentar sectarismo religioso nos homens e consequente injúria contra a vontade do Pai? Não tarda quando iremos saber!

Na idade medieva a pirâmide social era formada por Clero, Nobreza e Povo. Essa época declinou mas transformou-se em outro inferno. Ao observar os tempos de hoje tenho quase a certeza que o tormento se ampliou para medidas sem controlo. É notório que os homens das promessas políticas e os de promessas da salvação, não quiseram ou não souberam criar futuro atinente com a fraternidade entre os povos que transformaria o mundo em concórdia e nessa conciliação se enalteciam os valores morais e sociais geradores da paz. Foi sempre esta a vontade do Divino desde que existe o homem, todavia veio a verificar-se exatamente o contrário: na actualidade a pirâmide social é formada pelos Poderes e correspondentes tiranias; pelos Espertos alternando com os poderes; e pelas Vítimas dos dois anteriores. Não existindo diferenças justas e equilibradas, não é possível definir seja o que for como positivamente diferente uma realidade de outra, melhor dizendo: não podemos definir sociedade no primeiro e no segundo e sociedade igualmente no terceiro, sem sermos injustos. A única justificação para estas malignidades de uns contra os outros só pode ser a asfixia da retidão na ação das forças que se movimentam nas trevas. Desde há muito os efeitos da rebelião contra a soberania do Pai Criador no sistema local de satânia têm alimentado em ligação com a Besta os Poderes na Terra. Isto se transformou recentemente em domínio do Anticristo que não é um entidade, mas uma força que envolve e protege em todas as circunstâncias onde o mal é vencedor.


As forças instaladas em todos os tipos de Poderes é visível que estão no supremo dos seus domínios na semelhança dos conquistadores Bárbaros, porquanto assistimos a uma coligação contra o Reino da Verdade, e esses Poderes produzem nos povos consequências lamentáveis dando continuação a actos aterradores, porém utilizam a máscara de íntegros. Uns afiançam garantir a equidade social e depois executam as maiores injustiças; outros afixam a moral e depois são a grande prostituição. Primeiro saquearam a semente do trigo aos povos; de seguida usando os métodos próprios o multiplicaram; posteriormente fomentaram a miséria e a fome; actualmente trazem pão a custo alto para a bolsa do povo que procura auxílio na caridade e no Divino. Acredito que esta robustez dos Poderes seja aparente, tal como são aparentes as melhoras do moribundo. Hoje lamentamos as maiores vítimas desses Poderes em todo o mundo e tenho conhecimento que o seu tempo está a findar. Nestas conjunturas nada me estorva para que anteveja o dia em que uma parte dos homens e mulheres deste mundo irão trajar a sua veste de protocolo entre os filhos e o Pai Criador, e irão assistir ao momento em que irá desaparecer para um astro primitivo a outra parte dos homens e mulheres deste mundo. Assim, faço um apelo a quem veste a pele do cordeiro ter esperança e não renuncie aos valores internos mesmo não os conhecendo. 

Todos os Poderes apostaram forte, e quem aposta forte e perde bem que rangem os dentes: “No fim haverá choro e ranger de dentes”. Quem estiver atento aos sinais já os terá distinguido. Eu vos garanto, sem pretender afirmação ou mesmo imitada promessa, que o Pai Criador não vai esquecer os seus filhos e em breve Ele nos recompensará, só nos fixaremos em entender qual será o modo de actuação na reposição da promessa do Pai do Paraíso. O futuro dos filhos de Deus depois de higienizada a Terra não irá passar por organização política nem religiosa, pois serão extintos todos esses espaços manchados de sangue e corrupção … “os negociantes da Terra também choram e se lamentam a seu respeito, porquanto já não há mais ninguém que compre os carregamentos dos seus produtos...” Quando a Paternidade Divina enviar a força do espírito sobre a Terra, a mente e o residente no humano será nutrido pela força do espírito dada equitativamente; mas cada um receberá de acordo com a sua capacidade. Os depositários da força do espírito saberão depois como fazer a vontade do Pai e obedientes a essa vontade saberão como construir o Reino de Amor e Fraternidade na Terra. A humanidade escolhida irá convergir por afinidade e nessa convergência proceder à organização humana dentro dos valores fraternais em simultâneo com a consciência da Paternidade do Pai Criador e Pai do Paraíso. Teremos que começar tudo de novo na Terra mas agora com o alimento do Espírito do Pai.   


