quarta-feira, 1 de junho de 2011

É necessário aclarar, corrigir e eleger atitudes de lealdade


Assistimos a uma enorme carência de afeiçoamento que promova a fraternidade entre os filhos de Deus. Isto significaria, dar testemunho no ofertório pessoal de afeição ao próximo. Este deveria ser o acordo da humanidade com Deus. Prenunciar é simples; afirmar presumidamente é impostura e, com isto expresso: Eles aí estão! Induzem a grande assombro e assim enganam a muitos. Na informação dada há dois mil anos pelo Sábio da Galileia ao dizer: “Eles virão, farão prodígios e enganarão a muitos”, seria provável de uma outra interpretação que me contenho de referir. Contudo, conclui-se que esta análise poderá testificar a sua aplicação em diferentes conjunturas de exteriorização pouco transparente no itinerário de muitos no seio da humanidade e que seria bom não usarem de continuidade.


O meu carácter é insubmisso às tradições religiosas por não satisfazerem o meu interior ávido da Verdade. Informo a minha rebeldia contra as oposições na construção do Reino da Verdade na Terra. Desde o início do meu rumo espiritual sempre adotei o recurso do lutador. Errei algumas vezes por ignorância! Imaginava que sabia; recorrendo à lógica de ser Sacerdote pela ordenação do Grão-mestre de uma Ordem denominada (…). Foram quinze anos, até decidir outra via de conhecimento entre os Druidas onde fui designado Sacerdote Bardo, que representa o 3º Logos: Inteligência/Forma. A Forma poderá significar o corpo que é o veículo temporal, que serve nesta vida como mero suporte de experiências.


Esta fase experimentada entre os Druidas e a sua tradição esotérica foi para mim um fenómeno que emergiu das brumas num tempo mitológico. Mito, é igual a “palavra que oculta a verdade” é a chave que abre a porta da memória ancestral e desperta a mente adormecida. Assim se entende que existe para além de um mundo concreto e objetivo, um plano imperceptível, subjetivo e arquétipo onde tudo gravita em busca da perfeição. O Reino anunciado pelo Nazareno, assim era conhecido o Mestre entre os Druidas, não é mais do que a realização de uma osmose - permeabilização na esfera psíquica do ser humano possibilitando a revelação do Espírito de Deus que o habita.

Entre os Druidas refleti que é preferível morrer e interiormente estar vivo, a viver e interiormente estar morto. Neste mundo, com grande número de mortos-vivos, muitos vivem na pedantice de venerados. Contudo, no rumo onde a sinceridade devia ser princípio, vejo alguns a presumir de sábios e profetas e sobra-lhes tempo para reunir imitações de tudo o que imaginam dar-lhe referência e vanglória. Adquirir informação e pronunciar-se, não é o mesmo que perceber o saber íntimo, realizado no tempo com convicção e memória desperta. Reter conhecimento é importante, porém este terá que adquirir vida interiormente para alcançar o sábio no homem.


Num percurso continuado de vida simples e vinte anos de luta interior pela verdade, após transcendental ato, em 1998 fui sagrado Guerreiro da Luz por uma ordem astral de Guerreiros Samurais, o que para mim significa tal como as anteriores, reafirmar o combatente pela obra de Deus na pessoa humana, com perseverança e igualdade de condição. O tempo tardou em o assumir com grande humildade, estando consciente do acto e do compromisso para com o Sublime Mestre da Galileia.


O engrandecimento na alma e espírito não carece das religiões atuais ou seitas, porém, não sendo praticante não legitima a pantomina. O fundamental é “fazer a vontade do Pai”, e a vontade do Pai é que todos os homens se amem como o Mestre da Galileia os amou, e o dever de se dedicar sem adiar, à esperança na eternidade que brota da alma e espírito do humano, ansiando em vão ter uma paz que nunca efetivamente chegará. A autêntica paz exige aos homens a luta permanente do bem, derrotando o mal com a arma mais eficaz, o Amor. O Mestre disse que dará a paz aos que lado a lado com Ele fazem a vontade do Pai.

Ao mencionar as religiões, relato a insuficiência nos exemplos morais, de doutrinação e fracasso nos atributos que levariam ao engrandecimento da alma e espírito. Chegou o tempo para quem de direito vem reclamar contra o uso e a comercialização da Deidade em templos e em aludidos locais sagrados. A incorreção desse comércio iniciou-se a partir da expansão do Império Romano do Ocidente, e em lugar da mensagem do Mestre da Galileia veio o terror e a escravatura dos povos na Península Ibérica. Veio a religião fundada por Pedro, depois romanizada, trazendo a promessa de salvação aos “gentios”.

