quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pequenos na Terra poderão ser grandes na casa do Pai



Durante a vida na Terra andam por caminhos pouco definidos e confusos homens e mulheres de Bem que poderão ser levados a cair em atitudes involuntárias, podendo causar danos irreparáveis nos compromissos que elegeram; apoiar e colaborar para erguer o Reino de amor e de fraternidade na Terra, o Reino do qual falou o Pai Criador através da residência humana de Joshua. É essencial que suspendamos na vida os valores exclusivamente materiais e de alimento do ego e observemos para nosso exemplo, a conduta dos inimigos do bem e a diligência no combate por grandezas e exclusividades materiais e terrenas. Pesados carregos foram colocados sobre pessoas simples sem que estas tenham o mesmo recurso para se defenderem. Recursos iguais não têm, mas se os tivessem não os usariam os obreiros do Bem repartidos pela humanidade na Terra! Se a maioria dos homens, nomeadamente os mais dominantes, acreditassem na imparcialidade do Divino em Seu infinito saber e nas Suas leis, não fariam casuais promessas aos homens que se alimentam delas e logo ficam famintos. Os dominantes fazem crer na existência de um Deus particular e de uso exclusivo, porém os pobres pecadores verificam não haver nesse deus piedade, uma vez que os submete ao castigo da miséria e da doença e em consequência surge a palavra de apelo e de esperança em “valha-nos Deus”; só o Todo em Amor e Misericórdia, porque não há outro. O homem terá que conhecer os verdadeiros motivos do seu sofrimento e não é por vontade do Pai, pois Ele não quer mal aos seus filhos.

O conhecimento dos homens sobre a Deidade está longe de saberem. Nos modelos em que a sociedade está constituída e lesada pelas religiões e as lacunas que ocasiona, vem impedir o aproximar da realidade sobre leis no Universo. A grandeza da Deidade é inatingível ao saber da grande maioria da humanidade e mesmo dos líderes de igrejas onde as suas teologias não acodem. Desconhecer essa obra de imensa grandeza e correspondente saber é desconhecer o seu Criador na ação do Espírito Atuante – quando soubermos entender a obra entenderemos quem a criou. O homem deveria saber um pouco mais sobre si e das leis que dele fazem parte e que, obviamente a elas está sujeito. Essas leis atuam antes e depois do nascimento na carne. Somos um mundo que faz parte de uma ordem muito distante do centro deste universo/galáxia; estamos na sétima e última ordem e ainda somos muito primitivos. Nesta circunstância o homem desconhece as suas origens, não sabe quem o encaminhou para viver na Terra, não sabe porque vive nela e também não sabe para onde vai depois de lhe morrer o corpo. O que sabem sobre isso é escasso e há mesmo quem minta sobre este assunto muito sério.

A entidade ao voltar de novo ao mundo esquece logo que adquire o domicílio dentro do homem, e o motivo maior desse esquecimento consiste em recomeçar tudo de novo em cada vida na carne – não perde a experiência das vidas anteriores mas obriga-se ao esforço em querer despertar de novo a convição do residente interno sobre a realidade aperfeiçoando-se – esquecer o passado de vária natureza em outras vidas é uma dádiva misericordiosa na lei do Criador. O esquecimento até permite dar eleição preferencial a vidas ilustres mesmo que duvidosas e negar a realidade de vidas enlameadas. Há entretanto quem possa recordar vidas passadas, suas e de outros, depois de trabalho árduo e de merecimento. Assim acontecerá se houver sinceridade.


Na lei causa-efeito é predominante o equilíbrio e a verdade e recusa as preferências. Há na origem animal do homem motivos a obrigar ao esquecimento e é também oportunidade única de poder corrigir faltas ocorridas em vidas passadas sem a perceção do acontecimento delas e consentâneo em não haver interferência que venha colocar em causa a libertação da alma imortal em dívida. Na circunstância de pagamento entendemos o termo usado pelo Pai Criador: “Se blasfemares contra o Pai Infinito e o Filho Eterno eles perdoam, mas se blasfemares contra o espírito não sereis perdoados no céu nem na Terra”. O espírito a que o Pai Criador se refere é o que vive dentro do humano contra o qual não poderá haver ofensa porque é uma partícula do Pai do Paraíso, assim sendo, a lei causa-efeito é atuante para que sejam saldadas as dívidas e sejamos livres e na sequência haver crescimento e o alimento da fé que é homogénea no acreditar sem ver: “Bem-aventurados os que acreditam sem ver”, disse o Pai Criador ao apóstolo Tomé.



