sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Uno mais o Verso: Arcanos de obras imensas no espaço e no tempo


O tempo - teve início em medida incomensurável, todavia antes de ser era nada: O espaço - é uma medida onde se deu início de uma realização que era antes do tempo: O Pai Infinito quis antes e depois vem realizar! Seria limitador nessa obra grandiosa de Único Criador Absoluto haver tempo sem o espaço. O tempo e espaço simetrizam idade e capacidade, e é o fundamento para a história das muitas humanidades em todos os Universos, e esta biografia são causa insuficiente explorada nas memórias dos homens e no contacto o Criador informa: “Se fizerdes nascer em vós aquele que possuís, ele vos salvará, mas se não possuirdes em vós este, então sereis mortos por falta daquele que não possuís”. Estas são palavras sábias de Um Pai Criador a quem devemos amar por intermédio dos seus filhos. O que resta das doutrinas ocas da verdade, sobre a existência do homem, vivem apenas da representação de rostos que olham para o céu, e nesse olhar para uma distância metafísica está a determinação na busca do Divino, todavia pouco observo em representação; o querer na procura dentro do próprio a imagem da realidade, a vontade e o propósito para descobrir no seu próprio silêncio interno o que é Perfeito.

Pelo contrário, constatamos desmedida imperfeição e o efeito é visível em tudo quanto produziu de perverso em toda a humanidade. Deveria ser edificado o Bem em análise ao resultado do mal; pois o mal não faltou em guerras com dimensão absurda e a sementeira de ódio foi transmissora da sede pelo sangue do próximo e levada ao limite, e com esse bestial exemplo o homem aprendesse a fazer o Bem. Muita hipocrisia veio teorizar a paz e por isso nada foi feito para se realizar no mínimo o Bem que viesse inverter a dimensão do mal. Nada ainda fizemos para o contentamento do Pai Amoroso. É urgente reconhecer os numerosos rostos da Besta, impedindo-a na ação aonde contêm nutrientes perversos dissimulados de bem e de eloquente. Devemos ser colaboradores, mas sobretudo estarmos atentos, para que os mandatários da estirpe que executou a rebelião não limitem a ação dos fiéis mensageiros da Verdade se estes forem respeitadores dos compromissos que assumiram com quem de direito; conquanto o façamos de forma discreta e mesmo escondida para não chamar à atenção do malévolo, devemos prosseguir no dever de contribuir de viva-voz no projeto do Pai Criador, mandatado do Pai do Paraíso, para a humanidade da Terra.


Ser coerente na crença não é ser marioneta em mão intrujona, como também ao presumir de sapiente destrói exemplos de humildade de quem eventualmente a pratique ao serviço da Verdade, mas também o calculismo põe em causa muitas outras, essas foram a via em que muitas Verdades foram fatalmente destruídas. É tempo da humanidade se levantar contra a mentira e lutar na regeneração da Verdade renascida há 2016 anos e parece que a idade fez esquecer. A história da humanidade no Universo não é uma fraude nem pode ser confundida com promessas levianas e desprovidas de verdade sobre a redenção do homem. É importante refletirem o porquê das causas que poderão levar à sua destruição total e da sua mais imponente imagem, como em Jerusalém que não ficou pedra sobre pedra. A todos quantos afirmaram ser representantes de Deus na Terra, a estes Deus recusa a Sua presença mediante tanta afirmação sombria e extensa no tempo, pois têm vindo a causar sério descaminho ao futuro divino da humanidade. Se quisermos erguer futuro seja ele qual, só pode conter o Bem e é inevitável fazê-lo com um propósito, que em todos os nossos atos esteja presente a vontade do Pai do Paraíso, e essa vontade só pode ser manifesta se Ele residir dentro de nós. Estão entrosadas a religião e a comunidade e por afinidade um movimento convergente entre o povo. Este é o caminho fácil no qual se acomodam e onde imaginam vir a realizar os objetivos únicos na vida do homem. Quando souberem do longo caminho e a origem da alma imortal que os habita e da causa da existência, os homens se aperceberão de um grande equívoco ao continuarem pelo caminho mais cómodo e menos exigente para alcançar a autêntica vida.


O Pai Infinito repleta de vida o Universo e este ao ser alimentado Dele expande no espaço-tempo a força da Creação. E não pára em renovar com atuante perfeição toda a causa até aos limites do espaço-tempo, e o efeito atuante multiplicado volta a Si em simultâneo. E assim repetidamente difunde em intercâmbio ressuscitador dar e receber o que Dele É. “Quem procurar não se detenha até encontrar; e quando encontrar ficará estupefacto; e depois de estupefacto ficará maravilhado: - Então terá a experiência e o saber do Universo”. Quando esta obra se completar em toda a sua grandeza não haverá mais razão para a existência do espaço-tempo; naquele instante o Pai Infinito terá finalizado todo o seu propósito. O Universo é profundamente desconhecido no círculo da ciência e das religiões e ainda menos conhecido entre os mais comuns dos homens. O que é visível ao olho humano presencia o céu e as estrelas, mas não permite essa imensa obra uma visão mais ampla que faça entender a Luz nela residente, e embora se fale em Deus carecemos do essencial para o conhecer, mesmo que se proclamem todas as fórmulas Dele. Devemos mediante isso entender a grandeza do Amor Único. A gravidade atrai o homem para o centro da Terra gerando equilíbrio; se o homem se deixar atrair para o seu próprio centro encontrará o equilíbrio mas também a causa da vida e ficará estupefacto. Um trabalho difícil e sério ligado ao crescimento do espírito e a tudo quanto esse crescimento obriga não é feito apenas com bem-estar e contentamentos. Ao abdicarmos da luta mesmo nas adversidades nada iremos conquistar.

