terça-feira, 10 de agosto de 2010

As religiões não rejeitaram as guerras profanando o nome do Filho que anunciou: "o Meu Reino não se constrói pela mão do guerreiro"

Todas as religiões assumiram, ao longo de toda a sua existência, os exclusivos de mensageiras de Deus e o testemunho da verdade. Arrogando a legitimidade de ser a única via de comunicação com seres superiores, entre a Terra e o Céu.

Não pretendo induzir ser mestre, mensageiro ou mesmo um servo de Deus. Por vezes afirmo que sou ateu, obviamente não sou e creio em Deus Único que é Pai de Todos.

O meu ateísmo é basilar no facto de não crer nos deuses que as religiões alimentaram - deuses parecidos com actos de Satã, criadores de guerras, de castigos e de infernos, a fim de aí serem submetidos a tormentos eternos os que não forem obedientes às leis na interpretação da religião.

Ao contrário das religiões, eu acredito e falo de um Pai que é Infinito em Amor e Misericórdia, e não tenho necessidade de pertencer a religião alguma no objectivo da minha unificação interior e na busca desse Pai.

Não é inimaginável que Deus tenha sido o fundador de religiões com o propósito de desenvolver a igualdade entre os homens. A humanidade tem a experiência que o tempo lhe confirmou nesse plano. Brevemente saberá que não é executável esse tipo de paridade.

O homem precisa de obter informação sobre as ideias do Criador e que delas fazemos parte. Esse conhecimento deverá ser tornado vivo dentro de nós próprios, do mesmo modo que tornamos vivo em nossas células o resultado do alimento. E devemos perguntar: qual a resposta das religiões a esta intenção? Que informações nos deram sobre o rumo dos filhos ascendentes de Deus?

E legitimamente pergunta-mos: de onde viemos antes de nascer na carne?

Qual a missão neste mundo e para onde vamos ao deixar o corpo de carne onde viveu aquele período de vida?

Que abrangência individual e colectiva temos acerca do Reino que o Filho do Homem anunciou?

Os servidores das religiões estão mais resolvidos em adquirir soberania pessoal e capital e fazer política quando lhes convêm, porém deveriam preocupar-se mais em fazer a vontade de Deus junto dos homens, pois assumem ser essa a sua profissão na Terra.

Todas as religiões fazem promessas de salvação e de transferência para o paraíso, e não está no seu alcance comprová-lo, nem no nosso. Esse é o resultado do fraco conhecimento que universalmente temos sobre a história das humanidades no Universo.

Aos políticos que não executem as promessas eleitorais são interpelados pela falta de cumprimento. Nas mesmas circunstâncias, já passaram milénios, não podemos interrogar as religiões e quem as represente, pela falta de prova no cumprimento das suas promessas como fazemos com a política.

Não é do conhecimento geral, nem as religiões confirmam, que tenham vindo mensageiros depois da morte garantir-nos que estão no céu por intermédio de uma religião ou no "inferno" por intermédio dos mesmos.

Como em tudo, a sociedade devia estar informada. As igrejas são impulsionadoras desse propósito, tanto é que um alto responsável de uma religião apelou a "uma contestação política organizada que questione estruturas financeiras, comerciais, culturais e políticas, (...) na actual situação de crise". (também faltou dizer religiosas)

As religiões deveriam, estar mais esclarecidas e encaminhadas para fazer a vontade de Deus o Pai de todos, infundir nos fiéis, e nessa atitude haver o desejo de que os homens se olhem como irmãos.

" No princípio fostes um - passaste a ser dois - devereis ter o empenhamento para que sejais novamente um".

Não seria muito difícil entender estas revelações, no sentido etimológico do termo, se as religiões assumissem desinteressadamente a missão de religar, de ligar de novo o que foi desligado. A carência de informação sobre as leis do Universo, das quais fazemos parte na íntegra, torna difícil de entender. Mais difícil é consciencializá-las.

Uma religião não deve pretender a uniformização dos seus devotos pela acção exterior das suas leis, dos rituais e da ministração dos ensinamentos. A uniformização seria negar a liberdade individual concedida pelo Pai na enorme diversidade entre as raças e os humanos. Porém num só facto somos semelhantes, mesmo iguais, no espírito.

No trabalho do espírito, para aquele que o conter, e no sucesso das suas capacidades como criador à semelhança do Pai, ao multiplicar o que foi dado no princípio, poderemos finalmente convergir para uma unificação que é relativa no tempo e no espaço. Tornando-se absoluta no Infinito.

Vamos descobrir como desenvolver uma nova religião que irá iniciar-se dentro de cada humano, qualquer que seja a raça, a cultura, a religião ou o grau de ateísmo.

Contudo, não podemos olhar com desapreço para todos os crentes religiosos, porquanto muitos se entregaram sem falsidades, em todos os tempos, na busca persistente e apaixonada de Deus, e muitos O encontraram.

Deus não deixou de presenciar a tenacidade desses seus filhos, vítimas de múltiplos tipos de perseguição e fraudulência na longa e incansável luta de muitas vidas e em sua humildade revelaram ao mundo a imagem mais autêntica e mais clara do verdadeiro Pai: Deus Eterno.

O caminho foi assim preparado para uma revelação ainda maior desse Pai, e que muitos de nós estão a ser chamados para o compartilhar,

Antão -Tear

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