Esquecer é também um segredo na lei e na misericórdia do Pai em autorizar aos homens pagamento simples de uma grande dívida. A parábola aos Judeus dita pelo Pai Criador confirma e os preveniu, mas eles não tiveram ouvidos: “Um homem tinha grande dívida para com seu Senhor e como não conseguia pagar pediu que lhe perdoasse e Ele lhe perdoou. Depois de perdoado ele não escusou perdoar uma pequeníssima dívida a outro. Então o Senhor mandou-o chamar e disse-lhe: Como não quiseste perdoar também não poderás ser perdoado, terás que pagar a dívida até ao último cêntimo” e acrescentou o Mestre: “perdoai e sereis perdoados”; isto permite ao homem fazer pequeno pagamento por conta de uma grande dívida. Se a alma imortal contida de culpa recordasse plenamente os atos perversos praticados em vidas anteriores poderia não ser capaz de perdoar-se. Assim a misericórdia do Pai auxilia noutra vida posterior o modo de pagamento de forma indulgente quando é aceite. O pagamento poderá ser conforme o ato praticado contra o espírito domiciliado no humano e este poderá ser agravado consoante a grandeza espiritual do ser.

A alma nasce de novo na carne em número necessário para atingir o limiar evolutivo na Terra e o propósito de alcançar um grau de experiência essencial ao progresso espiritual ascendente neste universo. Apesar de contermos alma eterna somos distantes do saber eterno sobre todas as coisas contidas na eternidade, porém não reconhece a maioria dos homens sermos ignorantes e reclamamos se assim nos titularem. Há quanto tempo o homem confunde o amor por faces excessivamente repartidas e a um momento agradável e efémero diz ter feito amor. O Amor é Infinito e quando lá acordar entenderão. Em nossa dimensão no universo apenas vivemos de emoções e sentimentos que construímos e destruímos como a um edifício construído de areia. Quando soubermos construir e viver o amor que dá sem receber em troca, estamos no caminho certo para saber o que é fazer ao próximo como gostaríamos que fizessem a nós. Se entretanto não houver ocorrência a provocar na humanidade e na Terra mudança radical, estaremos longe de viver essa consciência de amor pequeno.

O Pai Infinito não possui o mal, mas criou o mal virtual no espaço-tempo que é uma consequência compulsiva a este mundo. Todavia o mal virtual torna-se em realidade para os homens que o praticam. Todos os que não são do mundo também desconhecem que o mal é um desafio para entender o bem. Adão e Eva há 37.000 anos? comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Mesmo os anjos feitores da rebelião há 250.000 anos? Ignoraram o efeito do mal no universo local de satânia, mesmo vindos de um mundo da segunda ordem próxima do núcleo deste universo/galáxia e do Pai Criador. (Não esquecer que estamos na sétima ordem e última deste universo). Contudo na atuação intrínseca ao espaço-tempo crescer espiritualmente passa por formar conceitos e experiência-los, criando o positivo. Um mínimo de negligência por falta de suficiente conhecimento pode tardar a ascendência para o princípio, mas também pode levar a longo esquecimento como sucedeu a muitas entidades espirituais na vinda para a Terra em sétima ordem.

É provável que os habitantes da Terra se tenham distanciado de um progresso espiritual mais acelerado se o príncipe planetário não tivesse aderido à rebelião que moveram contra o Pai Criador. Os autores de maior imputação na rebelião passaram a promotores de causa e depositários dos efeitos. A causa a insubordinação, os efeitos o retroceder sem memória da origem até ao irracional. Quem nos esclareceria só eles, e se soubessem as consequências da insurreição a teriam feito? Será que também os homens, embora desculpados por ignorância e sujeitos ao esquecimento, ateariam tanto mal na Terra se soubessem os efeitos dessa causa? Digo dos homens contidos de alma imortal! Ao sabermos que o mundo foi feito para os homens e mulheres e sendo nós pessoalmente domicilio de uma fração do espírito do Pai do Paraíso terá que ser essa fração, à medida que se multiplica e valoriza, quem executa no todo a lei causa-efeito na Terra, através do livre arbítrio que lhes foi concedido no Princípio e porque é humano. O homem é a única morada do Pai do Paraíso neste mundo tão primitivo onde produz conceitos e neles a experiência.


