terça-feira, 20 de novembro de 2012

Diz o Velho Testamento


…“Creou Deus o homem à sua imagem e semelhança: à imagem de Deus o creou.” Diz do homem da Terra. O aperfeiçoamento do mundo e sua natura e em consequência a evolução das espécies, o homem surge e pertence ao sétimo reino. Será este o sétimo dia da ordem cronológica da creação? Talvez. Estando o homem de raça negra na condição de espécie natural da Terra e mesmo de outras raças desde há muito colonas neste planeta, estão distantes de entender a verdade sobre a energia que nos anima desde o princípio e à semelhança de quem essa energia e de onde é enviada; assim ignorando, apenas conseguiram ver Deus à semelhança do homem. Antes do homem, creou Deus o planeta, assim nos questionamos sobre a causa que justificou a sua creação e sabendo que não foi casualidade coloco-vos a interrogação: há quanto tempo o creou? Quem em nome do Pai o creou? Porquê foi creado? - Tento dar uma resposta a mim mesmo. Embora exista no homem algo semelhante ao Universo ainda que minúsculo, contudo o dimensível em cada humano abrange em mim a ideia da inscrição no oráculo de Delfos: “ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o Universo”.


Primeira interrogação: - Quando o creou? - O homem não sabe! - Encontrou-se uma pedra de “Uranito do Transval” com três mil e quatrocentos milhões de anos, embora noutra sequência de fenómenos nos falem de dez mil milhões de anos. Mas isto não esclarece exatamente a idade do planeta que inicia em três reinos primários antes do mineral que assesta no quarto reino. O Pai Creador quando viveu como homem na Terra, estando próximo da morte implorou: “ Meu Pai! Dá-me de novo o lugar que Eu tinha, muito antes de este mundo ter sido creado”. Entenderão a verdadeira causa e a comprovação daquele pedido?

 Segunda interrogação: - Quem em nome do Pai o creou? - Com humildade admito saber! Chamo-lhe meu Pai Creador e como Ele disse existir muito antes de ser creado este mundo, foi porque participou na sua creação junto com a Força Creadora de todas as galáxias. Quando lhe chamo meu Pai Creador não tenho dúvida alguma e sei também que é o Soberano Supremo desta galáxia e a sua residência situa-se no seu núcleo. É a esta essência nuclear que a ciência dá a designação de “ buraco negro devorador de matéria”. Não está longe essa ideia. Porém lhe dou um nome mais atinente com a realidade: transformador de matéria cuja energia de força incalculável e de luz tão intensa que ao homem lhe parece ser treva ou então “buraco negro”. É esta a grandeza incalculável daquele que é meu Pai Creador.


Terceira interrogação: - Porquê o criou? - Porque Deus no princípio ao ordenar “haja a luz…e havendo a luz” emanada dele próprio é acessível ao homem mais comum deste planeta e assim se cumpre o propósito: “Frutificai e multiplicai”. Espero que a vossa interpretação não tenha o mesmo sentido que lhe deu a religião; confundir um grande propósito do Creador com o ato de procriar. Em torno desta distorção se tem verificado enorme hipocrisia. Se a creação da Terra e de tudo o que nela vive tivesse como objetivo único o procriar não se justificaria a sua creação. Sempre fomos vítimas da versão mais fácil e de promessas de comprovação difícil pelos feitores dessas versões. O rigor virá sobressaltar uns quantos produtores de falsidades a quem a Verdade tem intenção de fazer enorme exigência. No momento certo o que irão dizer ao homem para justificar o desconhecimento que têm sobre a relação com o resto do Universo e seu Creador?

Descartes, de racionalismo intransigente disse: “Penso, logo existo”. Também muitos imaginam e com isso afirmam estar na posse de tudo quanto fundamenta a existência do homem só porque pensa. Falta-lhe uma outra causa que origine outro efeito, pois o modo como pensa, raramente o conduz à realização de vontades nobres e elevadas, logo, por interesse negam a presença de sinais do Universo imprescindíveis ao homem no trajeto ascendente. Para executar, pensa. Contudo depende do pensamento e do valor do atributo que lhe notifica a vontade: Obedecer à vontade do Pai como lhes competia. Mas não foi assim. Vieram a obedecer à exigente reforma de um estado que em vez de cultivar o amor, a misericórdia e o perdão, cultivaram a autoridade e o orgulho.


Na força do pensamento está a brevidade do resultado no concreto: ou seja, antes de realizar no concreto realizou no pensamento. Acautelar o que se realiza no pensamento para que a realização no concreto seja o Bem. A Verdade deveria residir sempre na mente do homem e nas instituições dos homens e assim produziria no concreto a realização de valores para um mundo diferente e oposto aquele que foi realizado com as injustiças, com ódios, com adulterações e falsas promessas. Mesmo a forma como foi usada a palavra em nome de Deus atemorizou, conquistou poderes, mobilizou prosélitos e ocultou o Pai Creador da visão do homem crente.

A convocação do homem para o futuro da vida na Terra deverá encaminhar-se para a produção de condições que elejam alegria no quotidiano da humanidade e com ela contribuam para que haja pensamentos bem-nascidos e esses mesmos se ocupem e se inspirem com os perfumes, as figuras, as cores e a geometria de tudo creado na natureza pelo Pai Creador que ao homem gratuitamente ofereceu. Consciencializado, o homem possa examinar o resultado de uma aliança por ele próprio inspirada, assim, estará a dar grande contributo para as desejadas alterações a este mundo carente. O planeta está a exigir ao homem através das visíveis manifestações de desconforto a luta pela retidão. O mundo e a sua natureza se tornaram hostil e se rebela contra tudo involuntariamente, mas pertinente à opressão mental que todo o corporativismo tem vindo a exercer impiedosamente sobre ela e sobre os valores humanos.


Ao humano apenas lhe falta a vontade, pois nele já existe a qualidade. O homem não sabe ou então esqueceu que em toda a matéria existe uma força actuante, o Espírito da Verdade, por cuja ação a matéria se torna domicílio de vida eterna. 

Antão (gnóstico), 02-11-2012 




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