sábado, 16 de julho de 2011

Conceitos do homem sobre arquétipos de Deus e os exemplos da fé - crer sem ver

Aparentemente, pelos comentários que exponho, poderá parecer que estou contra a religião, mas não é verdade. Estou contra a negligência e os interesses dos dirigentes das religiões, pela falha nos ensinamentos que apregoam. Dar conhecimento mais profundo sobre o Pai do Paraíso, assim como da obra no seu vasto Universo, é relevante darem notícia à humanidade de forma séria, sem o hábito defeituoso da gasta tradição. Tardando essa comunicação, tento através dos meus modestos meios, fazer algo que possa vir a preencher essa falha de conhecimento e unir a muitos que admito pensarão também assim. Mesmo não sendo adepto religioso, a ausência de esclarecimento vindo dos dirigentes das religiões, sem exceção, para a moralização de valores firmados na fraternidade entre os homens e seguidamente encontrarem a paternidade em Deus. Desassossega-me. Ele concebe todos os possíveis - É omnisciente: - E gerador de todos os seres imagináveis - É omnipotente: - É surpreendentemente Perfeição em sua obra de Amor.

Entre inúmeras, estas fórmulas poderão definir a Deidade dentro dos conceitos humanos. Entender assim, destronamos os diferentes deuses de quem as religiões vêm falando durante milénios, do Oriente ao Ocidente, com todas as fraudes que determinariam a Deidade se ELA não fosse sumamente perfeita. O universo foi criado com um propósito, a experiência do espírito na ligação ao Criador pela fé. Joshua não se apegou à fé em Deus do mesmo modo como o faria uma alma indomada que se debate em luta contra o universo, ou que se prende em seus preconceitos na luta de morte contra um mundo hostil e pecaminoso. Ele não recorreu ao Pai do Paraíso unicamente como um bálsamo no meio das dificuldades, ou como aconchego no meio de uma ameaça ou do desespero; a fé não é apenas uma compensação aparente para as incómodas realidades e os sofrimentos da vida.

O Filho Criador ao enfrentar todas as dificuldades nas contradições temporárias da existência mortal, ele experimentou a serenidade da confiança suprema e inquestionável em Deus e sentiu a imensa emoção de viver, pela fé, a presença autêntica junto do Pai do Paraíso. E essa fé triunfadora foi uma experiência viva da realização real no espírito. A grande contribuição de Joshua para os valores da experiência humana não foi ter revelado tantas e reavivadas ideias sobre o Pai do Paraíso, mas porque humanamente demonstrou de forma magnífica um novo modelo, mais elevado, de viver com fé em Deus. Nunca, em todos os mundos habitados deste universo, e na vida de qualquer mortal, Deus se tornou uma realidade tão viva como na experiência humana presente em Joshua de Nazaré.




A vida do Pai-Criador, neste mundo e em todos os outros mundos do universo local - (via láctea) - descobriu-se um novo tipo e mais elevado de religião, baseada em relações espirituais individuais com o Pai Universal e totalmente validada pela autoridade suprema da experiência pessoal autêntica. Essa fé viva de Joshua era mais do que uma reflexão intelectual, mas também não era uma meditação mística. A teologia pode fixar, formular, definir e dogmatizar a fé, mas, na vida humana de Joshua, a fé era pessoal, viva, original, espontânea e puramente espiritual. Essa fé não era uma reverência à tradição, nem uma simples crença intelectual que ele mantinha como uma doutrina, mas era sobretudo uma experiência sublime e uma convicção profunda, onde se apoiava com firmeza. A sua fé era tão real e abrangente que expulsou para longe, sem permissível retorno, quaisquer dúvidas espirituais e destruiu seriamente todos os desejos motivadores de conflito.



Nada foi capaz de O afastar da ancoragem espiritual dessa fé ardente, sublime e destemida. Mesmo na derrota aparente ou nas fortes dores da desilusão e do desespero ameaçador, Ele continuou calmamente na dimensão divina, liberto do medo e totalmente consciente da invencibilidade espiritual. Joshua desfrutou da convicção fortificadora do poder da fé inabalável e, em todas as situações de prova, ele demonstrou indubitavelmente uma lealdade incontestável à vontade do Pai. E essa fé magnífica não se atemorizou, mesmo diante da ameaça cruel e esmagadora de uma morte ignominiosa.



O fundamentalismo religioso, com frequência, leva diretamente ao fanatismo desastroso e ao exagero do ego religioso. Nada disto aconteceu com Joshua. Ele não foi afetado desfavoravelmente, na sua vida prática, pela sua extraordinária fé e pela realização espiritual, porque essa exaltação espiritual era uma expressão totalmente involuntária e espontânea, na sua experiência pessoal com o Pai. Contraditórios a este exemplo, os persuadidos de religião vivem em permanente discórdia na interpretação e representação de Deus. Igualmente se dividiram e pelejaram tornando irrealizável a execução da paz entre irmãos como era desejo do Filho do Homem quando proclamou a construção do Reino do Amor na Terra.



A convicção indomável de Joshua nunca se tornou fanática, pois nunca chegou a afetar o seu julgamento intelectivo, equilibrado a respeito dos valores correspondentes das situações sociais, económicas e morais, práticas e comuns da vida. O Filho do Homem era uma personalidade humana unificada; Ele era um ser divino perfeitamente dotado; Era também magnificamente coordenado, o pacto humano na residência do divino, movendo-se na Terra como uma personalidade única. O Mestre sempre coordenou a fé com a sensatez e sabedoria da experiência amadurecida. A fé pessoal e a esperança espiritual foram sempre correlacionadas com uma uniformidade religiosa sem par e de uma compreensão profunda da realidade que consagra todas as lealdades.