“Os arautos e os profetas irão ter convosco e vos darão o que é vosso. Dai-lhes também o que é deles.” Quem atingir nos valores do Bem a máxima dimensão interna para este mundo, poderá abranger o seu próprio universo e avistar todos os arautos intérpretes da Divindade. Em toda a diversidade da criação, em todos os reinos incluindo o humano, a natureza é mestra de uma grande realidade por intermédio da qual poderá o homem despertar consciências que lhe são ocultas. Para o Criador nada é morto e sem voz; tudo é vivo e revelador. Cada um irá beber da nascente do saber com origem na Deidade e conforme o tamanho do seu recetáculo assim a porção que alcançará receber. Ninguém pode receber acima da capacidade do seu vaso. E toda a capacidade é evolutiva e aumenta na razão direta do seu trabalho. E quanto mais determinado a dar tanto mais receberá, não dos outros, mas do Dador Infinito. A insuficiência na dimensão de equidade no homem leva a que o seu alimento seja o próprio interesse; assim, todos os grandes valores que tão úteis seriam para a atualidade do mundo humano e da obra do Pai, esteja direcionada para um termo sem solução, e sem condições para prosseguir, se tardar o aparecimento do Bem e da Verdade vinda do Pai Criador e Pai do Paraíso.


“Grande é a messe, e poucos são os trabalhadores. Pedi pois ao Senhor para que mande trabalhadores à sua messe”. Esta afirmação não deixa dúvidas e muito menos incertezas de quem as proferiu. A seara é vastíssima porém são poucos os que com a Verdade se dedicam à colheita do qual faremos o pão para o alimento da alma imortal. Muitos têm apalavrado, contudo fazem parte de uma colheita de falso empenho e não prescindem de fazer simulação envergando as vestes apropriadas, mas para trabalho de conveniência na angariação de numerosos lacaios mas não de trabalhadores; porém, no acto de comprovar se recusam a participar na colheita, e voltando costas à Seara da Verdade preferirão dizer: “Senhor, sabes que muitas coisas dissemos e fizemos usando o teu nome? Então ouvirão a voz do Senhor da Seara dizer: Embora tenhais feito tudo isso usando o meu nome, porém não vos conheço de parte alguma!”. Não tardará o dia em que isto se ouvirá. Se tudo quanto tem sido dito sobre o trabalho de realização da obra do Pai Criador no interior humano e ele tivesse sido cumprido, não viveria a miséria espiritual em que andamos.


Desde tempos distantes até hoje os homens que lideraram as religiões sempre tentaram ser o governo da humanidade impondo as suas próprias regras e intenções, que claramente não eram fiéis à vontade de Deus, o Pai. Porém eles as impuseram usando a violência, desrespeito e ameaça de castigo aos homens, com a afirmação de todo o seu conteúdo ser autêntico. Assim poucos serviram com lealdade o querer da Deidade. O maior exemplo desta ocorrência foi a necessidade que o Divino Pai teve em enviar os profetas e os sábios, e estes não pertenciam a nenhuma religião incutida pelo homem, pois se assim fosse não teriam os profetas e os sábios, assim como enviados especiais, sido perseguidos e assassinados a mando das religiões. Só falta que muitos manifestem as suas dúvidas sobre se há sapiência em tão presumido empreendimento; e se os compararmos aos eruditos sacerdotes de Jerusalém, que mesmo estando em frente deles, foram incapazes de ver a Luz. Melhor esclarecem estas palavras: “Conhece o que está ante os teus olhos – e o que te é oculto te será revelado; porque nada é oculto que não seja manifestado”.

Há caminhos que pela escuridão se confundem, e por não conduzirem a sítio luminoso causa deceção aos que o preferiram. Se entretanto descobrirem poderá ainda não ser tarde, pois há sempre uma opção oferecida pela Verdade; é voltar a antes sem tempo preciso, e optar pelo caminho da humildade onde as simples atitudes foram recusadas em tempo por troca do aparente e por vezes na eleição do sumptuoso. Se tudo quanto foi os protagonismos coibitivos que temos vindo a consentir e a testemunhar sem exceção em todas as religiões; então a escolha de futuro será compreender melhor as leis no Universo e fazer com conformidade de estar em sintonia com Deus, o Pai, e com a Sua vontade. Quando escutar não for apenas ouvido físico, então se ouvirá uma sinfonia vinda do Silêncio Absoluto. Essa sinfonia está desde o princípio, mas muitos dos possíveis depositários entraram na noite; é agora o chamamento para os que estiverem a viver o dia e distinguirem a Luz. 

Antão (gnóstico) 08-06-2012




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