sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pai de Misericórdia ou o deus colérico das religiões?

No tempo de Jesus as expectativas que o povo tinha por milagres e prodígios ainda têm muita semelhança na actualidade. Assim como nesse tempo, ainda não foi percebido que a Verdade espiritual não avança por meio de milagres materiais.

Foi mais do que evidente que a missão do Filho Criador na Terra não era opor-se às posições das influências dos poderes edificados, sem se intrometerem. Ele e os seus discípulos pregavam aos proscritos, aos pobres e prosélitos, sem fazerem nenhum ataque hostil ao que veneravam, proclamou uma nova liberdade na alma do homem oprimido pelo medo.

Só um deus impiedoso, insinuado pelas religiões em alegação dos seus próprios interesses, poderia criar infernos para castigo eterno, e purgatório onde se resgatam os pecados para merecer o céu.

O Filho Criador disse que o Pai o tinha enviado para estabelecer na Terra a fraternidade espiritual entre os seus filhos. Essa realização não se encontra em nenhuma religião, encontra-se na construção interna e pessoal do Amor e da Bondade.

Hoje multidões estão na encruzilhada de caminhos, onde séculos de incertezas e de calculistas promessas de salvação os colocaram. Já é tempo mais do que suficiente para sabermos escolher qual dos caminhos, dos muitos oferecidos, mora a Verdade.
A Verdade vem discreta e com ela a insígnia da humildade.

Neste tempo, muitos não procuram a Rectidão e a Verdade para saberem como servir e ensinar o seu semelhante, mas antes para se servirem do pão pelo qual pouco, ou mesmo nada, honestamente trabalharam para o granjear.

Muitas pretensas atitudes não são para engrandecer a sua alma e a do seu próximo com a palavra da vida, mas para avolumar a presunção e encher o ventre com o pão da facilidade e da farsa, mais na cata do poder mental e intelectual, do que no trabalho incessante que encaminhará ao conhecimento. Por vezes têm predilecções por rituais e cerimónias sem sentido, para convencerem e confundirem os menos esclarecidos.
Porém a minha entidade assegura, que a missão do ser mais sábio que a Terra conheceu em todos os tempos, o Filho Criador desta galáxia, veio para proclamar a liberdade espiritual, para ensinar a verdade eterna e o alento à fé viva.

É nosso dever procurar o alimento espiritual que alimentará até atingirmos a eternidade, do que ansiar e promover a provisão de alimento do corpo que acaba por ter fim ou aguardar que hipotéticas naves espaciais venham em socorro, só de alguns para evitar a morte do corpo, quando ele é somente um instrumento para a experiência do espírito.

O Filho do Homem, que era também Senhor do tempo, previu e disse: “Não podeis comer a minha carne, nem beber o meu sangue, mas podeis tornar-vos UM em espírito comigo.” Ele não instituiu religião, nem instigou para que criassem alguma em seu nome, embora durante muitos séculos pretendam fazer-nos crer que ele fundou. Também não abraçou nenhuma das religiões que existiam nesse tempo, e ele conhecia todas.

Ele disse que o Pai o tinha enviado ao mundo para demonstrar o quanto Ele deseja residir nos homens e conduzi-los a fazer a sua vontade. Logo, não é necessário religião nem seita nos modelos em que se movimentam, a todo aquele que concede nos ensinamentos do espírito residente do Deus-Mãe.

O tempo e o espaço são criação e residência do Espírito Feminino, logo é Mãe, é fecundo, é abundância, é multiplicação, é formosura. A má conduta da vida humana, quando arbitraria e consciente, resulta na desarmonia e na interrupção da existência espiritual.

“Não regressarás ao Princípio se o Princípio não voltar a ti.”

E o Princípio, que é o Pai Infinito, tem êxito quando procura o homem encontrando-o.
É simultâneo o fenómeno da procura do homem ao encontro do Pai, encontrando-O.

“Unificai-vos”. Essa unificação incendeia núpcias que jamais se apagarão.

Esta é a revelação que a vida na Terra do Filho Criador trouxe ao mundo como dádiva de salvação de todas as nações.

Ele não questionou nenhuma religião, raça e cultura. Presentemente o mesmo exemplo é seguido pelos seus prudentes e ocultos discípulos em suas manifestações, e sabendo eles que o deus de quem as religiões falam se ofende e pune não existe, arquitectam em si um carácter de universalidade, objectivando abolir todas as fronteiras que impeçam a visão de um Deus que é Infinitamente Amor e Misericórdia.

Ao dizer que, “o deus de quem as religiões falam se ofende e pune, não existe”, não se encaixa nas controvérsias vindas a público recentemente sobre os ensinamentos bíblicos.
Centenas e milhares de anos se passaram e sempre foram adoptados por todas as religiões que hoje compõem, os que professam a religião do Velho Testamento, dos Upanishad, e as mais recentes do Novo Testamento e a muçulmana que a partir do século VII se abasteceu de todas estas para o Alcorão.

Nas interpretações que cada um dos eruditos fez da mensagem bíblica ou de outras escrituras, não discutimos se é boa ou má, uma coisa é certa: promoveram em nome das suas interpretações o sectarismo religioso, as injustiças, as castas, a pobreza de misericórdia, guerras e matanças fratricidas.

Se os ensinamentos dos vários livros ditos sagrados e aqueles que os transmitiram ao longo de séculos ou milénios estivessem na posse da verdade, como para si parecem reclamar, perguntar-se-ia: o que teria falhado para que a humanidade não seja actualmente aquilo que se esperava, se tivesse levado a efeito a catequização desses ensinamentos fielmente ministrados por tantos e tão eloquentes representantes do deus e dos deuses?

Estes “representantes” teriam o dever de, antes de todos, serem fiéis na interpretação e empenhados nas atitudes e na observância da vontade do Pai Universal. Infelizmente isso não aconteceu, e é em consequência de uma desastrosa interpretação de um dos muitos "textos sagrados", que era ao mesmo tempo a lei civil do judaísmo, que há 2 mil anos um homem vindo de algum lugar no tempo e no espaço, disse que era Filho de Deus e enviado do Pai.

Prontamente, os “representantes” tão justos e tão versados na mesma bíblia que ainda hoje lemos, logo se moveram para em nome dessa mesma bíblia, assassinarem aquele que trouxe para a Terra a Maior Verdade na mensagem do Reino.
Essa colossal mensagem que ainda hoje nos empenhamos para descobrir e compreender.

A que conclusão teremos que chegar em consequência de tudo isto? Haverá auto penalização suficiente por enorme crime de interpretação? Os delinquentes ainda hoje se ouvem reclamar inocência! O que só poderia ser obra das trevas, os chefes religiosos proclamam fazê-lo em nome de Deus e de Jesus. Maomé talvez seja profeta como disse, mas profeta de Satanás. “As árvores conhecem-nas pelos seus frutos.”

Antão

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