A fé revelada pelo Filho do Homem tornou manifesta todos os valores do espírito como os entendidos em Seu Reino. Joshua contemplou, na fraternidade avançada do ideal do Reino, a realização e o cumprimento da vontade do Pai. A essência da oração que ele ensinou aos seus discípulos foi: “Que venha a nós o vosso Reino e que seja feita a vossa vontade aqui na Terra como é no céu”. E assim, tendo concebido o Reino como sendo da vontade do Pai do Paraíso, devotou-se à causa da sua realização, esquecido de quem era na realidade, com espantoso e incontido entusiasmo. Mas, durante toda a sua intensa missão e na sua vida extraordinária, o furor do fanatismo nunca esteve presente, nem falsa modéstia e ostentação, típica dos exclusivistas religiosos de todos os tempos aplicando a eles próprios hábitos de santidades. Porém, comparativamente, “são como túmulos caiados por fora, por dentro estão cheios de ossos e de porcaria”.



Toda a vida do Mestre foi modelada, consistentemente, pela fé viva, dessa experiência religiosa sublime. A sua atitude espiritual dominou totalmente o seu pensamento, o seu sentimento, a sua crença e a sua prece, assim como os seus ensinamentos e a sua pregação. A fé pessoal do Filho Criador, na certeza, segurança e protecção do Orientador Divino, o Pai do Paraíso, conferindo-lhe na vida um dom profundo de realidade espiritual. E ainda, a despeito dessa profunda consciência de relação íntima com a divindade, O Mestre da Galileia, (Filho Criador descendente do Pai do Paraíso), quando era chamado Mestre, imediatamente dizia: “Sabeis porque me tratais por Mestre”? Quando nos defrontamos no esquecimento de uma origem tão esplendorosa, começamos a compreender o Pai Universal na deliberação de se manifestar, plenamente. Fê-lo através do Pai do Paraíso, e revelou-Se por meio do Filho Criador aos mortais de todos os reinos. Joshua levou ao Pai, como homem deste reino terreno, a maior de todas as oferendas: a consagração e a dedicação da sua própria vontade ao serviço majestoso de fazer a vontade da Deidade. Joshua sempre interpretou, e de um modo consistente, a religião, nos termos totais da vontade do Pai.



Aprofundar a vida do Pai-Criador na Terra, respeitante à oração ou a qualquer outro aspecto da sua vida, incluindo a religiosa, seria reconhecer de superior importância o que Ele ensinou, e de menor importância o que Ele fez. O que Ele fez foi atualidade; o que Ele disse foi futuro sem limites. Não conseguiu superar todos os obstáculos ao conhecimento que quis difundir e que iam para além da condição humana de Joshua pela dimensão da mensagem. Avaliando que no homem residia um Pai-Criador sujeito a todas as contingências, viver na carne como um mortal, que impediam a sua absoluta realidade ser exteriorizada. Joshua nunca orou por costume ou dever religioso; “falava com o Pai”.



As “conversas com o Pai” eram para Ele uma expressão sincera da atitude espiritual;
A declaração de lealdade do espírito que o habitava;
A demonstração da devoção pessoal;
A manifestação de gratidão;
Um modo de evitar a tensão emocional;
A prevenção para os conflitos;
A exaltação intelectiva;
O enobrecimento do desejo;
A demonstração da decisão moral;
O enriquecimento do pensamento;
O fortalecer das inclinações mais elevadas;
A consagração do impulso;
Um esclarecimento de pontos de vista;
Uma declaração de fé;
Uma rendição transcendental da vontade;
Uma afirmação sublime de confiança;
Uma revelação de coragem;
A proclamação da descoberta;
Uma confissão de devoção suprema;
A validação da consagração;
Uma técnica de ajustamento das dificuldades e a mobilização vigorosa, dos poderes combinados da alma e do espírito, para suportar todas as tendências humanas para o egoísmo, o mal e a transgressão.



Ele viveu rigorosamente a vida dedicada a fazer a vontade do Pai, logo que teve consciência de quem era e da sua missão, e terminou-a de modo triunfante, exactamente com a mesma atitude; confiar no Pai a quem entregou o Espírito quando se lhe apagava a vida do homem. O segredo, da sua vida sem par, foi a consciência da presença do espírito do Pai em si; Ele conseguiu essa união contínua através da ligação inteligente e da veneração sincera – de comunhão ininterrupta com o Pai do Paraíso – e não por práticas religiosas extraordinárias e sumptuosas.



Venho afirmando e estou persuadido não ser adepto religioso, porém, confirmo ser um aliado fervoroso do homem Sábio que há dois mil anos optou por se apelidar, o Filho do Homem - Ele é um Filho Criador - O Soberano Supremo deste Universo local - (via láctea). Daí todo o meu empenho em divulgar, o que creio fez parte dos seus ensinamentos para o princípio da nova humanidade com a implementação do Reino por Ele anunciado, e que farei até ao fim da vida se for a vontade do meu Pai-Criador, e tendo permissão, que persista o meu gnosticismo.



Antão 01.07.2011


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