Ao chegar a este tempo devemos entender as vidas sucessivas de uma alma imortal na Terra, é o mesmo que compreender a retidão da Deidade ao dar igual oportunidade aos filhos em todas as diversidades da experiência que se repetiu por muitos milénios. Se considerarmos a existência de discriminação na ascendência das entidades espirituais não haveria retidão na Lei do Criador. O Budismo, o Hinduísmo, os Espíritas e muitos outros, incluindo muitos Cristãos, acreditam que a alma imortal não vive apenas uma vida em corpo mortal, porém essa verdade não adequa a uma outra Verdade de maior dimensão para o alcance do homem e que a maioria desconhece sobretudo no Ocidente. Havendo no percurso de um filho ascendente uma única vida na Terra poderia ser injusto por parte do Criador dar uma única oportunidade a uma alma imortal se refletirmos a situação entre um filho lúcido e outro demente; entre um filho sem-abrigo e outro a viver em abadia; entre um filho a viver numa barraca e outro a viver em palácio; entre um filho que passa fome e outro que come em mesa de ouro; entre a cegueira de um e a visão de outro. Haveria justiça do Pai nesta extensa lista de desmedidas disparidades entre os homens? O Pai de Misericórdia Infinita dá incontáveis oportunidades a todos os seus filhos, isto porque instituiu as suas leis na Verdade, é esta a grande diferença da lei dos homens. 


A todos foi dado livre arbítrio, em cada vida da mesma alma imortal, em todos os nascimentos na Terra e nas diferentes aquisições de um invólucro físico. Esconder a realidade sobre a oportunidade oferecida igualmente a todos os filhos nas muitas vidas na Terra é incriminar de injusto e falto de retidão e misericórdia o Pai do Paraíso. Por parte de religiões foi tanta a deturpação à obra do Pai Criador em nome do Pai do Paraíso. Não surpreende que em vez de falarem seriamente do extraordinário saber na conceção da obra neste primitivo planeta e não só, optem por falar e escrever sobre política. Não há dúvida da enorme cultura dos homens das religiões mas isso não é a mesma coisa que fazer a vontade da Deidade. Porém não enganam os mais aptos conhecedores da história da humanidade no Universo. A fundamental experiência só realizada em muitas vidas neste mundo de reparação, de prova e elevação, dos valores da alma imortal que irá aguardar pela sua unificação a uma fração do espírito do Pai do Paraíso; Filho Eterno; Deus. Alguns alegam para contrariar a verdade de muitas vidas na carne da mesma alma imortal dizer que o Pai Criador não falou dela. A hipocrisia se quiser tudo nega com o seu habitual eruditíssimo, todavia se quisermos transpor esse obstáculo, facilmente chegaremos à conclusão evidente das intenções que têm em negar o que não lhes convém.


Este é um exemplo de retorno ao mundo de uma alma imortal em outro corpo. Perguntaram ao Mestre se era Elias e respondeu: “Elias já esteve convosco, vós é que não o conhecestes e os apóstolos souberam que se referira a João Batista”. Logo no anúncio do nascimento de João foi dito “…e irá diante Dele no espírito e virtude de Elias…”. Ainda em relação à decapitação de João Batista se entende o procedimento da lei de causa-efeito, pois Elias do deus Jeová decapitou os profetas do deus Baal da actual palestina, logo ficou debaixo da lei que afirma: “…Quem com ferros mata com ferros morre e cá se fazem cá se pagam…” Esta é uma grande verdade e só não a entende quem nunca a quis entender. Porém o Mestre soube de antemão que João Batista teria que pagar essa dívida, desse modo se percebe porque razão o Mestre não fez nada para o evitar, com grande contratempo para Judas Iscariotes anteriormente discípulo de João, que também não entendeu aquele procedimento do Mestre. “Ai dos Neofariseus! Eles se parecem como um cão deitado na manjedoura dos bois; não come ele nem deixa os bois comerem.”

Antão (gnóstico) 18-05-2012






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