Persisto em comunicar que o Pai Criador quando viveu na
carne como um mortal não quis fundar religião, mas também não pretendeu que os
seus apóstolos e discípulos usassem o seu nome com o propósito do invento de
uma religião. O Pai Criador sabia que seria inconciliável, tendo em conta os
padrões estabelecidos na vida social e religiosa, impor subitamente uma nova
doutrina sem fomentar a disputa e respetiva confusão. Não sendo fácil reformar
as tradições nem as religiões preferidas haveria que usar um modo persuasível e
sério para aderência pacífica a uma nova realidade. Em todos os tempos a
conquista de povos a quem se impôs religião foi através de vários tipos de
conflito e ao uso de armas para submeter. Todavia há um Reino de amor e
fraternidade que não se conquista com o poder das armas. Do chumbo não se
conseguiu obter ouro nem mesmo nas retortas de um laboratório alquímico,
igualmente a riqueza da doutrina que o Homem Sábio da Galileia proclamou na sua
mensagem à humanidade, e apesar das lutas em esforço acrescido, para atingir
esse objetivo Universal, esse projeto do Pai Criador foi assassinado como Ele
o foi. O ouro da riqueza da Sua palavra foi transformado em chumbo por forças
de sentido contrário a demarcar com propósito premeditado um caminho que
pudesse favorecer a divisão e o conflito entre princípios doutrinários.
Mantiveram até hoje, usando produto negro, o obstáculo à doutrina universal
para uma humanidade fraterna.
Por agora a intitulo de “Nova
Cristandade”. Nela há um apelo e reflexão para um movimento novo e
universal que faça ressuscitar a verdade contida na mensagem do Pai Criador. A
maior parte da humanidade não é aderente da religião que teve origem na palavra
Grega Christos. Em todos os povos
espalhados por todos os continentes cada um tem o seu ideal religioso e o
modelo próprio na adoração a Deus e mediante isso, nenhuma religião poderá
impor formas de O adorar e alcançar. O que é importante em todos os povos no
mundo não é ser cristão pelo batismo e sim o movimento interno gerador da Verdade
e de atuação exterior geradora da Fraternidade. Na Deidade não existe
religião, contudo em determinada circunstância poderá ser influente na vida de
cada humano uma religião mesmo decadente, mas isso não impeça que haja
entendimento para uma construção doutrinária comum entre os homens para a
posteridade, e irmãmente deverá ser intrínseco a todos os povos e respetivas
religiões para consumarem “a vontade do
Pai”.
“Eu sou a videira vós
sois os sarmentos” disse o Mestre. Onde faltar o tronco vertical não podem
expandir os ramos que dão o fruto. Igualmente os frutos da consciência do
residente divino derramarão com a vivência humana, logo o homem manifestará a
vida que habita nele. Este tempo parece confirmar a humanidade virada ao
contrário e nas costas colocaram Deus que recusam olhar de frente, enquanto com
os proveitos prosaicos atraiçoam a verdade e de seguida O exilam ao serem
proferidas palavras junto dos homens, que não trazem nada de novo por fúteis e
gastas. Não se observa Deus nos atos do homem, mesmo nos mais simples, porque
unicamente vivem com o urgente. Igualmente não houve quem ensinasse o crente a
criar futuro onde viveria em aliança com o Divino, sem ser prisioneiro de
mentalidades nem da prisão física a um tabernáculo. Se em rito se encerra o
Senhor agora perto, quando é que o homem ao afastar-se, cego na busca do que
é aparente, poderá encontrar-se aberto a uma aliança inicial com o Pai Criador?
Resta saber como encetar essa aliança: Entre Ele o homem; e entre o homem e
Ele.
Mesmo os apóstolos e os discípulos foram incapazes de compreender o significado autêntico das palavras do Mestre a respeito do Reino em “fazer a vontade do Pai”, embora as tenham ouvido diretamente dele. Não surpreende a deformação posterior dos ensinamentos do Pai Criador, tal como foram escritos nos Evangelhos do Novo Testamento. Isto ocorre porque o conceito daqueles que os escreveram foram confrontados por influência na indução de que o Mestre estaria ausente apenas por um curto período de tempo e que ele retornaria em breve para estabelecer o Reino em poder e glória – foi exatamente esta a ideia alimentada por alguns apóstolos durante o tempo que o Mestre esteve na Terra. Todavia o Pai Criador não aliava o estabelecimento do Reino à ideia da sua volta à Terra e passados 1976 anos não há ainda sinais do seu regresso em espírito. Aquela confusão sobre a sua vinda de nenhum modo contradiz os Seus ensinamentos.