 Entretanto o equívoco de uma influência doentia e mesmo duvidosa foi forjado por dirigentes religiosos nos tempos de problemática busca do homem pelo sagrado. Eles têm vindo desde o princípio da sua existência a despojar as humanidades da capacidade em executarem valores que façam a vontade do Pai e nela a consequência de realização espiritual mais elevada. Não vislumbro a esperança em modelos velhos e imaginários que afiancem lealdade. Uma nova ordem para a humanidade não se eleva através de organização cujas atitudes são intencionalmente desleais ao Pai. Há muitas vozes e gestos melódicos que não condizem com a realidade interna da entidade que os manifesta e isso engana a muitos, e são várias as contingências na eleição de personalidades, e nessas eleições estamos a combater o bem e as verdades. Quantas vozes se manifestam fazendo crer ser o bem usando o nome de Deus e depois o substituem pela perversidade neles; Deus não pode ser uma figura simbólica pronunciada em vão. O Pai Infinito e a finalidade da obra por Ele criada não podem ser um pressuposto para a humanidade. Não se fazem projectos e se concretizam sem objetivo – aos do homem pode suceder o fracasso – os do Pai Infinito apesar dos antagonismos se realizarão na Terra, e todos os objetivos terão que ser cumpridos e o homem terá que saber e sentir qual a sua colaboração nesse propósito: – É uma intenção de longínqua idade para fim absoluto.

A falta de lealdade, do homem para com o seu Deus, está na eminência de se manifestar de forma mais severa. Os povos de Deus estão a ser leiloados pelos procuradores de uma rebelião há muito tempo organizada contra o Pai Criador. Estando os mesmos procuradores a tornar todos os povos dominados por ensinamentos interruptores da determinação no serviço ao Pai do Paraíso. Ainda hoje, se não somos cegos, vimos um rasto de sangue proveniente do assassinato cometido há 1.976 anos, e os que tinham dever no próprio compromisso não apagaram esse rasto no uso da Verdade. O insulto continuado ao espírito de Deus residente no homem e gerou dívida por pagar. Quem poderá alcançar o perdão se não soube perdoar, ao inverso, julgaram sem culpado e mataram. O despotismo gerado entre os homens pela rebelião enaltece os criminosos e condena os justos, aconteceu igualmente ao Pai Criador na cidade santa de Jerusalém.   


Verifica-se no contato diário tudo quanto não foi dito e tudo quanto haverá a dizer para preencher o vazio de conhecimento da humanidade sobre as leis do Espírito em todo o Universo. A ignorância na Terra faz lutar por grandezas e mesmo sendo efémeras dão lugar a sobranceria, mesmo na exteriorização modesta de alguém. Na insinuação à falta de saber se desprezam os mais simples e igualmente terão dificuldade em aceitar um gesto humilde. No tempo em que o Pai Criador esteve na Terra e lidou com os homens e mulheres que mais de perto o seguiram, aconteceu incidentes entre alguns dos apóstolos, pois não souberam corrigir a sua confusão mediante a realidade futura da mensagem para uma nova era de soberania divina no seio da humanidade, vindo a discutir na ausência do Mestre, sobre as posições que eles próprios teriam nesse reino que estava para ser construído na Terra e qual deles iria ocupar o lugar mais importante.

O Pai Criador tinha vindo a aperceber-se das discussões limitativas que se instalavam no pensamento de alguns apóstolos, e naquele dia com um gesto chamou um menino, talvez um dos filhos de Pedro porque estavam em casa dele e, colocando a criança no meio de todos, disse: “Gostaria de vos confrontar com a realidade e vos dizer com verdade; se não mudardes e se não vos tornardes como esta criança, pouco progresso fareis no Reino do céu. Aquele que se humilhar e se tornar pequeno ao pensar como esta criança virá a ser grande no Reino do céu. E aquele que receber esse pequeno é a mim que está a receber. E aqueles que me receberem também recebem o Pai que me enviou. Se quiserdes ser os primeiros no Reino que vos anuncio, procurai transmitir essas salutares verdades aos vossos irmãos na carne. Mas se alguém fizer um destes pequenos cair, seria melhor para ele que uma pedra de moinho lhe atasse ao pescoço e fosse lançado ao mar. Se o que fizerdes com as vossas mãos forem apoiadas em interesses erróneos descobertos com os vossos olhos e estes ofendam o progresso da obra do Reino, nesse caso, sacrificai essas partes reverenciadas em vós, pois é melhor entrardes no Reino sem as muitas coisas que amastes na vossa vida, do que vos apegar a esses idealismos e pressentir que fostes excluídos do Reino. Mas mais do que tudo, certificai-vos que não desprezaram nenhum destes pequenos, pois os anjos que estão com eles estão em contato ininterrupto com as faces das hostes celestiais”.


Para não haver entre nós vítimas de causa imprevista, obriga-nos a ser atentos para os que são “estes mais pequenos” na Terra. Pela humildade e simplicidade se irão conhecer, “pelo fruto os conhecerão” disse o Pai Criador. Temos a certeza que não se irão conhecer com vaidade, nem presunção, nem pela insolência e narcisismo. Os néscios só pensam que sabem, esses se reconhecem previamente.

Antão (gnóstico) 23-03-2012







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