…“Creou Deus o homem à sua imagem e semelhança: à imagem de
Deus o creou.” Diz do homem da Terra. O aperfeiçoamento do mundo e sua natura e
em consequência a evolução das espécies, o homem surge e pertence ao sétimo
reino. Será este o sétimo dia da ordem cronológica da creação? Talvez. Estando
o homem de raça negra na condição de espécie natural da Terra e mesmo de outras
raças desde há muito colonas neste planeta, estão distantes de entender a
verdade sobre a energia que nos anima desde o princípio e à semelhança de quem
essa energia e de onde é enviada; assim ignorando, apenas conseguiram ver Deus
à semelhança do homem. Antes do homem, creou Deus o planeta, assim nos
questionamos sobre a causa que justificou a sua creação e sabendo que não foi
casualidade coloco-vos a interrogação: há quanto tempo o creou? Quem em nome do
Pai o creou? Porquê foi creado? - Tento dar uma resposta a mim mesmo. Embora
exista no homem algo semelhante ao Universo ainda que minúsculo, contudo o
dimensível em cada humano abrange em mim a ideia da inscrição no oráculo de
Delfos: “ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o Universo”.
Primeira interrogação: - Quando o creou? - O homem não sabe!
- Encontrou-se uma pedra de “Uranito do Transval” com três mil e quatrocentos
milhões de anos, embora noutra sequência de fenómenos nos falem de dez mil
milhões de anos. Mas isto não esclarece exatamente a idade do planeta que
inicia em três reinos primários antes do mineral que assesta no quarto reino. O
Pai Creador quando viveu como homem na Terra, estando próximo da morte
implorou: “ Meu Pai! Dá-me de novo o lugar que Eu tinha, muito antes de este
mundo ter sido creado”. Entenderão a verdadeira causa e a comprovação daquele
pedido?
Segunda interrogação: - Quem em nome do Pai o creou? - Com
humildade admito saber! Chamo-lhe meu Pai Creador e como Ele disse existir
muito antes de ser creado este mundo, foi porque participou na sua creação
junto com a Força Creadora de todas as galáxias. Quando lhe chamo meu Pai
Creador não tenho dúvida alguma e sei também que é o Soberano Supremo desta
galáxia e a sua residência situa-se no seu núcleo. É a esta essência nuclear
que a ciência dá a designação de “ buraco negro devorador de matéria”. Não está
longe essa ideia. Porém lhe dou um nome mais atinente com a realidade: transformador
de matéria cuja energia de força incalculável e de luz tão intensa que ao homem
lhe parece ser treva ou então “buraco negro”. É esta a grandeza incalculável
daquele que é meu Pai Creador.
Terceira interrogação: - Porquê o criou? - Porque Deus no
princípio ao ordenar “haja a luz…e havendo a luz” emanada dele próprio é
acessível ao homem mais comum deste planeta e assim se cumpre o propósito:
“Frutificai e multiplicai”. Espero que a vossa interpretação não tenha o mesmo
sentido que lhe deu a religião; confundir um grande propósito do Creador com o
ato de procriar. Em torno desta distorção se tem verificado enorme hipocrisia.
Se a creação da Terra e de tudo o que nela vive tivesse como objetivo único o
procriar não se justificaria a sua creação. Sempre fomos vítimas da versão mais
fácil e de promessas de comprovação difícil pelos feitores dessas versões. O
rigor virá sobressaltar uns quantos produtores de falsidades a quem a Verdade
tem intenção de fazer enorme exigência. No momento certo o que irão dizer ao
homem para justificar o desconhecimento que têm sobre a relação com o resto do
Universo e seu Creador?
Descartes, de racionalismo intransigente disse: “Penso, logo
existo”. Também muitos imaginam e com isso afirmam estar na posse de tudo quanto
fundamenta a existência do homem só porque pensa. Falta-lhe uma outra causa que
origine outro efeito, pois o modo como pensa, raramente o conduz à realização
de vontades nobres e elevadas, logo, por interesse negam a presença de sinais
do Universo imprescindíveis ao homem no trajeto ascendente. Para executar,
pensa. Contudo depende do pensamento e do valor do atributo que lhe notifica a
vontade: Obedecer à vontade do Pai como lhes competia. Mas não foi assim.
Vieram a obedecer à exigente reforma de um estado que em vez de cultivar o
amor, a misericórdia e o perdão, cultivaram a autoridade e o orgulho.
Na força do pensamento está a brevidade do resultado no
concreto: ou seja, antes de realizar no concreto realizou no pensamento.
Acautelar o que se realiza no pensamento para que a realização no concreto seja
o Bem. A Verdade deveria residir sempre na mente do homem e nas instituições
dos homens e assim produziria no concreto a realização de valores para um mundo
diferente e oposto aquele que foi realizado com as injustiças, com ódios, com
adulterações e falsas promessas. Mesmo a forma como foi usada a palavra em nome
de Deus atemorizou, conquistou poderes, mobilizou prosélitos e ocultou o Pai
Creador da visão do homem crente.
A convocação do homem para o futuro da vida na Terra deverá
encaminhar-se para a produção de condições que elejam alegria no quotidiano da
humanidade e com ela contribuam para que haja pensamentos bem-nascidos e esses
mesmos se ocupem e se inspirem com os perfumes, as figuras, as cores e a
geometria de tudo creado na natureza pelo Pai Creador que ao homem
gratuitamente ofereceu. Consciencializado, o homem possa examinar o resultado
de uma aliança por ele próprio inspirada, assim, estará a dar grande contributo
para as desejadas alterações a este mundo carente. O planeta está a exigir ao
homem através das visíveis manifestações de desconforto a luta pela retidão. O
mundo e a sua natureza se tornaram hostil e se rebela contra tudo
involuntariamente, mas pertinente à opressão mental que todo o corporativismo
tem vindo a exercer impiedosamente sobre ela e sobre os valores humanos.
Ao humano apenas lhe falta a vontade, pois nele já existe a
qualidade. O homem não sabe ou então esqueceu que em toda a matéria existe uma
força actuante, o Espírito da Verdade, por cuja ação a matéria se torna
domicílio de vida eterna.
Antão (gnóstico), 02-11-2012
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