Mesmo os apóstolos e os discípulos foram incapazes de compreender o significado autêntico das palavras do Mestre a respeito do Reino em “fazer a vontade do Pai”, embora as tenham ouvido diretamente dele. Não surpreende a deformação posterior dos ensinamentos do Pai Criador, tal como foram escritos nos Evangelhos do Novo Testamento. Isto ocorre porque o conceito daqueles que os escreveram foram confrontados por influência na indução de que o Mestre estaria ausente apenas por um curto período de tempo e que ele retornaria em breve para estabelecer o Reino em poder e glória – foi exatamente esta a ideia alimentada por alguns apóstolos durante o tempo que o Mestre esteve na Terra. Todavia o Pai Criador não aliava o estabelecimento do Reino à ideia da sua volta à Terra e passados 1976 anos não há ainda sinais do seu regresso em espírito. Aquela confusão sobre a sua vinda de nenhum modo contradiz os Seus ensinamentos.
O grande esforço nos seus ensinamentos diligenciava
converter o conceito do Reino do céu no ideal de fazer a vontade do Pai do
Paraíso. Devemos lembrar que o Mestre transmitiu aos seus seguidores uma forma
de pedir ao Pai: “Venha a nós o Vosso Reino e seja feita a Vossa vontade aqui
na Terra como é no céu”; e nessa fase da sua vida tentou induzi-los a
abandonarem a tradição do termo Reino de Deus, em substituição do
equivalente e mais concernente dizer, a
vontade de Deus. Ele não teve o êxito que pretendeu ao substituir a
ideia de reino, de rei e de súbditos, pelo conceito de família sobrenatural do
Pai do Paraíso e dos filhos libertos desse mesmo Pai, empenhados no serviço
voluntário ao próximo e repleto de júbilo, e consentânea a adoração sublime e
inteligente a Deus, o Pai.
Na relação do Infinito com o homem de mente finita é
incapaz de compreender de que modo o Pai Infinito pode descer da sua morada
eterna e de perfeição Infinita para associar-se com a criatura humana e
individual, então essa inteligência finita deve depositar a sua firmeza, de
comunhão divina, na verdade do fato de que um fragmento autêntico do Pai
reside na pituitária de cada mortal na Terra, de mente normal e de consciência ética.
Também os Unificadores do Pensamento sendo residentes são uma parte da Deidade
eterna do Pai do Paraíso. O homem não tem de ir além da própria experiência
interior e consciência da presença dessa realidade espiritual, para encontrar o
Pai e tentar a comunhão com Ele. A alma imortal tem o princípio para esta
realização ao se unir com uma fração do Pai do Paraíso; é como uma pequena
semente conter o princípio da árvore gigantesca igual à que criou a semente.
O Pai Criador deixou suficiente ideia que o Reino deve
começar com o conceito dual da verdade e da paternidade do Pai do Paraíso e do
fato correlativo da irmandade dos homens que deve convergir nesses conceitos.
O Pai Criador declarou que a aceitação desse ensinamento libertaria o homem da
sua longa escravidão ao medo animal e com o tempo enriqueceria o viver humano
com os seguintes dons da nova vida de liberdade espiritual:
No domínio de uma nova coragem e de uma força espiritual
amplificada. A Mensagem do Reino em fazer a vontade do Pai poderá libertar o
homem e inspirá-lo a ter coragem de ansiar pela vida eterna. Essa Boa Nova
transporta a mensagem de uma confiança renovada e de um bálsamo para toda a
humanidade.
Essa Mensagem reproduz um novo padrão de valores morais,
uma nova medida de ética com a qual aquilatar a conduta humana. Ela ilustrou o
ideal resultante de uma nova ordem na humanidade daquele tempo sem perder
atualidade. Ela fomentava a supremacia espiritual sobre a matéria e
glorificava as realidades espirituais exaltando os ideais supra-humanos.
A nova doutrina do Reino salientava a vinda do espírito
para a união com a alma imortal como sendo a verdadeira meta da vida. O humano
recebia um novo dom de valor moral e de dignidade divina. O Pai Criador disse
que as realidades eternas se edificavam com o reconhecimento do esforço terreno
de retidão. A permanência mortal do homem na Terra adquiriu um novo
significado, em consequência do reconhecimento de um destino nobre.
O fazer a vontade do Pai afirmava que a salvação humana é a
revelação de um propósito divino de longo alcance a ser cumprido e realizado,
em destino futuro, no serviço sem fim dos libertados filhos do Pai do Paraíso.
Estamos no limite de um velho tempo e decididos a iniciar uma nova idade de
aliança mais manifesta entre os filhos terrenos, para melhor reconhecimento da
paternidade Divina.
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