Sabe Deus, os açoites e crucificações que vitimaram os povos, para os arrogantes Patrícios, muitos transformados em padres, erigirem a sua igreja de interesse imperial. A atitude de força, característico do exército romano, não era certamente fazer a vontade do Filho do Homem para divulgação da doutrina do Amor e a implementação do Reino. Assim não aconteceu! Ainda não o alcançaram até hoje, nem alcançarão.

O episódio mais indigno de ação humana, sob a autoridade religiosa, foi tão bárbaro que ainda hoje os sinos repetem para que sejam escutados, entre os poucos homens e mulheres justos e fiéis ao Filho do Homem, os seus clamores. Revivem o tempo em que a autoridade de Jerusalém, alistada depois sob apostasias e rebelião, condenaram inocente aquele que veio dar testemunho da Verdade e, em obediência ambígua a autoridade pervertida de Roma crucificou-O. Estarão esquecidos os de Roma que O crucificaram de novo em simulacro? E do devoto católico não se ouviram os seus clamores! Sou Crente, ainda que exilado das religiões venho questionar, com assombro a Crucificação de Jesus pela segunda vez.


Como não estamos no ano de 1529, em que a mais alta autoridade literária de Paris, Berquin ao desaprovar os papistas, os monges Beneditinos (Bentos) o estrangularam e queimaram na praça pública. Hoje, embora perdure outro tipo de inquisição, não me contenho de bradar, nem interessa o que possam considerar os autores e defensores romanistas da réplica da crucificação e humilhação de Jesus, mesmo que a intenção fosse para relembrar o Seu sacrifício e acusar os autores desse crime hediondo, mesmo assim, nada o justificaria.



A religião que diz representar Jesus na Terra e que em algumas práticas cerimoniais afirmam ter sido instituídas por Ele, nomeadamente no simbolismo da distribuição do Pão e do Vinho ocorrer a transformação autêntica no corpo e no sangue de Jesus que dão a comer e beber, não ser de igual modo assumida, dentro da mesma apreciação a crucificação simbólica de Jesus pela segunda vez. Depois de proferidas tantas imputações, nomeadamente no século V ao século XVI, aos judeus pela morte de Jesus.


O Pai do céu desejava que o Filho terminasse de forma natural a sua passagem na Terra, igual a todos os mortais quando terminam, naturalmente, as suas vidas na carne. Os homens e mulheres comuns não podem ter as suas últimas horas na Terra antevendo um acontecimento singular, decorrente da morte com permissão a pretexto especial. Desse modo, Jesus escolheu terminar a sua vida na carne de maneira que estivesse de acordo com o decorrer natural dos acontecimentos, e recusou terminantemente livrar-se das garras cruéis de uma perversa conspiração de acontecimentos desumanos que o arrastaram, com uma certeza horrível, até a uma humilhação inacreditável e uma morte ignominiosa.

Levado a extremo todos os detalhes, dessa assombrosa manifestação de ódio e dessa demonstração sem precedentes de crueldade, no artifício de homens astuciosos e mortais perversos. A vontade de Deus não era essa, nem os ultra-inimigos de Jesus ditaram os acontecimentos, embora eles providenciassem para assegurar que homens irreflectidos embora perversos viessem a rejeitar o Filho do Homem na sua oferta de outorgamento. Até mesmo a figura das trevas desviou o rosto do horror pungente da cena da crucificação.


Ao vaticinar o modelo religioso da humanidade do terceiro milénio, não se rejeita haver doutrinas concernentes à unidade religiosa absoluta, julga-se não ser para breve o seu advento, pela mesma razão que a humanidade não poderia preferir exclusivamente um só tipo de adorno ou de fragrância. O terceiro milénio será o início de verdadeira aproximação fraterna entre a humanidade sob o regime de generosa tolerância; os credos religiosos que atenderão as suscetibilidades dos seus devotos suavizarão as suas fronteiras dogmáticas e providenciarão maior intercâmbio entre os vários adeptos religiosos.

É certo que haverá, ainda nas primeiras décadas do terceiro milénio, um eco das raízes profundas firmadas pelas atuais religiões dogmáticas e tradicionalistas, tentando uma hierarquia sacerdotal a fim de liderarem o pensamento religioso da nova humanidade; mas será apenas uma tentativa de agrupamento simpático, sem a habitual agressão ideológica ou o combate sistemático que ainda se faz em púlpitos e em varandas entristecidas.

Os da “direita” do Cristo fundamentados no princípio da renúncia em prol da ascensão Crística, irão sempre preferir sacrificar a sua crença religiosa ancestral, para ser instituído o princípio do Amor.

Antão

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